Saúde bucal de crianças de 5 anos de idade no município de Montes Claros, Brasil

Autores

  • Adriana Benquerer Oliveira Palma Doutora em Odontologia, Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL. Professora da Unimontes
  • Andréa Maria Eleutério de Barros Lima Martins Doutora em Saúde Pública / Epidemiologia - Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG. Professora da Unimontes
  • Raquel Conceição Ferreira Doutora em Odontologia - UFMG. Professora da Unimontes.
  • Laíse Angélica Mendes Mestre em Ciências da Saúde - Unimontes.
  • Nely Lopes Cachoeira Especialista em Saúde Coletiva.
  • Carliane Ferreira Nogueira Borges Pós-graduada em Residência Multiprofissional em Saúde da Família - Unimontes
  • Lorena Fonseca Braga Oliveira Doutora em Odontologia - Universidade Cruzeiro do Sul - UNICSUL. Professora da Unimontes
  • Rodney Miguel da Silva Santos Pós-graduando em Residência Multiprofissional em Saúde da Família - Unimontes.
  • Graziele Silva Fonseca Graduada em Odontologia - Unimontes
  • Danilo Antônio Duarte Doutor em Ciências Odontológicas - Universidade de São Paulo - USP. Professor da Universidade de Santo Amaro.

Palavras-chave:

Levantamentos de Saúde Bucal. Estudos transversais. Crianças pré-escolares. Saúde bucal.

Resumo

Objetivo: Estudo transversal, de base populacional, que descreveu a saúde bucal das crianças de 5 anos do município
de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Adotou-se amostragem probabilística por conglomerados, aleatoriamente
selecionada. Dados de 997 crianças foram coletados por meio de entrevistas e exame da cavidade bucal. Avaliou-se a presença
de placa e de cálculo, de sangramento gengival, cárie dentária e necessidade de tratamento dentário, maloclusão e prevalência
de lesões de mucosa. O programa PASW foi utilizado para análise descritiva com correção pelo efeito de desenho. Resultados:
Foi observada inexistência de placa e cálculo em 71,8% e 99,6% das crianças. Sangramento gengival foi observado em 2,8% das
crianças. O ceo-d médio foi de 1,79 (EP=0,25), com predominância do componente cariado; 47,2% apresentaram experiência de
cárie (ceo > 1). Aproximadamente metade necessitava de tratamento odontológico (57,3%), sendo principalmente restaurador
(42,7%); 19,2% apresentavam maloclusão leve e 4,8% moderada/severa. Quase a totalidade da amostra (98,7%) não apresentou
lesões fundamentais em tecidos moles. A cárie dentária e a maloclusão são os principais problemas de saúde bucal entre crianças
de 5 anos. Conclusões: A cárie determina a necessidade de tratamento odontológico para grande percentual das crianças. Assim,
o planejamento de ações de prevenção e intervenção direcionadas a este público seria essencial para o controle da doença cárie e
a implementação de políticas públicas para prevenção e tratamento ortodôntico diminuindo os custos de um tratamento corretivo.

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Publicado

2020-04-24

Como Citar

BENQUERER OLIVEIRA PALMA, A. .; ELEUTÉRIO DE BARROS LIMA MARTINS, . A. M. .; CONCEIÇÃO FERREIRA, . R. .; MENDES, L. A. .; LOPES CACHOEIRA, . N. .; FERREIRA NOGUEIRA BORGES, . C. .; FONSECA BRAGA OLIVEIRA, . L. .; DA SILVA SANTOS, R. M. .; SILVA FONSECA, . G. .; DUARTE, . D. A. Saúde bucal de crianças de 5 anos de idade no município de Montes Claros, Brasil. Revista Unimontes Científica, [S. l.], v. 14, n. 1, p. 69–82, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/2140. Acesso em: 1 dez. 2024.

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