AS VISÕES DE FRIEDRICH LIST, JOSEPH SCUMPETER E HA-JOON CHANG À COMPREENSÃO DA TRANSFORMAÇÃO DA FORÇA PRODUTIVA NACIONAL EM CONTRAPOSIÇÃO AO MAINSTREAM

Autores

  • Mauri da Silva Faculdade de Tecnologias de Ourinhos - FATEC
  • Jacqueline Cristiane de Oliveira Silva Faculdades Integradas de Ourinhos-FIO

Resumo

Resumo: A transformação econômica das forças produtivas nacionais tem despertado a atenção de um grande número de interessados no assunto. Por exemplo, preocupados com a promoção do interesse nacional, os pensadores mercantilistas já defendiam, em meados do século XVI, o emprego de estratégias protecionistas para desenvolver as forças produtivas domés- ticas duma nação. Embora discordando das estratégias mercantilistas, Adam Smith também ocupou-se dos condicionantes da
mudança tecnológica para transformação do modo de produção capitalista. Diante do exposto, o objetivos deste trabalho são: (i) contrapor as visão de dois defensores do nacio- nalismo econômico (Friedrich List e Ha-Joon Chang), cada qual em seu tempo, sobre as estratégias de transformação das forças produtivas nacionais com a do mainstream em teoria econômica; e (ii) mostrar que o esquema de pensamento de Schumpeter - princípio da destruição criativa - contribui para reavivar o argumento em favor da ação estratégica do Estado como impulsionador da mudança tecnológica nacional, contrariando a visão neoliberal.

Palavras-chave: Estado, desenvolvimento econômico, mainstream, neoliberalismo, nacionalismo econômico, transformação das forças produtivas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Mauri da Silva, Faculdade de Tecnologias de Ourinhos - FATEC

Doutor em Ciências Sociais - FFC Unesp - Marília. Professor da Faculdade de Tecnologias de Ourinhos - FATEC.

Jacqueline Cristiane de Oliveira Silva, Faculdades Integradas de Ourinhos-FIO

Mestra em Integração Econômica - UFSM. Professora das Faculdades Integradas de Ourinhos-FIO.

Referências

AMSDEN, A.H. A Ascensão do “Resto”. São Paulo: Editora UNESP, 2009. 586p.

BIANCHI, A. M. Albert Hirschman na América Latina e sua trilogia sobre desenvolvimento econômico. Economia e Sociedade, v. 16, n. 2, p. 131- 150, 2007. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ecos/v16n2/a01v16n2.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2015.

BLAUG, M. Ugly currents in modern economics. Policy 3, p. 1-8, 1997. Disponível em:

http://www.irpp.org/po/archive/sep97/blaug.pdf. Acesso em: 26 jan. 2015.

BOIANOVSKY, M. Friedrich List and the Economic Fate of Tropical Countries History of Political Economy, v. 45, n. 4, Winter 2013. Disponível em: http://ssrn.com/abstract=1810846>. Acesso em: 26 jan. 2015.

BORGES, A. Democracia vs. Eficiência: a teoria da escolha pública. Lua Nova, n. 53, p. 159-179, 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-64452001000200008&script=sci_arttext>. Acesso em: 27 jan. 2015.

CHANG, H. J. Chutando a escada: a estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora Unesp, 2004. 266p.

_____. The market, the state and institutions in economic development. In. CHANG, H. J. (Ed.). Rethinking development economics. Nova York: Anthem Press, 2003. p. 41-60.

DOSI, G.; NELSON, R. R. R. Technical change and industrial dynamics as evolutionary processes.In: HALL, B. H; ROSENBERG, N. (Ed.). Handbook of the Economics of Innovation, London, New York: Elsevier, 2010, v. 1, p. 51-127.

DÜPPE, T. The Making of the Economy: A Phenomenology of Economic Science.Lanham: Lexington Books, 2011. 241p.

_____.The Phenomenology of Economics: Life-World, Formalism, and the Invisible Hand. Alblasserdam: Haveka BV, 2009. 382p. Disponível em .Acesso em: 26 jan. 2015.

ELLIOT, Marx and Schumpeter on Capitalism’s Creative Destruction: A Comparative Restatement. The Quartely Journal of Economics, v. 95, n. 1, pp. 45-68. Disponível em: http://www.jstor.org/stable/1885348>. Acesso em: 26 jan. 2015.

EMIEUX, P. The public choice revolution. Regulation, v. 27, n. 3, p. 22-29, 2004. Disponível em: <http://ssrn.com/abstract=604046>. Acesso em: 26 jan. 2015.

FINLAYSON, A. C. et al. The “Invisible Hand”: neoclassical economics and the ordering of society. Critical Sociology, v. 31, n. 4, p. 515-535, 2005.

Disponível em: <http://crs.sagepub.com/content/31/4/515>. Acesso em: 26 jan. 2015.

FONSECA, P. C. D. O pensamento econômico alemão no século XIX. In.: HELFER, I. Pensadores alemães dos séculos XIX e XX. (Org.). Santa Cruz do Sul. Edunisc, 2000. P. 9-19. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/decon/publionline/textosprofessores/ fonseca/alemao.pdf >. Acesso em: 26 jan. 2015.

FRIEDMAN, M. Capitalism and freedom. Chigago: University of Chicago press, 1982. 212p.

HAGEDOORN, J. Innovation and Entrepreneurship: Schumpeter Revisited. Industrial and Corporate Change, v. 5, n.3, p. 883-896, 1996. Disponível em: <http://icc.oxfordjournals.org/content/5/3/883.full.pdf+html>.Acesso em: 26 jan. 2015.

HELLEINER, E. Economic nationalism as a challenge to economic liberalism? Lessons from the 19th century. International Studies Quarterly, v. 46, n. 3, p. 307-329, 2002. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/3096091>. Acesso em: 26 jan. 2015.

HOBSBAWM, E. J. A era do Capital: 1848-1875. São Paulo: Paz e Terra, 5 ed., 1996. 459p.

IMBS, J; WACZIARG, R. Stages of diversification. American Economic Review, p. 63-86, 2003. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/

>. Acesso em: 26 nov. 2015.

IMMERGUT, E. M. Democratic Theory and Policy Analysis: Four Models of “Policy, Politics and Choice”. der moderne staat–Zeitschrift für Public Policy, Recht und Management, v. 4, n. 1, p. 69-86, 2011.Disponível em: <http://www.social-science.hu-berlin.de/lehrbereiche/comppol/pubb/pdfs/EllenM.2011.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2015.

KINDLEBERGER, C. P. World Economic Primacy: 1500 to 1990. New York: Oxford University Press, 1996. 269p.

KRUGMAN, P. How i work. The American Economist, v. 37, n. 2, 1993. Disponível em: <http://128.36.245.191/documents/Krugman.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2015.

LIST, F. G. Sistema Nacional de Economia Política. São Paulo: Abril Cultural, 1983a, 288p.

_____. G. The Natural System of Political Economy. Traduzido e Editado por W.O. Henderson. London: Frank Cass and Company Limited, 1983b. Disponível em: <http://www.arno.daastol.com/books/list/List,%20Natural%20System%20(1837)h.htm>. Acesso em 26 jan. 2015.

PETERS, J. et al. Economic transition as a crisis of vision: comparing classical and neoclassical. Eastern Economic Journal. v. 28, n. 2, p. 217-240, Spring 2002. Disponível em <http://college.holycross.edu/eej/Volume28/V28N2P217_240.pdf>.Acesso em: 26 jan. 2015.

POSSAS, M. A cheia do “mainstream”: comentário sobre os rumos da ciência econômica. Economia contemporânea, v. 1, p. 13-58, 1997. Disponível em:< http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/rec/REC%201/REC_1.1_01_A_cheia_do_mainstream.pdf >. Acesso em: 26 jan. 2015.

REINERT, E. S. Primitivization of the EU Periphery: The Loss of Relevant Knowledge. TUT Ragnar Nurkse School of Innovation and Governance, Working Papers in Technology Governance and Economic Dynamics 48, Noruega, 2013. Disponível em: <http://technologygovernance.eu/files/main/2013011003484545.pdf>. Acesso em: 17 jan. 2015.

RIBEIRO, R.J. O curto e longo prazo. Valor Econômico, São Paulo, p. A8, 10 jun. 2013.

ROBBINS, L. The theory of economic development in the history of economic thought. London: Macmillan, 1968. 185p.

SCHUMPETER, J. A. Capitalism, Socialism and Democracy. London and New York: Routledge, 2003. 437p.

_____. History of Economic Analysis. London: Routledge, 2006. 1.283p. Disponível em: <http://digamo.free.fr/schumphea.pdf>. Acesso em: 14 mar. 2013.

_____. Teoria do desenvolvimento econômico: uma investigação sobre os lucros, capital, crédito, juro e ciclo econômico. São Paulo: Abril Cultural, 1982. 169p.

_____. The Instability of Capitalism. The Economic Journal, v. 38, n. 151, pp. 361-386, 1928. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/2224315>. Acesso em: 26 jan. 2015.

SELWYN, B. The Global Development Crisis. Cambridge: Polity Press, 2014. 224p.

SENN, P. R. The German historical schools in the history of economic thought, Journal of Economic Studies, v. n. 3, pp.185-255, 2005. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1108/01443580510611038>. Acesso em: 26 jan. 2015.

SHIN, H. Friedrich List’s National Political Economy and the Post-War East Asian Development Experiences, Social Science Research Network (SSRN), 2012. Disponível em: <http://papers.ssrn.com/sol3/papers.cfm?abstract_id=2156494>. Acesso em: 26 jan. 2015.

SPENCER, A. S & KIRCHHOFF, B.A. Schumpeter and new technology based firms: Towards a framework for how NTBFs cause creative destruction. The International Entrepreneurship and Management Journal. v.2, n.2, p.145-156. Disponível em: <http://link.springer.com/article/10.1007/s11365-006-8681-3#page-1>. Acesso em: 26 jan. 2015.

STRASSMANN, W. P. Creative destruction and partial obsolescence in American economic development. The Journal of Economic History, v. 19, n. 3, p. 335-349, 1959. Disponível em: <http://www.jstor.org/stable/2115265>. Acesso em: 26 jan. 2015.

SWEDBERG, R. Entrepreneurship: The social science view. Oxford, New York: Oxford University Press, 2000.

TEIXEIRA, A. Estados Unidos: a “curta marcha” para a hegemonia. In: FIORI, J.L. Estados e moedas no desenvolvimento das nações. Petrópolis: Editora Vozes, 1999. p. 155-190.

TILLY, R. Germany. SYLLA, R.; TONIOLO, G. (Ed.). Patterns of European Industrialisation: the nineteenth century. Routledge, p. 175-196, 2002. Disponível em: <http://www.crcnetbase.com/doi/pdf/10.4324/9780203418475.ch9>. Acesso em: 26 jan. 2015.

WEBER, M. Textos selecionados. São Paulo: Nova Cultural, 1997. 192p.

WITT, U. How evolutionary is Schumpeter’s theory of economic development? Industry and Innovation, v. 9, n. 1-2, p. 7-22, 2002. Disponível em: . Acesso em: 20 jan. 2015.

Downloads

Publicado

2021-04-07

Como Citar

Silva, M. da ., & Silva, J. C. de O. . (2021). AS VISÕES DE FRIEDRICH LIST, JOSEPH SCUMPETER E HA-JOON CHANG À COMPREENSÃO DA TRANSFORMAÇÃO DA FORÇA PRODUTIVA NACIONAL EM CONTRAPOSIÇÃO AO MAINSTREAM. Revista Economia E Políticas Públicas, 2(2), 35–62. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/economiaepoliticaspublicas/article/view/4064

Edição

Seção

Artigos