O MEDO COMO FORMA DE CONTROLE SOCIAL E OS RISCOS À DEMOCRACIA

Autores

  • Kristianne Veloso Xavier Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil
  • Maria da Luz Alves Ferreira Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46551/alt0701202514

Palavras-chave:

Medo, Controle social, Democracia, Autoritarismo

Resumo

Este artigo analisa medo como ferramenta de controle social, destacando suas implicações para o comportamento coletivo e a estabilidade democrática. Através de uma leitura crítica das obras de Bauman (2008) e Levitsky e Ziblatt (2019), o estudo aprofunda no trabalho feito pelos autores sobre como o medo influencia a percepção social e fomenta estereótipos que fortalecem regimes autoritários. Refletindo também sobre o papel da pandemia do Covid-19 nesse processo. A construção da ideia de inimigo e a disseminação do “novo terror global” são abordadas, revelando o papel do medo na legitimação de preconceitos e na ascensão de governos autocráticos. Ao explorar esses fenômenos, este trabalho contribui para a compreensão dos processos sociopolíticos que conduzem à erosão das democracias contemporâneas, oferecendo uma análise crítica relevante à luz das recentes tendências globais de regressão democrática.

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Biografia do Autor

Kristianne Veloso Xavier, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

Doutoranda em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de Montes Claros. Email: kika.veloso@hotmail.com

Maria da Luz Alves Ferreira, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

Doutora em Sociologia e Política pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professora do Curso de Ciências Sociais e do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Social da Universidade Estadual de Montes Claros-MG. Lattes: http://lattes.cnpq.br/2255354305899190. 

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Publicado

2025-04-28