JOÃO LUIZ LAFETÁ: CONSCIÊNCIA DA LINGUAGEM E IDEAL DE CRÍTICA EM MÁRIO DE ANDRADE

Autores

  • Adalberto Rafael Guimarães Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
  • Telma Borges Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

Palavras-chave:

Mário de Andrade; João Luiz Lafetá; Revista Klaxon; Crítica Literária; Tradição e Modernidade.

Resumo

João Luiz Lafetá, em 1930: a crítica e o modernismo, ao buscar a medida do conhecimento estético e as interferências recíprocas do ideológico nas obras de Agripino Grieco, Tristão de Athayde, Octavio de Faria e Mário de Andrade, assinala somente na obra de Mário a sua aplicação mais rica, complexa e ideal de crítica. Neste artigo, elegemos como base teórica os estudos do crítico montes-clarense e, a partir das seções “Cinema”, “Chronicas” e “Livros & Revistas”, escritas por Mário de Andrade para a Revista Klaxon: Mensário de Arte Moderna (1922), analisaremos a maneira com que suas críticas sobre diversificadas vertentes artísticas corroboram a criação de um projeto estético e ideológico de renovação cultural da época. Discutiremos o empreendimento klaxista de Mário, que assume a atitude estética no que tem de mais específico e contribui para que sua crítica seja considerada parâmetro de “boa crítica”, ao se aproximar da consciência da linguagem, isto é, ao perceber a literatura no âmbito abrangente da história literária e em seu universo íntimo.

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Biografia do Autor

Adalberto Rafael Guimarães, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

mestre em Letras/Estudos Literários pela Universidade Estadual de Montes Claros (2013); doutorando em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela USP. Desenvolve estudos sobre a Revista Klaxon, com ênfase na produção poética e crítica de Mário de Andrade. Atua principalmente nos seguintes temas: Periódicos Modernistas, Estética, Ideologia, Revista Klaxon, Tradição e Modernidade, Crítica Literária, Literatura e Sociedade, Poesia e Autobiografia.

Telma Borges, Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES

Mestre em teoria da literatura e doutora em literatura comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais, com bolsa sanduíche (2005) na Universidade Nova de Lisboa – Portugal. Atualmente é docente e coordenadora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Letras/Estudos Literários e do Departamento de Comunicação e Letras da Universidade Estadual de Montes Claros. Coordenadora do Grupo de Pesquisa Interdisciplilnar em Literatura e afins – NONADA, ao qual está vinculado o projeto que no momento desenvolve: “Enciclopédia do Grande sertão”, em parceria com colegas de outras áreas e instituições. Tem vários artigos publicados em periódicos do país e do exterior; organizou o livro Ser Tao João (Annablume, 2011); é autora do livro A escrita bastarda de Salman Rushdie (Annablume, 2011); participa da coletânea Poetas de uma só língua (Catrumano, 2013).

Referências

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Publicado

2020-02-11

Edição

Seção

Artigos