PARQUES URBANOS E GEOPROCESSAMENTO: UM ESTUDO SOBRE DISTRIBUIÇÃO E JUSTIÇA SOCIOAMBIENTAL EM MONTES CLAROS (MG)
DOI:
https://doi.org/10.46551/259498102025023Palabras clave:
Direito a cidade, SIG, SustentabilidadeResumen
O estudo aborda a importância dos parques urbanos na promoção da qualidade ambiental e do bem-estar em Montes Claros (MG). Diante da expansão urbana e das desigualdades socioespaciais, os parques se destacam como elementos essenciais da infraestrutura verde, contribuindo para a regulação térmica, a melhoria da qualidade do ar, a preservação da biodiversidade e o lazer da população. A pesquisa, de caráter bibliográfico e espacial, utilizou o software QGIS 3.26.0 e o ArcMap 10.8 para mapear a distribuição dos parques, analisando sua acessibilidade a partir de um raio de 300 metros, conforme recomendação da Organização Mundial da Saúde (2017). Os resultados revelam uma concentração de parques nas regiões sul e oeste da cidade, especialmente em áreas de maior renda, como o bairro Ibituruna, enquanto as regiões norte e nordeste apresentam carência desses espaços. Essa distribuição desigual reflete as injustiças socioambientais e a lógica capitalista de produção do espaço urbano discutidas por autores como Harvey (2014) e Lefebvre (2001). Conclui-se que, embora Montes Claros possua número expressivo de parques com boa infraestrutura, o acesso a eles ainda é limitado e desigual. Assim, torna-se necessário o planejamento urbano voltado à democratização do acesso e à justiça socioambiental, reconhecendo o direito à cidade como condição fundamental para uma vida urbana equilibrada, saudável e sustentável.
Descargas
Citas
BARNAUD, et al. “Ecosystem Services, Social Interdependencies, and Collective Action: A Conceptual Framework.” Ecology and Society, vol. 23, no. 1, 2018. JSTOR, https://www.jstor.org/stable/26799064. Acesso em: 3 May 2024.
GOMES, M. A. S. Os parques e a produção do espaço urbano. Jundiaí, Paco Editorial, 2013.
HARVEY, D. Cidades rebeldes: do direito à cidade à revolução urbana. 1. ed. São Paulo: Martins Fontes – selo Martins, 2014. 296 p. ISBN 978-85-8063-161-6. Acesso em: 1 dez. 2024.
LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo, Centauro, 3ª reimpressão. Tradução: Rubens Eduardo Frias. 2011.
LEITE, M.E (org.). Atlas Ambiental de Montes Claros/MG. Montes Claros: Editora Unimontes, 2020. 66 p. Disponível em: https://www.posgraduacao.unimontes.br/uploads/sites/7/2020/03/atlas-compactado.pdf
. Acesso em: 25 out. 2025.
LEITE, M. E.; PEREIRA, A. M. Metamorfose do espaço intra-urbano de Montes Claros MG. Montes Claros, MG: Unimontes, 2008. 208 p.
IBGE, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA EESTATÍSTICA, 2021 Disponível: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/montes claros . Acesso em: 01 mai. 2024.________, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2022 Disponível: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/mg/montes-claros . Acesso em: 01 mai. 2024.
MACEDO, S. S.; SAKATA, F. G. Parques urbanos no Brasil. 3. ed. São Paulo: EDUSP, 2010.
MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. Campinas, SP: Autores Associa
dos. 1996.
MENESES, A. R. S. de, MONTEIRO, M. M. M., LIMA, W. do N., & BARBOSA, R. V. R. . (2021). Healthy cities: equitable access to urban parks as health promotion. The Journal of Engineering and Exact Sciences, 7(1), 12020–01. https://doi.org/10.18540/jcecvl7iss1pp12020-01 14e
MINKS, V. A Rede De Design Verde Urbano–Uma Alternativa Sustentável Para
Megacidades?. Revista Labverde, n. 7, p. 120-141, 2013. Disponivel em: https://www.revistas.usp.br/revistalabverde/article/view/81089 . Acesso em: 25 otb. 2025.
ROCHA, M. Usos e significados dos espaços públicos contemporâneos: uma análise dos parques urbanos em Montes Claros/MG. 2020. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Estadual de Montes Claros, Montes Claros, 2020.
SILVA, J. A. B., BARROSO, R. D. C. A., RODRIGUES, A. J., COSTA, S. S., & Fontana, R. L. M.. A urbanização no mundo contemporâneo e os problemas ambientais. Caderno de Graduação-Ciências Humanas e Sociais-UNITSERGIPE, v. 2, n. 2, p. 197-207, 2014.
SAKATA, F. Parques Urbanos no Brasil –2000 a 2017. 2018. 348 f. Tese (Doutorado -Arquitetura e Urbanismo) --Universidade de São Paulo, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. 2018.
SZEREMETA, B; ZANNIN, P, H, T. A Importância dos Parques Urbanos e Áreas Verdes na Promoção da Qualidade de Vida em Cidades. RAEGA - O Espaço Geográfico em Análise, [S.l.], v. 29, p. 177-193, dez. 2013. ISSN 2177-2738. Disponível em: . Acesso em: 02 maio 2024. doi:http://dx.doi.org/10.5380/raega.v29i0.30747.
TZOULAS, K., et al. (2007) Promoting Ecosystem and Human Health in Urban Areas Using Green Infrastructure: A Literature Review. Landscape and Urban Planning, 81, 167-178.
https://doi.org/10.1016/j.landurbplan.2007.02.001
VERSIANI, I. V. L.; ROCHA, M. V. X. D.; ALVES, R. O. T. Distribuição espacial de parques públicos urbanos: possibilidades para a democratização do lazer na cidade de Montes Claros-MG. Revista Brasileira de Estudos do Lazer, v. 7, n. 3, p. 140-171, 2020. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/rbel/article/view/25356/23302. Acesso em: 25 out. 2025.
WOLCH, J; BYRNE, J; NEWELL, J. Urban green space, public health, and environmental justice: The challenge of making cities 'just green enough'. Landscape and Urban Planning, v. 125, p. 234-244, maio 2014.
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Urban green spaces: a brief for action. World Health Organization, 2017. Disponível em: https://apps.who.int/iris/bitstream/handle/10665/345751/WHO-EURO-2021-3150-42960-60459-eng.pdf. Acesso em: 15 maio 2024.


.png)


