Níveis Urinários de Catecolaminas e Cortisol em Crianças Bruxômanas e Não Bruxômanas

Autores

  • Élida Lúcia Assunção
  • Danielle Rodrigues Mesquita
  • Glauce Ferreira Soares
  • Fabricio Reskalla Amaral
  • Paulo Isaias Seraidarian

Palavras-chave:

Bruxismo, Catecolaminas, Cortisol

Resumo

Introdução: o bruxismo é um distúrbio de movimento que pode ocorrer durante o sono ou em
vigília, de forma consciente ou inconsciente, caracterizada por movimentos repetitivos coordenados e pelo
contato não funcional dente com dente. Embora o bruxismo seja um fenômeno de literatura controversa
e divergente, existe consenso sobre sua etiologia multifatorial. Este estudo piloto é voltado para o papel
dos neurotransmissores, considerando evidências que apontam catecolaminas na gênese do bruxismo,
pois níveis de dopamina poderiam desempenhar importante papel, coordenando movimentos musculares
mandibulares. Objetivo: quantificar catecolaminas na urina de crianças na faixa etária entre 6 a 8 anos, ambos
os sexos, examinadas por um único avaliador. Também, foi mensurado o cortisol urinário, com objetivo de
verificar a existência ou não de relação com bruxismo. Desta forma, foi objetivo deste estudo, quantificar
adrenalina, noradrenalina, dopamina e cortisol em crianças bruxômanas e não bruxômanas. Metodologia:
foram coletadas amostras de urina de trinta e três crianças bruxômanas (grupo1) e trinta não bruxômanas
(grupo 2), analisadas sob cromatografia de alto desempenho. Resultados: foi possível observar relação,
estatisticamente significativa, nos níveis de adrenalina, noradrenalina e cortisol, maiores no grupo de não
bruxômanos e que em relação à dopamina a diferença entre os dois grupos não foi significativa, porém,
em nenhum caso os níveis ultrapassaram valores normais. Conclusão: o observado na literatura pertinente
em adultos é o aumento nos níveis sanguíneos e urinários no grupo com bruxismo, sendo necessário mais
estudos sobre o assunto, assim como cálculo amostral significativo para dar prosseguimento ao estudo.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

1. OHAYON, M.M, LI, K.K, GUILLEMINAULT,
C. Risk factors for sleep bruxism in the general
population. CHEST Journal, v.119, p.53-61,
2001.
2. SIMÕES-ZENARI, M.; BITAR, M. L. Fatores
associados ao bruxismo em crianças de 4 a
6 anos. Pró-Fono. Revista de Atualização
Científica, v.22, n.4, p.465-72, out-dez, 2010.
3. HERRERA, M. et al. Bruxism in children:
effector sleep architecture and daytime
cognitive performance and behavior. SLEEP,
v.29, n.9, p. 1143-1148, 2006.
4. CASTELO, P. M.; BARBOSA, T. S.;
GAVIÃO, M. B. Quality of life evaluation of
children with sleep bruxism. 2010. Disponível
em: <http://www. ncbi. nlm. nih. gov/pmc /
articles/PMC2896917/pdf/1472-6831-10-16>.
pdf. Acesso em 02/04/2016
5. JUNQUEIRA, T. H. Association of infantile
bruxism and the terminal relationships Sleep Medical of the primarysecond molars. Brazilian
Oral Research, v. 27, n. 1, p. 42-7, 2013.
6. GONÇALVES, L.P.; TOLEDO, O.A.; OTERO,
S.A.M. Relação entre bruxismo, fatores
oclusais e hábitos bucais. Dental Press Journal
of Orthodontics, v.15, n.2, p.97-104, mar-abr,
2010.
7. WINOCUR, E. et al. Drugs and bruxism: a
critical review. Journal of Oral & Facial Pain
and Headache, v.17, n.2, p. 99-111, 2003.
8. OKSENEBERG, A.; ARONS, E. Sleep
bruxism related to obstructive sleep apnea: the
effect of continuous positive airway pressure.
Seep Medical, v. 3, n. 6, p.513-15, nov., 2002.
9. OKESON, J.P.; PHILLIPS, B.A.; BERRY, D.T.
Noctumal bruxing events: a report of normative
data and cardiovascular response. Journal of
Oral Rehabilitation, v. 21, n. 6, p.623-30, 1994.
10. VANDERAS, A.P.; MANETAS, K.J.
Relationship between malocclusion and
bruxism in children and adolescents: a review.
Pediatric Dentistry, Chicago, v.17, n.1, p. 7-12,
jan-fev, 1995.
11. ATTANASIO, R. An overview of bruxism
and its management.Dental Clinics of North
America, Orlando, v.41, n.2, p. 229-41, abr.,
1997.
12. NISHIGAWA, E.; BANDO, M.N. Quantitative
study of bite force during sleep associated
bruxism., Journal of Oral Rehabilitation v.28,
n.5, p.485-91, mai., 2001.
13. SERAIDARIAN, P. et al. Urinary levels of
catecholamines among individuals with and
without sleep bruxism. Sleep and Breathing, v.
13, n.1, p. 85-8, fev., 2009.
14. MAGEE, K. R. Bruxism related to levodopa
therapy. JAMA. The Journal of the American
Medical Association, 1970. p. 214-147.
15. ARESO, M.P. et al. Occlusal disharmonies
modulate central catecholaminergic activity
in the rat. Journal of Dental Research,
Chicago, v.78, n.6, p. 1204-1213, Jun. 1999.
16. STRYER, L. Bioquímica. 3. ed. Rio de Janeiro:
Guanabara-Koogan, 1998. 881p.
17. ALENCAR, M.J.S; MARTINS, B.M.C;
VIEIRA, B.N. A relação do bruxismo com a
dopamina. Revista Brasileira de Odontologia,
Rio de Janeiro, v.71, n.1, p.62-6, jan./jun. 2014.
18. WETTER, T.C. et al. A randomized controlled
study of pergolide in patients with restless legs
syndrome. Neurology, v. 52, p.944-50, 1999.
19. BUENO, J.R.; GOUVÊA, C.M.C.P. Cortisol
e exercício: efeitos, secreção e metabolismo.
Revista Brasileira de Fisiologia do Exercício,
v.10, n.3, jul./set.
20. AMERICAN ACADEMY OF SLEEP
MEDICINE. International classification of
sleep disorders, revised: diagnostic and coding
manual. Illinois: American Academy of Sleep
Medicine, 2005.
21. LAVIGNE, G.J. et al. Neurobiological
mechanisms involved in sleep bruxism.
Critical Reviews in Oral Biology & Medicine,
22. CHRISTENSEN, G.J. Treating bruxism and
clenching. Journal of the American Dental
Association, v.131, n. 50, p. 233-5, mar., 2000.
23. RUTH, H.; GRAHAM, R.; CRISPAM, S.
Dental damage sequela and prevention. British
Medical Journal, v. 320, n. 174, p.1717-19,
abr., 2001.
24. CHEIFETZ, A.T. et al. Prevalence of bruxism
and associated correlates in children as reported
by parents. American Society of Dentistry for
Children. v. 72, n. 2, p.67-73, mai, 2005.
25. ANTONIO, A.G.; PIERRO, V.S.; MAIA,
L.C. Bruxism in children: a warning sign
for psychological problems. Journal of the
Canadian Dental Association, v. 72, n.2, p.155-
60, 2006.
26. POLTAVISKI, D.; FERRARO, F. R.
Stress and illness in American and Russian
college students. Personality and Individual
Differences, v. 34, p.971-82, 2003.
27. LOBBEZOO, F. et al. The effect of
catecholamine precursor L-Dopa on sleep
bruxism: a controlled clinical trial. Movement
Disorders, v.12, p.73-8, 1997.

Downloads

Publicado

2020-12-06

Como Citar

LÚCIA ASSUNÇÃO, Élida; RODRIGUES MESQUITA, D. .; FERREIRA SOARES, G. .; RESKALLA AMARAL, F. .; ISAIAS SERAIDARIAN, P. . Níveis Urinários de Catecolaminas e Cortisol em Crianças Bruxômanas e Não Bruxômanas. Revista Unimontes Científica, [S. l.], v. 19, n. 1, p. 106–113, 2020. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/unicientifica/article/view/2087. Acesso em: 2 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigos Originais