DEPENDÊNCIA E EXPROPRIAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS

O BRASIL NA CADEIA IMPERIALISTA DO CAPITALISMO

Resumo

O presente artigo aborda o funcionamento do Estado diante das necessidades do capitalismo de acumulação e se particulariza no exame da dependência e da crise ecológica no Brasil. Trata-se de um trabalho de natureza teórica de base bibliográfica, com escolha intencional da literatura para atingir o objetivo que o guiou, cuja revisão consistiu em enumerar mecanismos recentes de expropriações capitalistas legitimadas pelo Estado. Adotou-se o método dialético da pesquisa e tem por objetivo central analisar as particularidades das expropriações socioambientais no Brasil enquanto economia dependente na cadeia imperialista do capitalismo; ou seja, em relação com a universalidade. Conclui-se que as formas atuais de expropriação capitalista estão na raiz da crise ecológica, a partir das categorias da dependência detida por Osório (2014), de crise estrutural do capitalismo, descrita por Carcanholo (2008), e de “acumulação por espoliação”, de Harvey (2004). Observou-se que, atualmente, mecanismos internacionais inclusivos de proteção ambiental foram incorporados pelo Brasil, por vias neoliberais, e se mantêm sob a hegemonia das necessidades de acumulação do capital.