Mulheres e graffiti: experimentações etnográficas no coletivo “Freedas Crew”

Women and graffiti: ethnographic experiments in the collective “Freedas Crew”

Autores

Palavras-chave:

Graffiti, Mulheres artistas, Freedas Crew, Gênero, Brasil

Resumo

Este artigo faz parte da minha pesquisa de mestrado em Antropologia (PPGA-UFPA), que foi uma etnografia sobre as Freedas Crew, um coletivo de mulheres e uma pessoa trans que grafitam na cidade de Belém. Utilizo a experimentação como metodologia e ao me colocar como pesquisadora-aprendiz dialogo com conceitos que perpassam pelas técnicas do corpo e corpografia. Levando em consideração que o graffiti aqui abordado tem sua história vinculada ao movimento hip hop norte-americano, as vivências apresentadas estão inseridas em contextos periféricos, relações de gênero, regras de convivência e o uso de meios virtuais para difusão. É um texto que se propõe a problematizar como essas integrantes se articulam enquanto coletivo em relação a cena do graffiti paraense.

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Biografia do Autor

Thayanne Tavares Freitas, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutoranda em Antropologia Social no Programa de Pós-Graduação em Antropologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (PPGAS/UFRGS). Atualmente, é membro do Núcleo em Antropologia Visual (NAVISUAL). E-mail: thay.tfreitas@gmail.com. ORCID: https://orcid.org/0000-0003-4128-4989.

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Publicado

2020-05-26

Como Citar

Tavares Freitas, T. (2020). Mulheres e graffiti: experimentações etnográficas no coletivo “Freedas Crew”: Women and graffiti: ethnographic experiments in the collective “Freedas Crew”. Caminhos Da História, 24(1), 58–81. Recuperado de https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/caminhosdahistoria/article/view/2596

Edição

Seção

Dossiê