Análise morfométrica da Bacia Hidrográfica do Mindu, Manaus, Amazonas
DOI:
https://doi.org/10.46551/rvg2675239520251581597Palavras-chave:
Bacias em Áreas Urbanas, Manaus, Rios UrbanosResumo
Os estudos morfométricos podem contribuir para o conhecimento das características naturais das bacias hidrográficas e facilitar o entendimento dos impactos antrópicos. Portanto, esse trabalho pretende analisar as características morfométricas da bacia hidrográfica do igarapé do Mindu, na área urbana de Manaus–AM. Para isso, foram calculados parâmetros lineares, areais e hipsométricos. A bacia do Mindu é de terceira ordem e tem uma magnitude de cheia mediana, o que está relacionado com a relação de bifurcação. Porém, a extensão do percurso superficial é baixa, indicando que as águas da chuva percorrem uma distância curta até atingirem o leito dos canais. A bacia hidrográfica do igarapé do Mindu não possui forma circular, portanto, essa característica da bacia reduz o risco de inundação. Além disso, fatores como o índice de sinuosidade, densidade de drenagem e densidade de rios parecem ser controlados pelas características litológicas e estruturais da bacia. A amplitude altimétrica e declividades baixas (sendo o terreno principalmente plano e suave ondulado) podem diminuir a velocidade do fluxo do canal. Apesar das características de forma da bacia não indicarem um risco alto a inundação as características estruturais e as intervenções antrópicas tendem a aumentar o risco a inundação na hidrográfica do igarapé do Mindu.
Downloads
Referências
ABRAHAMS, A.D. Hillslope Processes. Allen and Unwin, London, England, 1986.
CAMARGO, L.H.R. A ruptura do meio ambiente: conhecendo as mudanças ambientais do planeta através de uma nova concepção da ciência: a geografia da complexidade. Betrand Brasil, Rio de Janeiro, 2005.
CARDOSO, C. A.; DIAS, H. C. T; SOARES, C. P. B.; MARTINS, S. V. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Rio Debossan, Nova Friburgo, RJ. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n.2, p. 241-248, 2006.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Edgard Blucher, 1981. vol. 1. 313 p.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher, 1980.
CUNHA, S.B. Bacias Hidrográficas. In: CUNHA, S.B.; GUERRA, A.J.T (Orgs.). Geomorfologia do Brasil. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
DINO R.; SILVA, O.B.; ABRAHÃO, D. Palynological and stratigraphic characterization of the Cretaceous strata from the Alter do Chão Formation, Amazonas basin. In: UNESP, Simpósio sobre o Cretáceo do Brasil and Simpósio sobre el Cretácico de América del Sur, 5, Anais, p. 557-565, 1999.
EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Solos. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. Brasília: EMBRAPA Produção de Informação; Rio de Janeiro: EMBRAPA Solos, 2006.
FRAGA, M.S.; FERREIRA, R.G.; SILVA, F.B.; VIEIRA, N. P. A.; SILVA, D.P.; BARROS, F.M.; MARTINS, I. S.B. Caracterização morfométrica da bacia hidrográfica do Rio Catolé Grande, Bahia, Brasil. Nativa, v. 2, n. 4, p. 214-218, 2014.
GOUDIE, A; VILES, H. The Earth Transformed: an introduction to human impacts on the environment. Oxford: Blackwell Published Ltd., p. 165, 1997.
GUERRA, A.J.T. Encostas e a Questão Ambiental, In: CUNHA, S.B.; GUERRA, A.J.T. (Orgs.). A Questão Ambiental – Diferentes Abordagens. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 4° edição, pp. 191-218, 2008. GUERRA, A.J.T. Encostas Urbanas. In: GUERRA, A.J.T. (Org.). Geomorfologia Urbana. Rio de Janeiro: BERTRAND BRASIL, 2011, pp. 13-42.
GUERRA, A.J.T. Processos erosivos nas Encostas. In: CUNHA, S.B; GUERRA, A.J.T. (Orgs.). Geomorfologia – Exercícios, Técnicas e Aplicações. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 2° edição, pp. 139-155, 2002.
HAWKER, L.; UHE, P.; PAULO, L.; SOSA, J.; SAVAGE, J.; SAMPSON, C.; NEAL, J. A 30 m global map of elevation with forests and buildings removed. Environ. Res. Lett., v. 17, 2022.
HORN, B.K.P. Hill-Shading and the Reflectance Map. Proceedings of the IEEE, Vol. 69, No. 1, pp. 14–47, 1981. (também em Geo-Processing, vol. 2, 1982, pp. 65–146.).
HORTON, R. E. Erosional development of streams and their drainage basins: hydrophysical approach to quantitative morphology. Geol. Soc. America Bulletin, pp. 275-370, 1945.
HORTON, R.E. Drainage basin characteristics. Transition of the America Geophysical Union, n 13, pp. 350 – 361, 1932.
JONGMAN, B. Effective adaptation to rising flood risk. Nature Communications, 9:1986, 2018.
JORGE, M.C.O.; GUERRA, A.J.T. Erosão dos solos e movimentos de massa – recuperação de áreas degradadas com técnicas de bioengenharia e prevenção de acidentes. In: JORGE, M.C.O.; GUERRA, A.J.T (Orgs.). Processos Erosivos e recuperação de áreas degradadas. Oficina de Textos, São Paulo, pp. 07-30, 2013.
KISTLER, P. Historical Resumé of the Amazon Basin. Belém, PETROBRAS-RENOR, (Relatório Técnico Interno, 104-A), 1954.
LATRUBESSE, E.M; FRANZINELLI, E.The late Quaternary evolution of the Negro River, Amazon, Brazil: Implications for island and floodplain formation in large anabranching tropical systems. Geomorphology 70, 2005, 372–397.
LOPES, I.; LEAL, B. G.; RAMOS, C. M. C. Caracterização morfométrica de bacia hidrográfica no semiárido de Pernambuco através de dados SRTM em softwares livre. Journal of Hyperspectral Remote Sensing, v. 8, n. 1 p. 3140, 2018. DOI: https://doi.org/10.29150/jhrs.v8.1.p31-40
LOREZON, A.S; FRAGA, M.S; MOREIRA, A.R; ULIANA, E.M; SILVA, D.D; RIBEIRO, C.A.A.S; BORGES, A.C. Influência das características morfométricas da 177 bacia hidrográfica do rio Benevente nas enchentes no município de Alfredo Chaves-ES. Rev. Ambiente. Água vol. 10 n. 1 Taubaté, pp. 195-206, 2015.
MACHADO, G.; SOUZA, J. O. P. Análise Morfométrica da Bacia Hidrográfica do rio Chôco – Ibaiti – PR. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.
NUNES, F.G.; RIBEIRO, N.C.; FIORI, A.P. Propriedades Morfométricas E Aspectos Físicos Da Bacia Hidrográfica Do Rio Atuba: Curitiba-Paraná. In: Simpósio Nacional de Geomorfologia, Goiânia, 2006.
OLIVEIRA, S. F. de et al. Análise ambiental da bacia hidrográfica do córrego da onça, no município de Jataí - GO. Geoambiente On-line, [S. l.], n. 10, p. 01–24, 2013. DOI: https://doi.org/10.5216/geoambie.v0i10.25957
QUEIROZ, M. S. Caracterização Hidrogeomorfológica da Bacia Hidrográfica do Mindu Manaus – Amazonas. Monografia apresentada à Universidade do Estado do Amazonas – UEA, Manaus, 2019.
QUEIROZ, M. S.; BATISTA, S. P. M. ; TOMAZ NETO, A. G. ; ALVES, N. S. . EXPEDIÇÃO MINDU: ANÁLISE GEOGRÁFICA DO IGARAPÉ DO MINDU. In: Workshop Internacional Sobre Planejamento e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas, 2020, Manaus. Workshop Internacional Sobre Planejamento e Desenvolvimento Sustentável em Bacias Hidrográficas. Boa Vista: Editora da UFRR, 2020c. v. 1. p. 922-930.
QUEIROZ, M. S.; BATISTA, S. P. M.; ALVES, N. S. . Análise Hidrológica do Igarapé do Mindu, Manaus, Amazonas, Brasil. Revista da Casa da Geografia de Sobral (RCGS), v. 22, p. 57-71, 2020b.
QUEIROZ, M. S.; ALVES, N. S. . Análise Geomorfométrica da Bacia Hidrográfica do Mindu - Manaus - Amazonas. Geopauta, v. 4, p. 109-123, 2020b.
QUEIROZ, M. S.; ALVES, N. S. ; BATISTA, S. P. M. Análise do Risco de Inundação no Igarapé do Mindu em Manaus - Amazonas. Acta Geográfica, v. 14, p. 216-231, 2020a.
QUEIROZ, M.S. Evidências de Neotectônica na Bacia Hidrográfica do Mindu - Manaus – Amazonas. Revista Tocantinense de Geografia, v. 09, n. 18, pp. 130-142, 2020.
QUEIROZ, M.S; ALVES, N.S. Aplicação de Diferente Fórmulas de Tempo de Concentração para uma Bacia Hidrográfica Urbana. Revista Tocantinense de Geografia, v. 9, n. 18, p. 219-231, 2020c.
REIS, N. J; ALMEIDA, M.; RIKER, S. L; FERREIRA, A. L. Geologia e Recursos Minerais do Estado do Amazonas. CPRM – Serviço Geológico do Brasil, 2006.
RODRIGUES, C. MOROZ-CACCIA GOUVEIA, I.C. Importância do fator antrópico na redefinição de processos geomorfológicos e riscos associados em áreas urbanizadas do meio trópico úmido. Exemplos na Grande São Paulo. In: GUERRA, A.J.T; JORGE, M.C.O. Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas. Oficina dos Textos: Rio de Janeiro, 2013.
SCHUMM, S. A. Evolution of Drainage Systems and Slopes in Badlands at Perth Amboy, New Jersey. Geological Society of America Bulletin, v. 67, p. 597-646. 1956. DOI: http://dx.doi.org/10.1130/0016-7606(1956)67[597:eodsas]2.0.co;2
SCHUMM, S.A. A sinuosity of alluvial rivers on the great plans. Geol.Soc. America Bull. 74 (9), pp.1089-1100. 1963.
STEVAUX, J.C; LATRUBESSE, M. E. Geomorfologia Fluvial. Oficina de Textos: São Paulo: 2017.
STRAHLER, A.N. Dynamic basis of geomorphology. The geological society of American bulletin, v. 63, pp. 923-938, 1952.
STRAHLER, A.N. Quantitative analysis of watershed geomorphology. American Geophysics Union Transactions, n 38, p. 913-920, 1964.
TONELLO, K. C.; DIAS, H. C. T.; SOUZA, A. L.; RIBEIRO, C. A. A. S.; LEITE, F. P. Morfometria da bacia hidrográfica da Cachoeira das Pombas, Guanhães – MG. Revista Árvore, Viçosa, v. 30, n. 5, p. 849-857, 2006.
VIEIRA, A.F.G. Desenvolvimento E Distribuição De Voçorocas Em Manaus (Am): Principais Fatores Controladores E Impactos Urbano-Ambientais. Tese submetida ao Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC, 2008.
VILLELA, S. M; MATTOS, A. Hidrologia aplicada. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1975. 245 p.
YOSHIMOTO, T; SUETSUGI, T. Comprehensive Flood Disaster Prevention Measures In Japan. Hydrological Processes and Water Management in Urban Areas (Proceedings of the Duisberg Symposium). IAHS Publ. no. 198, 1990.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Matheus Silveira de Queiroz

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Você tem o direito de:
Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de nenhuma maneira que sugira que o licenciante apoia você ou o seu uso.
NãoComercial — Você não pode usar o material para fins comerciais.
SemDerivações — Se você remixar, transformar ou criar a partir do material, você não pode distribuir o material modificado.
Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.