Projeto de extensão “Casa da Cura”: Diálogo de saberes e práticas para o desenvolvimento da saúde humana e ambiental no Norte de Minas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46551/rvg2675239520251729753

Palavras-chave:

Educação Popular, Plantas Medicinais, Sustentabilidade Comunitária

Resumo

Este artigo relata a experiência do Projeto de Pesquisa com Interface à Extensão "Casa da Cura", que promove o diálogo entre saberes populares e tradicionais sobre plantas medicinais e recursos naturais. O projeto, realizado no Norte de Minas Gerais em parceria com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), adota a metodologia da pesquisa-ação e da educação popular, incentivando a troca horizontal de conhecimentos entre academia e sociedade. Além de consolidar práticas sustentáveis de cultivo e manejo de plantas medicinais, o projeto visa desenvolver produtos que agreguem valor, contribuindo para a saúde e renda das comunidades rurais e urbanas. Os resultados têm sido significativos, especialmente no Coletivo de Mulheres do MST, que repassa os conhecimentos adquiridos para outros grupos. A interculturalidade dos saberes, ao integrar o científico e o tradicional, não apenas enriquece pessoalmente as participantes, como também fortalece o trabalho comunitário e a autonomia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Alice Meiry Silva Dias, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestranda pela Universidade Estadual de Montes Claros, Graduação em Ciências Biológicas na mesma Universidade.

Vanessa de Andrade Royo, Universidade Estadual de Montes Claros

Professora do Departamento de Biologia, atua nos programas e nos Programas de Pós Graduação em Biotecnologia (PPGB), Botânica Aplicada (PPGBot) e Biodiversidade e Uso dos Recursos Naturais (PPGBURN).

Clara Sena Mata Oliveira, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros, graduada em Ciências Biológicas Licenciatura Plena, pela Universidade Federal de Lavras. É pesquisadora no Laboratório de Educação Ambiental e Ecologia Humana (LEAEH) na Unimontes.

Ernane Ronie Martins, Universidade Federal de Minas Gerais

Professor Titular da Universidade Federal de Minas Gerais e Coordenador do Laboratório de Plantas Medicinais e Aromáticas.

Isabella Fernandes Fantini, Universidade Federal Rural de Pernambuco

Doutoranda em Etnobiologia e Conservação da Natureza pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). É bióloga pela Universidade Federal de Ouro Preto e Mestre em Biodiversidade pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

Rúbia Santos Fonseca, Universidade Federal de Minas Gerais

Professora Adjunta de Dendrologia e Sistemática Vegetal da Universidade Federal de Minas Gerais e curadora do Herbário MCCA.

Daniela Ingrid Alves Borges, Universidade Estadual de Montes Claros

Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Viçosa e Especialista em Questão Agrária, Ambiental e Territórios - NEPRA/UNIMONTES. 

Michellia Perira Soares, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Docente do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais - campus Salinas. Coordenadora do Laboratório de Ecologia e Sistemática Vegetal (LESV). 

Ana Paula Glinfskoi Thé, Universidade Estadual de Montes Claros

Professora do Departamento de Biologia e Coordenadora do Laboratório de Educação Ambiental e Ecologia Humana - LEAEH, da UNIMONTES. Professora dos Programas de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social (PPGDS) e em Biodiversidade e Recursos Naturais (PPGBURN) da Unimontes. 

Referências

ANDRADE, Rubya Mara M.; MOROSINI, Marilia C; LOPES, Daniela O. A extensão universitária na perspectiva da universidade do encontro. Em Aberto. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, 27 Dec.2019. DOI 10.24109/2176-6673.emaberto.32i106.4470.

BNDES O banco Nacional do Desenvolvimento. Sistemas Agrícolas Tradicionais (SATs). 2018. Acesso em 22 de outubro de 2024. Disponível em: Sistemas Agrícolas Tradicionais (SAT)

BOAS, Orlando F. "Aspectos teóricos da pesquisa participante: considerações sobre o significado e o papel da ciência na participação popular." Pesquisa participante 7 (1981): 59.

BRANDÃO, Carlos R. A educação como cultura. São Paulo: Editora Brasiliense, 1985.]

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Práticas integrativas e complementares: plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica/Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica . Brasília: Ministério da Saúde, 2012. Cadernos de Atenção Básica; n. 31. Disponível: Práticas integrativas e complementares - plantas medicinais e fitoterapia na Atenção Básica — Ministério da Saúde (www.gov.br). Acesso em: 04 de out. 2024.

CONCEIÇÃO, Carmen Célia C. et al. Desenvolvimento da agrobiodiversidade: estudo etnobotânico de plantas medicinais na comunidade de Boa Esperança, no município de São João de Pirabas, Pará. Biodiversidade Brasileira Revista Científica. v. 13, n. 2, p. 1-14. 2023.

DUARTE, Gisele S. D; PASA, Maria C. Agrobiodiversidade e a etnobotânica na comunidade São Benedito, Poconé, Mato Grosso, Brasil. Interações. v. 17, n. 2, p. 247-256. 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. Paz e Terra, 1970.

ISPN - Instituto Sociedade, População e Natureza. Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado. 2020. Disponível em: Povos e Comunidades Tradicionais do Cerrado - ISPN - Instituto Sociedade, População e Natureza.

MMA - Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Acesso em 08 de outubro de 2023. Disponível em: Cerrado - Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (www.gov.br).

MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 2024. Acesso em outubro de 2024. Disponível em: https:// mst.org.br/nossa-produção /.

MST - Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. 2024. Acesso em Setembro de 2024. Disponível em: /mst.org.br/quem-somos /.

OLIVEIRA, Flávia C. et al. Advances in Ethnobotany Research in Brazil. Acta Botanica Brasilica. 2009. https://doi.org/10.1590/S0102-33062009000200031.

OLIVEIRA, Helaine B. Estudo etnofarmacológico de plantas medicinais em Rosário da Limeira - MG. Viçosa: UFV, 2008. 99 p. Dissertação de mestrado.

PLOEG, Douwe V. D. Sete Teses Sobre a Agricultura Camponesa. ResearchGate. 2009.

PRANCE, Ghillean T. What is ethnobotany today? Article in Journal of Ethnopharmacology. 32: 209-216. May 1991. DOI: 10.1016/0378-8741(91)90120-3. 1991.

REDE CERRADO. Especialistas alertam sobre urgência para conservação do Cerrado. 2020. Disponível em:https://redecerrado.org.br/especialistas-alertam-sobre-urgencia-para-conservacao-docerrado/. Acesso em 08 de outubro de 2023.

RESENDE, Michellen M. G. et al. Aspectos e impactos ambientais: o que geram as atividades do homem? Capítulo 8. Etnobotânica no bioma Cerrado: Uso tradicional de plantas medicinais nativas. Atena editora. Ponta Grossa, Paraná. 2021.

ROCHA, Joyce A; BOSCOLO, Odara H; FERNANDES, Lucia Regina R. M. V. Etnobotânica: um instrumento para valorização e identificação de potenciais de proteção do conhecimento tradicional. Interações. v. 16, n. 1, p. 67-74. Campo Grande. 2015.

SILVA, José Maria C; BATES, Jhon M. Biogeographic Patterns and Conservation in the South American Cerrado: A Tropical Savanna Hotspot. Bioscience 52(3):225-234. 2002.

Downloads

Publicado

2025-06-24

Como Citar

Dias, A. M. S., Royo, V. de A., Oliveira, C. S. M., Martins, E. R., Fantini, I. F., Fonseca, R. S., … Thé, A. P. G. (2025). Projeto de extensão “Casa da Cura”: Diálogo de saberes e práticas para o desenvolvimento da saúde humana e ambiental no Norte de Minas. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 7(01), 729–753. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520251729753

Edição

Seção

Relatos de Projetos e Experiências

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.