RACISMO AMBIENTAL COMO BIOPOLÍTICA E NECROPOLÍTICA

A GESTÃO DA MORTE NO CONTEXTO BRASILEIRO

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46551/rssp202528

Palabras clave:

Racismo ambiental. Necropolítica. Biopolítica. Gestão da morte.

Resumen

El artículo analiza cómo el racismo ambiental, desde las perspectivas de la biopolítica y la necropolítica, contribuye a la perpetuación de las desigualdades socioambientales en el Brasil contemporáneo. La problemática central cuestiona de qué manera la gestión selectiva de la vida y de la muerte afecta desproporcionadamente a las poblaciones negras, indígenas, quilombolas y periféricas, reforzando prácticas históricas de exclusión y abandono. El estudio adopta una metodología cualitativa, basada en una revisión bibliográfica interdisciplinaria sobre racismo estructural, justicia ambiental, políticas públicas y explotación territorial, complementada por el análisis de casos emblemáticos como los desastres socioambientales de Mariana, Brumadinho, Pirapora do Bom Jesus y los conflictos que involucran a pueblos indígenas. Los resultados indican que la degradación ambiental en Brasil no es aleatoria, sino estructurada racialmente, dirigiendo impactos socioambientales más severos hacia grupos históricamente marginados. La gestión ambiental, como tecnología de poder, organiza y jerarquiza las vidas humanas conforme a intereses económicos y políticos, descartando cuerpos racializados e intensificando las vulnerabilidades. El análisis evidencia que el racismo ambiental articula dimensiones sociales, raciales y ecológicas de la violencia estructural, operando como herramienta de precarización extrema y muerte selectiva. Se concluye que la superación de las desigualdades socioambientales exige el reconocimiento explícito de las estructuras de poder que naturalizan dichas prácticas, demandando políticas públicas que integren la justicia ambiental, racial y social. El estudio resalta la urgencia de deconstruir prácticas históricamente legitimadas, promoviendo nuevos paradigmas de protección y valorización de la vida en contextos de vulnerabilidad socioambiental.

 

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Biografía del autor/a

Lucas Matheus Araújo Bicalho, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestrando no Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), com graduação em História - Licenciatura pela mesma instituição. Membro ativo do Grupo de Estudos em História do Esporte e da Educação Física (GEHEF), vinculado ao Departamento de Educação Física e Desporto (DEFD) e ao PPGH, além de integrar o Centro de Memória do Esporte (CEMESP), também associado à UNIMONTES. 

Lúcio Willian Mota Siqueira, Universidade de Brasília (UnB)

Doutor em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre em Política Social pela Universidade de Brasília (UnB) com período de estudos no Instituto de História Contemporânea da Universidade NOVA de Lisboa - Lisboa/ Portugal. Bacharel em Serviço Social pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais - UNESP/ Campus de Franca. 

Vitória Dreide Xavier Araújo Silva, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES)

Doutoranda do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS) na Universidade Estadual de Montes Claros e no Programa de Pós-graduação em Política Social (PPGPS) na Universidade de Brasília. Mestre em Desenvolvimento Social. Advogada. Bolsista Capes.

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Publicado

2025-09-30

Cómo citar

Araújo Bicalho, L. M., Mota Siqueira, L. W., & Xavier Araújo Silva, V. D. (2025). RACISMO AMBIENTAL COMO BIOPOLÍTICA E NECROPOLÍTICA: A GESTÃO DA MORTE NO CONTEXTO BRASILEIRO. Revista Serviço Social Em Perspectiva, 9(2), 168–190. https://doi.org/10.46551/rssp202528

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