DINÂMICAS TERRITORIAIS E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EM COMUNIDADES VAZANTEIRAS ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

Autores

  • Mácia Larissa dos Santos Gomes ¹Universidade Estadual de Montes Claros – Brasil
  • Ana Paula Glinfskói Thé ¹Universidade Estadual de Montes Claros – Brasil
  • Paulo Henrique Augusto Gonçalves Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG
  • Felisa Cançado Anaya Universidade Estadual de Montes Claros – Brasil
  • Luciana Ribeiro Monteiro Universidade Estadual de Montes Claros – Brasil

Palavras-chave:

agronegócio, conflitos ambientais, desigualdades, desenvolvimento sustentável, comunidades tradicionais

Resumo

O crescimento do agronegócio e os conflitos ambientais causam impactos nas dinâmicas territoriais das comunidades quilombola-pescadoras-vazanteiras. Esses grupos sociais vivem nas margens do médio rio São Francisco no Norte de Minas e se articulam para a afirmação de suas identidades étnicas diferenciadas e para terem seus direitos territoriais reconhecidos. Buscam se caracterizar através de categorias portadoras de direitos coletivos quilombolas e vazanteiras, mas são também conhecidas em terras sanfranciscanas como ilheiras, barranqueiras, beradeiras e lameiras (ARAUJO, 2009). A expansão do capitalismo e expropriação territorial desde a década de 60 têm causado conflitos ambientais que interferem no modo de vida dessas comunidades. A barragem de Três Marias pela Companhia de Energia de Minas Gerais (CEMIG) é vista como fonte das primeiras mudanças. O movimento de migração dos pescadores está intimamente ligado à construção de barragens, que colocam em risco a prática artesanal da pesca e sobrevivência das populações ribeirinhas (THÉ, 2003). O projeto Jaíba de fruticultura irrigada é indicado como uma das principais causas de conflitos ambientais à margem do rio São Francisco, causando expropriação territorial e mudanças nos costumes tradicionais. Este trabalho busca demonstrar através de pesquisa documental que a demarcação do território tradicional e o respeito ao modo de produção tradicional são as fontes de esperança das famílias que resistem à lógica “mercadológica” do modelo agroindustrial. É necessária mediação dos conflitos estimulando a participação Revista Desenvolvimento Social No 19/01, 2016. (ISSN 2179-6807) Página158 social, afirmação étnica e o acesso a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável.

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Publicado

2020-04-08

Como Citar

LARISSA DOS SANTOS GOMES, M. .; PAULA GLINFSKÓI THÉ, A. .; HENRIQUE AUGUSTO GONÇALVES, P. .; CANÇADO ANAYA, F. .; RIBEIRO MONTEIRO, L. . DINÂMICAS TERRITORIAIS E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EM COMUNIDADES VAZANTEIRAS ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 157–164, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/1913. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos