O JOGO AUTOFICCIONAL EM DE MIM JÁ NEM SE LEMBRA, DE LUIZ RUFFATO

Autores

  • Adriane dos Santos Gonçalves Universidade Estadual de Goiás
  • Paulo Alberto Sales Instituto Federal Goiano

DOI:

https://doi.org/10.46551/issn2179-6793RA2022v24n1_a08

Palavras-chave:

Romance brasileiro contemporâneo. Luiz Ruffato. Autoficção.

Resumo

Partindo do pressuposto de que a autoficção se constitui como uma escrita ambígua que mescla elementos autobiográficos e ficcionais por meio de uma voz autodiegética, tornando-a especular, apresentamos uma leitura do romance De mim já nem se lembra (2007), de Luiz Ruffato, no intuito de ressaltar o hibridismo entre fato e ficção na concatenação de subjetividades.

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Biografia do Autor

Adriane dos Santos Gonçalves, Universidade Estadual de Goiás

Adriane dos Santos Gonçalves é mestranda do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI), da Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina, Cidade de Goiás, Goiás. Tem experiência na área de Letras, com ênfase no ensino de Língua Portuguesa para alunos do fundamental. Atualmente é bolsista Capes.

Paulo Alberto Sales, Instituto Federal Goiano

Paulo Alberto da Silva Sales é pós-doutor em Estudos de Literatura na Universidade Federal Fluminense (2021). É professor de Linguagens no Instituto Federal Goiano Campus Hidrolândia, Goiás, e do Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Língua, Literatura e Interculturalidade (POSLLI), da Universidade Estadual de Goiás, Campus Cora Coralina, Cidade de Goiás, Goiás. Também é membro do GT Teoria do Texto Poético (ANPOLL) e dos grupos de pesquisa Poesia e Contemporaneidade (UFF) e estudos da narrativa brasileira contemporânea (UFG).

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Publicado

2023-02-08