Adequação linguística: a inferência do dialeto virtual (internetês) na escrita do português padrão em sala de aula

Autores

  • Kelly Cristina Durães Ferreira Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes)

Resumo

O ritmo acelerado imposto pelos novos géneros digitais da internet como salas de bate-papo, sites de relacionamento como Orkut, conversas online, como o Messenger, comentários em blogs e até mesmo o correio eletrônico (e-mail) propiciou a criação de um idioma próprio, o “internetês”. Este dialeto do mundo virtual facilita a interação nas conversas online, por dispor de recursos como abreviações e substituição de letras, que diminuem o número de caracteres a serem digitados. Com tanta praticidade, o linguajar se difundiu rapidamente em quase todos os ambientes da rede mundial de computadores. Não é muito raro encontrar internautas fazendo uso das palavras além do limite do compreensível. É evidente que a língua é viva e sempre vai mudar. As implicações começam a ser evidenciadas quando o “internetês” transpõe as barreiras do mundo virtual e invade ambientes não apropriados, como a sala de aula. Os adolescentes passam muito tempo navegando na internet, e praticamente escrevem fazendo uso do linguajar virtual, levando cada vez mais influências desse processo para a sala de aula.

Palavras-chave: Internetês. Adequação linguística. Gêneros digitais.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BENEDITO, Joviana. Dicionário da internet e do telemóvel. Lisboa: Centro Atlântico, 2003.

FREITAG, R. M. K.; FONSECA e SILVA, M. Uma análise sociolinguística da língua utilizada na internet: implicações para o ensino de língua portuguesa. Revista Intercambio, vol. XV. São Paulo: LAEL/PUC-SP, 2006.

IBOPE/NET RATING. Disponível em www.ibope.com.br/sobre.../pesquisa_Internet.html. Acesso em 23.08.2007.

MURRAY, D.E. The context of oral and written language: a framework for mode and medium switching. Languagein Society. London: Cambridge University Press, 1988.

POSSENTI, Sirio. Porque (não) ensinar Gramática na escola. São Paulo: Mercado das Letras, 1996.

TERRA, Ernani. Curso prático de Gramática. São Paulo: Scipione, 2002.

THURLOW, C.; BROWN, A. Generation Txt? The sociolinguistics of young people’s text messaging. Discourse Analysis Online. 1.1.2003. Disponivel em: http://www.shu.ac.uk./daol/articles/vl/nl/a3/thurlow20022003-paper.html. Acesso em 13.11.2007.

XAVIER, Antônio Carlos; MARCUSCHI, Luiz Antônio. Hipertexto e Gêneros Digitais: novas formas de construção de sentido. Rio de Janeiro: Lucena, 2004.

Arquivos adicionais

Publicado

20.12.2009

Edição

Seção

Artigos