Os carreiros e peregrinos da fé
DOI:
https://doi.org/10.46551/rvg2675239520252245266Palavras-chave:
Carros de boi, Peregrinos, Festas, Tradição, IdentidadeResumo
Este artigo analisa a persistência e relevância sociocultural da tradição dos carreiros e peregrinos da fé, camponeses que deixam suas residências na zona rural e conduzem carros de boi para participarem de festividades religiosas em cidades do interior goiano, como Pirenópolis e Petrolina de Goiás. Trata-se, majoritariamente, de homens que perseveram um costume familiar transmitido de geração em geração, reafirmando sua identidade coletiva por meio dessas práticas. Apesar das transformações sociais e comportamentais ocorridas ao longo do tempo, o desfile de carros de boi permanece como uma manifestação simbólica de resistência cultural. A cada edição, os eventos atraem novos participantes e fortalecem o sentido de pertença e devocional que caracteriza as celebrações. Neste contexto, surge o problema, com a necessidade de se compreender quais fatores vem contribuindo para o ressurgimento dos desfiles de carro de boi no interior goiano? A análise metodológica tem fundamentação mista com pesquisa de campo (entrevistas) e bibliográficas com os dados qualitativos em resposta aos questionamentos específicos das pessoas entrevistadas. Em resposta ao problema obteve-se os resultados que revelam uma identidade rural que ressurge e se fortalece em um panorama de inovações. Uma identidade que quando ameaçada revela-se mais potente no espaço rural goiano.
Downloads
Referências
ALMEIDA, Maria Geralda Festas rurais e turismo em territórios emergentes. Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales, Universidad de Barcelona, Vol. XV, nº 918, 15 de abril de 2011.
AMARAL, Rita de Cássia de Mello Peixoto. Festa a brasileira: significados do festejar no “país que não é sério”. 1998. Tese (Doutorado em Ciências/ Antropologia Social) – Departamento de Antropologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1998.
AQUINO, Valéria Leite de. PEREGRINOS DO PAI ETERNO: os carreiros de Damolândia na Festa de Trindade – GO. (Dissertação de Mestrado), UFRJ. 2007.
BRANDÃO, José Carlos. Prece e folia, festa e romaria. Ed. Ideias e letras. 2010.
CHAUL, NASR FAYAD. Caminhos de Goiás: Da construção da decadência aos limites da modernidade - 5ª Ed. UFG, 1988.
D’ABADIA, Maria Idelma. Diversidade e identidade religiosa: uma leitura espacial dos padroeiros e seus festejos em Muquém, Abadiânia e Trindade-GO. Tese, 2010.
DAMATTA, Roberto. Carnavais malandros e heróis: para uma sociologia do dilema brasileiro, 6. ed. Rio de Janeiro: Editora Rocco, 1997.
DEL PRIORE, Mary, Festas e utopias do Brasil colonial. São Paulo: Brasiliense, 2002.
DI MÉO, Guy. A Geografia nas Festas. Cap. 2: Festa e construção simbólica do território Tradução: Elisa Bárbara Vieira D’Abadia, sob a supervisão teórica da Prof ª Drª Maria Idelma Vieira D’Abadia.
ELIADE, Micea. O sagrado e o profano. São Paulo: WMF Martins Pontes, 2018
HOBSBAWN, Eric 1917-2012, Terence Ranger (organizadores)– A invenção das Tradições/tradução de Celina Cardim Cavalcante – 11ª ed. Rio de Janeiro/ São Paulo: Paz&Terra, 2017.
JAYME, Jarbas; JAYME, José Sisenando. Casas de Deus e Casas dos Mortos. Goiânia: Universidade Católica de Goiás, 2002. v. 1.
KARNAL, Leandro. Santos fortes: raízes do sagrado no Brasil. Ed. Anfiteatro, 2017.
LEMOS, Carlos A.C. O que é patrimônio histórico. São Paulo: Brasiliense, 2000.
NOGUEIRA, Wilson Cavalcanti. Mestre carreiro. Goiânia: Instituto Goiano de Folclore, 1980.
RIBEIRO, Maria Cristina Campos. Mutirões Camponeses: trabalho, devoção e festa em Pirenópolis, Goiás. Dissertação (Mestrado em Ciências Sociais) - Universidade Estadual de Goiás, Anápolis, 2018.
Sites;
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Geancarlo Jayme, Roberta Steward, Maria Idelma Vieira D’Abadia, Mary Anne Vieira da Silva

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.












Esta obra está licenciada com