A construção das políticas patrimoniais de Belo Horizonte: o caso do “Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan” e da “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá”

The construction of Belo Horizonte's heritage policies: the case of the “Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan” and the “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá”

Autores

Palavras-chave:

Políticas Públicas, Patrimônio Cultural, Negro, Belo Horizonte

Resumo

O presente artigo reflete sobre as práticas preservacionistas da cidade de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais/Brasil, apontando os desafios impostos ao poder público, entre as décadas de 1990 e 2000, quando se trata de ações voltadas para a salvaguarda de bens que tradicionalmente não se configuram na história do órgão preservacionista local, a saber, os bens culturais vinculados à identidade e memória negra. O estudo toma o caso do tombamento da “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá” e do terreiro de candomblé “Ilê Wopo Olojukan”, bens culturais estes pertencentes às comunidades que se encontram à margem da sociedade.

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Biografia do Autor

Wanessa Pires Lott, Universidade Federal do Pará (UFPA)

Doutora em História, Professora Adjunta de Museologia da Faculdade de Artes Visuais do Instituto de Ciências das Artes da Universidade Federal do Pará (UFPA). E-mail: wanessalott@hotmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7026-9852.

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Publicado

2020-05-26

Como Citar

Pires Lott, W. (2020). A construção das políticas patrimoniais de Belo Horizonte: o caso do “Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan” e da “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá” : The construction of Belo Horizonte’s heritage policies: the case of the “Terreiro de Candomblé Ilê Wopo Olojukan” and the “Irmandade de Nossa Senhora do Rosário do Jatobá”. Caminhos Da História, 25(1), 139–155. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2630

Edição

Seção

Artigos Livres