A FANTÁSTICA FÁBRICA DA MORTE
UM OLHAR DO SERVIÇO SOCIAL PARA A CRISE AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.46551/rssp202502Palavras-chave:
Capitalismo, Meio ambiente, Serviço socialResumo
O modo de produção capitalista institui relações sociais pautadas no utilitarismo e na lógica mercadológica, que coisifica tanto os sujeitos humanos quanto a natureza, impondo condições deletérias de existência. Isso reverbera na conjunção de fenômenos, que se manifestam no cotidiano profissional do/a assistente social como expressões notórias da questão social, que revelam o descompromisso desse modo de produção com os direitos fundamentais dos povos e a importância da manutenção dos recursos naturais. Em face do exposto, temos como objetivo discutir as relações capitalistas no processo de mercantilização da natureza e de violação aos direitos sociais, assinalando o/a assistente social como profissional comprometido ética e politicamente com a construção de frentes democráticas de luta pela vida e justiça social. Esse debate se fundamenta a partir de leituras com viés do materialismo histórico-dialético sobre a relação capital e questão ambiental. Assim, oportunizar reflexões sobre a relação capital–meio ambiente-trabalho profissional do/a assistente social.
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