RELAÇÕES ENTRE O “MITO DA CAVERNA”, DE PLATÃO, O FILME “MATRIX” E A RETÓRICA

Autores

  • Clayton Soares Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros
  • Antônio Alvimar Souza Universidade Estadual de Montes Claros

Resumo

O presente artigo trata sobre o mito da caverna de Platão e a sua importância para a experiência filósofica. É abordado como a contemplação perdeu o seu valor desde a Grécia antiga e suas consequências que levaram à exaltação da praticidade e objetividade como a solução de crises. Elementos muito utilizados em regimes de viés autoritários e na radicalidade do totalitarismo, explicitado nas obras de Arendt. No mito da caverna, Platão relata a saída de um prisioneiro de uma caverna, presos na ignorância que contempla a luz do exterior e a verdade que não conhecia. Do mesmo modo ocorre no filme Matrix esse processo de libertação que não é uma tarefa fácil e o regime que controla esse sistema não quer alterar essa situação. Esse mesmo regime utiliza de diversas técnicas e uma delas abordadas no artigo é a retórica, presente no pensamento de Aristóteles. Sendo assim o aprofundamento desses conceitos e suas ligações, se faz necessário, para a compreensão e abre a possibilidade de didática no ensino de Filosofia no ensino médio.

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Biografia do Autor

Clayton Soares Fonseca, Universidade Estadual de Montes Claros

Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR)/Prof-Filo – Núcleo Universidade Estadual de Montes Claros; professor da rede estadual de ensino de Minas Gerais.

Antônio Alvimar Souza, Universidade Estadual de Montes Claros

Doutor em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) – Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).

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Publicado

2021-12-09

Como Citar

Soares Fonseca, C., & Alvimar Souza, A. (2021). RELAÇÕES ENTRE O “MITO DA CAVERNA”, DE PLATÃO, O FILME “MATRIX” E A RETÓRICA. Revista Poiesis, 22(1), 1–15. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/poiesis/article/view/4779

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