Diagnóstico precoce do autismo: dificuldades e importância

Autores

  • Ana Letícia Vieira Santos Graduandos do curso Médico das Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE
  • Caroline Figueiredo Fernandes Graduandos do curso Médico das Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE
  • Laila Thamires Gomes Santana Graduandos do curso Médico das Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE
  • Luçandra Ramos Espírito Santo Mestre em Ciências da Saúde. Docente do curso médico na FUNORTE
  • Bárbara Nobre Lafetá Bacharel em Ciências Biológicas. Docente do curso médico na FUNORTE

Resumo

O transtorno do espectro do autismo (TEA) é uma classe de condições neurodesenvolvimentais relacionada a fatores genéticos, ambientais, imunológicos e neurológicos, cujas primeiras manifestações aparecem antes dos três anos de idade. Sua prevalência é de 62/10.000 crianças, com o número crescente de diagnósticos, mas não, necessariamente, com aumento da incidência. Esse fato pode ser explicado pela expansão dos critérios e redução da idade no diagnóstico devido ao incremento dos serviços de saúde. Objetivos: Realizar uma revisão de literatura acerca das dificuldades e importância no diagnóstico precoce do TEA. Material e Métodos: Efetuou-se uma revisão literária nas bases de dados SciELO e LILACS, com os seguintes indexadores: autismo e diagnóstico precoce do TEA. Foram elegíveis artigos publicados a partir de 2000, com contribuição teórica e prática sobre o autismo e a importância do seu diagnóstico precoce. Resultados/Discussão: Os profissionais de saúde encontram dificuldades para efetuarem prontamente o diagnóstico do TEA devido à falta de contato e reconhecimento das manifestações precoces, escassez de serviços especializados e insegurança, enfrentadas principalmente por médicos da primeira infância. Como consequência, o diagnóstico é realizado após os cinco anos, quando a criança inicia sua vida escolar, sendo os primeiros sinais identificados pelos pais. Para a realização do diagnóstico precoce, os profissionais de saúde precisam conhecer a fundo os critérios clínicos do TEA, os quais são específicos e sensíveis a diferentes faixas etárias e níveis de desenvolvimento cognitivo e comportamental. Dentre esses critérios destacam-se déficits qualitativos na socialização e no olhar referencial, atraso no desenvolvimento da fala não compensada por outros meios, deficiência em expressar afeto e responder pelo nome, ausência de intercâmbio materno, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados, interesses e atividades limitados e aderência inflexível a rotinas e rituais. Os acometidos podem apresentar ainda agressividade e hipersensibilidade a estímulos sensoriais. A necessidade do diagnóstico precoce se justifica uma vez que a intervenção anterior à cronificação do quadro aumenta as possibilidades de tratamento e ameniza os sintomas que se consolidam progressivamente. Além disso, o tratamento é mais efetivo quando iniciado antes dos três anos, fase da vida em que a criança ainda é capaz de se adaptar para obter uma melhor relação consigo e com os outros. Conclusão: Apesar do aumento da incidência do TEA, permanece a necessidade de aprimoramento dos serviços de saúde no diagnóstico precoce, uma vez que a probabilidade da consolidação dos sintomas é reduzida através do diagnóstico e intervenção precoces. Esses, apesar de gerarem dúvidas e insegurança devido à uma sintomatologia difusa e manifestações clínicas sutis no estado inicial do autismo, permitem ao paciente restabelecer as funções motoras, cognitivas e comportamentais.

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Publicado

28-05-2020

Como Citar

Letícia Vieira Santos, A. ., Figueiredo Fernandes, C., Thamires Gomes Santana, L. ., Ramos Espírito Santo, L. ., & Nobre Lafetá, B. . (2020). Diagnóstico precoce do autismo: dificuldades e importância. Revista Renome, 4, 23–24. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/renome/article/view/2655

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