VALORIZAÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS

Autores

  • Marina Bezerra dos Santos
  • Antônio Luiz Nunes Salgado

Palavras-chave:

Reforma Trabalhista, Negociação Coletiva, Sindicalismo, Equilíbrio, Princípios Trabalhistas

Resumo

A Reforma Trabalhista de 2017 estabeleceu a primazia das negociações coletivas sobre o legislado no artigo 611-A da CLT. Buscou-se avaliar o equilíbrio das relações coletivas de trabalho através das alterações implementadas pela Lei 13.467/2017. Seguiu-se o método monográfico realizando revisão da literatura. Verificou-se que a reforma alterou o equilíbrio das entidades coletivas ao retirar a compulsoriedade do imposto sindical. Estabeleceu à Justiça do Trabalho analisar convenções ou acordos coletivos sob o viés civilista, a lei reforça o distanciamento do Direito do Trabalho da matriz de direito público. Ao dirigir a análise para os elementos essenciais do negócio jurídico, em detrimento dos princípios orientadores, a lei insere o direito laboral no rol dos direitos privados. No quadro visto para o sindicalismo brasileiro da atualidade, tem-se o (pseudo) aumento de poder dos sindicatos a fragmentar a aplicação de leis alcançadas com longas lutas sociais. Estabelece multiplicidade de regras, de classe para classe e de negociação para negociação, promovendo o individualismo das relações inclusive entre grupos de um mesmo segmento. Concluiu-se que diante dessa inovação legal, a possibilidade de sujeição dos trabalhadores a condições de trabalho inferiores às garantidas em Lei.

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Publicado

2020-01-03

Como Citar

BEZERRA DOS SANTOS, M. .; LUIZ NUNES SALGADO, A. . VALORIZAÇÃO DAS NEGOCIAÇÕES COLETIVAS. Revista Desenvolvimento Social, [S. l.], v. 25, n. 2, p. 71–92, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/rds/article/view/149. Acesso em: 19 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos