ENCONTROS COM MANOEL DE BARROS, CORA CORALINA E A FILOSOFIA DA DIFERENÇA COM A ÉTICA DO DEVIR
DOI:
https://doi.org/10.46551/issn2179-6793RA2024v26n1_a05Palavras-chave:
Literatura; Filosofia; Devir; Cora Coralina; Manoel de BarrosResumo
Este artigo tem o objetivo de construir uma conversa-prosa de Cora Coralina com Manoel de Barros, em um encontro da Literatura com a Filosofia de Deleuze e Guattari. É um ensaio marcado pelo desejo de adquirir ponte efetuar travessias como devir na ética que pede passagem e se faz como artes de existências. Aborda-se uma cartografia de mundos outros e modos de subjetivar, de criar saberes que saem das coordenadas das regras institucionalizadas da arte para alçarem agenciamentos coletivos de enunciação que extrapolam a gramática da cultura bacharelesca das Letras. Inventam-se palavras, estilizam modos de vida e fabulam com a brincadeira e o cozinhar. A potência se afirma pelos encontros de corpos e territórios que transbordam os mapas de uma geografia autorizada pelo utilitarismo das coisas e da vida. Literatura e Filosofia caminham por nomadismos e entram conexão por blocos de sensações sem contemplação porque se faz cotidiano em devir.
Downloads
Referências
BARROS, M. de. Livro sobre o nada. Rio de Janeiro: Companhia das Letras, 2010.
BARTHES, Roland. O grau zero da escritura. Trad. Heloysa de Lima Dantas. 2ed. São Paulo: Cultrix, 1986.
CAMARGO, G. de F. O. de. Poesia e memória em Cora Coralina. Signótica. V. 14. N. 1. pp. 75-85, 2001.
CAMPOS, Maria Cristina de Aguiar. Manoel de Barros: O demiurgo das terras encharcadas. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2007.
CERTEAU, M. de. A invenção do cotidiano. Artes de fazer.
CORALINA, C. Poemas dos becos de Goiás e estórias mais. São Paulo: Global, 2001.
DELEUZE, Gilles e GUATTARI, Félix. O que é a Filosofia? Janeiro: Ed. 34, 1992.
DELGADO, Andréa Ferreira. Cora Coralina: a poética do sabor. Ilha – Revista de Antropologia. v. 4, n. 1. pp. 59-83, 2002.
FERREIRA, M. R.; TORRES, M. A. Cora Coralina. Uma poética entre lugares e sabores. Geografia, Literatura e Arte. V.2, N.2. p. 129-145. Jul./dez., 2020.
GRATÃO, L. H. G. Por entre becos & versos. A poética da cidade vi(vi)da. de Cora Coralina. In: MARANDOLA Jr., Eduardo; GRATÃO, Lúcia Helena Batista (orgs) Geografia e literatura: ensaios sobre geograficidade, poética e imaginação. Londrina: EDUEL, 2015.
LANDEIRA, J. L. Manoel de Barros e o ilógico olhar poético que transcende a razão. In: O guardador de rebanhos, n. 4, p. 68 – 73, 2001.
MONTANARI, Massimo. Comida como cultura. São Paulo: Senac, 2008.
PAULA, Fernanda Cristina de. Sobre geopoéticas e a condição corpo-terra. Geograficidade. V. 5. Número especial. pp 50-65, 2015.
ROSA, O. R. M. Manoel de Barros: moderno, modernista e contemporâneo. Nau literária. Crítica e Teoria da Literatura em Língua Portuguesa. Porto Alegre, V. 18, N. 03, set./dez.2022. p. 1-20.



