DESIGUALDADES E RESISTÊNCIAS NOS TERRITÓRIOS DE PESCA DO RIO GRANDE DO NORTE
DOI:
https://doi.org/10.46551/rssp202508Palabras clave:
Comunidades pesqueiras. organização política. classe trabalhadora.Resumen
Na sociedade patriarcal, capitalista e racista, a organização social do trabalho tem como determinações as relações sociais de classe, raça e sexo/gênero, as quais estão presentes nas diversidades das áreas urbanas e rurais, e impactam diretamente na articulação política da classe trabalhadora. Tendo este expoente como base de análise, o texto a seguir possui o objetivo de analisar a resistência dos/as trabalhadores/as rurais diante do capitalismo, com ênfase nas atividades pesqueiras no Estado do Rio Grande do Norte (RN). Além disso, busca evidenciar como esses espaços políticos permanecem inacessíveis a segmentos da classe trabalhadora, ainda que desenvolvam as mesmas atividades trabalhistas, a exemplo das mulheres. As reflexões apresentadas fundamentam-se na revisão de literatura, que recorre a dados secundários para embasá-las, aliada à participação de algumas autoras em projetos de extensão no curso de Serviço Social da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, voltados aos povos tradicionais e suas formas de resistência no estado. Consideramos que produzir e compartilhar conhecimento sobre a auto-organização da classe trabalhadora é essencial, tanto para a preservação da memória quanto para o fortalecimento da consciência coletiva, contribuindo para a compreensão crítica da realidade social e das relações desiguais que a atravessam.
Descargas
Citas
ALMEIDA, J. P. Organismos Internacionais e enfrentamento à precarização do trabalho das mulheres na América Latina. Brasília: UnB, 2017 (Tese de doutorado – Programa de Pós-graduação em Política Social)
ANTUNES NETO, J. N.; SILVA, R. O.; AMARAL, S. C. de S. Maré invisível e as mulheres na pesca artesanal: um estudo sobre o perfil laboral e a discriminação indireta na atividade pesqueira do Brasil. In: CAMPO-TERRITÓRIO: revista de geografia agrária, v. 16, n. 43, p. 103-128, dez., 2021.
Articulação de Mulheres Pescadoras. De mãos dadas criamos correnteza, 2023. Disponível em: https://demaosdadas.org.br/articulacao-de-mulheres-pescadoras/
CALAZANS, R. S. (2017). MARISQUEIRA É PESCADORA: MULHERES NEGRAS DO QUILOMBO DE SÃO BRAZ – SANTO AMARO, BAHIA. Revista Da Associação Brasileira De Pesquisadores/as Negros/As (ABPN), 9(23), 82–108. Recuperado de https://abpnrevista.org.br/site/article/view/508
CNN Brasil. Brumadinho: 5 anos - Familiares e amigos prestam homenagens às vítimas da tragédia. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/brumadinho-5-anos-familiares-e-amigos-prestam-homenagens-as-vitimas-da-tragedia/#:~:text=A%20barragem%20B1%20da%20mineradora,maiores%20desastres%20ambientais%20do%20pa%C3%ADs. Acesso em: 02 abr. 2024.
COMBES, D.; HAICAULT, M. Produção e reprodução, relações sociais de sexo e de classe. In: KARTCHEVSKY-BULPORT, Andrée [et.al.]. O sexo do trabalho. Trad. Sueli Tomazini Cassal. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986. (Mulheres em Movimento, v.01). (pp. 23-43).
CRUZ, H. M. S. Mapa Colônias Potiguares. Natal/RN 11 de abril de 2024 (Email).
DAVIS, A. Mulher, Raça e Classe. The Women's Press, Ltda. Grã Bretanha,. 1982. Tradução Livre. Plataforma Gueto.2013.
DIAS, T. L. P.; ROSA, R. de S.; DAMASCENO, L. C. P. Aspectos socioeconômicos, percepção ambiental e perspectivas das mulheres marisqueiras da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Ponta do Tubarão (Rio Grande do Norte, Brasil). Gaia Scientia, [s. l.], ed. 1, 2007.
ENGELS, F. Origem da família, da propriedade privada e do Estado. Trad. Leandro Konder. In: MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas. Vol.3. São Paulo: Editora Alfa-Omega, 1961.
Federação Dos Pescadores Do Rio Grande Do Norte – FEPERN (2024)
FIGUEIREDO, M. M. A.; PROST, C. O trabalho da mulher na cadeia produtiva da pesca artesanal. Revista Feminismos, [S. l.], v. 2, n. 1, 2014. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/feminismos/article/view/30024. Acesso em: 10 mar. 2024.
GONZALEZ, L. Racismo e sexismo na cultura brasileira. In: IV Encontro Anual da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais. Rio de Janeiro, 1980.
GOULART, L. L. O CANTO DAS SENHORAS ANÁLISE DO DISCURSO DO SUJEITO COLETIVO (DSC) DE VELHAS MULHERES DA PONTA DO TUBARÃO,
IDEMA, Plano de manejo da RDS Ponta do Tubarão: Diagnóstico da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão. Natal: FUNCITERN,2018.
RIO GRANDE DO NORTE. 2007. Dissertação (Ciências Sociais) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, [S. l.], 2007.
HARVEY, D. A produção capitalista do espaço. São Paulo: Annablume, 2005. (Coleção Geografia e Adjacências).
KAUTSKY, K. A questão agrária. Tradução de Otto Erich Walter Maas. São Paulo: Nova Cultural, 1986. (Coleção os Economistas).
LUKÁCS, G. Ontologia del ser social: el trabajo. Buenos Aires: Herramienta, 2004.
LUKÁCS, G. Ontologia do ser social: os princípios fundamentais de Marx. Tradução C. N. Coutinho. São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1979.
MARX, K. Para a crítica da economia política: salário, preço e lucro. O rendimento e suas fontes. São Paulo: Abril Cultural, 1982.
MEDEIROS, P. J. A. C.; MILLER, F. S. “Pra Defender Meu Território, Viro Enxu” - Sobre A Luta Das Mulheres Em Defesa Do Território Tradicional De Pesca De Enxu Queimado – Rn. TESSITURAS , Pelotas | RS, v. 11, ed. 1, jan-jun 2023.
Movimento dos pescadores e pescadoras Artesanais. Cartilha para trabalho de base da Campanha pelo território pesqueiro. Disponível em: https://geografar.ufba.br/sites/geografar.ufba.br/files/cartilhaterritoriopesqueiro.pdf. Acesso dia 12/03/2024.
NOBRE, M.. Relações de gênero e agricultura familiar. In: Nobre, Miriam [et al] (Orgs.): Gênero e Agricultura Familiar. SOF, São Paulo, 1998. Disponível em: https://enfoc.org.br/system/arquivos/documentos/11/f1207relaes-de-genero-e-agricultura-familiar---miriam-nobre.pdf. Acesso dia 12/03/2024
ANTUNES NETO, J. N.; SILVA, R.O.; AMARAL, S. C.S. Maré invisível e as mulheres na pesca artesanal: um estudo sobre o perfil laboral e a discriminação indireta na atividade pesqueira do Brasil . Revista Campo-Território, Uberlândia, v. 16, n. 43 Dez., p. 103–128, 2021. DOI: 10.14393/RCT164305. Disponível em: https://seer.ufu.br/index.php/campoterritorio/article/view/62618.
PESSOA, V. M.; RIGOTTO, R.M. Agronegócio: geração de desigualdades sociais, impactos no modo de vida e novas necessidades de saúde nos trabalhadores rurais. Revista Brasileira de Saúde Ocupacional, [S.L.], v. 37, n. 125, p. 65-77, jun. 2012. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0303-76572012000100010.
Rio Grande do Norte. Lei 8.349 de 18 de julho de 2003. Cria a Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, na região de Diogo Lopes e Barreiras nos Municípios de Macau e Guamaré no Rio Grande do Norte e dá outras providências. Natal: Câmara Estadual (2003). Disponível em: http://adcon.rn.gov.br/ACERVO/idema/DOC/DOC000000000043673.PDF Acesso em: 08 mar. 2024
RODIN, P. Interseccionalidade em uma zona de sacrifício do capital: a experiência de mulheres negras, quilombolas e marisqueiras de Ilha de Maré, baía de Todos os Santos (Bahia, Brasil). Revista brasileira de estudos urbanos e regionais. v. 23, E202133pt, 2021. DOI 10.22296/2317-1529.rbeur.202133pt
SAFFIOTI, H. A mulher na sociedade de classes: mito e realidade. 3ed. São Paulo: Expressão Popular, 2013.
SANTOS, M. J. Mulheres negras pescadoras: memória e reconstrução de identidades. Cadernos Imbondeiro. João Pessoa, v.3, n. 2, 2014.
SILVA, E. F.; OLIVEIRA, J. E. L.; JUNIOR, E. L. CARACTERÍSTICAS SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS DE COMUNIDADES LITORÂNEAS BRASILEIRAS: UM ESTUDO DE CASO - TIBAU DO SUL – RN. Bol. Téc. Cient. CEPENE, Tamandaré - PE - v. 19, n. 1, 2013
SILVA, L. K. T.; MILER, S. PESCA ARTESANAL NO LITORAL SUL POTIGUAR: PERFIL SOCIOECONÔMICO, DIFICULDADES E PERSPECTIVAS. Vivência , [s. l.], n. 53, 2019.
VITAL, M. M.; MOURA, J. T. Vaz de. “ENXU QUEIMADO EXISTE PORQUE PERSISTE”: UMA ANÁLISE DOS CONFLITOS SOCIOTERRITORIAIS NA COMUNIDADE PESQUEIRA DE ENXU QUEIMADO/RN. Geografia em Questão, [s. l.], v. 16, ed. 3, 2023.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Revista Serviço Social em Perspectiva

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.