Revista Alteridade https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade <p>A Revista Alteridade é um periódico discente vinculado ao Departamento de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes. Sua área temática abrange os campos disciplinares da Antropologia, Sociologia e Ciência Política.</p> Editora Unimontes pt-BR Revista Alteridade 2237-9479 <p>Nesta revista, os direitos autorais para artigos publicados são do(s) autor(es), sendo os direitos da primeira publicação pertencentes à Revista Alteridade. Os artigos são de acesso público, de uso gratuito, de atribuições pr´óprias, de atribuições educacionais e de aplicações não comerciais. </p> EDITORIAL https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7170 Revista Alteridade Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 1 1 MULHERES NEGRAS E DE BAIXADA QUE PEDALAM: A BICICLETA COMO FACILITADORA PARA O ACESSO À CIDADE EM BELÉM DO PARÁ https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/6973 <p>O artigo em tela objetiva refletir como a bicicleta proporciona o direito à cidade a um grupo de mulheres que incentivam o uso da bicicleta em Belém do Pará. Para isso, foi feito uso dos pressupostos teóricos e metodológicos da etnografia da duração desenvolvida por Ana Luisa Rocha e Cornélia Eckert, trata-se de uma perspectiva que busca compreender as dinâmicas temporais e os processos de transformação em contextos sociais por meio de uma imersão profunda e prolongada no campo de estudo, características da pesquisa antropológica. As mulheres que pedalam conseguem acessar espaços da cidade que antes não eram acessados por ela, seja pela falta de transporte, seja por influência dos discursos violentos da cidade ou até mesmo a falta de dinheiro, assim, a bicicleta surge como a possibilidade delas se apropriarem autonomamente do espaço urbano. Nesse sentido, a mobilidade por bicicleta promove o direito à cidade, a liberdade que a bicicleta proporciona vem a partir da tomada da consciência de opressão, e assim, iniciar a ocupação, participação e a transformação dos espaços públicos, promovendo maior equidade social.</p> Mayara Feitosa Teodoro Airely Neves Pereira Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 2 16 10.46551/alt0502202301 SEXISMO: CULPABILIDADE DAS VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA E A FALTA DE AMPARO QUE AS LEVAM DA AGRESSÃO AO FEMINICÍDIO https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7073 <p>O presente artigo tem como objetivo relatar a historicidade e luta dos direitos femininos, no meio da dominação do patriarcado. Além de analisar a eficácia ou ineficácia das medidas protetivas de urgência da Lei nº 11.340/2006, popularmente conhecida como Lei Maria da Penha, em conjunto com a Lei nº 13.104/2015 devido ao crescente aumento da violência que mulheres estão submetidas dentro do âmbito doméstico e familiar, sendo que muitas acabam se tornando vítimas fatais. E, analisar o modo como o Estado procede ou abstém para a garantia da dignidade humana da mulher e proteção dos seus direitos.</p> Maria Eduarda Brandão Pinheiro Janaína Silveira Castro Bickel Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 17 32 10.46551/alt0502202302 CRUZAMENTOS, CONTROVÉRSIAS E COSMOPOLÍTICA NA PESQUISA UFOLÓGICA DE OVNIS E ALIENÍGENAS https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7009 <p>Alguns pesquisadores dos Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) e seus tripulantes argumentam que é possível desenvolver uma ufologia com rigor e método, equivalentes aos empregados por cientistas. Operam, assim, uma tentativa de associação entre Ufologia e Ciência, que culmina na chamada “ufologia científica”. O objetivo desse artigo é esboçar uma forma de encarar antropologicamente a ufologia, sem desmerecer o estatuto ontológico dessas alegações, mas tentando se desvencilhar de um relativismo ingênuo, que desconsideraria todo o trabalho duro empreendido por cientistas na construção de seus fatos científicos. Que lições podem ser extraídas desse desafio de “levar a sério” os ufólogos, almejando o propósito cosmopolítico de composição de um mundo comum e o quê os <em>cruzamentos</em> entre alienígenas e ciência podem nos ensinar são algumas das questões abordadas nesse texto.</p> Pedro Borda Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 33 54 10.46551/alt0502202303 ESTRATÉGIAS DE PERMANÊNCIA DE INDÍGENAS ESTUDANTES NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ: DESAFIOS E RESISTÊNCIA https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7027 <p>Este artigo aborda os processos de resistência dos estudantes indígenas na Universidade Federal do Pará (UFPA). Como abordagem usamos a etnografia multisituada e uma perspectiva biográfica, no qual examinamos como esses estudantes desenvolvem estratégias de permanência institucional. Enfrentando preconceito e desafios, eles se tornam agentes de mudança, usando o ensino superior como uma ferramenta de emancipação e preservação de suas culturas. Embora as ações afirmativas tenham avançado, a inclusão real desses estudantes ainda é um desafio. No entanto, suas lutas contribuem para a transformação da sociedade, promovendo a compreensão da diversidade cultural e o respeito pelos direitos indígenas e da floresta, apoiando assim, a preservação de seus territórios por meio das ferramentas proporcionadas por sua formação profissional.</p> Ignacio Gabriel San Martin Araya Virginia Braga Fonseca Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 55 74 10.46551/alt0502202304 ETNOGRAFIA NO QUILOMBO NOGUEIRA: HISTÓRIA DE LUTA E RESISTÊNCIA DE UM QUILOMBO URBANO EM MONTES CLAROS (MG) https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7022 <p>Quilombos foram locais onde pessoas escravizadas se instalavam em um território para lá começar a vida, cuidar da família, plantar, colher, praticar suas crenças e costumes. No decorrer da história do Brasil, foi se tornando sinal de luta e resistência, pois tornaram-se também alvo de perseguição ou cobiça, de quem desejava tomar ou apropriar-se do espaço desses grupo. Não foi diferente com o Quilombo Nogueira, um quilombo, na cidade de Montes Claros que hoje já faz parte da área urbana, pelo crescimento e urbanização da cidade. Esse trabalho conta da experiência, mesmo rápida de contato com esse grupo, que como outros quilombos, carregam uma história marcada por trabalho, luta e resistência para se manterem no local, criar suas famílias, praticar suas crenças. O trabalho etnográfico permite um “olhar de dentro e de perto” para essa realidade, tão carregada de preconceitos, mas que como qualquer outro povo, têm direito ao reconhecimento, moradia, sustento e livre exercícios de suas práticas.</p> Virginia Marinely Almeida e Pessoa Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 75 85 10.46551/alt0502202305 DOS POVOS QUE ENCONTREI NOS "SOPÉS DA SERRA DO ESPINHAÇO” https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/6948 <p>O texto apresentado traz, primeiramente, uma revisão de literatura identificando os Povos Caatingueiros localizados nas bases da Serra do Espinhaço, estes também presentes na obra Grande Sertão: Veredas, de João Guimarães Rosa, e, que contextualiza a história dos moradores da região com o bioma Caatinga.&nbsp; E, vem ressaltar a necessidade dos esforços para preservação do patrimônio natural e, recentemente, o desejo de preservar o patrimônio histórico-cultural ao mesmo tempo em que abre as portas de seu território em busca de ampliar o desenvolvimento socioeconômico da região. O intento de ampliação da abertura para o turismo e preservação das memórias materializa-se por meio de um projeto local, em fase inicial de execução, denominado de “Ecomuseu dos Povos Caatingueiros em Gameleiras/MG”, desdobrando fatos do passado, do presente e apontando perspectivas para o futuro dos povos que encontrei nos “sopés da Serra do Espinhaço” (expressão de Cunha, 2010, P.119). Embora o texto se apresente com dupla autoria, cada autora pode falar por si em sua escrita, através do título apresentado no singular, e transpor para o papel a sua experiência de encontro e acolhimento pelos Povos Caatingueiros e a interpretação tecida a partir de cada campo de estudo: Ciências Sociais e História.</p> Angélica de Santana Rocha Ana Maria Nogueira Rezende Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 86 104 10.46551/alt0502202306 HISTÓRIA, CULTURA E SERTÃO: O SERTANEJO NORTE-MINEIRO https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/7125 <p>Esta pesquisa versa sobre cultura e sertão no norte de Minas Gerais, tematizando as ricas manifestações culturais como as festas, as religiosidades em meio a um ambiente geográfico específico. A questão de pesquisa é: como as características geográficas do sertão norte-mineiro influenciam a identidade e as práticas sertanejas? O objetivo geral é analisar a interação entre cultura e sertão do norte de Minas Gerais explorando como suas características geográficas influenciam a identidade e o saber local. Os objetivos específicos são: investigar como as condições climáticas, geográficas do sertão afetam a atividade econômica e a subsistência da população local; analisar a influência da cultura sertaneja na vida cotidiana do sertão; explorar como o sertão, como cenário de desafios, contribui para a formação da identidade sertaneja, suas representações na literatura e na cultura popular. A pesquisa foi conduzida por meio da pesquisa qualitativa com análise textual e documental. Sendo assim, as características geográficas e culturais desse sertão desempenham um papel fundamental na formação da identidade. As condições climáticas adversas e a paisagem árida impactam nas atividades econômicas da população local, no entanto, a construção da identidade não se encontra apenas nos modos difíceis de viver, mas permanece solidificada nas palavras, nos gestos de pessoas determinadas, em espaços e tempos predeterminados para garantir, assim, a ligação entre profano e sagrado, e todo esse ambiente simbólico permanece entrelaçado nas rezas, benzeduras, nas oferendas, nas penitências para alcançar a graça da chuva, nos banhos de ervas do mato e nas festas. Assim, as conclusões finais destacam a importância de potencializar e valorizar a cultura sertaneja, reconhecendo-a como parte fundamental do patrimônio cultural brasileiro.</p> Gy Reis Gomes Brito Maria das Graças Girardi Ciro Carlos Antunes Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 105 130 10.46551/alt0502202307 WEBER E SIMMEL: COMPREENSÃO DA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA A PARTIR DA SOCIOLOGIA CLÁSSICA https://www.periodicos.unimontes.br/index.php/alteridade/article/view/6964 <p>Tendo em vista a evolução de correntes da teoria social contemporânea fica evidente um crescente interesse pelo estudo do indivíduo na compreensão dos fenômenos sociais, por isso o presente trabalho tem como desígnio explorar as condições históricas que possibilitaram o surgimento da Sociologia enquanto Ciência Social e sua contribuição para compreensão da sociedade contemporânea através de autores clássicos como Max Weber e Georg Simmel. Portanto analisamos as consequências advindas da Revolução Industrial, onde tem-se a necessidade de uma ciência que estude as ações dos indivíduos, haja vista que, após a Revolução Industrial, instaura-se um espírito europeu e a maneira de se pensar o mundo se modifica. Os dados dessa pesquisa foram obtidos através de uma revisão bibliográfica, que implica na análise de dados secundários como revistas, livros e artigos. A pesquisa mostra que após as revoluções, a globalização se intensifica, o capitalismo é instaurado, e mudanças ocorrem na área política e religiosa. O catolicismo passa a não exercer tanta influência sobre a sociedade, devido a introdução do pensamento racionalista. Com isso evidencia-se nos estudos de Weber a categoria racionalização, e como o trabalho sofreu alterações, devido a transição do capitalismo tradicional para o contemporâneo.</p> Ana Cristina da Silva Martins Copyright (c) 2023 Revista Alteridade https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2023-11-10 2023-11-10 5 2 131 139 10.46551/alt0502202308