Modernidade, capitalismo e a (re)invenção da escola

Autores

  • José Normando Gonçalves Meira Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

Resumo

Para que a relação pedagógica seja compreendida, é necessário conhecer os processos históricos que a originaram. Esse texto introdutório apresenta questões da teoria crítica em educação, entendendo a escola como uma invenção do início da modernidade, associada à necessidade de racionalização inaugurada nesse período. A educação escolar surge como parte do processo civilizador, gerando, inclusive, uma nova relação social: a relação pedagógica. A relação dual entre o mestre e o seu discípulo já vinha sendo superada desde os séculos XVI e XVII, com as diversas iniciativas religiosas, tanto católicas romanas como protestantes (calvinistas, luteranos, zwinglianos, dentre outras vertentes), em busca da formação de novos quadros para as igrejas. É no século XVIII, entretanto, que a escola moderna ganha características próprias. A transição das sociedades do Antigo Regime para as modernas sociedades industriais, capitalistas e liberais, e o fortalecimento da ideia de Estado-nação vão gerando a necessidade de especialização como meios de controle. A escola, segundo esse raciocínio, é fruto dessa nova ordem política, social e econômica.

Palavras-chave: Escola. Modernidade. Capitalismo.

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Referências

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Publicado

20.12.2008

Edição

Seção

Artigos