O cartaz #elenão como etiqueta comunicacional e de insurgência

Reflexões sobre agência e mobilizações em rede

Autores

  • Gustavo Souza Santos Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc)

DOI:

https://doi.org/10.46551/issn2179-6807v26n2p122-141

Palavras-chave:

Mobilização social, Rede, Insurgência, Estética, Mídia

Resumo

Em setembro de 2018, o movimento #EleNão se difundiu pelos 27 distritos brasileiros e algumas cidades do exterior em protesto contra a agenda política do então candidato à presidência da República Jair Bolsonaro. Um cartaz de origem digital, amplamente difundido nas redes sociais e em materiais gráficos, com a vocalização "Ele Não" tornou-se a etiqueta de insurgência para a mobilização em rede.  A proposta do trabalho foi refletir esta perspectiva considerando a enunciação de vocabulários, palavras de efeito e estéticas políticas nas mobilizações contemporâneas e suas possíveis relações com os sujeitos, sua agência e os espaços de mobilização reticulada. 



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Biografia do Autor

Gustavo Souza Santos, Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc)

Professor do Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Doutorando em Desenvolvimento Social e mestre em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

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Publicado

2021-04-16

Como Citar

SOUZA SANTOS, G. O cartaz #elenão como etiqueta comunicacional e de insurgência: Reflexões sobre agência e mobilizações em rede. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 26, n. 2, p. 122–141, 2021. DOI: 10.46551/issn2179-6807v26n2p122-141. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/3319. Acesso em: 28 mar. 2024.