SERVIÇO SOCIAL NAS ESCOLAS PÚBLICAS
COMBATE AO RACISMO E SEXISMO CONTRA ESTUDANTES NEGRAS
DOI:
https://doi.org/10.46551/rssp202511Palavras-chave:
Racismo, Sexismo, Serviço Social, Escolas Públicas, Educação BásicaResumo
Este estudo objetivou investigar as formas que o Serviço Social combate o racismo e o sexismo na educação básica e pública, tendo por finalidade afirmar a importância e a urgência da inserção de assistentes sociais em escolas. Consistiu metodologicamente de uma análise marxista e interseccional, a partir de uma pesquisa qualitativa de caráter exploratório, realizada através de pesquisa qualitativa em artigos científicos e trabalhos completos de eventos acadêmicos do período de 2020 a 2023. Para análise dos dados utilizou a técnica de análise de conteúdo. Os resultados alcançados com a pesquisa tecem as particularidades do racismo e do sexismo no âmbito escolar, como essas formas de opressão se interseccionam para criar outras expressões da “questão social”, em razão do sistema de dominação-exploração patriarcado-racismo-capitalismo. Observa-se a escola como um espaço reprodutor de desigualdades e de poder, ao reproduzir as normas da burguesia e da branquitude. O que torna as estudantes negras, a antítese do “branco” e do “homem”, e alvos de tendências estruturais de pobreza, violência sexual e de inexpressiva representatividade dentro e fora da escola. Fazendo-se necessário o desenvolvimento de estratégias de intervenção por parte das/os assistentes sociais das escolas para combater o racismo e o sexismo, por meio da elaboração de projetos, estudos e atividades pedagógicas vinculadas ao método materialista histórico-dialético, a interseccionalidade e decolonialidade, em prol de uma educação para além do capital, que seja democrática, multicultural, sem preconceitos e sem discriminações.
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