MITO COMO ACONTECIMENTO DE MUNDO
A POÉTICA DE MURILO MENDES
DOI:
https://doi.org/10.46551/issn2179-6793RA2023v25n1_a02Palavras-chave:
Murilo Mendes, Poética, Mito, HermenêuticaResumo
Uma das potências da poética de Murilo Mendes é sua articulação com mito. Mito corresponde a um modo próprio de compreensão e constituição de realidade que atravessa as sociedades: a leitura criativa do mundo, em jogo com o ser humano, este apenas mais um de seus elementos. A poética muriliana propõe, justamente, compreender a palavra como partícipe e atuante na criação, conforme o acontecimento da linguagem como mito, e não mero vetor de comunicação ou signo vazio. Além de indicações da própria obra poética, articularemos provocações de pensadores como Octavio Paz, Manuel Antonio de Castro, Emmanuel Carneiro Leão e Mircea Eliade.
Downloads
Referências
BARROS, M. de. Livro de pré-coisas. São Paulo: LeYa, 2013. Biblioteca Manoel de Barros. 18 vol.
CASTRO, M. A. de. O acontecer poético - a história literária. Rio de Janeiro: Antares, 1982.
ELIADE, M. Mito e realidade. São Paulo: Perspectiva, 2006.
HILST, H. O sofrido caminho da criação artística, segundo Hilda Hilst. O Estado de São Paulo. São Paulo: 3 ago. 1975. Entrevista concedida a Delmiro Gonçalves.
LEÃO, E. C. Hermenêutica e mito. Cadernos de Letras. UFRJ, n. 11, 1995.
LIDDELL, H. G.; SCOTT, R. A Greek-English Lexicon. Oxford: Clarendon Press, 1996.
MELO NETO, J. C. de. Poesias completas. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968.
MENDES, M. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
MERQUIOR, J. G. Murilo Mendes ou a poética do visionário. In: Razão do poema: ensaios de crítica e de estética. 3ª ed. São Paulo: É Realizações, 2013.
PAZ, O. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.
PESSOA, F. Seleção poética. Rio de Janeiro: Instituto Nacional do Livro, 1971.
WHITE, H. Meta-história. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.
