Nos meandros das águas e nos trilhos da memória: Espacialidades e temporalidades do vivido como possibilidades de ensinar e aprender Geografia

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.46551/rvg2675239520232509530

Palabras clave:

Geografia Escolar, Ensino, Espacialidade, Temporalidades, Espaço vivido

Resumen

O escopo do artigo é tecer algumas reflexões inerentes ao processo de ensino e aprendizagem em Geografia, considerando, para tanto, as espacialidades e temporalidades do vivido como marco referencial para esse processo. Como espaço de referência e campo reflexivo, recorre-se a experiências docentes desenvolvidas nos Ensinos Fundamental e Médio no contexto de escolas das redes municipal e estadual de ensino localizadas no município alagoano de Rio Largo. Destarte, busca-se valorizar, no contexto das reflexões, as especificidades geográficas e históricas do referido município, as quais estão associadas à presença marcante do rio Mundaú e da linha férrea, elementos que direcionaram a ocupação do lugar e o consequente desenvolvimento e a expansão territoriais. Depreende-se que a valorização das espacialidades e temporalidades vividas pelos educandos pode se constituir em importante metodologia para ensinar e aprender geografia. Esse “modelo” metodológico de ação docente atribui forma e sentido ao espaço e o significa, tornando-o existencial, transformando o espaço em lugar.

 

 

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Biografía del autor/a

Cícero Bezerra da Silva, Universidade Federal de Sergipe

Graduação em Licenciatura em Geografia pela Universidade Estadual de Alagoas, campus III - Palmeira dos Índios, Especialista em Metodologia do Ensino de Geografia pela Universidade Candido Mendes; Mestre e doutorando pelo Programa de Pós-graduação em Geografia da Universidade Federal de Sergipe - PPGEO/UFS. 

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Publicado

2023-09-05

Cómo citar

Bezerra da Silva, C. (2023). Nos meandros das águas e nos trilhos da memória: Espacialidades e temporalidades do vivido como possibilidades de ensinar e aprender Geografia. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 5(02), 509–530. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520232509530