TORNAR-SE ORNAMENTO INDISPENSÁVEL: A VAIDADE EM MACHADO DE ASSIS E MATIAS AIRES

Autores

  • Mannuella Luz de Oliveira Valinhas Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG

Resumo

Em “Teoria do Medalhão” (1881), de Machado de Assis, podem ser percebidos ecos dos argumentos utilizados na “Carta sobre a fortuna” do filósofo Matias Aires (1786). Neste trabalho pretendemos analisar a maneira como, em ambos os textos, a vaidade é pensada como a paixão que governa o mundo. Nos dois casos percebe-se que a vaidade é a responsável pela conquista do lugar social por meio da adequação ao convencional, tornando-se, assim, a ferramenta fundamental que garante o funcionamento do teatro do mundo, com todos cumprindo seus papéis. Machado em sua sátira recupera as referencias de Matias Aires em relação à “visão de mundo” pessimista (o olhar “desenganado” para a sociedade) e à importância da “busca da glória” como meio da afirmação do lugar primordial ocupado pela vaidade entre os homens.

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Biografia do Autor

Mannuella Luz de Oliveira Valinhas, Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG

Doutora em Literatura Comparada - Estudos de Literatura pela UFF (2014), com tese intitulada Presença De A.F. De Castilho Nas Letras Oitocentistas Portuguesas: Sociabilidades E Difusão Da Escrita Feminina; membro do Polo de Pesquisas Luso-Brasileiras do Real Gabinete Português de Leitura, onde desenvolve pesquisa sobre impressos oitocentistas luso-brasileiros e literatura portuguesa oitocentista. Técnica em Assuntos Educacionais da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro – UNIRIO.

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Publicado

2020-02-06

Edição

Seção

Artigos