Ensaio Pra Aïnouz

Autores

  • Gabriel Regis Galo Borba Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.46551/alt0601202405

Palavras-chave:

Hip Hop, Estruturalismo, Quilombo de Campo Grande, Rap brasileiro, Colonialismo

Resumo

O presente ensaio analisa o discurso das músicas “interlúdio 1” e “vila rica (com participação de Mateus Fazeno Rock)”, do álbum Roteiro Pra Aïnouz, Vol. 2 do artista de hip hop brasileiro Don L.  O objetivo do trabalho resume-se a um debate em torno da hipótese de que “vila rica” esboça através da musicalidade, as estruturas comuns e persistentes inerentes ao passado e à contemporaneidade brasileira.  A metodologia empregada consistiu basicamente de revisão bibliográfica, entrevistas e artigos sobre o artista Don L e demais documentação histórica necessária para debater o tema. O pensamento do antropólogo Claude Lévi-Strauss, através de sua abordagem estruturalista, ocupou certa ênfase no conjunto das análises. As conclusões sugerem que Don L em suas letras, sob a ótica da antropologia estruturalista, permite descortinar as estruturas coloniais racistas que fazem parte dos pilares da sociedade brasileira contemporânea, pois sua lírica revela as estruturas comuns que fundam o Brasil e são pertencentes à contemporaneidade, marcadas pela violência, pelas desigualdades, pelo colonialismo e demais aspectos da manifestação do racismo.

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Biografia do Autor

Gabriel Regis Galo Borba, Universidade Estadual de Montes Claros (UNIMONTES), Montes Claros, MG, Brasil

Acadêmico do curso de Serviço Social da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES, Montes Claros (MG), Brasil. Email -  gabriel.gallo32@gmail.com

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Publicado

2024-04-22