CAMPO, HABITUS E CAPITAL SIMBÓLICO EM WATCHMEN: UMA ANÁLISE DA ESTÉTICA POLÍTICA

Autores

  • Paulo Sérgio Dias Barbosa Cardoso Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46551/alt0702202508

Palavras-chave:

Watchmen. Estética política. Pierre Bourdieu. Campo do Poder. Habitus. Capital Simbólico.

Resumo

Este artigo realiza uma análise multidimensional da graphic novel Watchmen, de Alan Moore e Dave Gibbons, examinando sua profunda crítica às estruturas de poder e sua inovação estética. Partindo do contexto da Guerra Fria, o estudo investiga como a obra desconstrói a mitologia do herói, apresentando personagens complexos que personificam diferentes facetas do poder. Utilizando o arcabouço teórico de Pierre Bourdieu, analisa-se o "campo do poder" na narrativa, explorando os habitus e as disputas por capital simbólico de personagens como Ozymandias, Dr. Manhattan, Rorschach, o Comediante, Laurie Juspeczyk e Dan Dreiberg. Paralelamente, demonstra-se como a estética da obra, incluindo sua estrutura narrativa não linear, composição visual, paleta de cores simbólica e representação da violência, funciona como ferramenta narrativa fundamental para a construção de sua crítica política. Conclui-se que Watchmen transcende seu formato, consolidando-se como um tratado filosófico-político, que questiona a legitimidade do poder, a ambiguidade moral e os frágeis alicerces da civilização, convidando à reflexão contínua sobre as narrativas que sustentam a dominação.

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Biografia do Autor

Paulo Sérgio Dias Barbosa Cardoso, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

Graduando do Curso de Ciências Sociais da Unimontes. 

Referências

BOURDIEU, Pierre. A Economia das Trocas Simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 1974.

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BOURDIEU, Pierre. Os usos sociais da ciência: por uma sociologia clínica do campo científico. São Paulo: Editora UNESP, 2004.

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SOUZA, Rafael Benedito de. Formas de Pensar a Sociedade: O Conceito de Habitus, Campos e Violência Simbólica em Bourdieu. Ars Histórica, Rio de Janeiro, n. 7, p. 139-151, jan./jun. 2014. Disponível em: http://www.historia.ufrj.br/~ars/. Acesso em: [01/11/2025].

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Publicado

2025-11-17