DINÂMICAS TERRITORIAIS E IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EM COMUNIDADES VAZANTEIRAS ÀS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO
Palavras-chave:
agronegócio, conflitos ambientais, desigualdades, desenvolvimento sustentável, comunidades tradicionaisResumo
O crescimento do agronegócio e os conflitos ambientais causam impactos nas dinâmicas territoriais das comunidades quilombola-pescadoras-vazanteiras. Esses grupos sociais vivem nas margens do médio rio São Francisco no Norte de Minas e se articulam para a afirmação de suas identidades étnicas diferenciadas e para terem seus direitos territoriais reconhecidos. Buscam se caracterizar através de categorias portadoras de direitos coletivos quilombolas e vazanteiras, mas são também conhecidas em terras sanfranciscanas como ilheiras, barranqueiras, beradeiras e lameiras (ARAUJO, 2009). A expansão do capitalismo e expropriação territorial desde a década de 60 têm causado conflitos ambientais que interferem no modo de vida dessas comunidades. A barragem de Três Marias pela Companhia de Energia de Minas Gerais (CEMIG) é vista como fonte das primeiras mudanças. O movimento de migração dos pescadores está intimamente ligado à construção de barragens, que colocam em risco a prática artesanal da pesca e sobrevivência das populações ribeirinhas (THÉ, 2003). O projeto Jaíba de fruticultura irrigada é indicado como uma das principais causas de conflitos ambientais à margem do rio São Francisco, causando expropriação territorial e mudanças nos costumes tradicionais. Este trabalho busca demonstrar através de pesquisa documental que a demarcação do território tradicional e o respeito ao modo de produção tradicional são as fontes de esperança das famílias que resistem à lógica “mercadológica” do modelo agroindustrial. É necessária mediação dos conflitos estimulando a participação Revista Desenvolvimento Social No 19/01, 2016. (ISSN 2179-6807) Página158 social, afirmação étnica e o acesso a políticas públicas voltadas ao desenvolvimento sustentável.
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