Eles observam uma imagem e nós, pela antropologia visual, observamos uma Geometria no esqueleto da casa de pau a pique
DOI:
https://doi.org/10.46551/emd.v8n14a11Palavras-chave:
Antropologia Visual, Imagem como Campo, Conceitos Geométricos, Pau a PiqueResumo
A ida ao campo, de modo que essa imersão permita o contato com o outro, caracteriza a produção de dados no fazer antropológico clássico. Em uma Antropologia em que os nativos se expressem por meio de imagens, abre-se a possibilidade de usá-la como campo e instrumento de pesquisa, em vez de serem apenas registros de observação. Na discussão presente neste ensaio, procurou-se identificar, a partir da imersão por observação, em uma perspectiva antropológica visual, os conceitos geométricos presentes no esqueleto de uma casa de pau a pique e suas articulações com o ensino. Os resultados evidenciaram que o esqueleto é sustentado por retângulos, quadrados, trapézios e triângulos, resultantes das interseções entre paus e/ou madeiras horizontais, verticais e oblíquos.
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Referências
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