HOW A QUILOMBO EMERGES: INSTITUTIONALIZATION OF THE IDENTITY OF KILOMBO FAMÍLIA SOUZA IN THE GUARANTEE OF RIGHTS

HOW A QUILOMBO EMERGES: INSTITUTIONALIZATION OF THE IDENTITY OF KILOMBO FAMÍLIA SOUZA IN THE GUARANTEE OF RIGHTS

Authors

DOI:

https://doi.org/10.46551/issn2179-6807v30n2p41-72

Keywords:

Quilombo., Belo Horizonte, Atlântico Negro, Direito ao território., Práticas emancipatórias

Abstract

The proposed discussion reflects on how, from the cultural and political perspective of the Black Atlantic proposed by Paul Gilroy (2012), the African experience of the ethnic-racial groups Imbangalas and Jagas were given new meanings in the Brazilian context, resulting in diverse and multiple ‘’aquilombamento’’ experiences that date back to the 16th century, in the construction of emancipatory territorial praxis, capable of tensioning sometimes colonial power,

sometimes imperial power, and sometimes the constructions of violence made possible by the modern state. To this end, we borrow the experience started in Curral Del Rey, later Belo Horizonte, a planned city that currently has six remaining quilombo communities with a Certificate of Self-recognition issued by the Fundação Cultural Palmares. The Kilombo Família Souza, collective subject of reflection in this article, has historical continuum and trajectory related to Belo Horizonte since the beginnings of the city's construction, producing an insurgent praxis, based on the need to institutionalize and make official its quilombola identity as a strategy of guaranteeing their rights to the territory and the reproduction of their quilombola episteme. This institutionalization resulted in a reorientation of quilombola discussions in the city of Belo Horizonte, a theme discussed in this article.

Downloads

Author Biography

Daniel Henrique de Menezes Dias, UFMG

 

Mestre em Arquitetura e Urbanismo pelo NPGAU/UFMG. Bacharel em Arquitetura e Urbanismo pela PUC MINAS, com intercâmbio sanduíche na Escuela Técnica Superior de Arquitectura - Universidad de Valladolid. Atua como Consultor e Assessor Técnico para Povos e Comunidades Tradicionais, em específico comunidades remanescentes de quilombo. É co-coordenador do Projeto Quilombo Reconhece Quilombo.

References

ANDRADE, Manuel Correia. Abolição e Reforma Agrária. São Paulo: Editora Ática, 2001.

BARRETO, Abílio. Belo Horizonte: memória histórica e descritiva. Belo Horizonte: Fundação João Pinheiro, 1996.

BELO HORIZONTE. Câmara Municipal. Superintendência de Comunicação Institucional. Reintegração de posse ameaça moradores no Bairro Santa Tereza. Belo Horizonte. Disponível em: https://www.cmbh.mg.gov.br/comunica%C3%A7%C3%A3o/not%C3%ADcias/2019/04/reintegra%C3%A7%C3%A3o-de-posse-amea%C3%A7a-moradores-no-bairro-santa-tereza. Acesso em: 19 jan. 2025.

BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF: Presidente da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm. Acesso em: 19 jan. 2025

BRASIL. Como o comércio transatlântico de escravos explica o caminho do óleo até as praias do Nordeste. Disponível em: https://www.gov.br/fundaj/pt-br/destaques/observa-fundaj-itens/observa-fundaj/artigos-de-joao-suassuna/como-o-comercio-transatlantico-de-escravos-explica-o-caminho-do-oleo-ate-as-praias-do-nordeste. Acesso em: 18 dez. 2024.

BRASIL. Decreto Federal 4.887, de 23 de novembro de 2003. Regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos de que trata o art. 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 21 nov. 2003. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/2003/d4887.htm. Acesso em: 08 ago. 2024.

BRASIL. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. História – Belo Horizonte (MG). Brasília, DF, 2014. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/pagina/detalhes/1832/. Acesso em: 19 jan. 2024.

BRASIL. Lei nº 601, de 18 de setembro de 1850. Dispõe sobre as terras devolutas do Império. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l0601-1850.htm. Acesso em: 19 dez. 2024.

CARNEIRO, Édison. O quilombo dos palmares. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1966.

CARNEIRO, Aparecida Sueli. A construção do outro como não-ser como fundamento do ser. 2005. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade de São Paulo. São Paulo (SP), 2005.

DIAS, Daniel Henrique de Menezes. Como surge um kilombo: especulações a partir da trajetória quilombista do Kilombo Souza. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Arquitetura e Design, 2023.

DIAS, Francisco Martins. ‘’Traços Historicos e descriptivos de Bello Horizonte’’. Belo Horizonte, 1997 [1897].

FUNDAÇÃO CULTURAL PALMARES. Certificação Quilombola. Disponível em: https://www.gov.br/palmares/pt-br/departamentos/protecao-preservacao-e-articulacao/certificacao-quilombola. Acesso em: 02 jan. 2025.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Modernidade e dupla consciência. São Paulo: Editora 34, 2012; Rio de Janeiro: Universidade Cândido Mendes, Centro de Estudos Afro-Asiáticos, 2012.

HOLSTON, James. ‘’Espaços de cidadania insurgente’’. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, n. 24, p.243-254, 1996.

IGLÉSIAS, Francisco; RIBEIRO, Juscelino Luiz; ASSIS, Luiz Fernandes de; CARVALHO NETO, Menelick de. ‘’A constituinte mineira de 1891’’. Revista Brasileira de Estudos Políticos, n. 71, p. 163-245, 1990.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA - IBGE. Censo demográfico 2022: quilombolas e indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos: resultados do universo, 2024. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/index.php/biblioteca-catalogo?view=detalhes&id=73107. Acesso em: 5 ago. 2024.

MINAS GERAIS. Constituição de 15 de junho de 1891. Belo Horizonte: Congresso Constituinte do Estado, 1891. Disponível em: https://www.almg.gov.br/legislacao-mineira/texto/CON/1891/1891/. Acesso em: 19 jan. 2025.

MOURA, Clóvis. Quilombos: resistência ao escravismo. São Paulo: Expressão Popular, 2020.

NASCIMENTO, Abdias. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. Rio de Janeiro: Ipeafro, 2019.

NASCIMENTO, Beatriz Maria. Uma história feita por mãos negras: relações raciais, quilombos e movimentos. Organização: Alex Ratts. Rio de Janeiro: Zahar, 2021.

ÔRÍ. Direção e produção: Raquel Gerber. Intérprete: Maria Beatriz Nascimento. Roteiro: Maria Beatriz Nascimento. [S.l.]: Transvídeo, 1989. 1 filme (100 min), son., color.

PEREIRA, Josemeire Alves.’’Pós-emancipação, racismo estrutural e produção de esquecimento acerca da população de africanas/os e descendentes em narrativas de memórias das cidades: o caso de Belo Horizonte’’. In: 9º Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional, 2019a.

PEREIRA, Josemeire Alves. Para além do horizonte planejado: racismo e produção do espaço urbano em Belo Horizonte (séculos XIX e XX). Tese (Doutorado em História) - Universidade Estadual de Campinas. Campinas (SP), 2019b.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice. São Paulo: Cortez Editora, 1995.

SOUSA, Giuliano Glória. Negros Feiticeiros das Geraes: Práticas mágicas e cultos africanos em Minas Gerais, 1748-1800. Dissertação (Mestrado em História) - Universidade Federal de São João Del Rei. São João Del Rei (MG), 2012.

Published

2025-02-28

How to Cite

HENRIQUE DE MENEZES DIAS, Daniel. HOW A QUILOMBO EMERGES: INSTITUTIONALIZATION OF THE IDENTITY OF KILOMBO FAMÍLIA SOUZA IN THE GUARANTEE OF RIGHTS: HOW A QUILOMBO EMERGES: INSTITUTIONALIZATION OF THE IDENTITY OF KILOMBO FAMÍLIA SOUZA IN THE GUARANTEE OF RIGHTS. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 30, n. 2, p. 41–72, 2025. DOI: 10.46551/issn2179-6807v30n2p41-72. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/8695. Acesso em: 29 jul. 2025.

Similar Articles

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

You may also start an advanced similarity search for this article.