Mining in the Minas Gerais Semi-Arid: Neoextractivism, State Acts, principles of classification and Resistance of Traditional Communities
DOI:
https://doi.org/10.46551/rc24482692202431Keywords:
Neoextractivism, Traditional Communities, Territorial Conflicts, Semi-arid region of Minas Gerais, State Acts.Abstract
About fourteen years ago, the environmental licensing process began for a mega iron mining project by the Sul Americana de Metais (SAM) company in Vale das Cancelas, in the municipality of Grão Mogol, in the north of Minas Gerais. This project is part of the context of expanding the mineral frontier to the Vale do Rio Peixe Bravo ferruginous geosystem. This region is marked by the presence of traditional peoples and communities and by the configuration of territorial conflicts, in resistance to large neo-extractive projects. This article aims to analyze how the process of territorial conflict and resistance of the traditional communities of Geraizeira to the aforementioned mining project is configured. To this end, Acts of State and practices of resistance of the places were examined in light of the critical approach to neo-extractivism and the effects on the places. The methodological strategy mobilized bibliographic research, documentary analysis and direct observation in the region of Vale das Cancelas and Alto Rio Pardo. The results obtained made it possible to elucidate how, as early as the announcement of the mining project, traditional communities articulated their struggles against the territorial expropriations that would be caused by the implementation of the SAM mining project. They organized themselves as the Geraizeiro Movement, intertwined with the Rosalino Gomes Articulation of Traditional Peoples and Communities and entangled in the surrounding State Acts. These Acts constitute important critical events for the examination of state practices, the effects of neo-extractivism on places and the forms of struggle and daily resistance.
Downloads
References
ACOSTA, A. Extrativismo e neoextrativismo: duas faces da mesma maldição. In DILGER, Gerhard; LANG, Miriam; PEREIRA FILHO, Jorge. Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.
ACSELRAD, H. (Org.). Conflitos Ambientais no Brasil. Rio de Janeiro: Relume Dumará/Fundação Heirinch Böll, 2004.
ARAÓZ, H. M. Mineração, genealogia do desastre: o extrativismo na América como origem da modernidade. São Paulo: Elefante, 2020.
BARBOSA, R. S. Geraizeiro-Gemeinschaften im Gebiet des Alto Rio Pardo. Territoriale Rekonversion und die "Produktion? von Wasser im Cerrado. In: Dieter Gawora. (Org.). Cerrado. 1 ed. Kassel, Alemanha: Kassel university press, 2022, v. 1, p. 143-159.
BARBOSA, R. S. Mineração no Norte de Minas Gerais: tensões e conflitos pelo acesso e uso da água. Revista Desenvolvimento Social, [S./l.], v. 1, p. 43-50, 2014.
BISPO, E. A. R. M. E.; BARBOSA, R. S. Processos de territorialização e efeitos da regularização fundiária rural no norte do estado de Minas Gerais: memórias de expropriação. Revista Cerrados, Montes Claros, v. 19, p. 23-55, 2021.
BORGES, M. G.; Leite, M. E.; LEITE, M. R. Mapeamento do Eucalipto no Estado de Minas Gerais Utilizando o Sensor Modis. Espaço Aberto, PPGG - UFRJ, Rio de Janeiro, V. 8, N.1, p. 53-70, 2018.
BOURDIEU, P. Sociologia Geral. Vol.1: Lutas de Classificação, Curso no Collège de France (1981-1982). Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2020.
BOURDIEU, P. Sobre o Estado. São Paulo: Cia das Letras, 2014.
BOURDIEU, P. O Senso Prático. Petrópolis-RJ: Editora Vozes, 2009.
BRANDT MEIO AMBIENTE. Estudo de Impacto Ambiental Projeto Vale do Rio Pardo. (14 volumes). Nova Lima, 2012.
CARMO, F. F.; KAMINO, L. H. (Orgs.). Geossistemas Ferruginosos do Brasil: áreas prioritárias para conservaçao da diversidade geológica e biológica, patrimônio cultural e serviços ambientais. Belo Horizonte: 3i Editora, 2015.
CARMO, F. F.; KAMINO, L. H. Y. (Orgs.). O Vale do Rio Peixe Bravo: ilhas de ferro no sertão mineiro, Belo Horizonte: 3i Editora, 2017.
DAYRELL, C. A. De Nativos e de Caboclos: reconfiguração do poder de representação de comunidades que lutam pelo lugar. 2019. 459 f. Tese. Doutorado pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS), Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, 2019.
DAYRELL, C. A. Geraizeiros e biodiversidade no norte de Minas: a contribuição da agroecologia e da etnoecologia nos estudos do agrossistemas tradicionais. 1998. 192 f. Dissertação. Maestria en Agroecologia y Desarollo Rural Sostenible. Santa Maria de La Rábida, Espanha: Universidad Internacional de Andalucia, Sede Ibero Americana, 1998.
DELGADO, G. Capital financeiro e agricultura no Brasil: 1965-1985. São Paulo: Ícone, 1985.
GUDYNAS, E. Transições ao pós-extrativismo: sentidos, opções e âmbitos. In DILGER, Gerhard; LANG, Miriam; PEREIRA FILHO, Jorge. Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.
GUDYNAS, E. Extractivismos: ecologia, economia y política de um modo deentender el desarrollo y la naturaleza. Bolívia: CEDIB, 2015.
LEÃO, A. S. D. O direito forjado nas grotas e chapadas: os processos de construções legislativas pelas geraizeiras e geraizeiros do Alto Rio Pardo-MG. 2021. 172 f. Dissertação. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Ambiente e Território. UFMG/UNIMONTES, 2021.
MACEDO, C. S. L. Fazer e deixar morrer: necropolítica ambiental e mineração no Norte de Minas Gerais. 2022. Dissertação. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS), Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, 2022.
MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, política de morte. São Paulo: N-1 edições, 2018, 80p.
MENDES, T. G. Mineração nos gerais: análise do licenciamento ambiental do projeto bloco 8. 2022. 181 f. Dissertação. Mestrado pelo Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS), Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, 2022.
NIXON, R. Slow violence and the environmentalism of the poor. Cambridge, Massachusetts, and London, England: Harvard University Press, 2011.
PARAJULI, Pramod. Ecological ethnicity in the making: developmentalist hegemonies and emergent identities in India. Identities, [S./l.], v. 3, n. 1-2, p. 14- 59, 1996.
SVAMPA, M. As fronteiras do neoextrativismo na América Latina: conflitos socioambientais, giro ecoterritorial e novas dependências. São Paulo: Editora Elefante, 2019.
SVAMPA, M. Extrativismo neodesenvolvimentistas e movimentos sociais: um giro ecoterritorial rumo à novas alternativas?. In DILGER, Gerhard; LANG, Miriam; PEREIRA FILHO, Jorge. Descolonizar o imaginário: debates sobre pós-extrativismo e alternativas ao desenvolvimento. São Paulo: Fundação Rosa Luxemburgo, 2016.
ZHOURI, A. L. O anti-ambientalismo no Brasil: da violência lenta à violência nua. Blog da SBS, Porto Alegre, 7 jun., 2021.
ZHOURI, A. et al. O desastre de Mariana: colonialidade e sofrimento social. In ZHOURI, A.; BOLADOS, P.; CASTRO, E. Mineração na América do Sul: neoextrativismo e lutas territoriais. São Paulo: Annablume, 2016.
ZHOURI, A.; LASCHESFKI, K. (Org.). Desenvolvimento e Conflitos Ambientais. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
Downloads
Published
How to Cite
License
Copyright (c) 2025 Revista Cerrados

This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
In this journal, the copyrights for published articles belong to the author (s), with the rights of the first publication belonging to Revista Cerrados. The articles are publicly accessible, free to use, their own assignments, educational assignments and non-commercial applications.












