Centralidade intraurbana, permanências e transformações espaciais em Montes Claros/MG

Autores

DOI:

https://doi.org/10.46551/rvg26752395202314980

Palavras-chave:

Centralidade, Área Central, Permanências e Transformações

Resumo

Este artigo analisa a recente dinâmica da área central de Montes Claros/MG e a centralidade que nela se configura como forma espacial e relevante papel que exerce na articulação das diferentes partes do conjunto do tecido urbano. A análise tem como base a Teoria das Localidades Centrais ou da Centralidade/TLC, de cunho urbano e regional, desenvolvida pelo geógrafo alemão Walter Christaller. Isto posto, apresenta um breve diagnóstico, mapeamento atual da área de estudo e registros iconográficos analisados por meio de abordagem quali-quantitava.O recorte espacial escolhido na estrutura interna distingue-se dos demais setores da cidade em razão da elevada concentração, diversidade e especialização de atividades. A análise mostrou mudanças na estruturação da cidade, constatou-se que a atual dinâmica presente na área central de Montes Claros produz dialeticamente permanências e transformações nessa cidade média, daí a redefinição da centralidade intraurbana. Como desdobramento, no plano interurbano, Montes Claros figura-se historicamente como um centro de atração para os municípios de sua região geográfica consolidando interações espaciais cada vez mais complexas

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Biografia do Autor

Iara Soares de França, Universidade Estadual de Montes Claros

Graduada em Geografia pela Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Doutora em Geografia pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Professora do Programa de Pós-Graduação em Geografia do Departamento de Geociências da Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES).

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Publicado

2023-03-31

Como Citar

França, I. S. de. (2023). Centralidade intraurbana, permanências e transformações espaciais em Montes Claros/MG. Revista Verde Grande: Geografia E Interdisciplinaridade, 5(01), 49–80. https://doi.org/10.46551/rvg26752395202314980