“O que as paredes pichadas têm pra me dizer? O que os muros sociais têm pra me contar?”: uma análise da paisagem metropolitana do Rio de Janeiro retratada nas músicas do grupo O Rappa no período de 1993 a 2003

Autores

DOI:

https://doi.org/10.22238/rc2448269220191701192221

Palavras-chave:

: Geografia cultural. Paisagem urbana. Apropriação do espaço. Representação simbólica. Música.

Resumo

A partir da análise da paisagem como representação simbólica do espaço conforme proposto pela Geografia cultural, combinada à crítica dialética da Geografia Urbana, que enxerga a paisagem urbana como resultante da construção e apropriação capitalista do espaço e produto do embate histórico entre as forças envolvidas neste processo: centro x periferia; capital x trabalho; propriedade x exclusão, o presente trabalho discute a categoria geográfica paisagem, tendo como motivação e ilustração, a representação simbólica da paisagem metropolitana do Rio de Janeiro presente nas letras de canções do grupo carioca O Rappa, compostas no período de 1993 a 2003.

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Biografia do Autor

Edivan Oliveira Fulgencio, Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Niterói, Rio de Janeiro,, Brasil.

Possui Graduação em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Atualmente é Acadêmico do Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

 

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Publicado

2019-05-31

Como Citar

FULGENCIO, E. O. “O que as paredes pichadas têm pra me dizer? O que os muros sociais têm pra me contar?”: uma análise da paisagem metropolitana do Rio de Janeiro retratada nas músicas do grupo O Rappa no período de 1993 a 2003. Revista Cerrados, [S. l.], v. 17, n. 01, p. 192–221, 2019. DOI: 10.22238/rc2448269220191701192221. Disponível em: https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/cerrados/article/view/1032. Acesso em: 20 abr. 2024.