“As Dinas do Araguaia”: trajetórias, idealismos e protagonismos contra a ditadura militar (1966-74)

“The Dinas of Araguaia”: trajectories, idealisms and protagonism against the military dictatorship (1966-74)

Autores

DOI:

10.46551/issn.2317-0875v28n2p.103-122

Palavras-chave:

Dinas, Militantes, Guerrilha do Araguaia

Resumo

O presente artigo é resultado das pesquisas desenvolvidas por seus autores acerca das militantes baianas Dinaelza Coqueiro e Dinalva Oliveira, a quem denominamos “Dinas do Araguaia”. Nele buscamos, ainda que brevemente, apresentar as diferentes trajetórias de cada uma delas, perpassando por suas infâncias, seus processos de inserção na militância política e a ida para a luta armada no episódio conhecido como guerrilha do Araguaia. Verificamos que, como na sociedade de modo geral, o lugar da mulher guerrilheira não é uniforme, tampouco linear na Guerrilha do Araguaia; mas também apresenta as contradições próprias da realidade concreta, naquele momento histórico. Constatamos que houve um grande esforço das mulheres guerrilheiras para se firmarem em condições de igualdade com os homens. As “Dinas do Araguaia se mostraram mulheres à frente do seu tempo: corajosas, idealistas e destemidas. Com a forte repressão que se abateu sobre a guerrilha, as Dinas do Araguaia foram presas, torturadas e mortas pelo Estado brasileiro. Seus corpos permanecem insepultos. A sua militância, como de outras mulheres que enfrentaram a ditadura, precisa ser lembrada, jamais esquecida, para que nunca mais aconteça aquele regime de terror e violência no nosso país.

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Biografia do Autor

Ary Albuquerque Cavalcanti Junior, Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)

Doutor em História pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Professor Adjunto do Departamento de História da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT. Atualmente é membro da Red Panamazónica para la Formación y Enseñanza de la Historia: panorama de pesquisa, diálogos e intercâmbio (REPAMFEH); do Laboratório de Estudos de Gênero, História e Interculturalidade (LEGHI/UFGD) CÁTEDRA UNESCO; do Grupo de estudos e pesquisa em História e Memória Geracional e Trajetórias Sociogeracionais (GHEMPE/UESB); do Grupo de pesquisa Interpretação do Tempo: ensino, memória, narrativa e política (iTemnpo/UFPA) e do Grupo de Pesquisa Trilhas/UFMS. É coordenador do projeto de pesquisa: “Ditadura militar no Brasil: representações, sociedade e ensino de história” (UFMT). E-mail: ary.junior@ufmt.br.  Orcid: https://orcid.org/0000-0001-7918-1892.

Gilneide de Oliveira Padre Lima, Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA)

Doutora em Memória: Linguagem e Sociedade pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB). Professora do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia (IFBA). Integra os Grupos de Pesquisa História e Memória das Políticas Educacionais e Trajetórias Sociogeracionais; Museu Pedagógico: a educação não escolar, ambos do Museu Pedagógico (UESB) e do Grupo de Pesquisa em História, Educação, Espaço e Memória do IFBA, Campus de Vitória da Conquista. E-mail: gilneide.padre@hotmail.com. Orcid: https://orcid.org/0009-0008-3329-6211.

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Publicado

2023-07-01

Como Citar

Albuquerque Cavalcanti Junior, A., & de Oliveira Padre Lima, G. (2023). “As Dinas do Araguaia”: trajetórias, idealismos e protagonismos contra a ditadura militar (1966-74): “The Dinas of Araguaia”: trajectories, idealisms and protagonism against the military dictatorship (1966-74). Caminhos Da História, 28(2), 103–122. https://doi.org/10.46551/issn.2317-0875v28n2p.103-122