BABESIOSE CANINA: ASPECTOS HEMATOLÓGICOS E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO

Autores

  • Eloan Mendes Vieira Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Júlia Rodrigues Ortega Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Vanessa de Andrade Royo Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Afrânio Farias de Melo Júnior Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Dario Alves de Oliveira Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
  • Elytania Veiga Menezes Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

DOI:

https://doi.org/10.46551/ruc.v23n1a02

Palavras-chave:

: 28S rDNA; Hemograma; Hemoparasitose; Babesiose; Diagnóstico Molecular.

Resumo

A babesiose canina é uma hemoparasitose causada por agentes etiológicos do gênero Babesia. A utilização do diagnóstico clínico é imprecisa devido a existência de sinais clínicos inespecíficos, e os exames usados rotineiramente como o esfregaço sanguíneo apresenta muitos resultados falso negativos. Objetivo comparação da eficiência do diagnóstico por padrões
hematológicos, esfregaço sanguíneo, e por reação em cadeia da polimerase (PCR). Método trata-se de uma pesquisa realizada com de 80 cães que se encontravam sobre responsabilidade do Centro de Controle Zoonoses. Por meio da coleta de 3 ml de sangue venoso, por animal para a realização dos testes. Resultados, observou-se leve a moderada anemia nas 80 amostras analisadas, porém sem diferenças significativas nos parâmetros do hemograma dos cães positivos e negativos para a babesiose. Embora o diagnóstico pelo esfregaço sanguíneo tenha sido negativo, a PCR apresentou positividade de 46,2% (37/80) para Babesia canis. Foi identificado alto índice de resultados positivos para Babesia canis nos cães parasitados pelo carrapato vetor. Considerações finais a partir dos resultados encontrados, conclui-se que existe fragilidade nos exames utilizados rotineiramente para o diagnóstico da babesiose canina quando comparado ao diagnóstico molecular. Evidenciando a
necessidade de implantação de novas metodologias para diagnóstico mais eficiente.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Eloan Mendes Vieira, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Mestre em biotecnologia Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros/MGBrasil. Doutorando da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Ouro Preto/MG. Brasil. 

Júlia Rodrigues Ortega, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Mestranda em Biotecnologia pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes
Claros/MG- Brasil. 

Vanessa de Andrade Royo, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Doutora em produtos naturais sintéticos. Universidade de São Paulo, USP. Professor Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES). Montes Claros/MG- Brasil. 

Afrânio Farias de Melo Júnior, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Doutor em Engenharia Florestal. Universidade Federal de Lavras, Professor Departamento de Ciências
Biológicas, Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Montes Claros MG- Brasil.

Dario Alves de Oliveira, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Doutor em Fitotecnia (Produção Vegetal) pela Universidade Federal de Viçosa, UFV, Brasil. Professor do
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Montes
Claros/MG. Brasil. 

Elytania Veiga Menezes, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Doutora em Ciências Biológicas (Biologia Genética). Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Professor do
Departamento de Ciências Biológicas da Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES, Montes
Claros/MG – Brasil. 

Referências

ANTUNES, Sandra et al. Deciphering Babesia-vector interactions. Front. Cell. Infect. Microbiol, v. 7, p. 429, 2017. https://doi.org/10.3389/fcimb.2017.00429. Access en: 14 jun.2019.

ORKUN, Ömer; KARAER, Zafer. Molecular characterization of Babesia species in wild animals and their ticks in Turkey. Infect Genet Evol, v. 55, p. 8-13, 2017. https://doi.org/10.1016/j.meegid.2017.08.026. Access en:14 jun.2021.

JALOVECKA, Marie et al. Babesia life cycle–when phylogeny meets biology. Trends Parasitol, v. 35, n. 5, p. 356-368, 2019. https://doi.org/10.1016/j.pt.2019.01.007. Access en:9 jun.2021.

MORAES, Pablo Henrique Gonçalves et al. Optimization of a molecular method for the diagnosis of canine babesiosis. Rev Bras Parasitol vet, v. 23, n. 1, p. 105-108, 2014. https://doi.org/10.1590/S1984-29612014017. Access en:10 jun.2020.

SCHNITTGER, Leonhard et al. Babesia: a world emerging. Infect Genet Evol, v. 12, n. 8, p. 1788-1809, 2012. https://doi.org/10.1016/j.meegid.2012.07.004. Access en: 27 jan.2020.

CASATI, Simona et al. Presence of potentially pathogenic Babesia sp. for human in Ixodes ricinus in Switzerland. Ann Agric Environ Med, v. 13, n. 1, p. 65, 2006. Access en: 23 set.2019.

SMITH JR, Robert P., et al. Human babesiosis, Maine, USA, 1995–2011. Emerg. Infect. Dis, 20.10: 1727. 2014. https://doi.org/10.3201/eid2010.130938. Access en: 23 set.2019.

OTGONSUREN, Davaajav et al. Molecular epidemiological survey of Babesia bovis, Babesia bigemina, and Babesia sp. Mymensingh infections in Mongolian cattle. Parasitol. Int, v. 77, p. 102107, 2020. https://doi.org/10.1016/j.parint.2020.102107. Access en:12 set.2018

LAHA, R. et al. Babesia infection in naturally exposed pet dogs from a north-eastern state (Assam) of India: detection by microscopy and polymerase chain reaction. J Parasit Dis, v. 38, n. 4, p. 389-393, 2014. https://doi.org/10.1007 / s12639-013-0261- 1. Access en:5 ago.2019

SOBCZYK, AGNIESZKA S. et al. Usefulness of touchdown PCR assay for the diagnosis of atypical cases of Babesia canis canis infections in dogs. Bull Vet Inst Pulawy, v. 49, n. 4, p. 407, 2005. Access en: 17 mar. 2017.

SANTOS, T. M., Santos, H. A., & Massard, C. L. Diagnóstico molecular de babesiose congênita em potros neonatos no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rev Bras Parasitol Vet 17(1), 348-350. 2008. Access en: 15 ago. 2017.

ALMOSNY, Nádia RP et al. Hemoparasitoses em pequenos animais domésticos e como zoonoses. Rio de Janeiro: NDL. F. Livros, 2002. Access en: 30 abr. 2017.

ABDULLAHI, S. U. et al. Clinical and haematological findings in 70 naturally occurring cases of canine babesiosis. J Small Anim Pract, v. 31, n. 3, p. 145-147, 1990. https://doi.org/10.1111/j.1748-5827.1990.tb00750.x. Access en: 13 set. 2017.

GASSER, Robin B. Molecular tools—advances, opportunities and prospects. Vet. Parasitol. v. 136, n. 2, p. 69-89, 2006. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2005.12.002. Access en: 22 ago. 2017.

CARRET, CÉLINE et al. Babesia canis canis, Babesia canis vogeli, Babesia canis rossi: differentiation of the three subspecies by a restriction fragment length polymorphism analysis on amplified small subunit ribosomal RNA genes. J. Eukaryot. Microbiol, v. 46, n. 3, p. 298-301, 1999. https://doi.org/10.1111/j.1550- 7408.1999.tb05128.x. Access en: 13 jul. 2017.

DUARTE, Sabrina Castilho et al. Diagnóstico parasitológico e molecular da Babesiose canina na cidade de Goiânia-GO. Rev. patol. trop., v. 37, n. 3, p. 229-236, 2008. https://doi.org/10.5216/rpt.v37i3.5064. Access en: 20 fev. 2020

YABSLEY, Michael J.; SHOCK, Barbara C. Natural history of zoonotic Babesia: role of wildlife reservoirs. IJP-PAW, v. 2, p. 18-31, 2013.

https://doi.org/10.1016/j.ijppaw.2012.11.003. Access en: 18 fev. 2020.

FUKUMOTO, Shinya et al. Development of a polymerase chain reaction method for diagnosing Babesia gibsoni infection in dogs. J. Vet. Sci, v. 63, n. 9, p. 977-981, 2001. https://doi.org/10.1292/jvms.63.977. Access en: 22 jul. 2017.

IRWIN, Peter J. Canine babesiosis: from molecular taxonomy to control. Parasit Vectors, v. 2, n. 1, p. 1-9, 2009. ttps://doi.org/10.1186/1756-3305-2-S1-S4. Access en: 25 jul. 2017.

BANETH, Gad. Perspectives on canine and feline hepatozoonosis. Vet. Parasitol, v. 181, n. 1, p. 3-11, 2011. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.04.015. Access en: 05 jun. 2017.

VILELA, J. A. R. et al. Alterações clínico-hematológicas da infecção por Babesia canis vogeli em cães do município de Seropédica, Rio de Janeiro, Brasil. Rev Bras Med Vet, 35(1), 63-68. 2013. Access en: 14 mar. 2017.

SOLANO-GALLEGO, G. Baneth. Babesiosis in dogs and cats—expanding parasitological and clinical spectra. Vet. Parasitol, 181, pp. 48 – 60. 2011. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2011.04.023. Access en: 15 jul. 2017.

BANETH, Gad. Antiprotozoal treatment of canine babesiosis. Vet. Parasitol, 254: 58- 63.2018. ttps://doi.org/10.1016/j.vetpar.2018.03.001. Access en: 10 nov. 2017.

OLIVEIRA, MC de S. et al. Fundamentos teóricos-práticos e protocolos de extração e de amplificação de DNA por meio da técnica de reação em cadeia de polimerase. Embrapa Pecuária Sudeste-Livro científico (ALICE), 2007. ISBN:978-85-86764-11-

Access en: 11 nov. 2017.

MARTIN, Anthony R. et al. Babesia canis vogeli: a novel PCR for its detection in dogs in Australia. Exp. Parasitol., v. 112, n. 1, p. 63-65, 2006. https://doi.org/10.1016/j.exppara.2005.09.001. Access en: 13 set. 2017.

KORDICK, Stephanie Kathleen et al. Coinfection with multiple tick-borne pathogens in a Walker Hound kennel in North Carolina. J. Clin. Microbiol, v. 37, n. 8, p. 2631- 2638, 1999. https://doi.org/10.1128/JCM.37.8.2631-2638.1999. Access en: 09 ago.

DA SILVA, Vanessa Carla Lima et al. Parasitological and molecular detection of

Babesia canis vogeli in dogs of Recife, Pernambuco and evaluation of risk factors

associated. Semin Cienc Agrar, v. 37, n. 1, p. 163-171, 2016. Access en: 13 mai. 2017.

MIRANDA, Farlen Jose Bebber et al. Freqüência de cães infectados por Babesia spp.

em Campos dos Goytacazes, RJ. Ciênc. Anim. Bras, v. 9, n. 1, p. 238-241, 2008.

Access en: 04 jul. 2017.

KJEMTRUP, A. M. et al. There are at least three genetically distinct small piroplasms

from dogs. Int. J. Parasitol., v. 30, n. 14, p. 1501-1505, 2000.

https://doi.org/10.1016/S0020-7519(00)00120-X. Access en: 04 jul. 2017.

GREENE, Craig E. et al. Infectious diseases of the dog and cat. WB SaundersElsevier

Science, 2006. ISBN : 072160062X. Access en: 28 mar. 2017.

SILVA, Arannadia Barbosa et al. Detecção molecular de Babesia canis vogeli em cães

e em Rhipicephalus sanguineus na mesorregião do oeste maranhense, nordeste

brasileiro. Ciênc. Anim. Bras, v. 13, n. 3, p. 388-395, 2012. Access en: 04 abr. 2017.

FURLANELLO, T. et al. Clinicopathological findings in naturally occurring cases of

babesiosis caused by large form Babesia from dogs of northeastern Italy. Vet.

Parasitol, v. 134, n. 1-2, p. 77-85, 2005. https://doi.org/10.1016/j.vetpar.2005.07.016.

Access en: 14 ago. 2017.

HAGIWARA, M. K.; HOLZCHUH, M. P. Infecçao experimental de caes por Babesia

canis I Avaliaçao do leucograma durante a evoluçao da doença. Arq. Bras. Med. Vet.

Zootec, v. 39, p. 745-755, 1987. Access en: 06 mar. 2018.

ZYGNER, W. et al. Biochemical abnormalities observed in serum of dogs infected

with large Babesia in Warsaw (Poland). Pol. J. Vet. Sci, v. 10, n. 4, p. 245-253, 2007.

PMID: 18198540. Access en: 17 jun. 2017

GUIMARÃES, J. C. et al. Aspectos clínico-laboratoriais da babesiose canina na

cidade de Campos do Goytacazes, RJ. Rev Bras Parasitol Vet, v. 13, p. 229, 2004.

Access en: 13 ago. 2017.

GUELFI, J. F. et al. Variations de l'hemogramme en fonction de l'anciennete des

symptomes chez les chiens adultes atteints de babesiose aigue spontanee. Rev Med

Vet, v. 149, n. 1, p. 65-68, 1998. Access en: 21 ago. 2017.

Downloads

Publicado

2021-06-18

Como Citar

VIEIRA, E. M.; ORTEGA, J. R.; ROYO, V. de A.; JÚNIOR, A. F. de M.; OLIVEIRA, D. A. de; MENEZES, E. V. BABESIOSE CANINA: ASPECTOS HEMATOLÓGICOS E COMPARAÇÃO DE MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO. Revista Unimontes Científica, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 1–16, 2021. DOI: 10.46551/ruc.v23n1a02. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/4309. Acesso em: 20 abr. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais