La geopolítica y la territorialización de la soja en el Estado de Paraná
DOI:
https://doi.org/10.46551/rc24482692202505Palabras clave:
Soja, Territorialización, Geopolítica, Agronegocio, ParanáResumen
El presente artículo tiene como objetivo analizar cómo la expansión de la soja en el estado de Paraná (Brasil) trasciende los impactos locales, integrándose en dinámicas globales. En Paraná, la producción de soja está estrechamente vinculada al mercado internacional, influenciada por multinacionales y acuerdos comerciales. La geopolítica revela desigualdades en la disputa territorial, con grandes empresas y cooperativas agroindustriales dominando vastas áreas, mientras que pequeños productores y comunidades tradicionales enfrentan dificultades para mantenerse. El estudio examina la producción de commodities y la geopolítica de la soja en el estado, destacando el papel de la territorialización, que implica la apropiación y reconfiguración del espacio por actores del agronegocio, impulsada por infraestructura orientada a la exportación. A partir de una revisión bibliográfica y el análisis de datos del IPARDES y el IBGE, los resultados muestran que la expansión de la soja no solo responde a la búsqueda de nuevas áreas agrícolas, sino también a presiones globales relacionadas con la exportación de alimentos y biocombustibles. La construcción de carreteras y puertos refuerza la concentración de poder en manos de grandes corporaciones, consolidando un “espacio corporativo” enfocado en la optimización del flujo de mercancías. Así, la soja en Paraná ejemplifica la interconexión entre territorio, territorialización y geopolítica en el agronegocio globalizado.
Descargas
Citas
AGNEW, J. Geopolitics: re-visioning world politics. Abingdin: Routledge, 2003. 168 p.
AGNEW, J. Sovereignty regimes: territoriality and state authority in contemporary world politics. Annals of the Association of American Geographers, London, v. 95, n. 2, p. 437-461, 2005. Disponível em: https://www.tandfonline.com/doi/abs/10.1111/j.1467-8306.2005.00468.x. Acesso em: 25 jan. 2025.
AGNEW, J. Globalization and sovereignty. Lanham: Rowman & Littlefield, 2012. 216 p.
ALLEN, J. Lost geographies of power. Maine: Blackwell Publishers, 2003. 228 p.
ANTONSICH, M. Rethinking territory. Progress in Human Geography, London, v. 35, n. 3, p. 422-425, 2011. Disponível em: https://colab.ws/articles/10.1177%2F0309132510385619. Acesso em: 15 jan. 2025.
BECKER, B. Reflexões sobre a geopolítica e a logística da soja na Amazônia. In: ANDRADE, E. B. (org.). A geopolítica da soja na Amazônia. Belém: Embrapa, 2005. p. 285-310.
BILBAO, A. P. Territorio: reflexiones acerca de los aportes de Ratzel, Gottmann, Lacoste y Raffestin en el desarrollo conceptual de las geografias contemporáneas. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía, [S./l.], v. 33, n. 1, p. 4-15, 2024. Disponível em: https://revistas.unal.edu.co/index.php/rcg/article/view/100582. Acesso em: 22 jan. 2025.
BLUM, G. G. Anel da (des)integração paranaense: estado, rede logística e a governamentalidade da circulação no território no século XXI. 2015. 207 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2015. Disponível em: https://acervodigital.ufpr.br/xmlui/handle/1884/39877. Acesso em: 15 jan. 2025.
BORGES, J. C. P.; CALAÇA, M. Desterritorialização: a ótica cultural do processo de modernização da agricultura em Goiás. Anais do X EREGEO – Simpósio Regional de Geografia. Abordagens geográficas do Cerrado: paisagens e diversidades. Catalão: UFG, 2007. p. 1-12. Disponível em: https://files.cercomp.ufg.br/weby/up/215/o/julio_cesar_pereira_borges. Acesso em: 01 fev. 2025.
BRAUDEL, F. The mediterranean and the mediterranean world in the age of Philip II. San Francisco: University of California Press, 1995. 1.375 p.
BRENNER, N. Foucault’s new functionalism. Springer Nature, London, v. 23, n. 5, p. 679-709, 1994. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/658092. Acesso em: 01 fev. 2025.
BRENNER, N. Beyond state-centrism? Space, territoriality, and geographical scale in globalization studies. Springer Nature, London, v. 28, n. 1, p. 39-78, 1999. Disponível em: https://www.jstor.org/stable/3108505. Acesso em: 01 fev. 2025.
BRZEZINSKI, Z. The grand chessboard: american primacy and its geostrategic Imperatives. Nova Iorque: Basic Books, 1997. 201 p.
BULHÕES, R. A. contribuição da soja para economia paranaense. In: STADUTO, J. A.; BRAUN, M. B. S.; SILVA, C. L. da; ROCHA JÚNIOR, W. F. da (org.). Agronegócio e desenvolvimento regional: reflexões sobre a competitividade das cadeias de produção paranaense. Cascavel: Edunioeste, 2007. p. 61-85.
CASTELLS, M. Technological change, economic reestructuring and the spatial division of labor. In: International Economic Reestructuring And Territorial Community. Nova Iorque: United Nations Industrial Development Organization, 1985. p. 87-83.
CASTELLS, M. A sociedade em rede. 6. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. 700 p.
COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Soja: séries históricas de produtividade. 2024. Disponível em: https://www.conab.gov.br/info-agro/safras/serie-historica-das-safras. Acesso em: 20 ago. 2024.
DELGADO, G. C. Capital financeiro e agricultura no Brasil: 1965-1985. São Paulo: Icone, 1985. 240 p.
DELGADO, G. C. Expansão e modernização do setor agropecuário no pós-guerra: um estudo da reflexão agrária. Estudos Avançados, São Paulo, v. 15, n. 43, p. 157-172, 2001.
DOWBOR, L. A era do capital improdutivo: por que oito famílias têm mais riqueza do que a metade da população do mundo? São Paulo: Autonomia Literária, 2017. 320 p.
ELIAS, D. Globalização e Agricultura no Brasil. Geo UERJ, Rio de Janeiro, v. 12, n. 23, p. 23-33, 2002. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/geouerj/article/view/49202. Acesso em: 10 dez. 2024.
ELIAS, D. Ensaios sobre os espaços agrícolas de exclusão. Revista Nera, [S./l.], v. 8, n. 8, p. 29-51, 2006. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/1442. Acesso em: 15 jan. 2025.
ELLIS, F.; BIGGS, S. La evolución de los temas relacionados al desarrollo rural: desde la década de los anos ‘50 al 2000’. Organizações Rurais e Agroindustriais, Lavras, v. 7, n. 1, p. 60-69, 2005. Disponível em: https://www.redalyc.org/pdf/878/87817147005.pdf. Acesso em: 9 dez. 2024.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). História da soja no Brasil. 2017. Disponível em: www.embrapa.br. Acesso em: 9 dez. 2024.
EMPRESA BRASILEIRA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA (EMBRAPA). Soja em números (safra 2010/2011). Disponível em: https://www.embrapa.br/soja/cultivos/soja1/dados-economicos. Acesso em: 10 set. 2024.
FAJARDO, S. A ação das cooperativas agropecuárias na modernização da agricultura no estado do Paraná, Brasil. GeoTextos, Salvador, v. 12, n. 1, p. 207-230, 2016. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/14355. Acesso em: 20 dez. 2024.
FERNANDES, B. M. Sobre a tipologia de territórios. In: SAQUET, M. A.; SPOSITO, E. S. (orgs.). Territórios e territorialidades: teorias, processos e conflitos. São Paulo: Expressão Popular, 2009. p. 197-215.
FERNANDES, B. M. Os usos da terra no Brasil: debates sobre políticas fundiárias. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2014. 109 p.
FERROESTE. Página Inicial. 2024. Disponível em: https://www.ferroeste.pr.gov.br/. Acesso em: 12 ago. 2024.
FOUCAULT, M. A microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 174 p.
GIDDENS, A. Sociology. Cambridge: Polity Press, 2009. 59 p.
GLACKEN, C. Review of Friedrich Ratzel: a biographical memoir and bibliography by H. Wanklyn, J. A. Steers y F. Ratzel. Geographical Review, v. 52, n. 3, p. 467-468, 2006.
GODOY, A. S. Pesquisa qualitativa: tipos fundamentais. Revista de Administração de Empresas, Rio de Janeiro, v. 35, n. 3, p. 20-29, 1995. Disponível em: https://periodicos.fgv.br/rae/article/view/38200. Acesso em: 23 dez. 2024.
GOTTMANN, J. La politique des États et leur géographie. Paris: A. Colin, 1952. 3 p.
HAESBAERT, R. O mito da desterritorialização: do “fim dos territórios” à multiterritorialidade. 2. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2004. 396 p.
HARVEY, D. The condition of postmodernity: An enquiry into the origins of cultural change. Cambridge: Blackwell, 2001. 379 p.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção agrícola municipal. 2020. Disponível em: www.ibge.gov.br. Acesso em: 23 dez. 2024.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (IPARDES). As espacialidades socioeconômico-institucionais no período 2003-2015. Curitiba: Ipardes, 2017.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (IPARDES). Exportações do Paraná somam US$ 15,9 bilhões nos oito primeiros meses de 2022. Curitiba: Ipardes, 2022. Disponível em: https://www.ipardes.pr.gov.br/Noticia/Exportacoes-doParana-somam-US-159-bilhoes-nos-oito-primeiros-meses-. Acesso em: 01 set. 2024.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (IPARDES). Caderno Estatístico dos Municípios do Paraná. Curitiba: Ipardes, 2024.
INSTITUTO PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL (IPARDES). Indicadores econômicos: agropecuária: produção agrícola: Paraná. Disponível em: https://www.ipardes.pr.gov.br/Pagina/Indicadores-Economicos. Acesso em: 2 set. 2024.
JOHNSON, R.; WICHERN, D. Applied multivariate statistical analysis. New Jersey: Sage, 1988. 170 p.
KAPLAN, R. The revenge of geography: what the map tells us about coming conflicts and the battle against fate. Nova Iorque: Random House, 2009. 220 p.
KARL, T. L. The paradox of plenty: oil booms and petro-states. 3. ed. San Francisco: University of California Press, 2018. 380 p.
LEFEBVRE, H. De l’ État. Paris: Union Génerale, 1978. 200 p.
LEFEBVRE, H. La production de l'espace. Paris: Éditions Anthropos, 1978. 120 p.
LOUREIRO, M. R. G. Cooperativismo e reprodução camponesa. In: LOUREIRO, M. R. G. (ed.). Cooperativas agrícolas e capitalismo no Brasil. São Paulo: Cortez, 1981. p. 133-155.
MACEDO, F. C.; JUNIOR, E. G. Padrão de reprodução do capital, território e infraestrutura de transportes: os casos de Santarém (PA) E Itaituba (PA). Boletim Goiano de Geografia, Goiânia, v. 39, p. 1-18, 2019. Disponível em: https://revistas.ufg.br/bgg/article/view/55542. Acesso em: 25 jan. 2025.
MOÑIVAS LÁZARO, A. Epistemología y representaciones sociales: concepto y teoría. Revista de Psicología General y Aplicada, Madri, v. 4, n. 4, p. 409-419, 1994. Disponível em: https://produccioncientifica.ucm.es/documentos/619ca60fa08dbd1b8fa0135c?lang=gl. Acesso em: 15 jan. 2025.
MUEHE, D. A contribuição de Camille Vallaux para a regionalização dos oceanos. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 24, n. 52, p. 1-4, 2022. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geographia/article/view/54890. Acesso em: 14 jan. 2025.
NUNES, P. A.; PARRÉ, J. L. Dimensionamento do agronegócio paranaense: 2007. Faz Ciência (UNIOESTE), Francisco Beltrão, v. 15, n. 22, p. 126-142, 2013. Disponível em: https://saber.unioeste.br/index.php/fazciencia/article/view/9150. Acesso em: 14 jan. 2025.
OLIVEIRA, J. P.; IGLESIAS, M. P. As demarcações participativas e o fortalecimento das organizações indígenas. In: SOUZA LIMA, A. C.; BARROSO-HOFFMANN, M. (org.). Estado e povos indígenas. Rio de Janeiro: Contra Capa, 2002. p. 41-68.
PAASI, A. Territory. In: AGNEW, J., MITCHELL, K., Ó TUATHAIL, G. (Eds.). A companion to political geography. Malden: Blackwell, 2003. p. 109-122.
ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO (FAO). Panorama da soja no Brasil. 2021. Disponível em: www.fao.org. Acesso em: 14 jan. 2025.
PECQUEUR, B. O desenvolvimento territorial: uma nova abordagem dos processos de desenvolvimento para as economias do Sul. Raízes: Revista De Ciências Sociais E Econômicas, Campina Grande, v. 24, n. 1, p. 10-22, 2006. Disponível em: https://raizes.revistas.ufcg.edu.br/index.php/raizes/article/view/243. Acesso em: 10 dez. 2024.
PINAZZA, L. A. Cadeia produtiva da soja. Brasília. Distrito Federal: MAPA-SPA, 2007. 116 p.
RATZEL, F. Politische geographie. München: Oldenbourg, 1893. 787 p.
RATZEL, F. Kleine Schriften von Friedrich Ratzel In: HELMOLT, H. (org.). Kleine Schriften von Friedrich Ratzel. Munique: Druck und Verlag, 1906. 626 p.
SANTOS, M. Técnica, espaço, tempo. São Paulo: Hucitec, 1994. 94 p.
SANTOS, M. O país distorcido. O Brasil, a globalização e a cidadania. São Paulo: Publifolha, 2002. 224 p.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2006. 206 p.
SASSEN, S. Territory, authority, rights: from medieval to global assembladges. Nova Jersey: Princeton University Press, 2006. 512 p.
SILVA, E. E. S.; SOUZA, M. M.; OLIVEIRA, A. L. R. Expansão da soja no Arco Norte: uma análise de correlação de indicadores socioeconômicos e produtivos. Revista Cerrados, Montes Claros – MG, v. 22, n. 2, p. 331-353, 2024. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/8297. Acesso em: 19 jan. 2025.
SORRE, M. Geografia. São Paulo: Ática, 1984. 192 p.
SOUZA, M; NASCIMENTO, C. A. Ocupações e rendas das famílias rurais e agrícolas no Estado do Paraná. Revista Paranaense de Desenvolvimento, Curitiba, v. 112, p. 73-91, 2007. Disponível em: https://ipardes.emnuvens.com.br/revistaparanaense/article/view/38. Acesso em: 20 nov. 2024.
SOUZA, M. J. L. O território: sobre espaço, poder, autonomia e desenvolvimento. In: CASTRO, I. E.; GOMES, P. C.; CORRÊA, R. L. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. p. 77-116.
SPYKMAN, N. J. A geografia da paz. São Paulo: Hucitec, 2020. 177 p.
THÉRY, H.; NETO, T. O. Geopolítica e circulação: eixos e articulações macrorregionais sul-americanos. In: AZEVEDO, D. A.; NOGUEIRA, R. Geografia política. Brasília: Universidade de Brasilia; Caliandra, 2023. p. 215-230.
VALLAUX, C. Géographie sociale. Paris: Alcan, 1928. 25 p.
VIRILIO, P. Guerra pura. Rio de Janeiro: Brasiliense, 1984. 116 p.
WORLD COOPERATIVE MONITOR. Cooperativas. 2023. Disponível em: https://ica.coop/en/media/library/research-and-reviews-world-cooperative-monitor/world-cooperative-monitor-202. Acesso em: 20 dez. 2024.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Categorías
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Cerrados

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-SinDerivadas 4.0.
En esta revista, los derechos de autor de los artículos publicados pertenecen a los autores, y los derechos de la primera publicación pertenecen a Revista Cerrados. Los artículos son de acceso público, de uso gratuito, sus propias tareas, tareas educativas y aplicaciones no comerciales.