O MITO DE DOM QUIXOTE NO BRASIL E ALGUMAS REESCRITURAS CERVANTINAS

Autores

  • Maria Augusta da Costa Vieira Universidade de São Paulo - USP

Palavras-chave:

Dom Quixote, recepção, mito quixotesco, narrador, leitor.

Resumo

Como em outros lugares, o Quixote se difundiu em terras brasileiras por intermédio do mito criado em torno do cavaleiro. A análise da recepção da obra cervantina no Brasil supõe o estabelecimento de alguns critérios que possam distinguir orientações diferenciadas dentro de um conjunto de manifestações. Um critério possível é o da reescritura que se orienta em torno do mito quixotesco e que resgata a figura do herói em defesa dos grandes valores humanitários; o outro, o que se centra particularmente nas questões de composição da obra, tendo em conta sobretudo as relações estabelecidas entre narrador e leitor.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

CANDIDO, Antonio. “Literatura comparada”. Recortes. São Paulo: Companhia das
Letras, 1993.
CASTELO, J. A. José Lins do Rego: Modernismo e Regionalismo. São Paulo,
Edart, 1961, p. 151.
CASTIGLIONE, Baldassare. El Cortesano. Edición de Mario Pozzi, traducción de
Juan Boscán. Madrid: Ed. Cátedra/Letras Universales, 1994.
CERVANTES, Miguel de. El Quijote. Dir. Francisco Rico. Barcelona: Instituto
Cervantes, Editorial Crítica, 1998, 2a
. ed.
CLOSE, Anthony. The Romantic Approach to Don Quixote: A Critica History of
the Romantic Tradition in Quixote Criticism. Cambridge, Cambridge University
Press, 1978.
________. "Las ínterpretaciones del Quijote" Don Quijote, Ed. de Francisco Rico,
Barcelona, Instituto Cervantes/Editorial Crítica, 1998, 2a ed., pp. CXLII-CLXV..
COSTA LIMA, L (Org.). A literatura e o leitor – Textos de estética da recepção. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 1979.
FOKKEMA, Douwe. “La literatura comparada y el nuevo paradigma”.
Orientaciones en la Literatura Comparada. Org. Dolores Romero López.
Madrid: Arco/Libros, 1998. 149-172.
FUENTES, Carlos: Machado de la Mancha. México: Fondo de Cultura Económica,
2001.
HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. 26ª ed. São Paulo: Companhia
das Letras, 1995.
JOSET, Jacques. “Carlos Fuentes o la lectura especular de Cervantes”. Actas del
II Congreso Internacional de Cervantistas. Ed. de Giuseppe Grilli. Náploes,
Istituto Universitario Orientale, Nápoles, 1995. 887-898.
MACEDO SOARES. “Cervantes en el Brasil” in Boletín de la Academia Argentina
de Letras. Tomo XVI, n. 61.
MACHADO DE ASSIS, J. M. Esaú e Jacó. Rio de Janeiro: Livraria Garnier, 1988.
________. Memória póstuma de Brás Cubas. São Paulo: Editora Scipione, 1994.
________. Papéis Avulsos. Ed. e introd. de Ivan Teixeira. São Paulo: Martins
Fontes, 2005.
MARTÍN MORÁN, J. M. “Palacio quijotista. Actitudes sensoriales en la crítica
sobre el Quijote de la segunda mitad del siglo XX”. Bernat Vistarini, A. (ed.),
Volver a Cervantes. Actas del IV Congreso Internacional de la Asociación de
Cervantistas, 2 vols., Palma, Universitat de les Illes Balears, 2001, I, pp. 141-
194.
MERQUIOR, José Guilherme “O romance carnavalesco de Machado”. Memórias
póstumas de Brás Cubas. São Paulo: Ática, 1990.
MONTERO REGUERA, José. “La crítica sobre el Quijote en la primera mitad del
siglo XX”. Em Antonio Bernat Vistarini (ed.) Volver a Cervantes. Actas del IV
Congreso Internacional de la Asociación de Cervantistas, 2 vols. Palma de
Mallorca: Universitat de les Illes Balears, 2001, I, pp. 195-236.
REDONDO, Agustín. Otra manera de leer el Quijote – Historia, Tradiciones
culturales y Literatura. Madrid: Castalia, 1997.
REGO, Enylton de Sá (1989): O calundu e a panacéia: Machado de Assis, a sátira
menipéia e a tradição luciânica. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1989.
RÊGO, José Lins do. Fogo morto. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora,
1970.
VIEIRA, M. Augusta C. “Crítica, creación e historia en la recepción del Quijote en
Brasil (1890-1950)”. Actas del IV Congreso Internacional de la Asociación de
Cervantistas. Lepanto/Illes Balears (2000): 1145-1152.

Downloads

Publicado

2020-02-12

Edição

Seção

Artigos