A RELEVÂNCIA DO CONHECIMENTO INTUITIVO EM SCHOPENHAUER: UMA CRÍTICA PONTUAL À TEORIA DO CONHECIMENTO DE KANT

Autores

  • Gildete dos Santos Freitas Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Palavras-chave:

Intuição empírica, Conhecimento abstrato, Entendimento, Representação, causalidade.

Resumo

A Estética Transcendental segundo a apreciação de Schopenhauer é a parte mais coerente e original da filosofia kantiana, tanto é que a teoria do tempo e do espaço é mantida na teoria do conhecimento schopenheaueriana como formas a priori da sensibilidade. Contudo, em relação à Analítica Transcendental, Schopenhauer não faz uma apreciação afirmativa. Ele nega toda a Analítica, considerando-a a parte mais fracassada da filosofia de Kant, pois nela, ele não só manteve a lacuna acerca da intuição empírica (que não ficou bem esclarecida na Estética) como a submeteu as suas doze categorias. Em seu texto Crítica da filosofia kantiana Schopenhauer apresenta seus argumentos contra a exposição kantiana acerca do processo cognitivo, que tem sua raiz na determinação de que a intuição possui um caráter puramente sensível e que por isso, a partir dela, não é possível cogitar um conhecimento
propriamente dito, esse conhecimento é para Kant uma tarefa que compete ao Entendimento com suas doze categorias. O que Schopenhauer pretende marcar é a prioridade do conhecimento intuitivo em relação ao conhecimento abstrato. É nesse ponto que ele pensou ser necessário distinguir o conhecimento abstrato do conhecimento intuitivo. E aqui, nos aproximamos do real motivo que levou Schopenhauer a rejeitar a teoria Kantiana, a saber, a falta de distinção entre essas duas dimensões de conhecimento.

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Biografia do Autor

Gildete dos Santos Freitas, Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes

Professora Dra. do Departamento de Filosofia da UNIMONTES. 

Referências

CACCIOLA, M.L.M.O. Schopenhauer e a questão do dogmatismo. São Paulo: Edusp/Fapesp, 1994.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 4ª edição. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. São Paulo: UNESP, 2005.

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Publicado

2023-02-02

Como Citar

Freitas, G. dos S. (2023). A RELEVÂNCIA DO CONHECIMENTO INTUITIVO EM SCHOPENHAUER: UMA CRÍTICA PONTUAL À TEORIA DO CONHECIMENTO DE KANT. Revista Poiesis, 24(1). Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/poiesis/article/view/6239