Populações tradicionais do sertão Norte Mineiro e as interfaces socioambientais vividas

Autores

  • João Batista de Almeida Costa Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

Palavras-chave:

sertão, populações tradicionais, cultura, interfaces socioambientais.

Resumo

A temática das comunidades tradicionais sertanejas será tratada, considerando três questões. A primeira diz respeito ao arcabouço teórico, a partir do qual é possível fazer uma leitura de comunidades rurais situadas no Sertão. A segunda diz respeito à questão espacial. Não é tratado o Sertão como um todo, mas um Sertão muito específico, o do norte de Minas. E, por fim, em terceiro lugar, a questão, cara à Geografia, mas também à Antropologia, que é de
onde é realizada a minha leitura de populações vivendo em comunidades rurais, as temporalidades e os processos sociais vividos. Articuladas essas três questões, é possível empreender a leitura solicitada, qual seja a interface socioambiental vivida pelas comunidades rurais sertanejas.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

João Batista de Almeida Costa, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

O autor é doutor em Antropologia, sendo professor-pesquisador da Universidade Estadual de Montes Claros no Curso de Ciências Sociais e no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Social.

Referências

ALMEIDA, Alfredo Wagner B. de. “Terras de preto, terras de santo, terras de índio: posse comunal e conflito”. In: Humanidades, Ano IV, 15. Brasília: Editora da UnB, 1987.

BARRETO FILHO, Henyo Trindade. “Populações Tradicionais: Introdução à Crítica da Ecologia Política de uma noção”. In: Worshop Sociedades Caboclas Amazônicas: Modernidade e Invisibilidade. Parati, RJ, 2001 (mimeo).

BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2003. Ciências Sociais: Sociologia.

BRITO, Valéria Esteves de, e Outros. Negros de Maravilha: Abandonados e Esquecidos, agora Lembrados. Diagnóstico Cultural, Sócio-Econômico e Político. Montes Claros: FUNORTE; Catuti: Prefeitura Municipal 2003 (mimeo).

CORREIA, Cloude de Souza. Do Carrancismo ao Parque Nacional Grande Sertão Veredas: (des)organização fundiária e territorialidades. Brasília: Universidade de Brasília, 2002. Dissertação de Mestrado.

COSTA, João Batista de Almeida. “Cultura sertaneja: a conjugação de lógicas diferenciadas”. In: SANTOS, Gilmar Ribeiro dos (org.). Trabalho, Cultura e Sociedade no Norte/Nordeste de Minas. Considerações a partir das Ciências Sociais. Montes Claros: Best Comunicação e Marketing, 1997, p. 77-98.

______. Do Tempo da Fartura dos Crioulos ao Tempo de Penúria dos Morenos. Identidade através de Rito em Brejo dos Crioulos (MG). Brasília: Departamento de Antropologia/UnB, 1999. Dissertação de Mestrado.

______. Os Guardiões das Veredas do Grande Sertão: a população tradicional veredeira do Assentamento São Francisco e Gentio, o Parque Nacional Grande Sertão Veredas e o Inventário das Referências Culturais. Brasília: Funatura; IPHAN, 2005

(mimeo).

______. “A reescrita da História, a valorização do negro e a atualização das relações ancestrais no norte de Minas”. In: Revista Verde Grande 1(2), 2005 b, p. 12-27.

______. “Cultura, natureza e populações tradicionais: o norte de Minas como síntese da nação brasileira”. In: Revista Verde Grande 1(3), 2006, p. 8-47.

COSTA SILVA, René Marc. Por onde o Povo Anda... A Construção da Identidade Quilombola dos Negros de Rio das Rãs. Brasília: Departamento de História, 1998. Tese de Doutoramento.

BOURDIEU, Pierre. Razões Práticas. 5. ed. São Paulo: Papirus, 2004.

DAYRELL, Carlos Alberto. Geraizeiros y Biodiversidad en el Norte de Minas Gerais: La contribuición de la agroecologia y de la etnoecologia en los estudios de los agroecossistemas. Huelva: Universidad Internacinal de Andalúcia, 1998. Dissertação de Mestrado.

D’ANGELIS FILHO, João Silveira. Políticas locais para o des-envolvimento local no Norte de Minas: uma análise das articulações local e supra local. Temuco, Chile: 2005.

D’ANGELIS FILHO, João Silveira e outros. Gurutubanos: O Ambiente e a Produção no Vale do Gurutuba. Montes Claros: Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas: 2003 (mimeo).

FERNANDES, Daniel Mendes. O Estar-no-entre-meio na Feira do Major Prates e outros espaços sociais: uma etnografia sobre as estratégias de territorialidade de populações rurais em Montes Claros. Montes Claros: Unimontes/DPCS, 2006.

Monografia de Graduação.

GODBOUT, Jacques T. O Espírito da Dádiva. Rio de Janeiro: Editora da FGV, 1999.

GODELIER, Maurice. O Enigma do Dom. Rio de Janeiro: Civlização Brasileira, 2001.

GONÇALVES, Flávio José. Negros de Poções – Feitiços e outros caxangásem seus processos sociais: Historicidade, Identidade e Territorialidade em Brejo das Almas (MG). Montes Claros: Unimontes/PPGDS, 2007. Dissertação de Mestrado.

JACINTO, Andréa Borghi. Afluentes da memória: Itinerários, Taperas e Histórias no Parque Nacional Grande Sertão Veredas. Campinas: Universidade de Campinas, 1998. Dissertação de Mestrado.

LITTLE, Paul Elliot. “Territórios Sociais e povos tradicionais no Brasil: por uma antropologia da territorialidade”. In: Anuário Antropológico, 2002/2003, p. 251-290, 2005.

LOPES, Camilo Antônio Silva. A Festa de Santa Rosa de Lima: Territorialidades, Religiosidade, Clivagens Sociais e Coesão Social no Simbolismo Ritual. Montes Claros: Unimontes/DPCS, 2006. Monografia de Graduação.

LUZ DE OLIVEIRA, Claudia. Os Vazanteiros do Rio São Francisco: um estudo sobre populações tradicionais e territorialidade no Norte de Minas Gerais. Belo Horizonte: Dissertação de Mestrado, 2005.

MAUSS, Marcel. “Ensaio sobre a Dádiva. Forma e razão das trocas nas sociedades arcaicas”. In: Sociologia e Antropologia. São Paulo: EdUSP, 1974.

NEVES, Zanoni. Navegantes da Integração: os remeiros do rio São Francisco. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.

OLIVEIRA, Alessandro Roberto de. A Luta Política é uma coisa, a Indígena é a História do Povo: Identidade étnica e fronteiras cambiantes entre os Índios Xakriabá e a Sociedade Regional. Montes Claros: Unimontes, 2004. Monografia de graduação.

PARAJULI, Pramod. “Ecological Ethnicity in the Making: Developmentalist Hegemonies and Emergent Identities in India”. In: Identities, v. 3(1-2), 1996, p. 15-59.

PEREIRA DE QUEIRÓZ, Maria Isaura. O campesinato brasileiro. Ensaios sobrecivilização e grupos rústicos no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1976.

PIERSON, Donald. O Homem no Vale do São Francisco. Rio de Janeiro: Minter/SUVALE, 1972, Tomo II.

RIBEIRO, Darcy. Os Índios e a Civilização: A integração das populações indígenas no Brasil Moderno. Petrópolis: Vozes, 1986.

SANTOS, Ana Flávia Moreira. Do terreno dos caboclos do Sr. São João à Terra Indígena Xariabá: as circunstâncias da formação de um povo. Um estudo sobre a construção social de fronteiras. Brasília: DAN/UnB, 1997 (Dissertação de

Mestrado).

SENNA, Nelson de. Terra Mineira. Belo Horizonte: Imprensa Oficial, 1926.

WOORTMANN, Ellen F. Herdeiros, Parentes e Compadres: Colonos do sul e sitiantes do Nordeste. São Paulo: Hucitec; Brasília: Editora da UnB, 1995.

WOORTMANN, Klass – “Com parente não se neguceia. O campesinato como ordem moral”. In: Anuário Antropológico/87. Brasília: Edunb; Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990.

Downloads

Publicado

2006-12-31

Como Citar

COSTA, João Batista de Almeida. Populações tradicionais do sertão Norte Mineiro e as interfaces socioambientais vividas. Revista Cerrados, [s. l.], v. 4, n. 01, p. 81–108, 2006. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/2920. Acesso em: 5 out. 2024.