ARTE-AFETO E ARTE-PENSAMENTO EM GILLES DELEUZE

Autores

  • Alex Fabiano Correia Jardim
  • Adhemar Santos de Oliveira

DOI:

https://doi.org/10.46551/2448-30952025v30n105

Resumo

A proposta do trabalho é problematizar a noção do invisível na arte. A partir de uma crítica à fenomenologia, procuraremos apresentar o que chamaremos de ‘sensações mínimas’ definindo a experiência estética enquanto experiência singular. Mas, para tal, nos afastaremos da ideia tradicional de experiência associada a uma consciência e a um sujeito operador de sínteses cognitivas. A proposta da crítica à fenomenologia no trabalho é de ir ao encontro às experiências que nos invadem num tipo
de semiótica particular e que escapam à classificação conhecida. Essas ‘outras percepções’ estimulam e transvasam o espírito associada às forças anti-predicativas que permitem liberar o campo perceptivo do invisível. A isso, chamaremos de experimentação de uma obra de arte ou o mesmo que uma metafenomenologia: a sensibilidade para pequenas percepções. A força que se inscreve na obra e suas formas e que transvasa meu espírito é o acontecimento. Nesse instante, não há mais modelo. Não há mais objeto e nem sujeito, apenas um ‘bloco de sensações’, ou o que Deleuze chamava de ‘composto de perceptos e afectos’. Nesse caso, falamos de intensidade, diferença de intensidade e sensibilidade. É o ser do sensível e sua intensidade que nos faz sentir e despertar em nós a memória, o afeto e a força do pensamento.

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Biografia do Autor

Alex Fabiano Correia Jardim

Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Professor do Departamento de
Filosofia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).

Adhemar Santos de Oliveira

Doutorando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

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Publicado

2025-04-06

Como Citar

Jardim, A. F. C., & Oliveira, A. S. de. (2025). ARTE-AFETO E ARTE-PENSAMENTO EM GILLES DELEUZE. Revista Poiesis, 30(1). https://doi.org/10.46551/2448-30952025v30n105

Edição

Seção

Artigos do Dossiê Técnica e Arte: Singularidades