A paisagem hídrica como agente na configuração dos Caminhos de Minas Colonial no século XVIII

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46551/rvg2675239520251598618

Palavras-chave:

História do Brasil Colônia, Caminhos coloniais, Influência geográfica

Resumo

Este estudo analisa os condicionantes naturais na definição dos percursos coloniais rumo às regiões mineradoras do centro-sul do Brasil, com especial atenção aos Caminhos Velho e Novo, entre o litoral do Rio de Janeiro e as Minas Gerais. A pesquisa parte da hipótese de que fatores ambientais, em particular os rios e o regime de chuvas, exerceram influência significativa sobre as decisões logísticas e os traçados viários durante o período de consolidação da empresa aurífera. Para isso, foram mobilizadas fontes históricas diversas, como relatos de viajantes, cronistas e registros administrativos, em articulação com dados pluviométricos recentes (1976–2006), tratados como indicadores aproximados de padrões climáticos seculares. A análise dessas informações foi realizada com o apoio de ferramentas de geoprocessamento, que permitiram a espacialização dos dados e a comparação sistemática dos percursos. A fundamentação teórica inspira-se na noção de longa duração, proposta por Fernand Braudel, que reconhece a estabilidade relativa dos ritmos naturais na conformação histórica do território.

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Biografia do Autor

Rafael Laguardia, Universidade Salgado de Oliveira

Professor do Programa de Pós-graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira (UNIVERSO).

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Publicado

2025-06-24

Como Citar

Laguardia, R. (2025). A paisagem hídrica como agente na configuração dos Caminhos de Minas Colonial no século XVIII. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 7(01), 598–618. https://doi.org/10.46551/rvg2675239520251598618

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