Etnomatemática e Etnografia, uma possibilidade antropológica

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46551/emd.v8n14a12

Palavras-chave:

Etnomatemática, Etnografia, Antropologia

Resumo

A discussão abordada neste ensaio destaca a abordagem etnográfica e sua relevância na pesquisa etnomatemática, ressaltando sua importância para a compreensão do conhecimento matemático tradicional. Os conceitos de tornar-se feiticeiro, tornar-se mandira e tornar-se criança, ilustram a transformação dinâmica do pesquisador no contato com realidades culturais permeadas por crenças e mitos. Essas noções evidenciam que a relação entre pesquisadores e comunidades não se limita à observação, mas demanda uma imersão profunda que possibilita a coconstrução de conhecimento e uma compreensão ampliada das identidades culturais. Essas perspectivas também contribuem para uma Educação Matemática mais inclusiva, valorizando a diversidade de saberes e experiências.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

AUDET, Madeleine; PARISSIER, Catherine. La recherche qualitative dans les sciences de la gestion: de la tradition à l'originalité. Recherches Qualitatives, v 32, n. 2, p. 1-12. 2013. https://doi.org/10.7202/1084619ar

BARTON, Bill. Making sense of Ethnomathematics: Ethnomathematics is making sense. Educational Studies in Mathematics, 31, n. 1-2, p. 201-233, sep. 1996. https://doi.org/10.1007/BF00143932

CASTELA, Corine. Ethnomathématique, qu’est-ce que ce mot veut dire?. HAL Open Science [pré-print], p. 1-20, 2020 [HAL Id: hal-03199508].

CLERET, Baptiste. L’ethnographie comme démarche compréhensive: immersion dans les dynamiques consommatoires du rap en France. Recherches Qualitatives, v. 32, n. 2, p. 50-77, 2013.

COPANS, Jean. Introduction à l’ethnologie et à l’anthropologie. Paris: Nathan Université, 1996.

D’AMBROSIO, Ubiratan. General remarks on ethnomathematics. ZDM Mathematical Education, v. 33, n. 3, p. 67-69, jun. 2001a. https://doi.org/10.1007/BF02655696

D’AMBROSIO, Ubiratan. Sociedade, cultura, Matemática e seu ensino. Educação e Pesquisa, v. 31, n. 1, p. 99-120, jan./abr. 2005. https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000100008

D’AMBROSIO, Ubiratan. Ethnomathematics. link between traditions and modernity. Rotterdam: Sense Publishers, 2001b.

DELEUZE, Gilles. Spinoza: philosophie pratique. Paris: Les Éditions de Minuit, 1981.

EGLASH, Ron. Anthropological perspectives on ethnomathematics. In: SELIN, Helaine. (Ed.). Mathematics across cultures: the history of Non-Western mathematics. Dordrecht: Kluwer Academis Press, 2000, pp. 13-22.

FAVRET-SAADA, Jeanne. Désorceler. Paris: Éditions de l'Olivier, 2009.

GEERTZ, Clifford. Interpretation of cultures. New York: Basic Books, 1973.

GONDIM, Diego de Matos. O trabalho de campo na/para/com Etnomatemática como possibilidade de uma pesquisa afecção: potências do devir. Bolema, v. 34, n. 68, p. 1077-1104, set./dez. 2020. https://doi.org/10.1590/1980-4415v34n68a12

LAPLANTINE, François. La description ethnographique. Paris: Armand Colin, 2006.

MENDES, Iran Abreu. Reunião de Antropologia da Educação Matemática. In: YouTube, 12 dez. 2024. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=k05N-hE0RsY

RADFORD, Luis. Réflexions sur l’éthnomathématique. In: Actes du 48º Colloque du Groupe de Didactique des Mathématiques du Québec. Ottawa, 2017, p. 168-177.

VANDENDRIESSCHE, Éric. Anthropologie des nombres et Ethnomathématique. L’Homme, n. 225, p. 185-198, 2018. https://doi.org/10.4000/lhomme.30732

ZANGLAN, Agnès Van. Ethnographie. In: SERGE, Paugam. (Ed.). Les 100 mots de la Sociologie. Paris: Presses Universitaires de France, 2019, p. 33-34.

Arquivos adicionais

Publicado

14-12-2024

Como Citar

JEAN-PIERRE, Decillon; PINHO, Edrisse José Azevedo; MARTINS, Igor Micheletto. Etnomatemática e Etnografia, uma possibilidade antropológica. Educação Matemática Debate, Montes Claros, v. 8, n. 14, p. 1–14, 2024. DOI: 10.46551/emd.v8n14a12. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/emd/article/view/8629. Acesso em: 29 jul. 2025.

Edição

Seção

Artigos