TERRA E LIBERDADE: O DESLOCAMENTO DE GRUPOS DE PARENTES NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX E A FORMAÇÃO DO CAMPESINATO NA ZONA FRIA DO MUNICÍPIO DE PEÇANHA - MG

Autores

  • Frederico Magalhães Siman Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – CPDA/UFRRJ

Palavras-chave:

Ancestralidade, Comunidades camponesas tradicionais, Mata do Peçanha, Serro Frio

Resumo

O presente artigo tem como objetivo a apresentação de elementos empíricos e dados históricos que permitem interpretar os fatores econômicos e sociológicos que concorrem para a explicação do deslocamento de grupos de parentes da região do Serro Frio para a região da Mata do Peçanha na primeira metade do século XX. Buscou-se por meio do presente trabalho compreender determinado período do processo de mudança agroambiental na região a partir do deslocamento populacional e formação do campesinato. Como recorte temático, abordaram-se as configurações produtivas e fundiárias do último quartel do século XVIII ao primeiro quartel do século XX. O estudo permitiu concluir que o acesso à terra representava, no contexto de deslocamento, a possibilidade de autonomia dos trabalhadores pobres mestiços e negros, descendentes diretos ou não de trabalhadores escravizados, que após a abolição continuaram submetidos ao grande domínio territorial e à violência que o caracterizava. Em suma, o deslocamento significava a possibilidade de mobilidade social e formação de relações econômicas e sociais que desafiassem a subordinação histórica.

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Publicado

2020-04-08

Como Citar

MAGALHÃES SIMAN, F. . TERRA E LIBERDADE: O DESLOCAMENTO DE GRUPOS DE PARENTES NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX E A FORMAÇÃO DO CAMPESINATO NA ZONA FRIA DO MUNICÍPIO DE PEÇANHA - MG. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 137–156, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/1911. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos