Uma visão sobre o extrativismo na flora de briófitas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46551/rc24482692202125%20

Palavras-chave:

Conservação, Meio ambiente, Musgos, Biodiversidade

Resumo

A exploração excessiva dos recursos naturais vem causando um impacto significativo no meio ambiente, um exemplo é a extração de produtos de origem vegetal. O extrativismo no Brasil é seriamente discutido com relação às espécies nativas e com risco de extinção, tais considerações são de extrema importância para salientar a necessidade da preservação da flora e do meio ambiente. Sendo assim, este estudo teve como objetivo rever na literatura as pesquisas de extrativismo em relação à flora de briófitas. Foi elaborada uma rede bibliométrica com relação às publicações da base SCOPUS sobre os assuntos mais tratados nos estudos com briófitas nos últimos 10 anos. Incluímos também no estudo uma tabela com o registro de 20 espécies de briófitas mais propensas a sofrerem com o extrativismo, de acordo com as informações disponíveis na literatura e com suporte de estudos taxonômicos para identificação.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Leandro Almeida Amelio, Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, Feira de Santana (BA), Brasil

É Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Cruzeiro do Sul, Mestre em Biodiversidade Vegetal e Meio Ambiente pelo Instituto de Botânica (IBt). Atualmente é Doutorando em Botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Maria Elizabeth Barbosa de Sousa , Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, Feira de Santana (BA), Brasil

É Graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Atualmente é Mestranda em Botânica pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS).

Emilia Brito Valente, Universidade Estadual de Feira de Santana – UEFS, Feira de Santana (BA), Brasil

É Graduada em Ciências biológicas pela Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Mestre e Doutora em Biologia Vegetal pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Atualmente é Professora Adjunta do Programa de Pós-Graduação em Botânica da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) e do Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal da Universidade Estadual da Bahia (UNEB).

Referências

AMÉLIO, L. A.; CARMO, D. M.; PERALTA, D., F. Briófitas do Parque Estadual de Campos do Jordão, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea, São Paulo, v. 46, n. 2, p. 1 - 24, ago. 2019. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/hoehnea/a/gjBtzL6SVqpGzQDZV5TRpcS/?lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

BEGOSSI, A. Aspectos de economia ecológica: modelos evolutivos, manejo comum e aplicações. In: ROMEIRO, A. R.; REYDON, B. P.; LEONARDI, M. L. A. (Org.). Economia do meio ambiente: teoria, políticas e a gestão de espaços regionais. Campinas: UNICAMP, 1997. 384 p. p. 250 - 285.

BENNETT, A. F.; SAUNDERS. D. A. Habitat fragmentation and landscape change. In: SODHI, N. S.; EHRLICH, P. R. (Org.). Conservation biology for all. New York: Oxford University Press Inc., 2011. 368 p. p. 88-106 p.

BUCK, W. R. Pleurocarpous Mosses of the West Indies. New York: Memoirs of The New York Botanical Garden. 1998. 401 p.

CÂMARA, P. E. A. S. Musgos pleurocárpicos das matas de galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 22, n. 2, p. 573 – 581, ago. 2008a. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abb/a/XSytM9LfvJjkNcCpVJRdF3q/?lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

CÂMARA, P. E. A. S. Musgos acrocárpicos das Matas de Galeria da Reserva Ecológica do IBGE, RECOR, Distrito Federal, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte. v. 22, n. 2, p. 1027-1035, ago. 2008b. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abb/a/xLfdHTh8VP6B3bdczXnFQSC/?lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

CANDIDO, A. B., et al. Relatório de qualidade ambiental, RQA 2016. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo/Coordenadoria de Planejamento Ambiental, 2016. 300 p.

CARDOSO DA SILVA, J. M.; CASTELETI, C. H. M. Estado da Biodiversidade da Mata Atlântica brasileira. In. GALINDO-LEAL, C.; CÂMARA, I. G. (Org.). Mata Atlântica: biodiversidade, ameaças e perspectivas. São Paulo: Fundação SOS Mata Atlântica, 2005. 471 p. p. 43-59.

CARMO, D. M.; PERALTA, D. F. Survey of bryophytes in Serra da Canastra National Park, Minas Gerais, Brasil. Acta Botanica Brasilica, Belo Horizonte, v. 30, p. 254-265, abr. 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/abb/a/YkvrWQZWXWcG3XzQHcq6xGj/?lang=en>. Acesso em: 10 jan. 2021.

CARMO, D. M.; LIMA, J. S.; AMÉLIO, L. A.; PERALTA, D. F. Briófitas do Parque Estadual da Serra do Mar, Núcleo de Santa Virgínia, Estado de São Paulo, Brasil. Hoehnea, São Paulo, v. 43, n. 2, p. 265-287. Jun. 2016. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/hoehnea/a/7mwbv9WqcK6LTD95GFLpKFw/?lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

COSTA, D. P. Briófitas. In: STEHMANN, J. R. et al. (Org.) 2009. Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p. p. 13 – 18.

COSTA, D. P. Briófitas. In: FORZZA, R. C. et al.(Org.). Catálogo de plantas e fungos do Brasil. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010. 872 p. p. 452-521.

COSTA, D. P. et al. Synopsis of the Brazilian moss flora: checklist, distribution and conservation. Nova Hedwigia, Berlin, v. 93, p. 277-334, nov. 2011. Disponível em: <https://www.schweizerbart.de/papers/nova_hedwigia/detail/93/76348/Synopsis_of_the_Brazilian_moss_flora_checklist_dis>. Acesso em 10 jan. 2021.

COSTA, D. P.; PERALTA, D. F. Bryophytes diversity in Brazil. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 66, n. 4, p. 1063-1071, set. 2015. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/rod/a/JQHM5B54nzVJsvHHS3KMDGS/?lang=en>. Acesso em: 10 jan. 2021.

EVANGELISTA, R. Terrários: Plantando criatividade colhendo arte. Rio de Janeiro: Senac de São Paulo. 2019. 208 p.

FERNÁNDEZ, E. G.; SERRANO, A. M. V. Atividade Biológica das Briófitas. Rio de Janeiro: Ambito Cultural Edições Ltda, 2009. 96 p.

FRAHM, J. P. Dicranaceae: Campylopodioideae, Paraleucobryoideae. Flora Neotropica Monograph. New York: New York Botanical Garden, 1991. 237 p.

FRAHM, J. P. Ecology of tropical bryophytes. In: FRAHM, J. P. (Org.). Manual of tropical bryology. Berlin: Tropical Bryology, 2003, 196 p. p. 39 - 48.

FLORA DO BRASIL 2020. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, RJ, 2020. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/. Acesso em: 10 fev. 2021.

GOFFINET, B.; BUCK, W. R.; SHAW, A. J. Morphology, anatomy, and classification of the Bryophyta. In: GOFFINET, B.; SHAW, A.J. (Org.). Bryophyte biology. New York: Cambridge University Press, 2009. 535 p. p. 55 - 138.

GRADSTEIN, S. R; CHURCHILL, S. T.; SALAZAR-ALLEN, N. Guide to the bryophytes of Tropical America. New York: New York Botanical Garden, 2001. 577 p.

GRADSTEIN, S. R.; COSTA, D. P. The Hepaticae and Anthocerotae of Brazil. New York: New York Botanical Garden, 2003. 318 p.

GLIME, J. M. Bryophyte Ecology: Physiological Ecology. Michigan: Technological University, 2017. E-book.10 p. Disponínel em: <https://digitalcommons.mtu.edu/bryophyte-ecology1/13>. Acesso em: 20 abr. 2021.

HALLINGÄCK, T.; TAN, B. C. Past and present activities and future strategy of bryophyte conservation. Phytotaxa. Auckland, v. 9, p. 266- 274, set. 2010. Disponível em: < https://www.biotaxa.org/Phytotaxa/article/view/phytotaxa.9.1.15>. Acesso em:

TUPIASSÚ, A.; CARDOSO, M. J. A. Extrativismo, coleta e manejo de recursos vegetais de florestas. In: HARAGUCHI, L. M. M.; CARVALHO, O. B. (Org.). Plantas Medicinais: do curso de plantas medicinais. São Paulo. Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente. Divisão Técnica Escola Municipal de Jardinagem. 2010. 248 p. p. 28 - 30.

HOMMA, A. K. O. Extrativismo vegetal ou plantio: qual a opção para a Amazônia? Estudos Avançados. São Paulo, v. 26, n. 74, p. 167- 186, jan. 2012. Disponível em: < https://www.scielo.br/j/ea/a/4Gf73HkZPmhTzhLXTCk6zXK/?format=pdf&lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (IBGE). Produção da extração vegetal e da silvicultura. Comunicação Social 24 de novembro de 2010. 2009: Brasil. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=1760>. Acesso em: 20 jan. 2021.

INTERNATIONAL UNION FOR CONSERVATION OF NATURE (IUCN). Red List. United King, 2021. Disponível em: . Acesso: 20 jan. 2021.

JÁCOME, J; GRADSTEIN, S. R.; KESSLER, M. Responses of epiphytic bryophyte communities to simulated climate change in the tropics. In: Z. TUBA, N. G.; SLACK L. R. (Org.). Bryophyte ecology and climate change. New York: Cambridge University Press, 2011. 491 p. p. 191 - 207.

KOH, L. P.; GARDNER, T. A. Conservation in human-modified landscapes. In: SODHI, N. S.; EHRLICH, P. R. (Org.): Conservation biology for all. New York: Oxford University Press Inc., 2011. 369 p. p. 236 - 261.

LABORATÓRIO EM REDE DE HUMANIDADES DIGITAIS (LARHUD). Vosviewer. 2021. Disponível em: <http://www.larhud.ibict.br/index.php?Title=vosviewer>. Acesso em: 20 jan. 2021.

MARTINELLI, G. et al. Livro Vermelho da Flora endêmica do Estado do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2018. 456 p.

MITTERMEIER, R. A. et al. Hotspots revisited. Mexico: CEMEX, 2004. 392 p.

MORAES, E. N. R.; LISBOA, R. C. L. Diversidade, taxonomia e distribuição por estados brasileiros das famílias Bartramiaceae, Brachytheciaceae, Bryaceae, Calymperaceae, Fissidentaceae, Hypnaceae e Leucobryaceae (Bryophyta) da Estação Científica Ferreira Penna, Caxiuanã, Pará, Brasil. Acta Amazonica. Manaus, v. 39, n. 4, p. 773 – 792, ago. 2009. Disponível em: <https://www.scielo.br/j/aa/a/Frh8qf8X67p8ttC7hFqFMVz/abstract/?lang=pt>. Acesso em: 10 jan. 2021.

NEGRELLE, R. R. B.; ANACLETO, A. Bromeliads wild harvesting in State of Paraná. Ciência Rural, Santa Maria, v. 42, n. 6, p. 981 – 986, jun. 2012. Disponível em: <https://periodicos.ufsm.br/cr/article/view/58453/37421>. Acesso em: 10 jan. 2021.

NEGRELLE, R. R. B.; BORDIGNON, S. E.; YANO, O. Sphagnum (velvet) species used by rural communities at the Guaratuba EPA, Paraná State, Brazil. Acta Scientiarum. Maringa, v. 4, n. 2, p. 163 – 171, out. 2012. Disponível em: <https://periodicos.uem.br/ojs/index.php/ActaSciBiolSci/article/view/7055>. Acesso em: 10 jan. 2021.

OLIVEIRA, R. F.; ALVES, J. W. S. Mudanças climáticas globais no Estado de São Paulo. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo/Coordenadoria de Educação Ambiental. 2014. 108 p.

PALHARES, V. L.; COSTA, P. C. Desenvolvimento rural e extrativismo: a cadeia produtiva do musgo na comunidade rural André do Mato Dentro, Santa Bárbara/MG. Revista Cerrados. Montes Claros, v. 16, n. 1, p. 3 - 22, jun. 2018. Disponível em: <https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/1264>. Acesso em: 10 jan. 2021.

SÉRGIO, C.; FIGUEIRA, R.; MENEZES, R. Modeling the distribution of Sematophyllum substrumulosum (Hampe) E. Britton as a signal of climatic changes in Europe. In: TUBA, Z.; SLACK, N. G.; STARK, L. R. (Org.). Bryophyte ecology and climate change. New York: Cambridge University Press, 2011. 491 p. p. 427 - 439.

SCHERER, H. J.; ESSI, L.; PINHEIRO, D. K. O conhecimento da biodiversidade: um estudo de caso com estudantes de graduação de uma universidade brasileira. Revista Monografias Ambientais. Santa Maria. v. 14, n. 2, p. 49 – 58, ago. 2015. Disponível em: < https://periodicos.ufsm.br/remoa/article/view/18904>. Acesso em: 10 jan. 2021.

SHAW, P. Estimating local extinction rates over successive time frames. Biological conservation. Redgorton, v. 121, n. 2, p. 281-287, jan. 2005.

STEPHAN, P.; VEUGELERS, R.; WANG, J. Reviewers are blinkered by bibliometrics. Nature, London, v. 544, p. 411 - 412, apr. 2017. Disponível em: <https://www.nature.com/articles/544411a.pdf>. Acesso em: 15 jan. 2021.

STEHMANN, J. R. et al. Diversidade taxonômica na Floresta Atlântica. In: STEHMANN, J. R. et al. (Org.). Plantas da Floresta Atlântica. Rio de Janeiro: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 516 p. p. 10 – 12.

VANDERPOORTEN, A.; GOFFINET, B. Introduction to bryophytes. New York. Cambridge University Press, 2009. 303 p.

SHARP, A. J.; CRUM, H.; ECKEL, P. The Moss Flora of Mexico. New York: Memoirs of The New York Botanical Garden, 1994. 1113 p.

VITALI, V. M. V. O que é biodiversidade? In: BARBOSA, L. M. (Org.). Biodiversidade: Cadernos de Educação Ambiental. São Paulo: Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo/Instituto de Botânica. 2010. 17-30 p. p. 60.

YANO, O.; PERALTA, D. F. Flora da Serra do Cipó, Minas Gerais: Briófitas (Anthocerotophyta, Bryophyta e Marchantiophyta). Boletim de Botânica da Universidade de São Paulo. São Paulo, v. 29, n. 2, p. 135 – 211, jan. 2011. Disponível em: < https://www.revistas.usp.br/bolbot/article/view/29481>. Acesso em: 10 jan. 2021.

YANO, O.; PERALTA, D. F.; BORDIN, J. Brioflora da Ilha do Cardoso. São Paulo, Brasil. São Carlos: Rima Editora, 2019. 644 p.

Yu, Y. et al. A bibliometric analysis using VOSviewer of publications on COVID-19. Annals of Translational Medicine. Hong Kong, v. 8, n. 13, p 816 - 827, jun. 2020. Disponínel em: < https://atm.amegroups.com/article/view/46197/html>. Acesso em: 10 jan. 2021.

Downloads

Publicado

2021-08-01

Como Citar

AMELIO, L. A.; SOUSA , M. E. . B. de; VALENTE, E. B. Uma visão sobre o extrativismo na flora de briófitas. Revista Cerrados, [S. l.], v. 19, n. 02, p. 218–237, 2021. DOI: 10.46551/rc24482692202125 . Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/3858. Acesso em: 28 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigos

Categorias