Revista Norte-Mineira de Enfermagem RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) ISSN 2317-3092
ANAIS DO
Revista Norte-Mineira de Enfermagem – RENOME v.12 n. Especial 2 (2023)ISSN 2317-3092
Apresentação dos Anais
Estes Anais são oriundos do Congresso Brasileiro de Medicina, organizado pela
UNIFIPMoc Afya e pela Santa Casa de Montes Claros-MG. Caracteriza-se por ser um
evento de caráter técnico-científico, destinado a médicos, acadêmicos e profissionais da
área de saúde que buscaram atualização profissional. A proposta foi apresentar temáticas
multiprofissionais da área da saúde, em um ambiente inovador, voltado para a troca de
experiências e a promoção de conhecimento por meio de palestras, debates, discussões e
apresentações científicas.
A equipe editorial científica que participou do congresso deu sequência às atividades que
vêm se tornando tradicionais nos congressos da área da saúde, referentes à apresentação
e à divulgação de resultados de investigações científicas, avaliados por um corpo de
pareceristas e colaboradores comprometidos com a ciência, que tornam a produção
científica um pilar cada vez mais sólido.
Estes Anais trazem resultados de investigações realizadas por discentes e docentes de
diversas instituições, com diferentes temáticas e recortes metodológicos. A ampla
variedade dos assuntos abordados e o grande interesse que despertam deverão ser um
marco inicial nas publicações científicas oriundas deste evento.
Josiane Santos Brant Rocha
Comissão Organizadora
Revista Norte-Mineira de Enfermagem – RENOME v.12 n. Especial 2 (2023)ISSN 2317-3092
Comissão Científica
Ana Beatris Cesar Rodrigues
Anamaria de Souza Cardoso
Antônio Prates Caldeira
Camila Santos Pereira
Carolina Ananias Meira Trovão
Flávio Júnior Barbosa Figueiredo
Frederico Marques Andrade
Humberto Gabriel Rodrigues
Igor Monteiro Lima Martins
Jair Almeida Carneiro
Jamile Pereira Dias dos
Anjos Josiane Santos Brant
Rocha Karina de Prince
Kênia Souto Moreira
Lanuza Borges Oliveira
Luciana Colares Maia
Lucineia de Pinho
Marcelo Perim Baldo
Marcos Vinícius M. de Oliv.
Maria Suzana Marques
Michelle Aparecida R. Borges
Renata Flávia Nobre Canela Dias
Thaís de Oliveira Baldo
Viviane Maia Santos
Comissão de Editoração
Mônica Thais Soares Macedo
Samanta Amaral Soares
Comissão de Revisão
Mônica Thais Soares Macedo
Samanta Amaral Soares
4
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
SUMÁRIO
A EDUCAÇÃO POSITIVA: PROMOVENDO A SAÚDE NO DESENVOLVIMENTO
ADULTO
14
O "EXPERT PATIENT" E A TECNOLOGIA
14
RETIRADA DO DRENO DE TORACOSTOMIA DURANTE AS FASES DE
INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO
15
NÍVEIS DE HEMOGLOBINA COMO CRITÉRIO DE TRANSFUSÃO
16
NEUROCRIPTOCOCOSE EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: UM RELATO
DE CASO
17
O FUTURO GENÉTICO DA HUMANIDADE: INVESTIGANDO A EUGENIA NO
MUNDO DAS TECNOLOGIAS GENÉTICAS
17
RELEVÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DE MÉDICOS E ACADÊMICOS SOBRE AS
TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO E COBERTURA DE QUEIMADURAS A NÍVEL
AMBULATORIAL E DE URGÊNCIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
18
ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE VISCERAL
ATENDIMOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DE MINAS
GERAIS
19
CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS EXAMES
LABORATORIAIS DE PRÉ-NATAL
20
UTILIZAÇÃO DA HIPODERMÓCLISE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
20
A (IM) POSSIBILIDADE DE COBRANÇA DIFERENCIADA NAS MENSALIDADES
DOS PLANOS DE SAÚDE EM RAZÃO DE O USUÁRIO SER IDOSO
21
OPÇÕES TERAPÊUTICAS PARA PROFILAXIA SECUNDÁRIA NA SÍNDROME
CORONARIANA AGUDA
22
O SIGILO NA RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE: INFLUÊNCIA DE NOVAS
TECNOLOGIAS
23
PREVALÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA
24
NORADRENALINA NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, UMA COMPARAÇÃO
ENTRE EVIDÊNCIAS E PRÁTICAS
24
ÓBITOS DE CICLISTAS POR TRAUMATISMO ASSOCIADO A ACIDENTE DE
TRÂNSITO NO BRASIL: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
25
VIVENDO E APRENDENDO, COMO ENVELHECER COM SAÚDE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
26
O IMPACTO DOS SINTOMAS NÃO MOTORES NA QUALIDADE DE VIDA DE
PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE PARKINSON
27
ANSIEDADE SOCIAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA E SUA RELAÇÃO COM
A SAÚDE MENTAL
27
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CUSTOS HOSPITALARES POR QUEIMADURAS
NO ESTADO DE MINAS GERAIS
28
A RELAÇÃO DOS FATORES ESTRESSORES COM A OCORRÊNCIA DE
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO NOS ACADÊMICOS DE
MEDICINA
29
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
30
5
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM UM AMBULATÓRIO DE
NEUROCIRURGIA CONVENIADO AO SUS
30
ÓBITOS POR LESÃO AUTOPROVOCADA NO BRASIL: ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS
31
CUIDADOS PALIATIVOS: UMA ABORDAGEM DOS DIREITOS HUMANOS DOS
PACIENTES
32
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS EM
GESTANTES EM MINAS GERAIS, DE 2019 A 2021
33
A IMUNOTERAPIA COMO MECANISMO DE TRATAMENTO NO CÂNCER
RENAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
33
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA PROFILAXIA
PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO PRIMÁRIA À
SAÚDE
34
AUTOESTIMA EM GESTANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
36
PERCEPÇÃO DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
SOBRE A PÓS-PANDEMIA DA COVID-19
36
PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS NO BRASIL
37
TARV E SIRI: UM CASO RARO DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM PACIENTE
COM HIV
37
A SAÚDE MENTAL: UMA ANÁLISE DA EUTANÁSIA SOB UMA PERSPECTIVA
COMPARADA
38
O IMPACTO DO CUIDADO FAMILIAR NA SAÚDE DO IDOSO: RELATO DE
CASO
39
SÍNDROME DE EDWARDS: LUTA PELA COMPATIBILIDADE À VIDA
40
COMPLICAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PARA O DESENVOLVIMENTO
DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
41
ANÁLISE ACERCA DA MORTALIDADE DO TÉTANO ACIDENTAL NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS
41
CIRURGIA ROBÓTICA: VANTAGENS E DESAFIOS DA TECNOLOGIA NA
PRÁTICA MÉDICA BRASILEIRA
42
SAÚDE BÁSICA E DOENÇAS CRÔNICAS: ANALÍSE DOS CASOS DE DIABETES
TIPO MELLITUS EM IDOSOS EM GUANAMBI/BA ENTRE OS ANOS DE 2019 A
2023
43
GAMIFICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA
44
ESTUDO BIOÉTICO DA DOAÇÃO E DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO
BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
45
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR SEPSE NO ESTADO DE
MINAS GERAIS
45
URGÊNCIAS DIALÍTICAS: FATORES ASSOCIADOS E DESFECHOS CLÍNICOS
46
USO DA ASSOCIAÇÃO DA NALTREXONA/BUPROPIONA PARA TRATAMENTO
DA OBESIDADE
47
TECNOLOGIA PARA FINS PREVENTIVOS COM ADOLESCENTES EM USO DE
48
6
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS
ABORDAGEM CLÍNICA PARA A ESCOLHA DO TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
49
ENSAIOS CLÍNICOS DE FORMULAÇÕES TERAPÊUTICAS CONTRA AS
LEISHMANIOSES: UMA REVISÃO
50
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PROTOCOLOS DE TERAPÊUTICA DA
FORMULAÇÃO LIPOSSOMAL DA ANFOTERICINA B EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA DE TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO NORTE
DE MINAS GERAIS
50
MORBIMORTALIDADE POR ÍLEO PARALÍTICO E OBSTRUÇÃO INTESTINAL
SEM HÉRNIA NO NORTE DE MINAS GERAIS
51
MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE FÍGADO E VIAS
BILIARES NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
52
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM
ATIVIDADES DE PUERICULTURA
53
AÇÃO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE MENTAL NA
ADOLESCÊNCIA:RELATO DE EXPERIÊNCIA
54
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE MONTES
CLAROS ENTRE 2018 E 2023
54
PERFIL E INCIDÊNCIA DOS ACIDENTES DOMÉSTICOS NA FAIXA ETÁRIA
PEDIÁTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
55
SALVANDO VIDAS: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA PARADA CARDÍACA
FORA DO HOSPITAL
56
ANÁLISE DO PERFIL DE INTERNAÇÕES POR ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO EM MINAS GERAIS
57
ALEITAMENTO MATERNO E NUTRIÇÃO INFANTIL NOS POVOS INDÍGENAS:
REVISÃO DE LITERATURA
58
TORÇÃO TESTICULAR EM NEONATOS: UMA REVISÃO DA
LITERATURA
58
OS RISCOS DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO NA GRAVIDEZ
59
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS: UMA
REVISÃO SISTEMÁTICA
60
ABUSO DE ANABOLIZANTES: IMPACTO NA SAÚDE E IMPLICAÇÕES
MÉDICAS
60
OS IMPACTOS DA DESREGULAÇÃO EMOCIONAL NAS CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE
61
A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DA GESTÃO EM SAÚDE NA GRADE
CURRICULAR DE MEDICINA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
62
BENEFÍCIOS DO USO DA TIRZEPATIDA NO TRATAMENTO DA DIABETES
MELLITUS TIPO 2
63
AS CONSEQUÊNCIAS DE MAUS HÁBITOS DE VIDA PARA O
DESENVOLVIMENTO DE DISLIPIDEMIAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
64
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇA DE CROHN E
RETOCOLITE ULCERATIVA EM MINAS GERAIS
64
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR PANCREATITE AGUDA
NO BRASIL
65
7
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA NO
BRASIL
66
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA FEBRE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO DE
MONTES CLAROS ENTRE 2018 E 2022
67
FATORES ASSOCIADOS A OBESIDADE E ADIPOSIDADE ABDOMINAL: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
68
O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS E COMUNICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO
ACADÊMICA
68
FATORES ASSOCIADOS À ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PRESIDIÁRIAS:
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
69
FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE ABDOMINAL EM MULHERES
CLIMATÉRICAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
70
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA COM IMPLANTE DE STENT NO BRASIL:
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES
71
DIABETES EM FOCO: ABORDAGEM INTEGRAL E EDUCATIVA NA GESTÃO
DA SAÚDE DO PACIENTE COM DIABETES - UM PROJETO DE EXTENSÃO
ACADÊMICO
72
GANGRENA MAMÁRIA APÓS USO DE FITA ADESIVA PARA SEIOS: RELATO
DE CASO
73
A IMPORTÂNCIA DO USO DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO
FUNCIONAL-20 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
73
INCENTIVO ÀS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO
ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO EM SAÚDE MENTAL
74
FATORES ASSOCIADOS AO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES
PRIVADAS DE LIBERDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
75
IMPACTOS DE HÁBITOS DE VIDA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER
COLORRETAL
76
RELAÇÃO ENTRE OS GENES BRCA1 E BRCA2 E O CÂNCER DE MAMA: UMA
ABORDAGEM FISIOPATOLÓGICA PARA COMPREENSÃO E DETECÇÃO
PRECOCE
77
PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES POR MENINGITE NA PEDIATRA NA
MACRORREGIÃO DO NORTE DE MINAS
77
PREVALÊNCIA DA ANSIEDADE EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E DE PRÉ-
VESTIBULAR
78
SAÚDE MENTAL: COMPARAÇÃO DOS REGISTROS DE ATENDIMENTO ANTES
E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
79
ANÁLISE DA VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NO BRASIL NO PERÍODO DE
2012 A 2022
80
FATORES ASSOCIADOS NA RELAÇÃO ENTRE A OBESIDADE E A ASMA EM
CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
81
ESTRATÉGIAS EMERGENCIAIS NO MANEJO DE QUEIMADURAS
82
TRANSTORNO DE HUMOR AFETIVO EM MULHERES NO BRASIL:
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES
82
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES POR FRATURA DE FÊMUR EM
IDOSOS DE MINAS GERAIS
83
8
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: DIAGNÓSTICO PRECOCE - CHAVE PARA
UM PROGNÓSTICO FAVORÁVEL
84
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES POR DEMÊNCIA EM IDOSOS NO
BRASIL
85
DESAFIOS NA PEDIATRIA: COMPLICAÇÕES EMERGENCIAIS PROVOCADAS
PELA INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS EM CRIANÇAS.
86
HESITAÇÃO VACINAL E O SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA
86
ESTADO NUTRICIONAL E FATORES ASSOCIADOS EM PROFESSORES:
REVISÃO DE LITERATURA
87
SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA E A SUA
RELAÇÃO AO SARS-COV2
88
EXPERIÊNCIA NO CURSO DE MEDICINA COM AS AULAS DA DISCIPLINA
ELETIVA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
89
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, FISIOPATOLOGIA E
FATORES DE RISCO
89
O IMPACTO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA CAPACIDADE
FUNCIONAL DOS IDOSOS
90
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR
HANSENÍASE NO ESTADO DO AMAZONAS DE 2018 A 2021
91
PREVALÊNCIA DAS NECESSIDADES DE SAÚDE BUCAL PERCEBIDAS EM
IDOSOS ASSISTIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO NORTE DE MINAS
GERAIS
92
USO DE MORFINA NO MANEJO DA DOR TORÁCICA NA SÍNDROME
CORONARIANA AGUDA: PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS E CONSIDERAÇÕES
CLÍNICAS
93
PERSPECTIVAS NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA INSUFICIÊNCIA
CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
93
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS INFECÇÕES URINÁRIAS NA GESTAÇÃO
94
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA MANOBRA DE HEIMLICH PARA
PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
95
PREVALÊNCIA E PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE NA POPULAÇÃO
FEMININA: REVISÃO DE LITERATURA
96
A RELAÇÃO ENTRE A MÁ ALIMENTAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE
HIPERTENSÃO EM JOVENS ADULTOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
97
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
97
SARCOPENIA E OS FATORES ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
98
MANEJO DA PERFURAÇÃO ESOFÁGICA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
99
O AUMENTO DO NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO
ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA NO BRASIL: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
100
FATORES PREDITORES DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM
PACIENTES ADULTOS JOVENS
100
INTEGRAÇÃO DO ENSINO DA ULTRASSONOGRAFIA POINT OF CARE NA
101
9
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
GRADUAÇÃO MÉDICA
A SOBRECARGA DO CUIDADOR DE PACIENTES PORTADORES DE
PARKINSON
102
EFICÁCIA DO PROTOCOLO DE PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV
(PREP): MUDANÇAS NA EPIDEMIOLOGIA DAS IST’S?
103
MUDANÇAS NO PROTOCOLO ATUAL DE TRATAMENTO DA DIARREIA
AGUDA
103
INTERFERÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS NA SAÚDE MENTAL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
104
ASSOCIAÇÃO DA PERCEPÇÃO NEGATIVA DO ESTADO DE SAÚDE COM
CONDIÇÕES LABORAIS EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
105
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL: PERCEPÇÃO DA POPULAÇÃO
PRESENTE NO EVENTO “SÍFILIS A PREVENÇÃO É O MELHOR CAMINHO”
EM MONTES CLAROS, MG
106
A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE NOS
ESTUDANTES
107
SOLIDÃO NA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
108
BENEFÍCIOS DO USO DOS INIBIDORES DE JAK NA DERMATITE ATÓPICA
108
O EFEITO DA NEUROMODULAÇÃO NA PREVENÇÃO DO COMPORTAMENTO
SUICIDA
109
USO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO
À SAÚDE DO IDOSO
110
TRATAMENTOS DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS EM FASE
CRÔNICA: O QUE DE NOVO?
111
A IMPORTÂNCIA DA PARTCIPAÇÃO EM LIGAS ACADÊMICAS COMO FATOR
DE ASSOCIAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO E MELHORA
DO DESEMPENHO ACADÊMICO
112
A RELAÇÃO ENTRE O CÂNCER DE PELE E A IMUNOSSENESCÊNCIA
112
O PACIENTE COM LESÃO CUTÂNEA: VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES
113
ABORDAGEM DO IDOSO QUANTO Á DIABETES, HIPERTENSÃO E DOENÇA DE
ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
114
SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS
CASOS NOTIFICADOS NO TRIÊNIO 2019-2021
115
FIBROFOG: O COMPROMETIMENTO COGNITIVO DA FIBROMIALGIA
115
EVOLUÇÃO DA VARICELA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS E REPERCUSSÕES DA
VACINAÇÃO, CONFORME FAIXA ETÁRIA DE 1 A 4 ANOS
116
ANÁLISE ACERCA DAS NOTIFICAÇÕES DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS PELA
PNEUMONIA EM INFANTES, COM OBSERVAÇÃO NAS ADVERSIDADES
DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19
117
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À FRAGILIDADE EM MULHERES
IDOSAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
118
CAPACITAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS PARA POPULAÇÃO: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
119
ANÁLISE DOS NÍVEIS DE CORTISOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM
ESTUDANTES DE MEDICINA: REVISÃO SISTEMÁTICA
119
10
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
A RELAÇÃO ENTRE A ALTA TAXA DE MORTALIDADE DA SÍNDROME
CORONARIANA AGUDA NO IDOSO E AS SUAS MANIFESTAÇÕES ATÍPICAS
120
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E
CUSTOS HOSPITALARES
121
APENDICECTOMIA CONVENCIONAL VERSUS VIDEOLAPAROSCÓPICA NO
BRASIL
122
CIRURGIA BARIÁTRICA POR VIDEOLAPAROSCOPIA: ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS E CUSTOS HOSPITALARES PARA O SISTEMA PÚBLICO
BRASILEIRO
123
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL NO
MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS MG DURANTE O PERÍODO DE 2017 A
2020
123
ENSINO DA ULTRASSONOGRAFIA POINT-OF-CARE NA GRADUAÇÃO
MÉDICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE MINAS
124
A IMPORTÂNCIA DAS OFICINAS DE PRIMEIROS SOCORROS NA EDUCAÇÃO
MÉDICA E NA COMUNIDADE
125
ASSOCIAÇÃO ENTRE SARCOPENIA E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE EM
IDOSOS FRÁGEIS ASSISTIDOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO NO NORTE
DE MINAS GERAIS
126
CAMINHANDO JUNTOS PELA INCLUSÃO DOS PORTADORES DO
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
127
EDUCAÇÃO ALÉM DOS LIMITES FÍSICOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO: O
DIA MUNDIAL DO DIABETES
127
FASCIÍTE NECROTIZANTE- RELATO DE CASO
128
ASSOCIAÇÃO DO USO DE PRÓTESE DENTÁRIA COM HÁBITOS
COMPORTAMENTAIS EM PESSOAS IDOSAS ATENDIDAS EM UM CENTRO
ESPECIALIZADO NO NORTE DE MINAS
129
IMPORTÂNCIA DA FUNDOSCOPIA NA URGÊNCIA HIPERTENSIVA
130
PARALISIA DE TODD COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOENÇA
CEREBROVASCULAR NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
131
TENDÊNCIAS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM TRAUMA: CAPACITANDO
PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA MELHOR ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA
132
IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 SOBRE A TAXA DE MORTALIDADE
POR SUICÍDIO ENTRE JOVENS NO BRASIL
132
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO NORTE DE
MINAS ENTRE 2018 E 2023
133
EUTANÁSIA E SAÚDE MENTAL: UM DEBATE SOBRE AUTONOMIA E
BIOÉTICA
134
FATORES ASSOCIADOS À SAÚDE ÓSSEA EM IDOSOS: UMA REVISÃO
NARRATIVA
135
A IMPORTÂNCIA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO MÉDICA
135
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM MONTES
CLAROS DE 2011 A 2022
136
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E FATORES ASSOCIADOS EM
OCTAGENÁRIOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS NO NORTE DE MINAS GERAIS
137
11
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
ANGINA INSTÁVEL: UMA REVISÃO DA LITERATURA
138
QUEDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA SOBRE RISCOS,
PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
139
FATORES ASSOCIADOS À SEPSE TARDIA ENTRE NEONATOS PREMATUROS
EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAIS EM MONTES CLAROS
(MG)
140
DOR LOMBAR EM PROFESSORES: PREVALÊNCIA, CAUSAS, IMPACTOS E
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
140
MORBIDADE HOSPITALAR POR SÍFILIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE NO
BRASIL
141
MORBIDADE HOSPITALAR POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO BRASIL:
UMA ANÁLISE SEGUNDO AS UNIDADES FEDERATIVAS
142
DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE TÉTANO NEONATAL NO BRASIL NO PERÍODO
DE 2020 A 2022
143
TRICOBEZOAR: RELATO DE CASO EM ADOLESCENTE
143
SÍNDROME DE PEPPER-SCHILLING: RELATO DE UM CASO
144
MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO BRASIL: ANÁLISE POR
UNIDADES FEDERATIVAS E INFLUÊNCIA DA PANDEMIA
145
12
RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
A EDUCAÇÃO POSITIVA: PROMOVENDO A SAÚDE NO
DESENVOLVIMENTO ADULTO
Nayara Silva Ferreira, Artur Natalino Araújo, Ian Bastos Santos,
Vitória América Almeida Guimarães
Introdução: A educação positiva é essencial para promover a saúde ao longo do
desenvolvimento adulto, reconhecendo a infância como uma construção social que molda
os valores das crianças. Busca-se respeitar a singularidade de cada filho, incentivando
comportamentos desejáveis em vez de punir comportamentos indesejáveis. Objetivo: criar
um ambiente seguro e positivo, utilizando técnicas como o reforço positivo, a
comunicação efetiva e a construção de relacionamentos saudáveis. Isso visa proporcionar
bem-estar social, biológico e psicológico, prevenindo repercussões negativas na vida
adulta. Objetivo: O objetivo deste estudo é incentivar a adoção da educação positiva na
formação do indivíduo, promovendo a saúde no desenvolvimento adulto. Metodologia:
Realizamos uma análise qualitativa da relação entre a educação positiva e o
desenvolvimento infantil, com base em artigos conceituais selecionados na biblioteca
virtual SciELO. A população estudada incluiu crianças em fase de desenvolvimento, com
foco na influência positiva da educação positiva. Além disso, utilizamos conceitos
apresentados por Marshall Rosenberg em seu livro "Comunicação não-violenta: técnicas
para aprimorar relacionamentos pessoais e profissionais". Essa metodologia nos permitiu
compreender os fundamentos teóricos e práticos da educação positiva, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento saudável das crianças. Resultados: Nossa análise
mostrou que a educação positiva, ao eliminar punições e castigos tradicionais, promove
o desenvolvimento saudável na vida adulta. Ela fortalece a autodisciplina nas crianças, o
desenvolvimento de habilidades sociais, emocionais e cognitivas, além de promover
relacionamentos saudáveis. Ademais, busca criar um ambiente seguro e positivo,
incentivando comportamentos desejáveis por meio do reforço positivo e da
comunicação efetiva. Conclusão: Conclui-se, portanto, que a educação positiva é uma
abordagem fundamental para promover a saúde ao longo do desenvolvimento adulto. Ao
priorizar a construção social desde a infância, ela busca uma transformação profunda e
duradoura. Diferente de outras metodologias, ela promove a autonomia da criança, a
compreensão e o respeito, evitando danos cognitivos e psicológicos. No entanto, é crucial
incentivar e adotá-la como uma forma eficaz de promover a saúde e o bem-estar ao longo
do desenvolvimento adulto.
Palavras-Chave; Bem-estar psicológico. Desenvolvimento adulto. Psicologia positiva.
O "EXPERT PATIENT" E A TECNOLOGIA
Ana Luisa Colares Ribeiro, Vitória Guimaraes Teixeira, Kemile Albuquerque Leão
Introdução: O conceito de "Expert Patient" ganhou relevância na saúde, enfatizando a
importância de pacientes informados e engajados na própria saúde. A tecnologia é
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
fundamental para fornecer informações e ferramentas que os capacitem como
especialistas na própria saúde. Este resumo explora a relação do "Expert Patient" e a
tecnologia, seus benefícios e desafios. Objetivo: Analisar a contribuição da tecnologia
no empoderamento do paciente e seu papel na promoção do autocuidado, destacando os
benefícios e desafios dessa abordagem. Metodologia: Este estudo é uma revisão
narrativa, onde foram identificados estudos que exploram a relação do "Expert Patient" e
o uso da tecnologia em saúde. A população inclui pacientes de diversas faixas etárias e
condições de saúde. A pesquisa foi realizada em diversas bases de dados, com análise de
fontes acadêmicas e científicas. A análise estatística não se aplica, pois o resumo é
baseado em informações qualitativas. Resultados: O uso da tecnologia no contexto do
"Expert Patient" oferece vários benefícios, como permitir acesso a informações
confiáveis virtualmente pelos pacientes, capacitando-os a compreender suas condições
médicas e opções de tratamento. Ademais, redes sociais e comunidades online
proporcionam um espaço de compartilhamento de experiências e obtenção de apoio,
promovendo sensação de pertencimento. A telemedicina é uma parte essencial dessa
equação, facilitando consultas virtuais, monitoramento remoto e gestão dos casos usando
dispositivos conectados, ampliando a acessibilidade aos cuidados de saúde especialmente
para pacientes em áreas remotas. No entanto, a sobrecarga de informações e sua qualidade
variável pode causar confusão e ansiedade nos pacientes, sendo importante garantir a
segurança dos dados compartilhados online. Considerações: A integração da tecnologia
no contexto do "Expert Patient" oferece vantagens significativas, capacitando os
pacientes a se tornarem mais engajados no próprio cuidado, porém, é fundamental
abordar os desafios da sobrecarga de informações e garantir a confiabilidade das fontes
online. Por fim, a tecnologia é crucial no empoderamento do paciente e promoção do
autocuidado ao criar uma abordagem proativa e participativa no cuidado em saúde.
Sugere-se a contínua pesquisa e desenvolvimento de estratégias que otimizem o uso da
tecnologia, beneficiando pacientes e profissionais.
Palavras-Chave: Autocuidado, Paciente Informado, Tecnologia em Saúde.
RETIRADA DO DRENO DE TORACOSTOMIA DURANTE AS FASES DE
INSPIRAÇÃO E EXPIRAÇÃO
Leonardo Lamêgo Cardoso, Jair Almeida Carneiro, Rafaela Ferreira Schittini Barreto
Introdução: O trauma torácico é um entidade clinica comum nos pacientes vítimas de
politrauma, podendo ser classificado em aberto (penetrante) ou fechado (contuso), em
função da abertura ou não da cavidade pleural, e a amplitude da lesão vai determinar a
gravidade da mesma. Nesse sentido, cerca de 80% das vitimas de trauma torácico são
tratadas apenas por toracostomia com drenagem pleural fechada com associação de
analgesia e terapia ventilatória. Atualmente, existe um desacordo sobre qual forma seria
melhor para retirada do tubo nos pacientes ja tratados dessa enfermidade, podendo ser nas
últimas fases da inspiração ou expiração. Objetivo: o objetivo desse estudo é analisar a
literatura contrastando a retirada de tubos de toracostomia durante os estágios finais da
inspiração versus expiração, com ou sem valsalva, nos pacientes vítimas de lesões
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traumáticas no tórax. Metodologia: Realizou-se uma pesquisa bibliográfica sistemática
utilizando-se como critérios de inclusão artigos publicados entre 2020 e 2023, presentes
na base de dados PubMed e ScIELO, a partir dos descritores: tubo de toracostomia. Após
a pesquisa inicial foram encontrados 360 artigos, 355 foram excluídos por não
preencherem os critérios de inclusão. A partir dessa filtragem, 5 estudos serviram como
base para esse artigo. Resultados: Constatou-se que a retirada do dreno no final da
expiração reduziu o tempo de internação, bem como, ao se realizar a manobra de valsalva
no final da expiração, houve uma redução da taxa de recorrência de pneumotórax quando
comparada com o grupo de inspiração. Sem valsalva, o efeito se perde. Conclusão: De
acordo com os estudos analisados, pode-se inferir que a retirada do dreno ao final da
expiração e com manobra de valsalva apresenta um melhor desfecho, uma vez que, reduz
o tempo de internação e a taxa de recorrência de pneumotórax.
Palavras-Chave: Pneumotórax. Toracostomia. Trauma. Tubos torácicos.
NÍVEIS DE HEMOGLOBINA COMO CRITÉRIO DE TRANSFUSÃO
Leonardo Lamêgo Cardoso, Jair Almeida Carneiro, Rafaela Ferreira Schittini Barreto
Introdução: A anemia é uma condição comum em pacientes graves, podendo ocorrer
devido a associação de fatores e consequências, como diluição secundária a reposição
volêmica, a anormalidades no metabolismo do ferro, bem como a perda aguda de
sangue em situações de trauma. O limite ideal de hemoglobina para realização de
transfusão de glóbulos vermelhos em pacientes anêmicos continua sendo um campo ativo
de pesquisa e discussão nos meios acadêmicos, uma vez que é considerado alterado,
níveis de hemoglobina menores que 12 g/dL, e existem diversos limiares estipulados em
diferentes centros hospitalares para que ocorra a hemotransfusão, visando um melhor
resultado. Objetivo: Analisar a literatura sobre qual o melhor limiar para realização da
transfusão sanguínea em pacientes hospitalizados. Metodologia: Realizou-se uma
pesquisa bibliográfica sistemática utilizado-se como critérios de inclusão artigos
publicados entre 2018 e 2023, presentes na base de dados PubMed, LILACS, ScIELO, a
partir do descritor: “critérios de hemotransfusão”. Após busca inicial, foram encontrados
30 artigos, sendo que 24 foram excluídos por não preencherem os critérios de inclusão.
A partir dessa filtragem, 6 estudos serviram como base para este estudo. Resultados:
Constatou-se que não evidências de que transfusões de sangue em pacientes com
contagens de hemoglobina de 7,0 g/dL a 8,0 g/dL em comparação com contagem de 9,0
g/dL a 10 g/dL altere os riscos de morte, ataque cardíaco, infarto do miocárdio, acidente
vascular cerebral, pneumonia ou infecção. Conclusão: Necessita avaliação criteriosa e
abordagem mais restritiva para realização da hemotransfusão, visto que níveis de
hemoglobina entre 7-8 g/dL comparado com os de 9-10 g/dL possuem evoluções clínicas
equivalentes.
Palavras-Chave: Anemia. Hemoglobina. Transfusão de sangue.
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NEUROCRIPTOCOCOSE EM PACIENTE IMUNOCOMPETENTE: UM
RELATO DE CASO
Taina Reis Martins, Mariana Mundim, Gabriel França Alves, Luciano Freitas Fernandes
Introdução: A neurocriptococose é uma infecção do sistema nervoso central (SNC)
causada pelo fungo Cryptococcus neoformans e sua variante, Cryptococcus gattii. Estes
agentes etiológicos são frequentemente associados a excrementos de pombos domésticos
(Columba livia) e árvores em decomposição. Embora a criptococose possa afetar diversos
órgãos, a neurocriptococose, infecção do SNC, representa a forma mais grave e com
maior relevância clínica. Objetivo: Descrever um caso clínico de neurocriptococose no
Norte de Minas Gerais. Metodologia: As informações foram obtidas por meio de revisão
de literatura e análise de prontuários, no período de outubro de 2021 até Agosto de 2023.
Resultados: Paciente S.V., 64 anos, moradora da zona rural, imunocompetente, procura
atendimento ambulatorial em Montes Claros - MG. Paciente com diagnóstico prévio de
criptococose pulmonar, para o qual fez uso de Itraconazol por 6 meses, que foi suspenso
devido orientação médica. Evoluiu com quadro de cefaleia holocraniana intensa e estado
confusional, quando foi internada e recebeu o diagnóstico de neurocriptococose. Realizou
tratamento inicial com Anfotericina Desoxicolato durante os 40 dias de internação e, após
alta, iniciou o tratamento de manutenção com Fluconazol. Mantém seguimento com o
médico infectologista, que solicita exames de imagem e laboratoriais para
acompanhamento do caso semestralmente. Conclusão: O aumento de casos em
indivíduos imunocomprometidos elevou o perfil de relevância da doença nas últimas
décadas. No entanto, indivíduos imunocompetentes também podem ser afetados, o que
torna a compreensão da doença ainda mais complexa.
Palavras-Chave: Anfotericina. Criptococose. Fluconazol. Neurocriptococose.
O FUTURO GENÉTICO DA HUMANIDADE: INVESTIGANDO A EUGENIA
NO MUNDO DAS TECNOLOGIAS GENÉTICAS
Victor Hugo Pêgo Xavier, Diógenes Henrique Nobre Lopes, João Da Silva Júnior,
Rodrigo Soares Amorim, Estaelly Gomes Costa, Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: No contexto dos recentes avanços das tecnologias genéticas, a eugenia se
apresenta como um tema complicado e relevante. Ela envolve a manipulação e seleção
de características genéticas humanas, suscitando debates éticos e sociais profundos sobre
como essas tecnologias podem ser usadas. Objetivo: Este resumo pretende analisar a
eugenia no contexto das tecnologias genéticas atuais, explorando suas implicações e
desafios éticos, bem como destacar seu potencial impacto na sociedade. Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa qualitativa de natureza básica, com procedimentos
bibliográficos, documentais e objetivo exploratório. Resultados: notou-se que os
avanços nas tecnologias genéticas nos últimos anos têm provocado discussões sobre a
eugenia. Existem duas facetas: a eugenia positiva, que se concentra na prevenção de
doenças genéticas graves, e a negativa, que se preocupa com a moralidade, ao selecionar
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características desejadas, o que pode perpetuar desigualdades. Observa-se que questões
éticas, como consentimento, diversidade genética e regulamentação, são cruciais na
aplicação responsável dessas tecnologias. Compreende-se que a eugenia contemporânea
envolve dilemas éticos complexos, exigindo um diálogo aberto para equilibrar os
benefícios da genética com a proteção dos direitos humanos. Conclusão: Do exposto,
conclui-se que a eugenia apresenta grandes oportunidades e desafios no contexto do
avanço das tecnologias genéticas. É fundamental que os legisladores, os cidadãos e os
cientistas estejam cientes dos efeitos morais e sociais dessas tecnologias, promovendo um
debate aberto e transparente para garantir uma aplicação justa e responsável, protegendo
os direitos humanos em um mundo que está se tornando cada vez mais afetado pela
genética
Palavras-Chave: Bioética, Direitos Humanos, Engenharia Genética, Eugenia, Genoma
Humano.
RELEVÂNCIA DA CAPACITAÇÃO DE MÉDICOS E ACADÊMICOS SOBRE
AS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO E COBERTURA DE QUEIMADURAS
A NÍVEL AMBULATORIAL E DE URGÊNCIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Matheus Martinho de Araujo Carvalho, Vitória Molinari Marinho,
Jair Almeida Carneiro, Paulo André Rocha Nascimento
Introdução: O desbridamento é a mais importante ferramenta isolada do tratamento em
feridas para reduzir a biocarga e promover a cicatrização. As técnicas cortantes são
amplamente utilizadas na prática médica, e, dentre elas, destacam-se cover, slice e square.
Objetivo: Mostrar a relevância clínica do desbridamento e tratamento de queimaduras a
nível ambulatorial e de urgência para médicos e acadêmicos. Metodologia: Foi realizada,
em um Congresso Mineiro de Medicina de Família e Comunidade, a oficina intitulada
“Cuidados em Feridas Crônicas Desbridamento e Coberturas”, que abordou a
importância das técnicas na execução do desbridamento de queimaduras, e os diferentes
métodos empregados na medicina, como a aplicação de hidrogel, hidrocolóide e alginato,
além dos curativos adotados para cada procedimento, respectivamente. Após a exposição
teórica das técnicas, utensílios e procedimentos, os participantes da oficina desbridaram
epitélio porcino utilizando os procedimentos cover e square, e foram instruídos pelos
palestrantes a respeito da importância de delimitar a área, remover o tecido necrótico e
preservar as estruturas adjacentes, como nervos e vasos. Além do desbridamento, foram
expostas as medicações tópicas e coberturas utilizadas para os variados tipos de
queimaduras. Resultados: Os produtos oriundos dessa oficina englobam a capacitação
dos médicos e acadêmicos por meio da exposição teórica e aplicação prática das técnicas
de desbridamento em ambiente hospitalar. Ademais, os acadêmicos e médicos foram
devidamente treinados para a realização dos procedimentos e tratamentos de
queimaduras. Conclusão: Os participantes da oficina
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obtiveram conhecimento prático e teórico a respeito da relevância clínica das técnicas de
desbridamento e cobertura de queimaduras em ambiente ambulatorial e de urgência.
Palavras-Chave: Desbridamento, Queimaduras, Urgência.
ANÁLISE DE SOBREVIDA EM PACIENTES COM LEISHMANIOSE
VISCERAL ATENDIMOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE
DE MINAS GERAIS
Hellen Julliana Costa Diniz, Igor Monteiro Lima Martins, Lara Lucena Garcia Bueno,
João Olinto Moraes Cardoso Rodrigues, Maria Victoria Martins Niz,
Rafael Dias Cordeiro, Renata Flávia Canela Dias
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) configura-se como um problema de saúde
pública, embora a cadeia de transmissão esteja elucidada, ainda assim é uma causa de
morte relevante em países em desenvolvimento. A caracterização do quadro clínico é
fundamental para o seguimento dos casos, e a identificação precoce de fatores associados
com a mortalidade pode ser decisivo no manejo clínico. Muitas variáveis foram
apontadas como preditores da redução da probabilidade de sobrevida. Elas podem ser
categorizadas em variáveis: clínicas, laboratoriais, sócio demográficas e contextuais.
Neste estudo, o foco foi nas três primeiras categorias. Objetivo: avaliar a sobrevida de
20 anos e os fatores preditores de pior prognóstico de pacientes com LV admitidos no
Hospital Universitário Clemente Faria, referência para tratamento de doenças infecto-
contagiosas no período de 1995 a 2016, no norte de Minas Gerais, uma área de elevada
endemicidade para LV. Metodologia: uma coorte retrospectiva foi proposta. Todos os
casos de LV foram avaliados em um período de 20 anos. Os registros médicos foram
minuciosamente analisados. Os dados clínicos, laboratoriais e sócios demográficos foram
extraídos dos prontuários empregando-se um instrumento elaborado pelos autores.
Realizou-se a curva de Kaplan-Meier e a regressão de Cox para análise de sobrevida.
Resultados: foram contabilizados 972 indivíduos, sendo a maioria crianças menor de 10
anos, masculino, provenientes de áreas urbanas, que apresentaram no ato da admissão a
tríade clássica: febre, hepatoesplenomegalia e palidez cutânea. A média da dosagem de
hemoglobina foi de 7,53 mg/dl. O intervalo de tempo médio entre o surgimento dos
sintomas e a admissão hospitalar foi de 40 dias. A terapêutica instituída oscilou entre os
antimoniatos pentavelente e anfotericina, ou ambos. A probabilidade de sobrevida
reduziu a 78% depois de um ano do início dos sintomas e na regressão de cox as variáveis
hemoglobina e idade estiveram fortemente associadas. Conclusão: independentemente
do mecanismo subjacente a redução da hemoglobina e o fator não modificável da idade,
a instituição precoce do tratamento medicamentoso constitui a estratégia mais apropriada
para a elevação da sobrevida, fato que desafia os sistemas de saúde a reduzir o intervalo
entre o início dos sintomas e a admissão hospitalar
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Palavras-Chave: Leishmaniose Visceral, Sobrevida, Prognóstico, Saúde pública.
CONHECIMENTO DAS GESTANTES SOBRE A IMPORTÂNCIA DOS
EXAMES LABORATORIAIS DE PRÉ-NATAL
Hellen Julliana Costa Diniz, Tatiana Almeida Guimarães, Igor Monteiro Lima Martins,
Carla Júlia Soares Sacramento, Eleasha Emmanuelly Batista Rodrigues,
Luis Pedro Mendes, Rafael Dias Cordeiro
Introdução: a Organização Mundial da Saúde (OMS) entende o período gestacional
como sendo um período fisiológico, devendo ser saudável, porém, propiciando mudanças
em âmbito físico, alterando medidas corporais, emocionais e também psicológicas, a
partir do pensamento para adequação da vivência com o novo ser que está sendo gerado,
desenvolvimento de sentimento afetivo, além dos pensamentos em termo de
responsabilidade sobre a vida futura do nascituro. O pré-natal pode ser visto pelos
profissionais que o realizam, como um momento oportuno para a manutenção da saúde
materna e saúde da mulher, visto que nesse momento podem ser solicitados exames de
rastreamento importantes. Apesar do aumento da cobertura, ainda desafios para a
melhoria da qualidade da assistência ao pré-natal. É necessário a realização de um
atendimento e procedimentos efetivos para que haja a redução de desfechos
desfavoráveis. Objetivo: avaliar o conhecimento das gestantes da cidade de Montes
Claros MG, sobre a importância da rotina laboratorial dos exames de pré-natal.
Metodologia: utilizou-se formulário Google, divulgado ao público de interesse para
obtenção dos resultados. Resultados: os resultados mostraram um alto índice de
conhecimento e preocupação da mulher com a sua saúde durante a gestação, sendo que,
88,8 % das gestantes possuíam a presença do pai/ cônjuge nas consultas e exames, e
81,8 % realizavam consultas e exames frequentes. Houve maior participação de gestantes
na faixa etária de 18 a 23 anos (53,3%), e de cor parda (64,4%). Conclusão: concluiu- se
que as gestantes pertencentes ao município de Montes Claros-MG possuem conhecimento
acerca de exames laboratoriais, e os fazem com a intenção de manter o bem estar materno
e fetal, com participação efetiva do pai/ cônjuge
Palavras-Chave: Desinformação, Gestação, Pré-natal.
UTILIZAÇÃO DA HIPODERMÓCLISE EM CRIANÇAS HOSPITALIZADAS
Bruna Lacerda Bandeira, Kaio César Maciel Soares, Bruna Ledo Andrade Soares
Introdução: Crianças hospitalizadas por longos períodos enfrentam grandes desafios,
como capilares frágeis devido à administração de substâncias, dificuldade de encontrar a
rede venosa e impossibilidade de administração oral. Apesar da via intravenosa ser a mais
utilizada, ainda pode causar desconforto, traumas vasculares e estresse nesses pacientes.
Dessa forma, a hipodermóclise se tornou uma alternativa para administração de líquidos
e medicamentos por meio do uso da via subcutânea, principalmente na região anterior do
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tórax e abdome, deltoide, escápula ou porção lateral e anterior das coxas. Objetivo:
Investigar a literatura acerca do uso da hipodermóclise em crianças hospitalizadas.
Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura. A pesquisa foi realizada
nas bases de dados eletrônicas: PubMed, SciELO e LILACS. Para a busca, foram usados
os descritores: Hypodermoclysis AND Children AND Treatment. Os critérios de inclusão
utilizados foram: artigos originais, revisões sistemáticas e metanálises publicados nos
últimos cinco anos na língua portuguesa e inglesa, os quais contemplavam o objetivo
deste estudo. Resultados: Os artigos analisados evidenciam o uso da hipodermóclise
como opção vantajosa para administração de fluidos e medicamentos em crianças, como
antibióticos, analgésicos, antieméticos e soluções cristaloides. Em um desses estudos, o
principal sítio de punção foi a região subclavicular (51,7%) e a permanência do cateter
ocorreu, em média, por 1 a 5 dias. Os principais motivos de sua suspensão foram sinais
flogísticos e exteriorização acidental, não apresentando efeitos de repercussão sistêmica.
Outro estudo reafirma a via subcutânea como um método seguro, pelo fato de ser um
procedimento simples, menos doloroso, de baixo custo e eficaz por garantir autonomia e
maior mobilidade, melhorando a qualidade do tratamento da criança, bem como o
acompanhamento dos pais que participam do processo de recuperação dos filhos.
Conclusão: As evidências mostram que a hipodermóclise trata-se de uma via segura,
eficaz e bem mais tolerada em crianças do que outras vias. No entanto, é importante
enfatizar a escassez de pesquisas e aplicações práticas sobre esse tema validando os seus
benefícios. Sendo assim, mais trabalhos acerca desta temática precisam ser produzidos.
Palavras-Chave: Crianças, Hipodermóclise, Tratamento.
A (IM) POSSIBILIDADE DE COBRANÇA DIFERENCIADA NAS
MENSALIDADES DOS PLANOS DE SAÚDE EM RAZÃO DE O USUÁRIO SER
IDOSO
Jiuly Kelly Pereira da Rocha
Introdução: Os idosos são possuidores de direitos a serem garantidos pelo Estado,
família e também pela sociedade, não devendo sofrer restrição no acesso à saúde em razão
de idade. Objetivo: neste sentido, o objetivo do presente resumo simples é analisar a (im)
possibilidade de os planos de saúde cobrarem valores diferenciados do paciente em
virtude de este ser idoso. Metodologia: para fins de alcançar o objetivo proposto, utiliza-
se do método de abordagem dedutivo, por meio de pesquisa exploratória e qualitativa,
cujas fontes baseiam-se em dados bibliográficos e documentais. Resultados: como
resultados, verificou-se que a tutela dos idosos pode ser atestada no ordenamento jurídico
brasileiro na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88), na Lei
n. 10.406/02 (Código Civil brasileiro) e na Lei n. 10.741/03 (Estatuto do Idoso). A
proteção especial que lhes é conferida decorre do reconhecimento de sua vulnerabilidade
a partir dos 60 (sessenta) anos, sendo esta a idade estabelecida na lei para a definição
de quem se caracteriza como pessoa idosa. A legislação pátria determina que seja
assegurada ao idoso a atenção integral à sua saúde, através do SUS, devendo-lhe ser
garantido o acesso universal e igualitário às ações e serviços. Sob essa perspectiva,
constata-se a possibilidade de que as operadoras de planos de saúde possam cobrar
valores diferenciados nas mensalidades dos usuários, baseando-se, para tanto, na faixa
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etária. Conclusão: não obstante, concluiu-se que, em se tratando dos idosos, o Estatuto do
Idoso vedou qualquer discriminação nesse aspecto, proibindo, portanto, a ocorrência de
aumento desproporcional, razão pela qual, a partir dos 60 anos de idade, não pode haver
a cobrança de valores diferenciados notadamente desproporcionais, de modo que a
jurisprudência admite apenas os reajustes vinculados ao natural aumento do risco, e que
não violam o princípio da solidariedade intergeracional.
Palavras-Chave: Aumento, Discriminação, Idoso, Plano de saúde.
OPÇÕES TERAPÊUTICAS PARA PROFILAXIA SECUNDÁRIA NA
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA
Matheus de Souza Barbosa, Ryan Alexsander Custódio Cunha, Gustavo Santana Xavier,
Anna Julia Rocha Dias, Patrício Augusto Albano Gonçalves, Júlia Paraíso Rocha,
Thales De Almeida Pinheiro
Introdução: As doenças cardiovasculares integram as principais causas de mortalidade
e incapacidade mundial, sendo a síndrome coronariana aguda uma das suas causas mais
relevantes. Assim, é importante discutir acerca de sua terapia farmacológica, para reduzir
ocorrências e complicações após apresentação de fase aguda do evento isquêmico.
Objetivo: Analisar o tratamento farmacológico como profilaxia secundária da síndrome
coronariana aguda (SCA) e os benefícios da boa adesão no seguimento terapêutico.
Metodologia: Foi realizada pesquisa bibliográfica qualitativa pelas bases de dados:
PubMed e Scielo, utilizando os descritores: “síndrome coronariana aguda”, “tratamento
farmacológico”, “terapêutica antiagregante com sete dos artigos publicados em português
e quatro em inglês, nos últimos oito anos. Resultados: Os antiagregantes plaquetários são
os fármacos mais utilizados no seguimento terapêutico, sobretudo o AAS, fármaco de
primeira linha, que atua bloqueando irreversivelmente as cicloxigenases. Os
betabloqueadores reduzem o inotropismo e o cronotropismo. As estatinas reduzem a
formação de LDL e, consequentemente, eventos ateroscleróticos. O IECA e BRA atuam
inibindo o SRAA, sendo o IECA o medicamento de escolha e o BRA, segunda opção.
Em casos que foram necessários colocação de stent é indicado bloqueio antiplaquetário
duplo, por no mínimo um ano, associando AAS e inibidor do receptor P2Y12, principal
responsável por estabilizar o agregado plaquetário. Como nova terapia, o rivaroxibano,
anticoagulante oral que inibe o fator Xa da cascata de coagulação e possui como vantagem
maior eficácia e menor necessidade de monitorização laboratorial de sua atividade
antitrombótica em comparação à varfarina. Apesar da boa eficácia do tratamento, a
adesão favorece a ocorrência de novos eventos isquêmicos. Conclusão: O estudo
realizado constata a diversidade de opções farmacológicas disponíveis para SCA e como
o uso associado e prolongado pode alterar o curso da doença. Contudo, a boa adesão ao
tratamento e a prescrição farmacológica adequada na alta médica são necessárias para
alcançar a redução da morbimortalidade e evitar a readmissão hospitalar, sendo um papel
compartilhado entre médico e paciente.
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Palavras-Chave: Síndrome coronariana aguda, Tratamento farmacológico, Terapêutica
antiagregante.
O SIGILO NA RELAÇÃO MÉDICO PACIENTE: INFLUÊNCIA DE NOVAS
TECNOLOGIAS
Vania Ereni Lima Vieira, Sabrina Guimarães Nogueira, Vitória Araújo Guedes,
Guilherme de Andrade Freitas, Raquel Alves Rodrigues,
Paula Gabriela Mendes Gusmão
Introdução: O sigilo médico é um pilar da relação entre paciente e médico, representando
um direito do indivíduo e um dever ético do profissional. A confiança estabelecida nessa
relação é fundamental para o sucesso do tratamento. No entanto, com o surgimento de
novas tecnologias, como os registros eletrônicos de saúde e a telemedicina, novos
desafios têm alterado a maneira como a confidencialidade é mantida. Nesse contexto, a
proteção dos dados e informações de saúde em ambientes tecnológicos torna-se
indispensável, garantindo a preservação do sigilo médico e a manutenção da
confiabilidade na atuação da medicina. Objetivo: Analisar como as principais mudanças
geradas pelas novas tecnologias interferem no âmbito profissional médico, afetando o
direito à privacidade e à intimidade do paciente. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa
com abordagem qualitativa, de natureza básica. Foi realizada com objetivo exploratório
acerca do sigilo médico e do uso de tecnologias na medicina a partir de um levantamento
bibliográfico e documental. Resultados: Diante do estudo realizado, notou-se que os
médicos têm empregado extensivamente os avanços tecnológicos na divulgação,
planejamento e execução do seu trabalho. Dentre as mídias sociais mais utilizadas,
encontram-se o WhatsApp, o E-mail, Facebook e Instagram. Tendo em vista, que a grande
maioria daqueles que empregam esses meios afirmam acreditar que os benefícios e a
eficiência da comunicação com colegas médicos, na busca de uma melhor qualidade no
atendimento ao paciente, superam os riscos à privacidade e à confidencialidade das
informações de quem está sendo atendido. No entanto, inferiu-se que, mesmo tomando
medidas que busquem proteger os dados dos pacientes, o sigilo médico, direito essencial
do paciente, pode ser violado. Este trabalho permitiu uma melhor compreensão a respeito
do impacto das tecnologias no cumprimento da legislação na relação médico paciente.
Conclusão: Do exposto, concluiu-se que, no presente cenário de desenvolvimento
tecnológico e utilização de mídias sociais, a atualização dos profissionais da saúde sobre
o tema é essencial, visto que a confidencialidade médica é primordial para preservar a
ética profissional e resguardar a relação médico- paciente.
Palavras-Chave: Avaliação de tecnologias biomédicas. Confidencialidade. Relação
médico paciente. Sigilo Médico.
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PREVALÊNCIA DA AUTOMEDICAÇÃO EM ESTUDANTES DE MEDICINA
José Felix Figueirêdo, Marco Aurélio Silva Cardoso, Maria Gabriela Gonzaga Gomes,
Lucineia de Pinho
Introdução: A prática da automedicação se tornou banalizada entre a população geral e
se difunde sem levar em consideração as consequências dessa prática. Ela ocorre tanto
por indicação de amigos e familiares, com prescrições de farmacias e por conta própria
sem levar em conta uma opinião médica especializada. Essa prática é perigosa devido aos
potenciais efeitos adversos das medicações, da possibilidade de promoção de resistência
bacteriana, do uso de medicação inadequadas, dos subtratamentos, entre outros. E entre
os estudantes da área da saúde, que muitas vezes se veem como detentores do
conhecimento científico, a automedicação é ainda mais prevalente. Objetivo: Este estudo
teve como objetivo analisar as evidências científicas sobre a prevalência de
automedicação em estudantes de medicina. Metodologia: Trata-se de uma revisão
sistemática realizada por meio de dados a partir de artigos científicos obtidos nas bases
PUBMED, SCIELO e LILACS, utilizando como descritores: estudantes de medicina,
automedicação e universitários, no período de 2018-2023. A estratégia de busca
eletrônica resultou em 33 publicações, dos quais 9 foram selecionados para leitura
completa. Resultados: Os resultados indicam uma presença significativa da
automedicação entre os universitários, abrangendo desde a utilização de medicamentos
sintomáticos, como analgesicos e antitérmicos, até o uso de antibióticos e medicamentos
de venda controlados. Essa tendência é ainda mais marcante entre os estudantes de
medicina, com uma prevalência que pode ultrapassar os 97%, em contraste com a
prevalência menor em acadêmicos de outros cursos. Conclusão: O fácil acesso ao
conhecimento científico por parte desse grupo de estudantes contribui para a prevalência
elevada da automedicação. Assim, é de extrema importância ressaltar os riscos inerentes
a essa prática, a fim de preveni-la. Além disso, novos estudos são necessários para avaliar
a frequência de prescrições compulsórias, subtratamentos e atrasos no diagnóstico,
buscando uma compreensão mais aprofundada dos efeitos desse tipo de comportamento.
Palavras-Chave: Automedicação, Estudantes de Medicina, Universitários.
NORADRENALINA NA URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, UMA COMPARAÇÃO
ENTRE EVIDÊNCIAS E PRÁTICAS
Marco Aurélio Silva Cardoso, VIvian Rupic Fonseca, Lucineia de Pinho
Introdução: A noradrenalina desempenha um papel fundamental no tratamento de
pacientes em situações de urgência e emergência, sendo um agente vasoativo amplamente
utilizado para reverter quadros de choque e hipotensão. No entanto, a aplicação da
noradrenalina na prática clínica pode apresentar variações em relação ao que é
preconizado na teoria. Objetivo: Esta revisão de literatura tem como objetivo analisar o
uso da noradrenalina na prática clínica brasileira nesse período, comparando-o com as
evidências científicas disponíveis na literatura médica. Metodologia: Foram
consultadas bases de dados, como PubMed, Scielo e BVS, no período entre 2018 a
2023. Foram selecionados 15 estudos clínicos, revisões sistemáticas e diretrizes clínicas
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relacionadas ao uso da noradrenalina em situações de urgência e emergência. Resultados:
A literatura mostrou que, em geral, as práticas clínicas de uso de noradrenalina no Brasil
estão em conformidade com as diretrizes teóricas, que recomendam seu uso como agente
vasoativo de primeira linha em casos de choque séptico, hipovolêmico e cardiogênico.
Foi observada uma variação regional na disponibilidade e no acesso à noradrenalina, com
algumas áreas enfrentando desafios logísticos que podem afetar a administração oportuna
do medicamento. Estudos destacaram a importância da individualização do tratamento
com noradrenalina, ajustando as doses de acordo com a resposta hemodinâmica de cada
paciente. A monitorização rigorosa dos pacientes tratados com noradrenalina foi
enfatizada como essencial para evitar eventos adversos. Conclusão: A revisão da
literatura sugere que o uso de noradrenalina na prática clínica brasileira desde 2018 segue
as diretrizes teóricas em grande medida. No entanto, existem desafios regionais e
logísticos a serem superados para garantir a disponibilidade e o acesso adequado ao
medicamento. A individualização do tratamento e o monitoramento contínuo dos
pacientes são aspectos críticos para assegurar um manejo eficaz e seguro da noradrenalina
em situações de emergência e urgência no Brasil
Palavras-Chave: Choque, Emergência, Noradrenalina, Urgência.
ÓBITOS DE CICLISTAS POR TRAUMATISMO ASSOCIADO A ACIDENTE
DE TRÂNSITO NO BRASIL: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
Maria Clara Barbosa Lopes, Ana Júlia Ornelas Franca, Mariane Nogueira Alves,
Michelly Pereira Montenegro, Laura Santos Nunes
Introdução: O ciclismo além de ser uma prática benéfica e saudável ainda é um meio de
transporte limpo e barato. Estipula-se que no país, a frota de bicicletas seja de 33 milhões
divididas nos pouco mais de quatro mil quilômetros de ciclovias. Com o aumento no
número de pessoas que andam de bicicleta, o número de traumas e óbitos em acidentes
envolvendo ciclistas também elevou. Objetivo: Avaliar os aspectos epidemiológicos dos
óbitos por traumatismo de ciclistas com idades entre 20 a 59 anos em acidentes de trânsito
no Brasil, entre período de 2013 a 2023. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal
e descritivo, realizado mediante a coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares
do SUS (SIH/SUS) vinculado ao DATASUS, segundo as variáveis de óbitos, sexo e
estados brasileiros. Os óbitos investigados foram aqueles decorrentes de traumas em
ciclistas devido a acidentes de trânsito, em todo o Brasil, no período de 2013 a 2023.
Resultados: No período de 2013 a 2023, foram notificados 1.503 óbitos de ciclistas
por traumatismo relacionado com acidentes de trânsito, no Brasil, sendo 88,88% homens
e as idades entre 50 a 59 anos as mais afetadas com 32,53% de mortos. O maior número
de óbitos foi no estado de São Paulo, com 510 mortes nos últimos 10 anos, o que se
relaciona com o fato de ser o estado com mais quilômetros de ciclovias. Houve um
aumento no número de óbitos nos últimos anos, chegando a 178 ciclistas no ano de 2022
coincidindo com o aumento de 14% no número de pessoas que andam de bicicleta.
Conclusão: O número de ciclistas vem aumentando, devido aos incentivos para essa
modalidade e o número de traumatismos fatais desses ciclistas, no trânsito, também se
elevou. A pandemia do Covid-19 contribuiu para esse aumento, que o esporte muitas
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vezes era utilizado como forma de lazer e bem-estar ao ar livre durante o período
pandêmico. Assim, andar de bicicleta tem vários benefícios, tanto de saúde física quanto
mental, além de ser um meio de transporte não poluente. Contudo, a crescente de traumas
que levam a óbito no trânsito faz com que as pessoas tenham medo de usufruir dessa via.
Portanto, além do fomento ao uso de bicicletas o aumento de ciclovias seguras também
devem ser implementadas para que os ciclistas possam ter mais segurança e contribuir
para redução nos traumas e óbitos.
Palavras-Chave: Ciclistas, Óbito, Traumatismo.
VIVENDO E APRENDENDO, COMO ENVELHECER COM SAÚDE: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Matheus Martinho de Araujo Carvalho, Vitória Molinari Marinho, Isabela Neves de
Matos, Jamile Pereira Dias dos Anjos
Introdução: O ingresso na fase idosa é uma etapa natural da vida que traz consigo
alterações. É comum que sentimentos de preocupação surjam, e sem o devido cuidado,
especialmente daqueles que estão próximos, podem ocorrer mudanças biológicas e
psicológicas, como depressão e ansiedade. Portanto, é essencial expandir o atendimento
interdisciplinar a essa população, visando melhorar a qualidade de vida e atender às suas
necessidades de saúde. Objetivo: Este resumo tem como objetivo relatar a experiência e
os resultados do projeto de extensão “Vivendo e aprendendo, como envelhecer com
saúde”, ligado às Práticas Interdisciplinares de Extensão, Pesquisa e Ensino (PIEPE),
realizado por estudantes de medicina com um grupo de idosos do Serviço Social do
Comércio (SESC). Metodologia: A intervenção ocorreu em quatro dias. Nas três
primeiras datas, foram realizadas rodas de conversa e dinâmicas sobre ansiedade,
depressão e autocuidado. Os estudantes aplicaram ainda dois questionários - a Escala de
Depressão Geriátrica (EDG) e o Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 (IVCF-
20). No quarto e último dia da intervenção, foi apresentado um curta-metragem com
vídeos contendo mensagens de carinho dos familiares dos idosos, que teve como o
objetivo de sensibilizá-los sobre a importância da convivência familiar e demonstração
de sentimentos. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o parecer número:
5.537.507. Resultados: Foram aplicados 47 IVCF-20 e EDG. Quanto ao IVCF-20, 10
idosos (21%) apresentaram risco de fragilização e 7 (14%) eram frágeis, um percentual
elevado de senis com necessidade de atenção especializada. Cinco idosos (10%)
apresentaram depressão leve quando submetidos à EDG. Esses grupos foram
encaminhados para a atenção médica especializada do SESC e para acompanhamento
na atenção primária do município. A ação sensibilizou os idosos quanto à importância
do autocuidado para um bem-estar físico, mental e social, e seus familiares quanto a
importância da convivência familiar para a saúde dessa população. Conclusão: A
experiência contribuiu para uma formação acadêmica mais humanizada, além de
promover conhecimento científico na área da geriatria; colaborou ainda com a
comunidade assistida na medida em que coletou dados e encaminhou os idosos
fragilizados para acompanhamento especializado. Houve uma sensibilização das partes
envolvidas no trabalho quanto aos perigos da ansiedade, depressão e fragilidade na
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senescência e as formas de preveni-los.
Palavras-Chave: Idoso, Ansiedade, Depressão, Idoso Fragilizado.
O IMPACTO DOS SINTOMAS NÃO MOTORES NA QUALIDADE DE VIDA
DE PACIENTES PORTADORES DA DOENÇA DE PARKINSON
Vitória Molinari Marinho, Matheus Martinho de Araujo Carvalho,
Isabela Neves de Matos, Daniela Pereira Santos
Introdução: A doença de Parkinson (DP) é a segunda doença neurodegenerativa mais
comum no mundo. É uma síndrome motora caracterizada por bradicinesia, tremor de
repouso e rigidez, além de alterações na postura e na marcha. E, apesar de ser
tradicionalmente definida como um distúrbio do movimento, a DP também está associada
a uma variedade de sintomas não motores (SNM) que atingem praticamente todos os
pacientes. Objetivo: Objetivou-se com esse estudo descrever a associação entre sintomas
não motores e o prejuízo à qualidade de vida em pacientes portadores da DP.
Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura, considerando estudos publicados
entre 2017 e 2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo), e National Library of
Medicine (PubMed). Para a estratégia de busca utilizou-se os seguintes descritores:
“parkinson disease” “Personal Satisfaction”, “Quality of Life”, “non-motor symptoms”.
Resultados: Os SNM aparecem em cerca de 98% dos pacientes. Os mais relatados na
literatura são: disfunção olfativa, comprometimento cognitivo, constipação, ansiedade,
depressão, distúrbios do sono, disfunção autonômica, dor e fadiga. Os SNM surgem de
forma precoce, frequentemente antes do início dos sintomas motores clássicos, e evoluem
com piora consoante a progressão da doença, repercutindo na vida do portador e dos seus
respectivos cuidadores. Conclusão: Conclui-se, com base na literatura observada, que
apesar de a DP ser tradicionalmente definida como um distúrbio predominantemente
motor, os sintomas não motores têm ganhado destaque ao longo do tempo, principalmente
pelo impacto clínico, interferindo, muitas vezes, negativamente nas relações interpessoais
dos pacientes portadores da DP e impactando a qualidade de vida dos pacientes.
Palavras-Chave: Doença de Parkinson, Qualidade de Vida, Sintomas não motores.
ANSIEDADE SOCIAL EM ESTUDANTES DE MEDICINA E SUA RELAÇÃO
COM A SAÚDE MENTAL
Nicole Aska Silveira Yamada, Thaís de Oliveira Baldo, Marcelo Perim Baldo
Introdução: A rotina de um estudante de medicina é marcada por um compromisso com
o aprendizado, horários intensos de estudo e demanda constante por interações sociais. O
transtorno de ansiedade social (AS) é definido como um medo ou ansiedade extremos
sobre uma ou mais situações sociais nas quais o indivíduo é exposto. Tal situação, quando
presente em estudantes de medicina, pode precipitar problemas de saúde mental.
Objetivo: Avaliar a associação entre a AS e a saúde mental em estudantes de medicina.
Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e analítico, realizado em ambiente virtual
utilizando um formulário de preenchimento anônimo. A amostra foi composta por
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estudantes do curso de medicina (= 18 anos). O formulário foi estruturado com questões
sociodemográficas, além dos instrumentos validados de avaliação da AS (Questionário
de Ansiedade Social para Adultos - CASO) e da saúde mental (Escala de Ansiedade,
Estresse e Depressão - DASS-21). Para a análise estatística, foi utilizado teste de qui-
quadrado para comparações de prevalências, e regressão logística múltipla para obtenção
da razão de chances (OR) e dos respectivos intervalos de confiança (IC95%). A
significância estatística foi estabelecida quando P<0,05. Aprovação CEP sob parecer n.
4.874.909. Resultados: Dos 460 estudantes de medicina que participaram do estudo
(69,3% eram mulheres), a prevalência de AS foi de 48,5%, sendo maior em mulheres que
em homens (52% vs. 40,4%, P=0,028). Dentre as cinco dimensões da AS, a única que
apresentou diferença entre homens e mulheres foi a ‘Interação com o sexo oposto’,
prevalente em 27,7% dos homens e em 62,4% das mulheres (P<0,001). As prevalências
de estresse (26% vs. 16,3%, P=0,031) e da ansiedade (33,9% vs. 17,7%, P=0,001) foram
significativamente maiores nas mulheres que em homens, mas não da depressão (27,3%
vs. 24,8%, P=0,664). Por fim, a alta AS em estudantes de medicina está significativamente
relacionada com o estresse apenas em mulheres (OR: 1,68 IC95% 1,01-2,79), com a
ansiedade (HOMENS: OR 3,25 IC95% 1,32-8,01 e MULHERES: OR 2,49 IC95% 1,53-
4,04), e com a depressão (HOMENS: OR 4,06 IC95% 1,81-9,11 e MULHERES: OR
4,89 IC95% 2,76-8,66). Conclusão: A AS é prevalente entre estudantes de medicina,
principalmente nas mulheres, e está fortemente associada à saúde mental.
Palavras-Chave: Ansiedade Social, Estudantes de Medicina, Saúde Mental.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E CUSTOS HOSPITALARES POR
QUEIMADURAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Mires Dalva Pena Neta, Lorena Luiza Rodrigues, Amanda Da Silva Santos,
Andreza Assunção Santos, Giovanne Guilherme Coutinho Canela
Introdução: As queimaduras são uma injúria da pele ou de outros tecidos, causadas por
agentes variados como chamas, líquidos quentes, choque elétrico e produtos químicos,
sendo observado um número elevado de busca aos serviços de urgência e internações no
serviço público de saúde decorrente dessa causa. Objetivo: Avaliar os aspectos
epidemiológicos e custos hospitalares das internações por queimaduras em Minas Gerais
entre 2016 e 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo. Teve
como universo de pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do
Sistema único de Saúde (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de Informática
do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Resultados: No estudo foram notificadas
18.660 internações por queimaduras no estado. O maior número de internações ocorreu
no sexo masculino (61,5%), com predomínio na faixa etária adulta entre 20 e 59 anos
(55,9%) e pediátrica entre 1 e 4 anos (15,2%). A maioria das internações foram realizadas
em caráter de urgência (96,4%), com a média de permanência de 7,2 a 11,3 dias. O valor
total das internações pelo SUS foi de 46.501.488,53 reais e o valor médio de 2.549,59
reais. Conclusão: Conclui-se que as queimaduras constituem um importante problema de
saúde pública devido ao extenso tempo de internação, que é um importante contribuinte
para complicações e consequente morbimortalidade, acarretando em elevados custos
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hospitalares. Logo, torna-se de grande valia o reconhecimento de tal problema e
formulação de estratégias, a fim de disseminar informações para prevenção das
queimaduras e assim evitar a maioria dos acidentes, e consequentemente reduzir as
sequelas físicas e psicológicas.
Palavras-Chave: Emergência, Epidemiologia, Queimaduras.
A RELAÇÃO DOS FATORES ESTRESSORES COM A OCORRÊNCIA DE
TRANSTORNOS DE ANSIEDADE E DEPRESSÃO NOS ACADÊMICOS DE
MEDICINA
Francine Santiago dos Anjos Brito
Introdução: Ao ingressar em uma faculdade de medicina, os estudantes passam por
mudanças significativas em seu cotidiano: a rotina fica mais intensa, a carga horária de
estudos aumenta, menor tempo para lazer e descanso e, em algumas vezes, ocorre a
privação do convívio familiar. Além disso, os acadêmicos vivenciam situações de
elevadas exigências, como a supervisão dos instrutores nos cenários de estágio, constante
exposição a casos de angústia e morte, realização de procedimentos técnicos, medo de
cometer erros durante a assistência, procura de atividades extracurriculares e privação de
sono, tendo, também, que lidar com o desenvolvimento abrupto de maior autonomia e
aos diferentes tipos de relacionamentos interpessoais estabelecidos. Tais aspectos podem
ser identificados como estressores, uma vez que exigem do acadêmico um repertório
comportamental para se organizar e conseguir enfrentar as diferentes demandas. Sendo
assim, em indivíduos mal adaptados, podem contribuir no surgimento ou na exacerbação
de agravos psicológicos, com ênfase para os transtornos de ansiedade e depressão.
Objetivo: Relacionar os fatores estressores com a ocorrência de ansiedade e/ou depressão
nos acadêmicos de medicina. Metodologia: Essa pesquisa foi realizada através de uma
revisão bibliográfica narrativa, a busca na literatura foi realizada nas seguintes bases de
dados: Portal Regional da BVS e National Library of Medicine (PubMed), sendo
selecionados artigos dos anos de 2021 a 2023. Resultados: A prevalência de ansiedade
nos acadêmicos de medicina é de 57,9%, com maior acometimento do sexo feminino, e
de depressão, 34,3%, sendo esses dados relacionados com fatores estressores,
especialmente estudantes que dormem menos que 08 horas diárias e aqueles que não
possuem uma rede de apoio eficiente. Observa-se, também, que grande parte dos
estudantes apresentaram incapacidade de relaxar, irritabilidade e isolamento durante seu
percurso estudantil, principalmente por conta das grandes exigências sociais e
acadêmicas. Conclusão: A prevalência de sintomas ansiosos e depressivos nos estudantes
de medicina associados à estressores é expressiva, tendo como fatores principais o hábito
de dormir menos que 08 horas diárias, falta de rede de apoio e falta de autocuidado. Desse
modo, nota-se a importância de se observar com atenção a saúde mental dos estudantes
no processo de formação profissional e o incentivo à assistência psicológica.
Palavras-Chave: Ansiedade, depressão, medicina.
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DEPRESSÃO PÓS-PARTO: DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO
Maria Clara Viana Neves, Fernanda Lima Lopes, Layla Jaber Hachem,
Maria Fernanda Alves Santos, Thales de Almeida Pinheiro
Introdução: A depressão pós-parto é um transtorno de saúde mental que a mãe adquire
durante a gestação ou após o parto, apresentando sintomas como desesperança e tristeza
que afetam o seu estado geral e impactam diretamente no vínculo mãe-filho. Objetivo:
Analisar os métodos de rastreio, diagnóstico e tratamento da depressão pós-parto.
Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, onde foram selecionados 42
artigos pelo título do trabalho disponíveis na base de dados PubMed e Scielo, publicados
no período de 2008-2023. Desses, 21 foram selecionados após leitura do resumo e 15
incluídos no trabalho final após a leitura completa dos artigos. Foram utilizados como
descritores na pesquisa: “depressão pós-parto”, “diagnóstico”, “tratamento”. Resultados:
A depressão pós-parto utiliza a Escala de Edimburgo como forma de rastreamento. Ela
pode ser aplicada nas mães durante a gestação e puerpério, visando identificar sinais e
sintomas característicos do processo da depressão pós-parto. A partir de 12 pontos na
escala, indicação de acompanhamento e conduta especializada para finalização do
diagnóstico. Os tratamentos precoces não farmacológico e farmacológico impactam
significativamente na melhora do estado geral da mulher, sendo a associação entre os
métodos uma forma mais eficaz de tratamento. Dentre as medidas não farmacológicas a
principal é a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), mas podem ser utilizadas outras
terapias individuais ou em grupo, conforme a necessidade da paciente. Ademais, no
tratamento farmacológico as medicações mais utilizadas são a Sertralina e a Paroxetina,
inibidores seletivos da recaptação de serotonina, que oferecem menos efeitos colaterais e
maior tolerabilidade pelas puérperas. Além disso, outras opções podem ser utilizadas,
como a Venlafaxina e o Citalopram, avaliando-se os riscos e benefícios em relação à
mãe e ao lactente, uma vez que, algumas drogas podem causar alterações cognitivas e
comportamentais, sendo recomendando, se necessário, a interrupção da amamentação
para dar seguimento ao tratamento depressivo. Conclusão: Conclui-se que o rastreio e
diagnóstico da depressão pós-parto é relevante e contribui para evitar desfechos negativos
no binômio mãe e filho. O transtorno pode ser tratado de forma não farmacológica,
farmacológica ou em associação, devendo ser estipulado de forma individualizada e
baseada no risco-benefício.
Palavras-Chave: Depressão pós-parto. Diagnóstico. Tratamento.
EXPERIÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA EM UM AMBULATÓRIO
DE NEUROCIRURGIA CONVENIADO AO SUS
Matheus Martinho de Araujo Carvalho, Vitória Molinari Marinho,
César Felipe Gusmão Santiago, Marcelo Perim Baldo
Introdução: Atividades extracurriculares são importantes para a formação acadêmica e
humana dos alunos, sobretudo no curso de medicina, pois permite desde o conhecimento
e discussão de casos clínicos até observações a respeito do funcionamento das
instituições de saúde. O Sistema Único de Saúde (SUS) abrange desde o simples
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atendimento na atenção primaria, até cirurgias, o que garante o acesso integral, universal
e gratuito para toda a população do país. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos
de medicina em um ambulatório de neurocirurgia conveniado ao SUS. Metodologia:
Estudantes de medicina acompanharam o ambulatório de neurocirurgia em um hospital
conveniado ao SUS em duas datas diferentes. Foram atendidos pacientes oriundos de
muitas cidades e que se deslocaram por uma grande distância para a consulta
especializada. Discutiram-se casos clínicos em sua maioria de pacientes idosos, com
tumores ou sequelas de Acidente Vascular Cerebral. Resultados: Observou-se que, com
os recursos disponíveis, os profissionais que atendem por esse sistema prestam um serviço
de qualidade à comunidade. Quanto aos pacientes atendidos, a maioria eram idosos, e,
por esperarem meses ou anos para receberem agendamento de consultas e de exames,
como ressonâncias magnéticas e tomografias computadorizadas, se tornaram inelegíveis
para o tratamento cirúrgico. A demora no agendamento dos exames e procedimentos pode
afetar o prognóstico de alguns pacientes, pois o período de suspeita clínica até a
confirmação diagnóstica, por meio das imagens, e o procedimento cirúrgico deve ser
breve, a fim de evitar a evolução da doença, sobretudo em alguns tumores cerebrais.
Conclusão: A experiência possibilitou a discussão de casos clínicos complexos,
enriqueceu o conhecimento técnico dos estudantes sobre o funcionamento do SUS e
permitiu inferir que o congestionamento na fila desse sistema pode prejudicar os
pacientes. Sugere-se o investimento na contração de mais profissionais e a compra de
aparelhos de imagem, melhorando, assim, a infraestrutura dos hospitais públicos.
Palavras-Chave: Ambulatório Hospitalar, Saúde do Idoso, Sistema Único de Saúde.
ÓBITOS POR LESÃO AUTOPROVOCADA NO BRASIL: ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS
Ana Júlia Ornelas Franca, Erasmo Carlos Oliveira Ribeiro, Livia Carvalho Murta
Botelho, Maria Clara Barbosa Lopes, Laura Santos Nunes,
Michelly Pereira Montenegro, Mariane Silveira Barbosa
Introdução: Suicídio é o ato humano de provocar a própria morte, de maneira consciente.
De acordo com a literatura, a maior parte dos suicídios têm associação a um transtorno
mental. No Brasil, o número de autoextermínios têm aumentado progressivamente,
revelando-se um grave problema de saúde pública. Objetivo: Avaliar os aspectos
epidemiológicos dos óbitos por lesões autoprovocadas em pessoas com idades entre 15 e
59 anos em todo o Brasil. Metodologia: Trata-se de um estudo transversal e descritivo,
realizado mediante coleta de dados no Sistema de Informações Hospitalares do SUS
(SIH/SUS vinculado ao DATASUS), segundo as variáveis de óbitos, sexo e estados
brasileiros. Os óbitos investigados foram aqueles decorrentes de lesões autoprovocadas
de janeiro de 2018 a julho de 2023 em pessoas entre 15 e 59 anos. Ademais, foi realizada
uma pesquisa na base de dados BVS, aplicando os descritores “Suicídio”, “Brasil” e
“Revisão” unidos pelo operador booleano AND, publicados nos últimos cinco anos em
português e em inglês. Excluíram-se artigos duplicados e aqueles que não abordavam a
epidemiologia de suicídios. Inicialmente foram encontrados 28 artigos, selecionou-se sete
de acordo com os critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Foram notificados 1716
óbitos devido a lesões autoprovocadas, sendo 63,51% homens e as idades entre 30 e 39
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anos foram as mais afetadas com 25,99% do total. O maior número de óbitos foi no estado
de São Paulo, com 738 mortes nos últimos cinco anos. Percebe-se que houve aumento do
quantitativo de suicídios, sendo que a região sudeste foi a mais afetada chegando a 247
mortes no ano de 2022, coincidindo com o aumento no número de diagnósticos de
transtornos mentais. Conclusão: Diante dos dados apresentados, o número de suicídio no
Brasil cresce progressivamente, sendo um grave problema de saúde pública. Logo, são
necessárias políticas públicas e práticas educativas em escolas, universidades e Unidades
Básicas de Saúde da Família que orientem a população brasileira acerca da importância
da prevenção ao suicídio, de acordo com a necessidade de cada região, a fim de melhorar
essa realidade.
Palavras-Chave: Conscientização sobre Suicídio. Saúde Mental. Suicídio.
CUIDADOS PALIATIVOS: UMA ABORDAGEM DOS DIREITOS HUMANOS
DOS PACIENTES
Bruno Silveira Giordani, Nayara Barbosa Antunes Figueiredo, Bernardo Augusto
Rafael Silveira, Leônidas Henrique Tolentino Miranda, Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: A Declaração Universal dos Direitos Humanos (DHDH), reconhece os
cuidados paliativos como um direito humano fundamental. Essa abordagem oferece
assistência singular e humanizada, com intuito de considerar a dignidade da pessoa
humana perante a proximidade da morte para além da dimensão físico-biológica.
Objetivo: Nessa perspectiva o objetivo do trabalho é analisar a aplicabilidade das
disposições da DHDH como instrumento para promoção da qualidade de vida dos
pacientes em cuidados paliativos. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica e
documental com abordagem qualitativa, de natureza básica, caráter descritivo e objetivo
de cunho exploratório. Foram selecionados estudos publicados em bases de dados
PubMed, Scielo e nos documentos referentes os cuidados paliativos da Organização
Mundial de Saúde (OMS). Os critérios de inclusão contemplaram artigos completos
publicados nos anos de 2019 a 2023, em português que se enquadrassem ao objetivo.
Foram excluídos trabalhos duplicados e não pertinentes ao tema. Foram selecionados 10
artigos e lidos integralmente. Resultados: Com o desenvolvimento do trabalho, e diante
da necessidade de tratamentos para doenças em fases terminais observou-se que houve o
remodelamento nos cuidados em saúde, implementado os cuidados paliativos para prestar
uma assistência diferenciada ao paciente em fase terminal da vida, que deve ter o direito
de determinar quais tratamentos deseja receber. Inferiu-se que as novas abordagens se
baseiam no princípio do respeito à sua autonomia, o que, nessas circunstâncias, também
se traduz em preservar a dignidade humana do paciente. Conclusão: Do exposto,
concluiu-se que os direitos humanos e os objetivos dos cuidados paliativos se entrelaçam
para proporcionar o respeito e à qualidade de vida dos pacientes em fase terminal. Assim,
é crucial proporcionar essa abordagem para evitar práticas de tratamentos desnecessárias,
mecanizadas e desumanas.
Palavras-Chave: Cuidados Paliativos, Direitos dos Pacientes, Qualidade de Vida,
Direitos Humanos.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS NOTIFICADOS DE SÍFILIS EM
GESTANTES EM MINAS GERAIS, DE 2019 A 2021
Valéria Araújo Prates Nunes, Marcos Daniel Gomes Oliveira,
Vanessa Teixeira Duque de Oliveira
Introdução: A sífilis durante a gravidez é um grave problema de saúde pública por ser
causa importante de morbidade e mortalidade perinatal. O fator determinante da
diminuição dos casos de sífilis na gestação é a assistência pré-natal de qualidade, em
que a doença pode ser facilmente controlada através de testes diagnósticos e tratamento
eficaz. Objetivo: Este estudo objetivou avaliar o perfil das notificações por sífilis em
gestantes em Minas Gerais, no período de 2019 a 2021. Metodologia: Trata-se de um
estudo quantitativo e retrospectivo sobre o perfil epidemiológico dos casos notificados
com sífilis em gestantes em Minas Gerais entre 2019 a 2021. Os dados foram obtidos no
Sistema de Informação de Agravos de Notificação, a partir do Departamento de
Informática do Sistema Único de Saúde e categorizados quanto ao número de casos, ano
de diagnóstico, faixa etária, macrorregião notificada e classificação clínica. Resultados:
Foram advertidos 11.382 casos de sífilis na gestação em Minas Gerais, entre 2019 e
2021. Nesse período, esse número variou de 4.837 para 2.076, com média de 3.794
casos anuais, totalizando uma redução de 57,1% no número absoluto de notificações. A
faixa etária com maior prevalência de infecção foi de 29-39 anos, constituindo-se de
74,5%, 74,7% e 79% dos casos, em 2019, 2020 e 2021, consecutivamente. Nesses três
anos de estudo, principalmente, em virtude da cidade de Belo Horizonte, a macrorregião
Central deteve o maior número de casos da infecção diagnosticada na gravidez, apesar de
reduzir em 56,3% sua incidência de 2019 para 2021, visto passar de 1.750 casos no
primeiro ano para 765 casos no último. Houve um predomínio de diagnóstico de sífilis
latente no pré-natal em 2019 e 2020 com prevalência de 32,1% e 39,6%, passando a
predominar a forma primária no ano de 2021, com 32,8%. Conclusão: Percebeu-se que
a sífilis na gestação teve um comportamento decrescente ao longo dos anos entre 2019 e
2021 em Minas Gerais, predominando na região central do estado, com um perfil de
pacientes entre 29 e 39 anos e com classificação clínica de sífilis latente. A promoção de
políticas públicas voltadas para conscientização da população quanto ao risco de
transmissão de doenças sexuais, como a sífilis, contribuiu para a melhora do perfil
epidemiológico da doença no estado. Assim, a análise dessa condição deve ser
constantemente atualizada, mediante a dimensão do assunto e para reduzir as
complicações da sífilis no binômio materno-fetal.
Palavras-Chave: Sífilis, Cuidado Pré-natal, Sífilis Congênita.
A IMUNOTERAPIA COMO MECANISMO DE TRATAMENTO NO CÂNCER
RENAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Marina Marques Maia, Mariana Marques Maia, Marcela Alina Jereissati de Castro,
Maria Luisa Brandão Cunha, Isabela Perini Teixeira, Roberto Brígido Ary
Introdução: O câncer renal é uma neoplasia maligna associada a vários microambientes
tumorais. Desse modo, a cirurgia é a forma mais comum de tratar essa doença, contudo,
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a imunoterapia contra o carcinoma de células renais está em ascensão, dado que, quando
utilizada, sobretudo, uma melhora no prognóstico dessa neoplasia. Objetivos: Este
trabalho visa entender o uso da imunoterapia no tratamento de tumores renais e analisar,
dentro dos 10 textos escolhidos, a sua eficácia. Metodologia: Realizou-se um estudo,
por meio de uma pesquisa na plataforma PubMed23, com os descritores "renal tumor",
"treatment" e "immunotherapy". Filtrando trabalhos publicados entre 2021 e 2023 e
obteve-se um total de 312 resultados. Após a avaliação, foram selecionados 25 textos, os
quais foram analisados pelos autores, e escolhidos?10?para compor esta obra.
Resultados: Esta revisão científica destaca a evolução do tratamento de câncer renal, com
ênfase nas terapias combinadas à base de medicamentos imuno-oncológicos (IO) e de
inibidores da tirosina quinase (TKI). As combinações IO/TKI, como nivolumabe mais
cabozantinibe e pembrolizumabe mais lenvatinibe, demonstram resultados que, prologam
a sobrevida. Além disso, estudos sobre a assinatura de cuproptose mostram sua utilidade
na previsão da infiltração de células imunes no microambiente tumoral e no prognóstico
de resposta aos inibidores de pontos de verificação imunológicos (ICIs). A ativação de
processos imunológicos e de maior infiltração de células imunes são observadas em
pacientes com escores mais altos de assinatura de cuproptose. Estratégias de combinação
com ICIs têm apresentado eficácia em muitas linhas de tratamento, como monoterapia e
em combinação com outras drogas, melhorando os resultados oncológicos. Essas
descobertas ressaltam a importância de estratégias terapêuticas que explorem acordos
entre o sistema imunológico e a resposta ao tratamento, abrindo caminho para avanços
importantes no tratamento do câncer renal. Conclusão: Com a análise feita, infere-se que
a imunoterapia no tratamento do câncer renal tem melhores resultados. Ademais, as
assinaturas de cuproptose demonstraram utilidade no prognóstico de respostas aos
inibidores de pontos de verificação oncológicos (ICI’s), os quais foram benéficos em
várias linhas de terapias. Assim, é notória a maior eficácia dos novos tratamentos
comparados aos convencionais, fato descrito pela maioria dos estudos.
Palavras-chave: Câncer Renal. Imunoterapia. Tratamento.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES ATENDIDOS NA
PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV EM UMA UNIDADE DE ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE
Marina Marques Maia, Mariana Marques Maia, Marcela Alina Jereissati de Castro,
Andre Bomfim, Júlia Maria Souto Mourão Silva, Thais Affonso de Barros Ferreira
Introdução: a Profilaxia Pré-Exposição ao HIV (PrEP) é um método de prevenção à
infecção pelo HIV. A PrEP consiste na tomada diária de um comprimido que impede que
o vírus causador da Síndrome da Imunodeficiência Humana(AIDS) infecte o organismo,
antes do contato com o vírus. A utilização da PrEP reduz o risco de infecção por HIV em
74% no caso de uso de drogas injetáveis, e de 99% pela via sexual. Objetivos: analisar e
descrever os principais aspectos e perfis dos usuários da PrEP. Metodologia: o estudo foi
desenvolvido na Unidade de Atenção Primária à Saúde Mattos Dourado, na Av.
Desembargador Floriano Benevides, número 391. O referido trabalho trata de um estudo
quantitativo descritivo, de modalidade retrospectiva, exibindo população, fatos e
fenômenos característicos de uma determinada realidade (Gil, 2006) que utiliza como
fonte de informações as bases de dados de indivíduos usuários da PREP atendidos na
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UAPS. Resultados: a amostragem foi de 110 pacientes com idades mais prevalentes, 26
e 35 anos com 5,45% em ambos. A faixa de escolaridade mais prevalente foi igual ou
maior de 12 anos, com 104 (94,5%) dos usuários. Além disso, observa-se que, em relação
à orientação sexual, 89 (89,9%) consideram-se homossexuais, gay ou lésbica, sendo o
menor percentual de usuários da PREP travesti, apenas 1%. Em relação à identidade de
gênero,105 (95,45%) consideram-se homem cis, mulher cis 3 (2,72%) e mulher trans 2
(1,83%). Conforme o cadastro, 8,18% dos usuários adscritos residem no bairro Edson
Queiroz e 6,3% no bairro Aldeota. Conclusão: a Unidade de Atenção Primária à Saúde
Mattos Dourado conseguiu estabelecer, por meio das análises realizadas, um perfil
epidemiológico dos usuários da PrEP da região, conseguindo resultados que demonstram
a orientação sexual, a identidade de gênero, a escolaridade e a idade, que prevalecem no
uso da profilaxia pré-exposição ao HIV. Ademais, a nossa conclusão, além da análise, é
que, com esses dados, foi possível identificar particularidades da nossa população
atingida, facilitando a identificação de possíveis demandas e fragilidades, o que serve
como ponto de partida para diversas intervenções em saúde. Com isso, este estudo
alcançou seu objetivo analisando os dados propostos.
Palavras-Chave: Perfil epidemiológico, PrEP, UAPS.
AUTOESTIMA EM GESTANTES: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Taina Reis Martins, Valéria Araújo Prates Nunes, Mariana Mundim, Arlem Leonardo
Oliveira Filho, Marcos Daniel Gomes Oliveira, Cecilia Veloso Carneiro,
Lucineia de Pinho
Introdução: A autoestima é composta por uma autoavaliação, na qual o indivíduo se
baseia em pontos de pequena ou grande relevância, em uma análise de si próprio. O
período gestacional, por sua vez, representa um estado de contínuas alterações físicas e
emocionais. Associado a fatores externos como, por exemplo, renda, escolaridade e
circunstâncias específicas da própria gestação, a gestante pode ser colocada frente à
questionamentos acerca de seu valor que contribuem para o prejuízo dessa autoavaliação.
Objetivo: Este estudo objetivou descrever as evidências científicas sobre a percepção de
autoestima e os fatores associados entre as gestantes. Metodologia: Trata-se de uma
revisão da literatura, que visa agrupar e resumir as informações sobre determinado tema.
A coleta de dados ocorreu entre os meses de março e abril de 2023, por meio dos sites
Scientific Electronic Library Online (SciELO), Web of Science e National Library of
Medicine (PubMed/Medline), Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Google Acadêmico e
Ministério da Saúde. Foram adotados para seleção dos artigos os seguintes critérios de
inclusão: textos completos, publicados no idioma português nos últimos cinco anos.
Utilizou-se os seguintes descritores: “Período gestacional”, “Autoestima” e
“Autopercepção” Resultados: Diversos estudos acerca da temática foram encontrados
durante as pesquisas, sendo utilizados 16 artigos que cumpriram com os critérios de
inclusão. A maioria (7) foram publicações do ano de 2021, prosseguidos de 2018 e 2019,
respectivamente com 4 e 3 artigos. Em 2022 e 2023 foi usado apenas um estudo por ano.
Faz-se de alta relevância a análise e divulgação de resultados acerca do tema,
reconhecendo que as mudanças físicas e hormonais que ocorrem durante a gravidez,
aliado a outros fatores, podem afetar significativamente a autoestima das mulheres.
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Relaciona-se tais alterações da percepção de si nas gestantes a diversas situações que
revelam a necessidade de discutir melhorias nesse quesito, sendo essencial adotar uma
abordagem holística e fundamental promover um ambiente de apoio e compreensão em
casa, juntamente dos familiares, pessoas próximas e na comunidade, com a participação
e intervenção dos profissionais da saúde. Conclusão: A promoção da autoestima é
importante para uma gestação saudável e para um pleno desenvolvimento fetal. Logo,
essa condição em gestantes deve ser constantemente estudada, mediante a dimensão do
assunto e a notoriedade dele para a evolução da medicina
Palavras-Chave: Autoestima. Gestantes. Saúde da mulher.
PERCEPÇÃO DE IDOSOS EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA
SOBRE A PÓS-PANDEMIA DA COVID-19
Ana Vitória Caldeira Versiani, Anamaria de Souza Cardoso,
Ellen Karinne Batista Cordeiro
Introdução: Na pandemia de COVID-19, abalados pela falta de socialização, os idosos
sofreram grandes impactos, e teve-se ainda o agravante da institucionalização, que os
limitou ainda mais. Objetivo: Buscou-se analisar a percepção de idosos em Instituições
de Longa Permanência (ILPI) sobre a pós-pandemia da COVID-19, em Montes Claros-
MG. Metodologia: Trata-se de pesquisa de campo, exploratória e qualitativa. Os
participantes, de ambos os sexos, com sessenta anos ou mais, viviam na instituição
durante a pandemia. A coleta, que ocorreu após assinatura de autorização dos idosos e
da diretoria da ILPI (parecer de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa 6.101.333)
foi realizada presencialmente, na ILPI, com roteiro contendo quatro perguntas abertas
sobre a percepção dos idosos da reabertura social pós-pandemia. A análise dos dados
gravados e transcritos foi pelo método de Bardin, com categorização. Resultados: Foram
entrevistados sete idosos residentes da ILPI, e para a confidencialidade de suas
identidades, foram nomeados com as sete maravilhas do mundo, considerando o tema
da pesquisa. Os relatos foram agrupados em cinco categorias: contato social, reconexão
social, lembrança perdida no tempo, acesso à informação e emoções despertadas pela
reabertura. Sobre as “emoções despertadas” o idoso Chichén Itzá relatou que: “Quando
liberou eu senti bem, sempre as pessoas vinham e me cumprimentavam, pegava na mão,
às vezes eu ficava com aquela cisma, mas graças a Deus não aconteceu nada”, e o idoso
Coliseu respondeu: “Quando eu vi falar que acabou, eu senti alegria, né, porque ela tava
matando, tava acabando com o pessoal”. Sobre o “acesso à informação”, Coliseu disse:
“Olha, notícia ruim não é comigo não. Não é comigo não, se for notícia boa, tudo bem,
mas coisa ruim, Ave Maria”. Quanto à “lembrança perdida no tempo” Taj Mahal relatou:
“Eu sei que acabou, mas eu não lembro”. Conclusão: A pesquisa trouxe a percepção da
pós-pandemia nos residentes da ILPI, evidenciando nos relatos alívio com o fim da
pandemia e como o afastamento social afetou essa população. Mesmo com a limitação
do tempo, com lembranças e percepções perdidas, o estudo faz-se relevante, pois seus
resultados podem despertar nos profissionais da área geriátrica um cuidado especial no
contexto pós-pandêmico, e incentivar mais estudos sobre a reinserção social dessa
população.
Palavras-Chave: Envelhecimento. Percepção. Pós-COVID-19. Saúde do idoso
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institucionalizado.
PAPEL DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA
OBSTÉTRICA EM MATERNIDADES PÚBLICAS NO BRASIL.
Maria Gabriela Gonzaga Gomes, Marco Aurélio Silva Cardoso, José Felix Figueirêdo,
Maria das Mercês Borém Correa Machado
Introdução: A violência obstétrica abrange qualquer atitude verbal, física ou sexual que
seja desrespeitosa à mulher durante sua gestação, parto e pós parto. Estende-se à prática
de intervenções e procedimentos não indicados, dispensáveis ou não autorizados pela
gestante principalmente no momento do parto. Estas ações desumanas são instituídas em
um período de grande vulnerabilidade feminina, podendo ocasionar traumas físicos e
psicológicos. Os profissionais de saúde desempenham papel fundamental na prevenção
à violência obstétrica considerando que também são autores desta violência. Diante disso,
deve-se estabelecer o comprometimento em erradicar e denunciar práticas deste cunho
contra as mulheres. Objetivo: Este estudo objetivou descrever o papel dos profissionais
de saúde diante da violência obstétrica em maternidades públicas no Brasil.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática realizada por meio de dados a partir
de artigos científicos obtidos nas bases PUBMED, SCIELO e LILACS, utilizando como
descritores: assistência médica, maternidades, violência obstétrica, no período de 2019-
2023. A estratégia de busca eletrônica resultou em 27 publicações, dos quais 8 foram
selecionados para leitura completa. Resultados: Os resultados apontaram que a
prevenção da violência obstétrica depende da cooperação e atenção de todos os membros
da equipe de saúde que mantém contato direto com gestantes e puérperas nos hospitais
públicos do Brasil. Contudo, estudos enfatizam a falta de capacitação e o
desconhecimento dos profissionais de saúde acerca das inúmeras apresentações da
violência obstétrica enquanto cresce as denúncias sobre sofrimento, abusos e negligência
em maternidades. Conclusão: Destacar o papel dos profissionais de saúde no combate à
violência obstétrica é essencial para assegurar a autonomia feminina e seus diretos nas
maternidades públicas do país. Dessa forma, é crucial a identificação da violência
obstétrica com a capacitação e instrução desses profissionais para que tenham
discernimento sobre as ações a serem adotadas diante deste crime. Isso contribuirá para
criar maternidades públicas mais acolhedoras e seguras, promovendo o bem-estar e o
atendimento humanizado nesse momento íntimo e de grande vulnerabilidade materna.
Palavras-Chave: Assistência médica, maternidades, violência obstétrica.
TARV E SIRI: UM CASO RARO DE LEISHMANIOSE VISCERAL EM
PACIENTE COM HIV
Renato Alexsander Martins Lara, Luiza Brito Dutra, Laura Mendes Vilaça, Giulia
Pacheco Souza, Marina Bailo, Pedro Henrique Fleury Da Silva,
Luciano Freitas Fernandes
Introdução: A Síndrome Inflamatória da Reconstituição Imune (SIRI) é caracterizada
pelo aumento de células CD4 após o início da terapia antiretroviral (TARV) com piora
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clínica relacionada a infecções latentes ou em tratamento em paciente HIV positivo,
considerado o individuo infectado pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) que
ocasiona em enfraquecimento do sistema imune. Apesar da alta prevalência de
Leishmaniose no Brasil, é atípico a apresentação da forma visceral em portadores do HIV
no contexto da SIRI. Objetivo: Relatar caso de paciente diagnosticado com HIV que
apresentou SIRI relacionado a Leishmaniose Visceral (LV). Metodologia: Estudo
descritivo, com base na análise clínica de prontuários de um paciente portador de
HIV/AIDS, bem como sua evolução da patologia e da LV. Resultados: Paciente
masculino, 33 anos, procedente do Maranhão, em investigação de perda ponderal e febre
04 meses, com diagnóstico de pericardite em primeira consulta, sendo encaminhado
para tratamento hospitalar. Após realização de exames laboratoriais, diagnostica-se HIV,
em 2017, com CV 84.815 e CD4 47. Logo, inicia TARV com uso de Dolutegravir 50 mg
+ Tenofovir 300 mg + Lamivudina 300 mg, bem como tratamento de infecção oportunista
com Sulfametoxazol-Trimetroprima (400/80 mg) 02 comprimidos/dia. Contudo, após 06
semanas de iniciar a TARV, paciente evolui com esplenomegalia, lesão ulcerada em
cavidade oral e febre, sendo internado para investigação, que conclui o diagnóstico de
LV, iniciando esquema terapêutico com Anfotericina B complexo lipídico, 02 ampolas
semanais por 05 semanas. Na ocasião, os exames demonstraram CD4 82 células/mm,
concluindo-se a ocorrência de LV em contexto de SIRI. Manteve uso da TARV,
completando o tratamento da LV, com boa evolução. Conclusão: Este caso atípico
demonstra a ocorrência da SIRI em um paciente com HIV relacionada à Leishmaniose
Visceral enfatizando a importância do acompanhamento clínico regular após início da
TARV a fim de identificar e tratar as infecções oportunistas, preservando a saúde do
paciente.
Palavras-Chave: HIV, Leishmaniose Visceral, Síndrome Inflamatória da Reconstituição
Imune, Terapia Antirretroviral.
A SAÚDE MENTAL: UMA ANÁLISE DA EUTANÁSIA SOB UMA
PERSPECTIVA COMPARADA
Maria Clara Silveira Santana, Blenda Boaventura Cruz, Guilherme Mendes Amorim,
Maria Tereza Eleutério Murta, Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: A eutanásia é uma morte artificial, de maneira intencional, com o fito de
proporcionar alívio do sofrimento causado por uma doença incurável ou que causa grande
agonia ao paciente. Diante disso, há diferenças na perspectiva moral e legal da eutanásia,
no Brasil e na Holanda, visto que existem pré-requisitos divergentes para ocorrência dessa
morte rápida, principalmente, para enfermos mentais. Objetivo: Comparar a
jurisprudência brasileira com a jurisprudência holandesa, em caso de sofrimento
psiquiátrico. Metodologia: Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa, realizada
a partir da busca de artigos na base de dados Scientific Eletrononic Library Online
(SCIELO) e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram utilizados os descritores
eutanásia e direito, sendo o operador booleano “and”. Para a análise, considerou-se 7
artigos entre o período de 2015 e 2023. Resultados: As principais diferenças entre os dois
países é o fator da Holanda ser reconhecida por ser um dos primeiros países a legalizar a
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eutanásia em circunstâncias específicas, desde que certos critérios sejam atendidos. Entre
eles incluem a necessidade de que o sofrimento seja insuportável e sem perspectivas de
melhora, incluindo também o sofrimento psicológico. Nessa condição de agonia mental,
a eutanásia é realizada somente após avaliação por médicos e pelo cumprimento dos
requisitos legais. Por outro lado, no Brasil, a eutanásia é ilegal em todas as situações,
independente da razão, devido às diretrizes estabelecidas pelo Conselho Federal de
Medicina (CFM) que proíbem a prática da eutanásia, seja qual for a causa. Conclusão:
Portanto, existem diferenças entre a abordagem jurídica da Holanda e do Brasil em
relação à eutanásia e ao sofrimento psíquico do indivíduo sobre a prática legislativa. A
Holanda a considera como uma forma de proteção individual para o indivíduo com
condições mentais graves e irreversíveis, estabelecendo requisitos e procedimentos
específicos para sua realização dentro dos limites legais. no Brasil, não uma
legislação específica para essa regulamentação, de forma que a prática pode ser
interpretada e enquadrada como auxílio ao suicídio, homicídio ou mesma omissão de
socorro, independente da condição psíquica do indivíduo que a deseja.
Palavras-Chave: Eutanásia. Jurisprudência. Saúde Mental.
O IMPACTO DO CUIDADO FAMILIAR NA SAÚDE DO IDOSO: RELATO DE
CASO
Maria Clara Silveira Santana, Euler de Almeida Ribeiro, Kênia Souto Moreira,
Viviane Maia Santos
Introdução: A saúde da pessoa idosa compreende a manutenção da qualidade de vida,
com ênfase no envelhecimento ativo e longevidade. Entretanto, esse público está
suscetível às doenças que afetam seu bem-estar. A exemplo disso, o Acidente Vascular
Cerebral Isquêmico (AVCI) tem uma incidência maior na terceira idade, visto que fatores
alimentares e físicos influenciam diretamente nessa condição. Logo, considerando as
sequelas resultantes do AVCI para os pacientes sobreviventes, é indiscutível a
importância da família no acompanhamento desses, uma vez que a incapacidade
locomotora e o psicológico afetado são árduos desafios. Objetivo: Analisar a importância
do zelo familiar no cuidado do idoso com AVCI. Metodologia: Trata-se de um relato de
caso, considerando a análise retrospectiva qualitativa do paciente. Resultados: Paciente
masculino, 83 anos, apresenta bronquite asmática, hipersensibilidade, sem diabetes e sem
pressão alta. Trabalhador de uma empresa, onde teve contato com poeira e um de seus
pulmões atrofiados. Foi vítima de AVCI com 70 anos e ficou em semicoma por sete dias.
Vale ressaltar que teve sequelas em seus membros superiores e inferiores do lado
esquerdo, bem como apresentava marcha hemiplégica. Está acamado seis anos, sem
melhorias na sua imobilidade, mas sempre teve o cuidado de sua esposa e de sua família.
Conclusão: É indiscutível que, mesmo com doenças respiratórias e o AVCI, o amparo da
família e de amigos, sobretudo, de sua esposa, tem influenciado no seu tempo de vida, uma
vez que a taxa de longevidade de pacientes com AVCI é baixa. Posto isso, a dificuldade
para dar banho, para vestir roupas e para alimentar o idoso acamado são significativas e
desafiadoras para a rede de apoio, todavia, o simples gesto de acolhimento e carinho
impactam diretamente no psicológico dele. Portanto, é de suma relevância o amor no
cuidado integral do idoso, visto que ele não teve escolha de ficar acamado.
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Palavras-Chave: Saúde do idoso. Acidente Vascular Cerebral Isquêmico. Estrutura
familiar.
SÍNDROME DE EDWARDS: LUTA PELA COMPATIBILIDADE À VIDA
Isabella Ribeiro Gomes, Maria Eduarda Neves Moreira, Maria Eduarda Borges
Rodrigues, Kênia Souto Moreira, Viviane Maia Santos
Introdução: A síndrome de Edwards é uma doença genética causada pela trissomia do
cromossomo 18- T18, que pode se expressar como completa, mosaicismo e translocação.
Geneticamente, a síndrome de Edwards é considerada um erro inato do metabolismo de
formação dos gametas, afetando a diferenciação de pares de cromossomos autossomos.
Trata-se de uma síndrome com elevada mortalidade intra-útero, em que pese a taxa de
5% de nativivos, o que ocasionou a classificação de aberração cromossômica
incompatível com a vida. O “selo de incompatibilidade” exprime famílias assustadas e
adoecidas por frustração, impotência e solidão. A Associação Síndrome do amor- ASDA,
criada com o objetivo de unir mães e famílias “atípicas” é composta por 1753 famílias
com crianças portadoras da T18 que buscam sensibilização e acolhimento da sociedade.
Objetivo: Analisar o papel prognóstico negativo da caracterização da Síndrome de
Edwards enquanto incompatível com a vida e a criação da ASDA como atenuante dos
impactos causados. Metodologia: Trata-se de um estudo baseado em uma revisão de
literatura narrativa, de caráter qualitativo. As informações foram obtidas do livro “Todos
os amores são perfeitos”, que possui relatos de 40 famílias e 11 profissionais da saúde
envolvidos na causa da T18 e artigos que abordam o assunto. Resultados: O livro “Todos
os Amores são Perfeitos” sintetiza as principais características e objetivos da ASDA,
relatando as dificuldades enfrentadas pelas famílias de crianças com T18 e os conflitos
nos vínculos medicina-família. A medicina atua a partir de protocolos e pesquisas
consolidados que confirmam a incompatibilidade á vida da T18, enquanto famílias lutam
para que crianças não sejam consideradas “erros genéticos” e tenham todo suporte e
aparato necessário para manutenção da qualidade de vida. A ASDA atua reduzindo
índices de depressão de familiares, separação parental e principalmente, abandono e
abortamento de crianças portadoras da síndrome. Conclusão: A taxa de nativivos e a
expectativa de vida em pacientes com síndrome de Edwards tem aumentado com o avanço
da medicina e da ciência, portanto, o termo “incompatibilidade à vida”, carregado de
estigmas, conceitos pré-estabelecidos e sobretudo, carga emocional negativa para a
família é o principal fator de prognóstico negativo. A causa “síndrome do amor” difunde
a idéia de que o amor é uma síndrome, uma vez que sintetiza um conjunto de sinais e
sintomas dedicados ao cuidado e à dignidade.
Palavras-Chave: Dignidade, Incompatível, Síndrome de Edwards.
COMPLICAÇÕES DA HIPERTENSÃO ARTERIAL PARA O
DESENVOLVIMENTO DE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA
Pedro Gabriel Gonzaga Durante, Ariane Maria Gonzaga Durante,
Henrique Castro Mendes
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Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) é uma condição crônica não
transmissível que afeta mais de 30% da população adulta global. É uma síndrome com
diversas causas para seu desenvolvimento, intimamente relacionada ao estilo de vida,
fatores genéticos e ambientais. É importante destacar que a HAS é a principal causa de
morte prematura em todo o mundo. Estudos revisados demonstraram que 90% dos casos
de insuficiência cardíaca têm histórico de hipertensão arterial. Portanto, o controle da
pressão arterial desempenha um papel significativo na redução da incidência de
insuficiência cardíaca congestiva. Objetivo: O objetivo deste estudo foi conduzir uma
revisão de literatura sobre as influências da hipertensão na patologia da insuficiência
cardíaca. Metodologia: Este é um trabalho de revisão narrativa da literatura, abrangendo
publicações científicas no período de 2018 a 2023. Resultados: Após analisar 12 artigos
publicados nos últimos 5 anos que investigaram a relação entre hipertensão arterial
sistêmica e o desenvolvimento da insuficiência cardíaca, foram escolhidos 6 artigos.
Dentro desse grupo, identificamos um estudo transversal, um estudo observacional, um
estudo experimental e três revisões integrativas. A partir dessa seleção, foram recolhidos
os objetivos, resultados e conclusões de cada estudo selecionado. Conclusão: Com isso,
fica claro que a relação entre insuficiência cardíaca e hipertensão está relacionada ao
comprometimento do miocárdio, o músculo cardíaco, que passa por um processo de
hipertrofia concêntrica, aumentando sua espessura e potencialmente levando a uma
cardiomegalia. Essa hipertrofia, resultante da hipertensão, desencadeia a insuficiência
cardíaca, uma vez que o coração fica incapaz de bombear eficazmente o sangue pelos
vasos, resultando em perfusão periférica, afetando membros mais distais, como mãos
e pés. Além disso, observou-se a influência da hiper-homocisteinemia, que resulta de
defeitos genéticos na codificação de enzimas ou da falta de vitaminas envolvidas no
metabolismo da homocisteína, na promoção da hipertrofia cardíaca na hipertensão, devido
ao alto risco de acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, o que, por sua
vez, contribui para o desenvolvimento da insuficiência cardíaca.
Palavras-Chave: Insuficiência cardíaca, Hipertensão, Cardiomegalia.
ANÁLISE ACERCA DA MORTALIDADE DO TÉTANO ACIDENTAL NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS
João Gabriel Aguiar Freitas, Arlem Leonardo Oliveira Filho,
Miguel Antonio Oliveira Santos, Luciano Freitas Fernandes
Introdução: O tétano é considerado uma doença infecciosa grave e não contagiosa
causada pela contaminação por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium tetani.
Esta toxina tem tropismo pelas células nervosas, causando sintomatologia relacionada à
hiperexcitabilidade do Sistema Nervoso Central (SNC). A mortalidade do tétano
acidental é uma preocupação significativa devido à letalidade da doença. No entanto, a
taxa de mortalidade pode ser drasticamente reduzida por meio da vacinação adequada e
do tratamento médico imediato em caso de ferimentos contaminados. Objetivo: O
objetivo do estudo é analisar a mortalidade do tétano acidental nos anos de 2013 a 2022
em Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, com
coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Informação de Agravos
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de Notificação (Sinan - Net), do Ministério da Saúde do Brasil. Foram pesquisados dados
epidemiológicos e de morbidade. Resultados: Foram notificados 238 casos de tétano
acidental no estado de Minas Gerais durante o período avaliado, o número variou de 9 a
30, com média de 23,8 casos anuais. Observou-se uma diminuição no número de
notificações da doença entre 2014 e 2022 (70%), com reduzido número de casos em 2022
(9). Sendo que do total desses casos, 59 (24,78%) evoluíram para óbito pelo agravo, com
predomínio nos anos de 2016 e 2018, que apresentaram 9 óbitos cada. No mais, cabe
acrescentar que 7 (2,94%) evoluíram para óbito por outra causa e 127 (53,36%) cursaram
com cura, sendo que 2016 apresentou a menor taxa de cura com apenas 36,36% dos casos.
Conclusão: O tétano acidental é uma doença de grande importância clínica, dado que
apresenta alta letalidade e ainda não foi erradicada no Brasil. No entanto, a partir dos
dados analisados, observa-se uma redução sistemática no número de casos e de mortes
entre os anos de 2013 e 2022 e isso está relacionado à efetividade e melhor aceitação da
vacina por parte da população e à capacitação profissional frente ao tratamento da doença
com o uso do soro antitetânico. Portanto, para que o país se encaminhe para a erradicação
da doença, faz-se necessário o investimento em ações que estimule a população a se
vacinar, atingindo sobretudo os grupos de maior exposição, com propagandas
evidenciando as vantagens desta forma de profilaxia, e na realização de mutirões em locais
públicos
Palavras-Chave: Acidente, Mortalidade, Tétano.
CIRURGIA ROBÓTICA: VANTAGENS E DESAFIOS DA TECNOLOGIA NA
PRÁTICA MÉDICA BRASILEIRA
Diego Cardoso Batista, Daniel Eduardo Oliveira Gomes, Mateus Rodrigues Amorim,
Kaio Henrique Marques Batista, Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: Esta revisão literária destaca os benefícios da cirurgia robótica,
testemunhada nas últimas décadas em um crescimento expressivo, observando a
plataforma robótica aplicada à cirurgia como uma promissora alternativa em relação aos
cuidados médicos. Tendo em vista a importância dos procedimentos robóticos presente
em múltiplas esferas da medicina sendo associados ainda a intervenções minimamente
invasivas, foram destacados pontos quanto à redução da invasibilidade, ao
aperfeiçoamento das técnicas cirúrgicas e aos desafios enfrentados. Objetivo: Analisar as
vantagens e os desafios da cirurgia robótica na prática médica brasileira. Metodologia:
Refere-se a uma revisão integrativa da literatura feita a partir das bases de informações
PubMed e SciELO. A busca detectou 116 publicações, entre as quais 15 foram
examinadas e compuseram o conjunto de estudos analisados. Os trabalhos escolhidos
foram efetuados com profissionais que tratavam da temática, e foram conduzidos com
abordagem quantitativa e qualitativa, sem limitação temporal e desenvolvidos no Brasil.
Resultados: Verificou-se que a utilização da tecnologia avançada permite uma maior
amplitude de movimento no procedimento cirúrgico, uma maior precisão em situações de
dissecção e descarte de possíveis tremores do cirurgião, que possibilitam a redução de
complicações e uma melhor e mais rápida recuperação do paciente. Entretanto, cirurgias
longas podem estar associadas a complicações de posicionamento, a alguns tipos de
lesões nervosas e, até mesmo, ao mau funcionamento da plataforma, sendo, portanto,
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fundamental a análise de diversos fatores para uma operação bem-sucedida. Além disso,
o artigo observa a necessidade de treinamento especializado e que ainda existem algumas
limitações como o alto custo associado ao uso dessa tecnologia na área médica cirúrgica.
Conclusão: Esse estudo permitiu o conhecimento sobre as vantagens e os desafios da
tecnologia na prática médica brasileira, oferecendo perspectivas positivas sobre a situação
atual do uso da tecnologia em cirurgias no Brasil, indicando a necessidade do
aperfeiçoamento das técnicas de trabalho e da promoção de inovações nessa área de
constante evolução.
Palavras-Chave: Tecnologia, Cirurgia Robótica, Procedimentos Cirúrgicos
Minimamente Invasivos.
SAÚDE BÁSICA E DOENÇAS CRÔNICAS: ANALÍSE DOS CASOS DE
DIABETES TIPO MELLITUS EM IDOSOS EM GUANAMBI/BA ENTRE OS
ANOS DE 2019 A 2023.
Felipe Teixeira Dias, Giovanna Lelis Ladeia Brito, José Guilherme Lacerda Lima,
Fernanda Ciríaco, Ana Luisa Carvalho Maciel
Introdução: A saúde é um dos pilares da qualidade de vida de uma população. Dentro
desse âmbito, doenças crônicas, como a diabetes mellitus, representam um desafio para
os sistemas de saúde no mundo, com maior incidência em idosos. A diabetes afeta
milhões de pessoas e impacta no bem-estar dos afetados, esta situação é ainda mais
preocupante no Brasil, onde o envelhecimento está ocorrendo e diminuindo o tempo de
vida da população idosa. Objetivo: Analisar os casos de diabetes tipo mellitus em
idosos e seus impactos em Guanambi-BA entre os anos de 2019 a 2023. Metodologia:
Trata-se de um tipo de pesquisa indireta que utiliza dados secundários da plataforma E-
sus da cidade estudada, análise de dados nos sistemas das UBS e referências bibliográficas
retiradas das plataformas: PubMed e Scielo. É um estudo dedutivo que parte da
perspectiva geral da diabetes mellitus como uma doença crônica que afeta a saúde da
população, principalmente idosa, para analisar os casos de diabetes no munícipio. O
estudo utiliza dados e indicadores para avaliar a situação da diabetes na região.
Resultados: Nos resultados da pesquisa o aumento de diabetes em idosos na cidade, em
áreas onde as condições socioeconômicas apresentam índice elevado, os casos são
menores, isso se deve a maiores níveis de informação e adesão acerca do processo saúde-
doença e cuidados de prevenção e promoção à saúde. Sob esse viés, possui-se maior
atenção mediante aos cuidados dispostos no contexto do território. Os relatórios
fornecidos da cidade relatam que no ano de 2019 tinham-se cerca de 45.211 cidadãos
ativos no sistema das Unidades de saúde e cerca de 990 idosos diagnosticadas com a
condição. no ano de 2020, esse número subiu para 67.995 cidadãos ativos e cerca de
1.600 idosos com tal morbidade, em 2021 tinham-se cerca de 88.799 com o cadastro ativo
e ocorreu o aumento de 200 idosos com o diagnóstico. No ano de 2022, esse número foi
para 94.462 ativos no sistema e 2.500 idosos com a condição de diabetes mellitus e no
ano de 2023 a incidência de casos novos forma cerca de 250 casos a mais que no ano
anterior. Conclusão: De acordo com os dados apresentados, verifica-se o aumento da
diabetes mellitus nos idosos nos últimos anos. Portanto, é de grande importância que haja
uma reflexão do cuidado com tal doença em idosos e como isso futuramente poderá
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acarretar em complicações na qualidade de vida da população estudada dessa área
localizada no interior da Bahia.
Palavras-Chave: Diabetes mellitus, Idosos, Qualidade de vida.
GAMIFICAÇÃO NO PROCESSO DE ENSINO E APRENDIZAGEM: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Wívian Maria Pires Figueredo, Thales De Almeida Pinheiro,
Thaísa de Almeida Pinheiro
Introdução: Com o advento da educação 4.0 a realidade da readequação educacional se
faz cada vez mais presente, principalmente no que concerne a utilização de ferramentas
que consigam captar a atenção dos alunos. A partir desse contexto novas metodologias
de ensino vêm sendo empregadas para acompanhar esse avanço tecno-pedagógico. Dentre
essas tecnologias tem-se a dinâmica de gamificação das atividades de ensino e
aprendizagem, as quais estimulam o protagonismo discente na consolidação do próprio
conhecimento. Objetivo: Relatar a experiência discente na inserção da gamificação como
metodologia ativa no processo de ensino e aprendizagem no curso de medicina.
Metodologia: O presente trabalho trata-se de um relato de experiência em uma IES em
ambiente virtual de aprendizagem. Foi proposto aos acadêmicos do 2º período do curso
de medicina, a realização de um game sobre as áreas de Brodmann, disponível na
plataforma purposegames. O jogo tinha como objetivo memorizar a localização
anatômica das áreas de Brodmann em menor tempo possível. Disponibilizou-se o link
do game via grupo de WhatsApp e cada acadêmico utilizou o próprio celular com internet
como ferramenta para jogar, registrando o menor tempo de realização com 100% de
acertos. No fim da aula identificou-se o aluno que concluiu o jogo em menor tempo.
Resultados: Participaram da atividade 20 acadêmicos. O menor tempo registrado para
realização do jogo, com 100% de acertos, foi de 7,8 segundos. A inserção da gamificação
durante a aula gerou um formato lúdico de ensino, o que promoveu para além do
engajamento e espírito competitivo acadêmico, uma forma divertida de consolidar o
conhecimento. Conclusão: Conclui-se que a inserção de gamificação na sala de aula
contribuiu beneficamente no processo de ensino e aprendizagem, considerando os
excelentes resultados alcançados na promoção do conhecimento sobre o tema proposto e
o engajamento dos alunos durante a aula.
Palavras-Chave: Ensino. Gamificação. Medicina.
ESTUDO BIOÉTICO DA DOAÇÃO E DO TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS NO
BRASIL: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Nicolas Kennedy Pinheiro Cavalcanti, Wívian Maria Pires Figueredo,
Lara Jordana Barros Porto, Demétrio Ferreira Amorim,
Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos de implantes no
mundo inteiro, situado abaixo dos Estados Unidos. À face do exposto, a compreensão dos
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aspectos éticos e legais associados à doação e transplante de órgãos no Brasil é de suma
importância, tendo em vista que rege uma complexidade no que diz respeito à
regulamentação dos processos, como dificuldade jurídica dos falecidos que não
manifestaram em vida o desejo da doação e a indisposição dos familiares durante o
óbito do potencial doador. Nesse contexto, é essencial a reflexão e discussão do assunto
para garantir que o procedimento seja conduzido de maneira justa e ética. Objetivo:
Compreender os aspectos éticos e jurídicos envolvidos no processo de doação e
transplante de órgãos no Brasil. Metodologia: Pesquisa de abordagem qualitativa, de
natureza básica, objetivo exploratório, com procedimentos bibliográficos e documentais.
Nesse sentido, tratou-se de uma revisão integrativa de literatura utilizando artigos
publicados no período de 2019-2023 na base de dados Scientifc Eletronic Library Online
(SCIELO). Foram utilizadas como indexadores na plataforma DeCS, bioética e
transplante de órgãos, auxiliadas pelo operador booleano AND. Resultados:
Compreendeu-se que a bioética utiliza princípios de beneficência, autonomia e justiça.
Concerne à bioética da doação e do transplante de órgãos, o princípio de autonomia sobre
o corpo é resguardado judicialmente pelo código civil brasileiro, sendo possível ao
indivíduo a transmissão de tutela do seu todo ou parte de forma gratuita e de boa fé. No
entanto, essa autonomia embate a respeito da disposição do corpo pós-morte, em que
a tutela se torna familiar perante a Lei 9.434/97, sendo necessária o aval dessa para
efetuação ou não do procedimento cirúrgico. Ademais, a autonomia pode ser questionada
pelo código civil quando o indivíduo imputa ferimento a sua integridade física perante a
escolha da venda de seus órgãos. Conclusão: Concluiu-se que o Brasil é referência no
procedimento de doação e transplante de órgãos, contudo, constitui um procedimento
burocrático que possui, dentro dos aspectos éticos e jurídicos, uma linha tênue entre a
bioética, a autonomia individual e os aspectos legais.
Palavras-Chave: Transplante de Órgãos, Bioética, Legislação Médica.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR SEPSE NO ESTADO
DE MINAS GERAIS
Lorena Luiza Rodrigues, Mires Dalva Pena Neta, Maria Luiza Macedo Martins,
Karina Andrade de Prince
Introdução: A Sepse é caracterizada por disfunção orgânica, consequente à resposta
inflamatória exacerbada do hospedeiro diante de uma infecção. A disfunção de órgãos é
identificada pela presença de dois ou mais pontos no escore SOFA (Sequential Sepsis-
related Organ Failure Assessment) e, na maioria dos casos, se manifesta por síndrome do
desconforto respiratório agudo, insuficiência renal aguda e coagulação intravascular
disseminada. Vale ressaltar que a sepse é a principal causa de óbito em Unidades de
Terapia Intensiva, o que torna seu estudo epidemiológico essencial para avaliar a
efetividade das medidas preventivas, diagnóstico e tratamento. Objetivo: Analisar o
perfil epidemiológico da sepse no Estado de Minas Gerais no período de 2018 a 2022.
Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo, de base
documental com procedimento comparativo-estatístico. Os dados foram coletados no mês
de outubro de 2023 a partir do Sistema de Informação Hospitalares do Sistema Único de
Saúde (SIH/SUS), disponibilizados pelo Departamento de informática do SUS
(DATASUS), no endereço eletrônico (https://datasus.saude.gov.br/). Resultados: No
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período analisado obteve-se um total de 105.173 internações por septicemia, com 36,42%
dos casos evoluindo para óbito. Os anos de 2019 e 2022 demonstraram maiores taxas de
internações e óbitos respectivamente, correspondendo à 23,05% e 22,20% do total. Nos
anos de 2020 e 2021, notou-se uma diminuição do número de internações, quando
comparado aos outros anos analisados. Quanto à faixa etária, pacientes com idade maior
ou igual à 80 anos apresentaram 30,50% das internações e 22,06% dos óbitos. A diferença
comparativa entre os sexos é pequena, porém tanto as internações quanto os óbitos
prevalecem no sexo masculino em todas as faixas etárias. Conclusão: As internações e
óbitos por sepse predominam em pacientes idosos, com pouca variação numérica entre
os sexos. Ocorreu aumento das internações até 2019, redução entre 2020 e 2021, com
nova ascensão em 2022, o que pode ser explicado pela menor procura de atendimento
hospitalar no cenário da pandemia do COVID-19, aumentando os desfechos negativos no
contexto domiciliar. Logo, apesar dos protocolos hospitalares e campanhas para
detecção precoce, a sepse representa uma importante causa de morbimortalidade, sendo
fundamental fortalecer medidas hospitalares de prevenção e de diagnóstico precoce,
evitando, assim, os desfechos negativos
Palavras-Chave: Epidemiologia, Morbidade, Sepse.
URGÊNCIAS DIALÍTICAS: FATORES ASSOCIADOS E DESFECHOS
CLÍNICOS
Anna Cecília Ferreira Miranda, Lorena Luiza Rodrigues, Maria Eduarda Ferreira
Felício, José Felix Figueirêdo, Maria Gabriela Gonzaga Gomes, Amanda Rezende
Martuscelli, Fernanda Quadros Mendonça
Introdução: Os rins desemprenham um papel crucial no equilíbrio de água e minerais
(eletrólitos) no organismo e qualquer desordem em suas funções pode levar à indicação
de terapia renal substitutiva (TRS). Na insuficiência renal (IR), seja ela aguda (IRA) ou
crônica (IRC), os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A urgência
dialítica se manifesta quando a função renal está gravemente comprometida, colocando
em risco a vida do paciente. O conhecimento das causas e dos desfechos clínicos dessa
condição são cruciais para intervenção precoce, destacando a relevância do estudo sobre
a urgência dialítica. Objetivo: Analisar as principais urgências dialíticas, considerando
os fatores associados e os desfechos clínicos. Metodologia: Trata-se de uma revisão
narrativa de literatura abrangendo a busca e análise de artigos publicados entre 2019 e
2023. Foram utilizadas as bases de dados: PubMed e Scielo. Após a coleta, foram
selecionados 19 artigos que se enquadraram no critério de inclusão: pontuar acerca das
urgências dialíticas, bem como de suas intervenções e fatores associados. Excluíram-se
os que não atendiam ao objetivo do estudo ou foram publicados antes de 2019.
Resultados: A análise dos acervos científicos ressalta como indicações de dialise de
urgência: hipercalemia e acidose metabólica não responsiva às medidas clínicas,
hipervolemia não responsiva a diuréticos, intoxicação exógena grave por substância
dialisável e síndrome urêmica (encefalopatia urêmica, pericardite urêmica ou
coagulopatia). Entre as causas dessas indicações têm-se a IRA, frequentemente
desencadeada por infecções, medicamentos nefrotóxicos e obstruções das vias urinárias.
Além dos portadores de IRC que não aderem às terapias prescritas, incluindo restrições
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dietéticas, e que apresentam outras morbidades, principalmente HAS e DM
descontroladas, ficando propensos à necessidade de diálise de urgência. Dados
evidenciam o óbito como o desfecho clínico mais comum em pacientes submetidos a esse
procedimento, devido a gravidade da situação e a vulnerabilidade decorrente da redução
das capacidades biológicas funcionais. Conclusão: Conclui-se que pacientes submetidos
à diálise de urgência apresentam um prognóstico desfavorável. Logo, fortalecer medidas
de diagnóstico precoce da IR e realizar controle das doenças crônicas associadas são
fundamentais para evitar danos renais graves e necessidade de TRS de urgência e,
consequentemente, piores desfechos clínicos.
Palavras-Chave: Diálise, Fatores de risco, Lesão renal aguda.
USO DA ASSOCIAÇÃO DA NALTREXONA/BUPROPIONA PARA
TRATAMENTO DA OBESIDADE
Maria Luiza Macedo Martins, Lorena Luiza Rodrigues, Cleide Rocha Veloso
Introdução: A obesidade é uma doença crônica e progressiva, que está associada a
diversas outras comorbidades. Em 2016, de acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), mais de 1,9 bilhão de adultos, com 18 anos ou mais, estavam com sobrepeso,
sendo 650 milhões destes com obesidade. Ela é um grave problema de saúde pública,
dessa forma, o seu tratamento é fundamental. A associação da Naltrexona/Bupropiona é
uma nova opção terapêutica contra a obesidade, que age no sistema nervoso central,
causando anorexia e consequentemente, perda ponderal. Objetivo: Explicar o uso da
Naltrexona/Bupropiona no tratamento da obesidade. Metodologia: Trata-se de um estudo
de pesquisa exploratória do tipo revisão de literatura. Utilizou-se fontes de dados e
informações eletrônicas ou bibliográficas para obter resultados de pesquisas nas bases de
dados da plataforma PUBMED e UPTODATE, entre os anos 2016 a 2023. Foram
analisados 28 artigos e escolhidos 15 artigos que possuiam como foco de escrita a relação
entre obesidade e uso da associação farmacológica Naltrexona/Bupropiona. Constitui-se
da análise de literaturas publicadas, artigos de revistas e na interpretação e análise crítica
do autor. Resultados: O uso da associação da Naltrexona/Bupropiona para tratamento da
obesidade no Brasil foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA) em 2021. A Naltrexona é um antagonista de receptor opioide, usado no
tratamento da dependência aos opiáceos e ao álcool. Ela atua na obesidade ao reduzir as
propriedades de prazer da ingestão de alimentos, por meio da interação com o sistema
mesolímbico de recompensa. A Bupropiona, é um inibidor da recaptação da norepinefrina
e dopamina, usado no tratamento de depressão e como coadjuvante da cessação do
tabagismo. Ela causa diminuição do apetite, ao causar aumento de norepinefrina e
dopamina. A ação sinérgica desses fármacos psicotrópicos promove modulação da fome
no hipotálamo. Conclusão: O uso combinado da Naltrexona/Bupropiona é uma boa
opção terapêutica para obesidade, devido sua ação anorexígena, que impacta na redução
do peso corporal. Associado a isso, a mudança do estilo de vida, com adoção de prática
de atividade física e dieta balanceada, orientada por nutricionista, são importantes.
Palavras-Chave: Bupropiona, Naltrexona, Obesidade.
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TECNOLOGIA PARA FINS PREVENTIVOS COM ADOLESCENTES EM USO
DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS.
Sarah Costa Prates, Fabiana Aparecida Maia Borborema, Víctor Eduardo Mendes,
Viviane Maia Santos
Introdução: A adolescência é uma fase de grande exposição a fatores de risco à saúde,
marcado pelos impulsos do desenvolvimento físico, mental, sexual, emocional e social.
É na adolescência que surgem comportamentos de risco, os quais antecedem a
necessidade de experimentar novas descobertas e desafiar o perigo. Assim, os danos
causados à saúde desses indivíduos, que constituem parte representativa da população
brasileira, o aumento da marginalização e o impacto social causado pelo uso de drogas
confirmam a importância de prevenção do uso de tecnologias para fins preventivos.
Objetivo: Analisar os efeitos do uso de psicoativos na saúde mental de adolescentes e a
tecnologia como forma de prevenção da prática. Metodologia: Realizou-se, pois, uma
revisão integrativa, tendo como questão norteadora: Qual é a relação das tecnologias na
prevenção ao uso de drogas psicoativas em adolescentes? A pesquisa baseou-se em fontes
de pesquisas como SciELO, Literatura Latino-Americana e LILACS, utilizando as
seguintes descrições de busca: Adolescente, drogas ilícitas, saúde mental e tecnologia da
informação. Foram estabelecidos critérios de inclusão, como artigos publicados no
período de 2020 a 2022 em língua portuguesa, e critérios de exclusão, como publicações
em outros idiomas, títulos duplicados, monografias, dissertações, teses, relatos de
experiência, anais de eventos científicos finalizando, portanto, em 5 artigos selecionados.
Resultados: Os resultados encontrados demonstraram que as tecnologias educacionais
mostraram efetividade, com destaque para recursos baseados nas TIC’S (Tecnologia da
Informação e Comunicação), baseado em mensagens de texto para smartphones, websites,
redes sociais, chat, jogos virtuais, entre outros. Os próprios adolescentes reconheceram a
importância de recursos que disponibilizam informações sobre consequências do
consumo. Conclusão: Nota-se a necessidade de, além de ampliar o conhecimento desses
jovens, também promover estudos aprofundados acerca de mecanismos que poderiam
ser utilizados para diminuir o número de usuários, além de sensibilizar sobre os efeitos
adversos do uso prolongado dessas substâncias para a saúde mental.
Palavras-Chave: Adolescente, Drogas Ilícitas, Saúde Mental, Tecnologia da
Informação.
ABORDAGEM CLÍNICA PARA A ESCOLHA DO TRATAMENTO DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA
Bianca Thays Gonçalves Cardoso, Thales De Almeida Pinheiro,
Kaio Henrique Marques Batista, Luísa Araújo Miranda
Introdução: O tratamento da hipertensão arterial sistêmica (HAS) envolve a escolha
cuidadosa de combinações de medicamentos, levando em consideração diversos fatores
individuais e o objetivo de reduzir o risco de eventos cardiovasculares. O uso de terapias
combinadas parece ser benéfico em muitos casos, mas a seleção dos medicamentos
depende da avaliação do médico, que levará em consideração a saúde geral do paciente,
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os fatores de risco cardiovasculares, os possíveis efeitos colaterais e outras condições de
saúde que esse possa apresentar. Objetivo: Analisar o esquema terapêutico da HAS.
Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, no qual foram selecionados
23 artigos pelo título do trabalho disponíveis nas bases de dados PubMed e Scielo,
publicados no período de 2019-2023. Desses, 12 foram incluídos no trabalho final após
a leitura completa dos artigos. Foram utilizados como descritores na pesquisa:
“hipertensão arterial” e “tratamento”. Resultados: As primeiras medidas são as mudanças
do estilo de vida. Quando baixo risco cardiovascular e essas mudanças são
insuficientes, pode-se considerar o uso de medicação em monoterapia, como diuréticos
(DIU), bloqueadores dos canais de cálcio (BBC), inibidores da enzima conversora de
angiotensina (IECA), bloqueadores dos receptores de angiotensina II (BRA),
betabloqueador (BB), sendo este em situações específicas. Quando a medida de
monoterapia é ineficiente e/ou o paciente se encontra com HA em estágio 1 de risco
moderado e alto, ou ainda, HA estágio 2 e 3, é prescrito a combinação de dois fármacos,
IECA ou BRA mais BBC ou DIU. Quando a meta não é alcançada é feita a combinação
de três fármacos, IECA ou BRA mais BBC mais DIU. Caso falhe, associa-se um quarto
fármaco, a espironolactona. No último caso, adição de mais fármacos, como BB,
simpatolíticos centrais, alfabloqueadores e vasodilatadores. Ademais, estudos evidenciam
que a monoterapia é insuficiente para o controle pressórico, principalmente, relacionado
a grupos étnicos diferentes e/ou à presença de outras comorbidades. Conclusão: Portanto,
o tratamento da HAS deve ser individualizado. As decisões sobre o início do tratamento,
as metas de controle e a escolha medicamentosa dependerá de diversos fatores. Assim, é
importante que os pacientes discutam as opções de tratamento disponíveis com o médico,
que será capaz de avaliar de forma integral a melhor conduta, com base nas evidências
científicas mais recentes nas melhores práticas clínicas.
Palavras-Chave: Anti-hipertensivo, Farmacoterapia combinada, Hipertensão arterial
sistêmica, Integralidade em Saúde.
ENSAIOS CLÍNICOS DE FORMULAÇÕES TERAPÊUTICAS CONTRA AS
LEISHMANIOSES: UMA REVISÃO.
Nicolas Kennedy Pinheiro Cavalcanti, Lara Jordana Barros Porto,
Xaiane Carvalho Ribeiro, Flávio Júnior Barbosa Figueiredo
Introdução: As leishmanioses (LEISH) representam um complexo grupo de doenças
infectoparasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania. Trata-se de uma
doença negligenciada responsável por cerca de 1 milhão de casos anuais, mundialmente.
No Brasil, as LEISH são endêmicas em todo o país com incidência média de 23 mil casos
por ano, sendo a LEISH tegumentar, responsável por 91% desse total. Embora antigas, o
tratamento desse agravo pouco avançou desde a sua descoberta, e, ainda possui um
portfólio restrito, composto por antimoniato de meglumina, isetionato de pentamidina e
anfotericina B. Além disso, a difícil administração desses medicamentos, a toxicidade
elevada, o custo elevado e os efeitos colaterais graves dificultam o acesso e a adesão. Na
tentativa de melhorar esse cenário, alguns grupos de pesquisa têm investigado o efeito
anti-leishmania de substâncias novas. Contudo, maioria dessas iniciativas restringem-
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se à fase pré-clínica, dadas as dificuldades de avançarem para testes clínicos. Objetivo:
Identificar os estudos clínicos registrados para avaliação de alternativas terapêuticas para
as LEISH. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, exploratória, com
procedimentos bibliográficos e documentais. Nesse viés, analisou-se informações
disponibilizadas na plataforma clinicaltrials.gov, utilizando como foco de pesquisa o
termo leishmaniasis. Os dados obtidos foram organizados em tabela para facilitar a
visualização do conteúdo. Resultados: Encontrou-se 25 ensaios clínicos registrados para
pesquisa de terapias anti-LEISH. Desse total, 60% tiveram recrutamento finalizado e 16%
concluídos. Dois estudos com status desconhecido. Apenas um projeto está em
recrutamento de participantes. Considerando a forma da doença avaliada, cinco e 20
estudos focam, respectivamente, a LEISH visceral e a LEISH tegumentar. Todos os
estudos são realizados no Brasil. Conclusão: A busca por fármacos leishmanicidas é
imperativa e requer investimentos, sobretudo, de empresas privadas para avançarem a
estudos clínicos. Iniciativas escassas alcançam esse status, o que aponta a negligência de
laboratórios farmacêuticos em investirem em uma doença que acomete majoritariamente
países pobres e subdesenvolvidos. Consórcios internacionais, como o Drugs for
Neglected Diseases initiative- DNDi-, são necessários para somar esforços e finalmente
identificar alternativas eficazes, seguras e de baixo custo que possam ser disponibilizados
para o tratamento das LEISH.
Palavras-Chave: Leishmaniose, Ensaios Clínicos, Doenças Negligenciadas,
Leishmanicida.
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DOS PROTOCOLOS DE TERAPÊUTICA DA
FORMULAÇÃO LIPOSSOMAL DA ANFOTERICINA B EM UM CENTRO DE
REFERÊNCIA DE TRATAMENTO DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO
NORTE DE MINAS GERAIS
Thiago Santos Monção, Victor Hugo Dantas Guimarães, Luciana Mara Barbosa Pereira,
Jamille Fernandes Lula, Leandro de Freitas Teles
Introdução: A leishmaniose visceral é uma doença grave e causada por espécies de
parasitas pertencentes ao gênero Leishmania sp. O MS recomenda terapias que utilizam
antimônio pentavalente e anfotericina B lipossomal para tratamento. No entanto, para
reduzir a probabilidade de efeitos tóxicos e aumentar a eficácia, a anfotericina B
Lipossomal tem sido utilizada. Objetivo: Avaliar os aspectos clínicos e laboratoriais de
pacientes com leishmaniose visceral humana em dois regimes terapêuticos diferentes de
anfotericina B lipossomal, internados em um hospital de referência em área endêmica
da região norte do Estado de Minas Gerais. Metodologia: Foi realizado um estudo
descritivo, retrospectivo, transversal, com abordagem quantitativa, baseado em dados
coletados em prontuários de pacientes com diagnóstico de leishmaniose visceral entre
os anos de 2015 a 2019 no Hospital Universitário Clemente de Faria-HUCF. As análises
foram realizadas no software SPSS 18.0 utilizando-se destruição e frenquência. As
comparações foram realizadas por meio do test-T para e não pareado ao nível de
confiabilidade de 95% (p<0,05). Resultados: Dos 27 pacientes estudados com
anfotericina lipossomal B 4 mg/kg/dia por 5 dias e 3 mg/kg/dia por 7 dias, todos residiam
na região norte de MG (77,28%), com predomínio da faixa etária menor de 10 anos e
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(70,4%) do sexo masculino 19 casos. Quanto ao quadro clínico, a febre esteve presente
em 92,3% dos casos. Esplenomegalia e hepatomegalia ocorreram em 100% dos pacientes.
Na comparação entre os tratamentos realizada no início e após o tratamento das variáveis
laboratoriais e clínicos não houve diferenças significativas. Contudo, na análise pareada,
observou-se diferença significativa (p<0,05) para hemocomponentes (leucócitos,
plaquetas e hemoglobina) em ambos os tratamentos, embora uma redução significativa
em marcado de danos hepático TGO tenha sido verificado 5 dias de tratamento (p<0,05).
Esses achados reforçam a literatura, onde verifica-se que doses menores são ideias e
efetivas no tratamento minimizando os efeitos toxicológicos da droga. Além disso, ocorre
menos desperdício do medicamento que serve para todo o tratamento, enquanto que na
dosagem maior ocorrer sobras com a abertura do medicamento e que não pode ser
reaproveitado ou guardado. Conclusão: Os dados indicam que os pacientes que usaram
anfotericina B lipossomal por 7 dias não tiveram diferença clínica e laboratorial dos
pacientes que usaram anfotericina B lipossomal por 5 dias.
Palavras-Chave: Leishmaniose visceral. Anfotericina B. Terapêutica. Doença hepática
induzida por substâncias e drogas.
MORBIMORTALIDADE POR ÍLEO PARALÍTICO E OBSTRUÇÃO
INTESTINAL SEM HÉRNIA NO NORTE DE MINAS GERAIS
Thalyta Silvestre Silva; Karina Andrade de Prince
Introdução: O íleo paralítico é caracterizado como uma obstrução funcional proveniente
de movimentos propulsivos, sendo proporcional ao trauma abdominal e com causas
multifatoriais. Nesse sentido, íleo paralítico leva a um aumento nas taxas de complicações
em procedimentos cirúrgicos gastrointestinais, bem como a obstrução intestinal com
aumento no tempo de internações causando grande impacto financeiro ao sistema de
saúde. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico da morbimortalidade por íleo
paralítico e obstrução intestinal no Norte de Minas Gerais no período de 2013 a 2023.
Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico quantitativo e retrospectivo. Teve
como universo de pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do
Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Resultados: No período de 2013 a 2023 foram
notificadas 3.403 internações por íleo paralítico e obstrução intestinal na região Norte de
Minas Gerais, com taxa de mortalidade média de 11,9%. O número variou de 227 a 374
casos, com média de 309 casos anuais e redução de 21,9% nos últimos anos. O maior
número de casos foi registrado na região de saúde Montes Claros (39,3%) e a maior taxa
de mortalidade em Taiobeiras (16,5%). Houve predomínio das internações no sexo
masculino (53,1%), na faixa etária acima de 60 a 79 anos (33,5%), na cor/raça parda
(60,7%), internadas em caráter de urgência (94,9%) e com média de permanência de 5,4
a 7,5 dias. No entanto, a taxa de mortalidade foi maior no sexo feminino (13,1%) e em
pacientes com 80 ou mais anos (24,2%). Os custos médios e totais das internações
foram de R$ 1.908,66 e R$ 6.495.167,36 respectivamente. Conclusão: Diante disso,
percebe-se que o maior número de internações por íleo paralítico e obstrução intestinal
ocorre entre indivíduos na faixa etária entre 60 e 79 anos e no sexo masculino, com maior
taxa de mortalidade no sexo feminino e acima dos 80 anos. Assim, destaca-se a
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necessidade de políticas públicas eficazes de prevenção, diagnóstico precoce, tratamento
oportuno, reduzindo em grande parte as internações e mortalidade na região. Palavras-
chave: Hospitalizações. Íleo Paralítico. Mortalidade. Obstrução Intestinal.
Palavras-Chave: Hospitalizações, Íleo Paralítico, Mortalidade, Obstrução Intestinal.
MORBIMORTALIDADE POR NEOPLASIA MALIGNA DE FÍGADO E VIAS
BILIARES NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS.
Matheus Sena Boaventura Fagundes, Fernanda Lima Lopes, Ramon Boaventura
Marques Silveira, Leyson Gian Silva Fernandes, Maria Fernanda A.Versiane Vieira,
João Fellipe Silva Araújo, Karina Andrade de Prince
Introdução: As neoplasias hepáticas e das vias biliares intra-hepáticas representam um
desafio significativo para a saúde global, ocupando o sétimo lugar entre os tumores mais
comuns. No Brasil, a neoplasia maligna do fígado é uma condição rara, associada à cirrose
hepática em 98% dos casos. Por outro lado, as neoplasias das vias biliares, também raras,
apresentam-se, muitas vezes, em estágios avançados devido à diversidade dos sintomas
apresentados pelos pacientes. Juntas, essas duas comorbidades representam a terceira
maior causa de mortalidade global. Objetivo: Determinar a morbimortalidade por
Neoplasia maligna de Fígado e Vias Biliares entre janeiro de 2012 e dezembro de 2022 na
macrorregião Norte de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo
epidemiológico quantitativo e retrospectivo, com dados coletados no DATASUS,
mediante consulta ao Sistema de Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde
(SIH/SUS), do Ministério de Saúde do Brasil. Resultados: No período de 2012 a 2022
foram notificadas 480 internações por neoplasia maligna de fígado e vias biliares na
região Norte de Minas Gerais, com taxa de mortalidade média de 32,7%. O número variou
de 26 a 64 casos, com média de 44casos anuais e aumento de 146% até 2021. O maior
número de casos foi registrado na região de saúde de Montes Claros (80,4%) e a maior
taxa de mortalidade em Bocaiúva (66,7%). Houve predomínio das internações no sexo
masculino (51,4%), na faixa etária acima dos 50 anos (80%), na cor/raça parda (66,5%),
internadas em caráter de urgência (80,3%) e com média de permanência de 4,7 a 8,8 dias.
No entanto, a taxa de mortalidade foi maior no sexo feminino (35,2%) e em pacientes
com 80 ou mais anos (48,6%). O custo médio e total das internações foram de R$ 1.445,56
e R$ 693.868,01 respectivamente. Conclusão: Os resultados revelam uma grave
situação das neoplasias hepáticas e das vias biliares intra-hepáticas na macrorregião
norte de Minas Gerais. Com um alto número de internações e mortalidade, especialmente
em pacientes com idade superior a 50 anos, destacando-se a urgência de estratégias
preventivas e de diagnóstico precoce. Além disso, a predominância das internações em
caráter de urgência ressalta a necessidade de melhorias no sistema de saúde para abordar
eficazmente essas condições. Estes resultados reforçam a importância de ações
direcionadas para reduzir a morbimortalidade associada a essas neoplasias na região.
Palavras-Chave: Neoplasias Hepáticas. Epidemiologia. Hospitalizações. Mortalidade.
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
RELATO DE EXPERIÊNCIA: VIVÊNCIA DE ACADÊMICOS DE MEDICINA
EM ATIVIDADES DE PUERICULTURA.
Ana Luiza Farias e Silva, César Rabelo Rodrigues Filho, Viviane Maia Santos
Introdução: A puericultura é uma importante vertente da atenção básica à saúde que
desempenha um papel fundamental no acompanhamento do desenvolvimento saudável
das crianças desde o nascimento até a adolescência. Durante as consultas de puericultura,
profissionais de saúde desempenham um papel essencial na promoção do crescimento,
desenvolvimento e bem-estar das crianças, bem como no fornecimento de orientações e
suporte às famílias. Vale ressaltar que a Puericultura requer participação multidisciplinar
daqueles que constituem uma Equipe de Saúde, tendo cada uma sua devida importância.
Entre esses, se encaixam os estudantes do curso de Medicina. Objetivo: Relatar a vivência
de acadêmicos de medicina em atividades de puericultura na Atenção Primária à Saúde.
Metodologia: Utilizou-se o método descritivo, sendo o estudo uma experiência vivida
por acadêmicos de medicina dentro das consultas de puericultura na Unidade de Saúde
da Família (USF) na disciplina de Integração, Ensino, Serviço e Comunidade (IESC) em
um município localizado na região Norte de Minas Gerais. Resultados: A experiência
com consultas de puericultura na USF teve implicações positivas na promoção da saúde
infantil. Durante as consultas foi realizado a anamnese, exame físico completo, medidas
antropométricas, avaliação dos sinais vitais, avaliação dos reflexos primitivos e
orientações que atendiam as demandas de cada faixa etária. Resultados significativos
incluem maior acesso aos cuidados de saúde, detecção precoce de problemas, orientação
dos pais, monitoramento do calendário de vacinação e impacto na comunidade, uma vez
que a puericultura pode ser um instrumento fundamental para garantir que todas as
crianças tenham igualdade de oportunidades no que diz respeito à saúde. Conclusão:
Conclui-se, que o trabalho desenvolvido propiciou ampliar habilidades e práticas da
formação acadêmica e estimular a construção da autonomia e do autocuidado com a
criança de modo a proteger alterações passíveis de modificação que possam repercutir em
sua vida adulta. Os atendimentos proporcionaram aos discentes oportunidade de colocar
em prática aquilo que é ensinado nos meios institucionais.
Palavras-Chave: Atenção Primária à Saúde, Cuidado da Criança, Ensino.
AÇÃO EXTENSIONISTA SOBRE SAÚDE MENTAL NA
ADOLESCÊNCIA:RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Luiza Farias e Silva, César Rabelo Rodrigues Filho, Viviane Maia Santos
Introdução: A saúde mental dos adolescentes é um tema de grande importância,
especialmente pelo fato de que durante a adolescência, as mudanças físicas, emocionais
e sociais podem desencadear problemas de saúde mental, como depressão e ansiedade.
Essas questões não afetam apenas o bem-estar emocional dos adolescentes, mas também
têm impacto em seu desempenho acadêmico e relacionamentos. Portanto, compreender,
prevenir e tratar a depressão e a ansiedade na adolescência é fundamental para o
desenvolvimento e qualidade de vida dos jovens. Objetivo: Relatar a vivência de
acadêmicos de medicina em atividades de extensão voltadas para a saúde mental de
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
adolescentes. Metodologia: trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência
acerca das vivências extensionista vivida por acadêmicos de medicina em ações da
disciplina de Práticas Interdisciplinares de Extensão, Pesquisa e Ensino (PIEPE) realizada
com estudantes do nono ano de uma escola estadual da região norte de Minas Gerais.
Realizaram-se três ações educativas, abordando os seguintes temas ansiedade, depressão
e alimentos que auxiliam na prevenção e tratamento dos transtornos, com a participação
de 50 estudantes. Para a realização dessas ações formam confeccionados folders
informativos sobre os temas e dinâmicas de interação. Resultados: A experiência com a
prática de extensão teve um impacto positivo e notável na promoção da saúde do
adolescente. Tendo como resultados significativos melhoria no bem estar emocional e nas
relações sociais, aumento da consciência sobre saúde mental, redução do estigma e do
comportamento de risco e desenvolvimento de habilidades de enfrentamento e de
autonomia. Conclusão: Conclui-se, a que as ações voltadas para a saúde mental do
adolescente são fundamentais para garantir higidez de forma integral para essa população.
O trabalho desenvolvido propiciou a experiência de realizar educação em saúde com
objetivo de gerar bem-estar aos adolescentes, em um espaço propício para habilidades e
práticas discentes e reafirmar a percepção acerca da importância da saúde mental.
Palavras-Chave: Relações Comunidade-Instituição, Saúde do Adolescente, Saúde
Mental.
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA DENGUE NO MUNICÍPIO DE MONTES
CLAROS ENTRE 2018 E 2023
Bruno Borges Mourão, Mauricio Gomes Prates,
João Alberto Gomes de Almeida Junior, Edna de Freitas Gomes Ruas
Introdução: A dengue é uma doença, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que tem
representado um desafio significativo para a saúde pública em todo o mundo, sobretudo
nas regiões tropicais e subtropicais do mundo. No Brasil, devido a sua tropicalidade, a
dengue é endêmica, e o norte de Minas Gerais não é exceção. Na maioria dos casos essa
doença se apresenta em sua forma clássica, que é menos perigosa, porém ela pode evoluir
para a forma hemorrágica, que é mais grave e mais mortal. Objetivos: Este estudo teve
como objetivo avaliar a prevalência da dengue no município de Montes Claros,
contribuindo para uma compreensão mais aprofundada da epidemiologia local.
Metodologia: Estudo descritivo, retrospectivo, do tipo epidemiológico, a partir
da coleta na base de dados secundários DATASUS mediante consulta no sistema de
informação de agravos de notificação (SINAN), do Ministério da saúde, durante o período
de 2018 a 2023. Foi analisado o número de notificações e as variáveis utilizadas foram
sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade, mês da notificação. Resultados: Durante o
período estudado, foram notificados 19.284 casos na cidade de Montes Claros. A análise
revelou que a maioria das notificações ocorreu no sexo feminino, com 11.314 casos
(58,7%), na raça/cor parda, sendo 12.539 casos (65,1%) e na faixa etária de 20-39 anos,
com 7.317 casos (37,9%). Entre os que declararam a sua escolaridade (n=7.768), os que
completaram o ensino médio foram responsáveis pela maior prevalência, com 2.363
(30,4%). o período de maior notificação foi de fevereiro a maio, com 16.460 (85,4%).
A partir da análise ano a ano, foi possível identificar que os anos de 2019 e 2023 foram
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marcados por surtos da doença, concentrado 96,6% das notificações do período estudado.
os anos de 2018 e de 2020 a 2022 foram marcados por quantidade pequenas de casos.
Conclusão: Este estudo destaca a prevalência da dengue no município de Montes Claros
e sua distribuição sazonal. Os resultados indicam a necessidade contínua de medidas de
prevenção e controle da dengue, tendo em vista que são comuns surtos epidêmicos da
doença, como os ocorridos nos anos de 2019 e 2023, especialmente durante os
períodos de maior risco, entre os meses de fevereiro a maio. A compreensão da
epidemiologia local da doença é crucial para direcionar recursos e estratégias eficazes de
combate à dengue e promover a saúde da comunidade.
Palavras-Chave: Dengue, Epidemiologia de Casos, Notificação de casos.
PERFIL E INCIDÊNCIA DOS ACIDENTES DOMÉSTICOS NA FAIXA
ETÁRIA PEDIÁTRICA: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Samuel Brito Aragão, Déborah Pereira Miranda Cardoso, Raílla Oliveira Sagnori Maia,
Bruna Verena, Francisco Marcos Barros, Renato Neves Noronha
Introdução: Os acidentes domésticos na faixa etária pediátrica estão diretamente
relacionados com o risco ambiental do lar. Isso se deve aos perigos presentes no ambiente
domiciliar, como objetos perfurocortantes, escadas, janelas sem grades, tomadas e
panelas quentes, que afetam a qualidade de vida e podem levar ao óbito. Observou-se que
a presença dos pais não interfere na quantidade de acidentes. A maior parte dos incidentes
ocorrem em casa e são mais comuns as quedas. Objetivo: Analisar estudos sobre os
acidentes domésticos em crianças, adolescentes, lactentes e recém-nascidos, identificando
o perfil acometido e a incidência na faixa pediátrica. Metodologia: Trata-se de estudo de
revisão integrativa da literatura com busca na base de dados da Biblioteca Virtual em
Saúde, segundo os descritores “Criança OR niño OR child”, "Ferimentos e Lesões" OR
"Heridas y Lesiones" OR "Wounds and Injuries". Os critérios de inclusão foram: artigos
completos publicados em português e inglês, entre os anos de 2013 a 2023, relacionados
a acidentes domésticos. Os critérios de exclusão foram: não preenchimento dos critérios
de elegibilidade, estudos voltados para prevenção dos acidentes domésticos, população
rural, ausência de dados a serem extraídos e dados de incidência superiores a 10 anos.
Resultados: Foram identificadas 79 publicações e selecionou-se ao final 10 publicações
sendo uma em português, e nove em inglês. Dos 10 artigos analisados, cinco apresentam
estudo transversal, quatro estudo descritivo, retrospectivo, quantitativo e um
observacional prospectivo. Conclusão: Verifica-se que os acidentes domésticos são
causas crescentes de mortalidade e invalidez no Brasil, sendo as crianças as mais atingidas
por esses incidentes, devido sua menor percepção de risco, maior vulnerabilidade e
dependência de terceiros em termos de segurança. Visto que esses eventos são passíveis
de serem previsíveis e prevenidos, destacando-se a prevalência de quedas, obstrução de
vias aéreas e queimaduras, sugere-se fomentar discussões no âmbito médico para maior
aptidão em tratar e dar seguimento aos casos, além de orientar familiares e reduzir
desfechos desfavoráveis.
Palavras-Chave: Ambiente Domiciliar. Criança. Incidência. Lesões Acidentais.
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SALVANDO VIDAS: A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DA PARADA
CARDÍACA FORA DO HOSPITAL
Lucas Pires Dias Pinto, Ana Julia Torres Bonfim Rocha, Camila Wanderley Alcântara
Machado, João Pedro Ferreira Miranda, Júlia Ribeiro Lopes de Almeida,
Patrícia Mameluque e Silva
Introdução: A parada cardiorrespiratória (PCR) é a interrupção da atividade mecânica
do coração, confirmada pela ausência de sinais de circulação, como irresponsividade,
ausência de pulso detectável e falta de respiração, ou presença de movimentos
respiratórios agônicos. A resposta rápida fora do ambiente hospitalar é essencial para
aumentar a sobrevivência, envolvendo não apenas profissionais de saúde, mas também
cidadãos comuns que desempenham um papel crucial nessa situação crítica. Objetivo: O
objetivo deste estudo é enfatizar a importância da resposta precoce à parada
cardiorrespiratória (PCR) fora do ambiente hospitalar, destacando a necessidade de
conscientizar e capacitar a população para a açãopida e reduzir as taxas de mortalidade
relacionadas à PCR. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, com
pesquisa nas bases de dados SciELO, BVS e Revistas Indexadas, realizada em setembro
de 2023. Foram cruzados o operador booleano "AND" com os descritores “Parada
cardíaca Extra-hospitalar" e “Primeiros Socorros". Os critérios de inclusão foram artigos
publicados a partir de 2021, com relevância para o tema e qualidade metodológica. Foram
identificados 58 artigos e selecionados 6 ao final por serem pertinentes ao tema.
Resultados: Nesse sentido, é notório que a parada cardiorrespiratória (PCR) em
ambiente extra-hospitalar possui um desfecho associado ao ritmo cardíaco, de modo que
pacientes com ritmos chocáveis possuem uma sobrevida maior quando socorridos
prontamente, em comparação aos ritmos não chocáveis. Além disso, foi possível
determinar que a maioria das PCRs ocorre em domicílios, principalmente em homens
acima de 64 anos com alguma comorbidade prévia. Apesar disso, os desfechos analisados
nos artigos mostraram-se mais negativos em crianças, mostrando que, embora mais raro,
a PCR nessa população é mais grave que na população mais velha. Portanto, ressalta-
se que a sobrevivência depende da ação imediata e eficaz não apenas dos socorristas,
mas também dos cidadãos, visto que, nos casos em que o protocolo de PCR extra-
hospitalar foi reproduzido adequadamente, o desfecho mostrou-se mais positivo que nos
casos em que não houve esse suporte rápido e correto. Conclusão: Dessa forma, a
resposta precoce à parada cardiorrespiratória fora do hospital, através da capacitação da
comunidade, desempenha um papel crucial na redução das taxas de mortalidade
associadas a essa condição.
Palavras-Chave: Parada cardíaca, Primeiros socorros, Sobrevivência.
ANÁLISE DO PERFIL DE INTERNAÇÕES POR ACIDENTE VASCULAR
ENCEFÁLICO EM MINAS GERAIS
Fernanda Moreira Fagundes Veloso, Maria Rafaela Alves Nascimento,
Luiz Ernani Meira Junior, Evandro Barbosa dos Anjos, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: O acidente vascular encefálico (AVE) atualmente é a segunda causa de
morte no mundo. O Ministério da Saúde estima uma taxa de 100 mil mortes ao ano.
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Clinicamente o AVE é caracterizado por um distúrbio neurológico focal ou global e pode
ser classificado como isquêmico ou hemorrágico. Os défices apresentados após o AVE
incluem deficiência nas funções motoras, sensitivas, mentais, perceptivas e linguagem.
Entre os fatores sociodemográficos associados ao AVE na população geral, relação
entre sexo, etnia/raça, escolaridade, situação socioeconômica e região de origem.
Objetivo: Analisar o perfil de internações decorrentes de AVE (isquêmico/hemorrágico)
em Minas Gerais durante o período de 2013 a 2023. Método: Trata-se de um estudo
descritivo, retrospectivo e epidemiológico. Utilizou-se a base de dados do Morbidade
Hospitalar do SUS fornecida pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Analisou-se o perfil de internações decorrentes de AVE (isquêmico/hemorrágico) em
Minas Gerais no período de janeiro de 2013 a julho de 2023. Vale ressaltar que o banco
de dados é de domínio público não sendo necessário a aprovação da pesquisa pelo Comitê
de Ética. Os dados de agosto e setembro de 2023 ainda não foram disponibilizados.
Resultados: Observou-se um total de 218.958 internações por AVE no período analisado.
Os municípios de maior prevalência foram Belo Horizonte, Montes Claros e Juiz de Fora
com 11,28%, 4,41% e 3,71% dos casos, respectivamente. Ocorreu um predomínio das
faixas etárias dos 70-79 anos (26,26%) e 60-69 anos (24,17%). Em relação ao sexo, houve
um discreto predomínio do masculino com 51,62% das internações. No que diz respeito
ao caráter de atendimento, 99, 42% dos casos corresponderam à urgência clínica. Quanto
aos óbitos, observou-se um total de 30.145 notificações (13,77%), com taxa de
mortalidade de 13,77, predominando entre os pacientes de 80 anos ou mais (31,97%), não
havendo diferenças significativas entre os sexos. Conclusão: Conclui-se que o perfil de
internações decorrentes de AVE no estado de Minas Gerais apresentou predomínio em
pacientes acima de 70 anos de idade e do sexo masculino. No que se refere as notificações
por óbito, a predominância foi em pessoas com 80 anos ou mais sem predomínio entre os
sexos. Mediante o exposto, observa-se a necessidade de medidas públicas preventivas a
fim de reduzir a taxa de morbimortalidade dessa condição.
Palavras-Chave:Acidente vascular encefálico. Internações. Minas Gerais. Óbitos.
ALEITAMENTO MATERNO E NUTRIÇÃO INFANTIL NOS POVOS
INDÍGENAS: REVISÃO DE LITERATURA
Carla Emanuelly Pessoa De Oliveira, Ana Luiza De Souza Seixas,
Gláucia Cavalcante Oliveira
Introdução: O aleitamento materno é a melhor estratégia natural de vínculo e nutrição
para a criança, sendo o meio mais efetivo para a redução da morbimortalidade infantil,
permitindo um grande impacto na promoção da saúde integral da mãe e do bebê. Crianças
que são amamentadas por mais tempo, têm menor chance de desenvolvimento de várias
comorbidades, como obesidade e diabetes mellitus. No entanto, entre os povos indígenas
existem circunstâncias relacionadas com as mudanças socioeconômicas, ambientais e
aspectos históricos que reduzem o tempo e a qualidade da amamentação. Objetivo: Este
estudo teve como objetivo analisar, por meio de uma revisão da literatura, o aleitamento
materno e o impacto no estado nutricional das crianças indígenas. Metodologia: Trata-se
de um estudo de caráter qualitativo, com artigos buscados nas bases de dados LILACS,
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SciELO e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados nos últimos 5 anos. Os
descritores utilizados foram: Aleitamento Materno, Saúde de Populações Indígenas e
Nutrição do Lactente. Resultados: Por mais que o aleitamento materno exclusivo até os
seis meses de idade apresente vários benefícios à criança, o tempo de amamentação entre
as mães e filhos indígenas é menor em comparação com a população em geral. As
indígenas valorizam a prática da amamentação, pois é considerado, entre elas, que ocorra
o aumento do vínculo materno e fortaleça o lactente, entretanto, culturalmente, é ofertado
precocemente vários alimentos, como chás, leite de vaca e caldo de feijão misturado com
arroz. Esta prática é realizada porque as mães indígenas acreditam na melhora do sistema
imunológico, prevenção de doenças e adaptabilidade às condições vulneráveis da aldeia.
Isso é refletido no seu estado nutricional com o surgimento de casos de sobrepeso infantil.
Conclusão: A situação alimentar dessas crianças as tornam um grupo de atenção
prioritária nos serviços de vigilância nutricional, com o intuito de intervir precocemente,
evitando óbitos preveníveis.
Palavras-Chave: Aleitamento Materno, Saúde de Populações Indígenas, Nutrição do
Lactente.
TORÇÃO TESTICULAR EM NEONATOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Aléxia Magalhães Machado, Anna Lívia Aguiar Marques Seixas, Cássio Costa, Cecília
Santos Veloso, Isabela Silva Duarte, Lara Lomeu de Oliveira, Laura Santos Nunes
Introdução: A torção testicular em neonatos é uma rara emergência urológica que pode
ocorrer durante o pré-natal ou nos primeiros 30 dias de vida. O diagnóstico precoce e a
intervenção cirúrgica imediata são essenciais para evitar a perda do órgão e potenciais
complicações graves. Objetivo: Apresentar uma revisão atualizada sobre a torção de
testículos em neonatos, visando compreender a sua etiologia e discutir sobre o diagnóstico
e tratamento. Metodologia: A pesquisa foi conduzida nas bases de dados Scielo, PubMed
e BVS. Os critérios de inclusão foram: publicações do período de 2010 a 2020, escritas
em inglês ou português, enquanto artigos duplicados ou não disponíveis integralmente de
forma gratuita foram excluídos. Resultados: A torção testicular é uma condição médica
resultante da rotação anormal do cordão espermático. A torção compromete o fluxo
sanguíneo para o testículo, podendo causar danos irreversíveis se não tratada
prontamente. Existem dois tipos: a torção extravaginal, ocorrendo no período perinatal
próximo à túnica vaginal antes da invaginação no escroto, e a torção intravaginal, que
ocorre após o período perinatal devido à fixação inadequada do testículo na túnica vaginal
no escroto. Fatores contribuintes incluem gestações e partos traumáticos, levando a
pressões intrauterinas e intracanal elevadas, desencadeando resposta cremastérica e
levando à torção em casos de túnica vaginal frouxa. É essencial uma anamnese pré-natal
detalhada e avaliação pós-natal para sintomas como irritabilidade, vômitos e inchaço
escrotal. No exame físico, o hemiescroto afetado terá edema e eritema, tornando a
palpação da separação entre o testículo e o epidídimo difícil. A Ultrassonografia Doppler
colorida revela características patológicas. O tratamento cirúrgico de emergência é
necessário para evitar danos permanentes, especialmente em casos bilaterais, com
preferência pela exploração bilateral por via inguinal com orquidopexia. Em casos
unilaterais, recomenda-se a orquiectomia do testículo afetado e orquidopexia
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contralateral. Conclusão: Assim, conclui-se que ainda controvérsias quanto ao manejo
da torção testicular perinatal. A maioria dos autores concordam que o ideal é explorar
imediatamente o lado afetado, a fim de confirmar o diagnóstico e corrigir ou remover o
testículo afetado. Ademais, consenso sobre exploração e orquidopexia contralateral
para torções unilaterais.
Palavras-Chave: Orquiectomia, Recém-nascido, Torção do Cordão Espermático.
OS RISCOS DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO NA GRAVIDEZ
VIvian Rupic Fonseca, Maria Esmeria Neta, Marco Aurélio Silva Cardoso
Introdução: O uso de cigarro eletrônico em gestantes é uma questão preocupante e de
crescente interesse na área da saúde. De acordo com pesquisas recentes, a exposição ao
vapor do cigarro eletrônico durante a gravidez pode trazer riscos para a saúde da mãe e
do feto. Objetivo: Este estudo objetivou analisar os riscos e consequências do uso de
cigarro eletrônico em gestantes. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica que
buscou fatores associados à ocorrência do uso do cigarro eletrônico na gravidez. Os dados
aqui apresentados foram selecionados através de um levantamento bibliográfico, em
diferentes plataformas de pesquisas como, PUBMED e CDC. Os artigos-base utilizados
correspondem aos anos de 2016 a 2022. Foram analisados os aspectos detalhados sobre
fatores que podem estar associados a mudanças comportamentais no uso de cigarros
eletrônicos antes e durante a gravidez e desfechos adversos do parto. Resultados:
Estudos têm demonstrado que o vapor do cigarro eletrônico contém substâncias
tóxicas e químicos nocivos, como nicotina, formaldeído e metais pesados. Essas
substâncias podem atravessar a placenta e afetar negativamente o desenvolvimento do
feto. O uso de cigarro eletrônico em gestantes tem sido associado a complicações
obstétricas, como parto prematuro e baixo peso ao nascer. Além disso, o consumo de
nicotina pode prejudicar o desenvolvimento neurológico e respiratório do bebê em
gestação. Conclusão: Portanto, recomenda-se fortemente que gestantes evitem o uso de
cigarro eletrônico e outros produtos relacionados à nicotina durante a gravidez. É essencial
que os profissionais de saúde estejam cientes dos riscos associados e forneçam
orientações adequadas para as gestantes que possam estar expostas a esses produtos.
Palavras-Chave: Cigarro eletrônico, Gravidez, Riscos, Nicotina.
INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DE RISCO DE QUEDAS EM IDOSOS:
UMA REVISÃO SISTEMÁTICA
Kaio Henrique Marques Batista, Humberto Gabriel Rodrigues
Introdução: Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, houve a
necessidade da criação de estratégias relacionadas à saúde da população idosa,
principalmente, sobre o risco de quedas, uma vez que suas consequências são
consideravelmente sérias e que geram transtornos tanto para o paciente, quanto para a
saúde pública. Nesse sentido, a prevenção de quedas em idosos é um desafio importante
para os sistemas de saúde, dado o envelhecimento acentuado da população e os recursos
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limitados disponíveis. Por esse motivo, muitos estudos foram desenvolvidos para
determinar métodos de avaliação de risco quedas que contemplam fatores extrínsecos e
intrínsecos para a sua ocorrência. Objetivo: Analisar os principais instrumentos de
avaliação de risco de quedas em idosos. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão
sistemática, no qual foram selecionados 22 artigos pelo título do trabalho disponíveis na
base de dados PubMed, MEDLINE e LILACS, publicados nos últimos 10 anos e sem
restrição quanto ao idioma. Desses, 11 foram incluídos no trabalho final após a leitura
completa dos artigos. A seleção dos artigos baseou-se na identificação de instrumentos
que deveriam avaliar clinicamente os efeitos fisiológicos do ser humano no
envelhecimento; terem sido validados e possuir boa confiabilidade; serem de fácil
compreensão, treinamento e de rápida aplicação. Resultados: Evidenciou-se que os
melhores testes para avaliar os riscos de quedas em idosos eram aqueles que avaliassem
a visão, como o teste de acuidade visual de baixo contraste; a sensibilidade tátil dos
membros inferiores, com uso de único monofilamento de pressão do tipo Semmes-
Weinstein; tempo de reação, com avaliação dos passos alternados; força dos membros
inferiores, com o teste de sentar e levantar da cadeira; e equilíbrio, com o teste de semi-
tandem. Além disso, ainda devem ser pesquisadas ocorrências de quedas nos últimos 12
meses, quantidade medicamentos utilizados e uso de psicotrópicos. Conclusão: Portanto,
a avaliação do risco de quedas é uma análise multifatorial e que pode ser feita de modo
prático e simples pelos profissionais de saúde, a fim de caracterizar o risco de seu
paciente e promover abordagens mais efetivas e individualizadas para a prevenção de
quedas e suas consequências.
Palavras-Chave: Avaliação de Risco, Envelhecimento, Idoso, Saúde do Idoso, Saúde
Pública.
ABUSO DE ANABOLIZANTES: IMPACTO NA SAÚDE E IMPLICAÇÕES
MÉDICAS
Marcos Paulo Pataro Rocha, Ana Julia Torres Bonfim Rocha, Lucas Pires Dias Pinto,
Joanilva Ribeiro Lopes
Introdução: Nos últimos anos, tem-se observado um aumento alarmante no uso
indiscriminado de anabolizantes, substâncias sintéticas que visam promover o
crescimento muscular e melhorar o desempenho atlético. Essa tendência, muitas vezes
impulsionada por padrões estéticos irreais e pela busca incessante por um corpo
idealizado, trouxe à tona preocupações significativas sobre os impactos na saúde e as
implicações médicas associadas ao abuso dessas substâncias. Objetivo: O presente
estudo tem como objetivo explorar os efeitos prejudiciais à saúde que o uso inadequado
de anabolizantes pode desencadear. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura, com pesquisa nas bases de dados SciELO, Biblioteca Virtual da Saúde (BVS)
e Revistas Indexadas, realizada em setembro de 2023. Foram cruzados o operador
booleano "AND" com os descritores “Anabolizantes" e “Uso Abusivo de
Medicamentos". Os critérios de inclusão foram artigos publicados a partir de 2021, com
relevância para o tema e qualidade metodológica. Foram identificados inicialmente 42
artigos e selecionados, após leitura, 8 por serem pertinentes ao tema. Resultados: A
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utilização de esteroides anabolizantes, prevalente em homens de meia idade, está
vinculada à busca por aprimoramento do desempenho atlético e da estética corporal.
Entretanto, devido aos efeitos mioativos e psicoativos dessas substâncias, muitos
indivíduos podem desenvolver um padrão de uso abusivo, culminando em consequências
adversas, que impactam diversos sistemas do organismo, incluindo o sistema
cardiovascular, com aumento da pressão arterial e problemas cardíacos; o sistema
endócrino, com alterações hormonais; além de complicações dermatológicas, renais e
psicológicas, como irritabilidade e distorções na percepção da imagem corporal.
Conclusão: Portanto, em face dessa problemática, é crucial reconhecer os riscos à saúde
associados ao uso inadequado para promover a conscientização sobre os efeitos
prejudiciais relacionados a essa prática. Para isso é necessário que haja a orientação do
sistema de saúde à população, incluindo serviços de aconselhamento e informações claras
sobre o uso indiscriminado dos esteroides e suas consequências. O envolvimento de
equipes multidisciplinares de profissionais de saúde pode ajudar a abordar essas questões
de maneira mais abrangente e eficaz, e consequentemente, reduzir os problemas de saúde
decorrentes da aplicação dos anabolizantes.
Palavras-Chave: Anabolizantes, Toxicidade, Treinamento de Força, Uso Abusivo de
Medicamentos.
OS IMPACTOS DA DESREGULAÇÃO EMOCIONAL NAS CRIANÇAS COM
TRANSTORNO DE DÉFICIT DE ATENÇÃO COM HIPERATIVIDADE.
Matheus Falcão Da Silva Ornelas, João Artur Dias dos Santos, Matheus Ney Alves De
Souza, Rafael Soares Pereira, Laíse Angélica Mendes Rodrigues
Introdução: O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma
condição que afeta o neurodesenvolvimento, assim trazendo prejuízos na autorregulação
e controle da atenção, da impulsividade e do emocional para o indivíduo afetado. Dessa
maneira, logo na infância, esses atrasos podem ser percebidos na forma da desregulação
emocional, que está ligada à dificuldade da criança lidar com as emoções negativas
externa e internamente. Objetivo: O trabalho tem como objetivo, mediante uma revisão
sistemática, compreender os impactos dessa desregulação emocional nas crianças com
TDAH. Metodologia: Refere-se a uma revisão sistemática de literatura, para qual foram
utilizadas as bases eletrônicas da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Google
Acadêmico para selecionar artigos que seguissem os seguintes fatores de inclusão: 1)
TDAH; 2) Regulação emocional; 3) Crianças. Os fatores de exclusão foram: 1) Adultos;
2) Medicação; 3) Tratamento. Assim, foram encontrados 16 artigos que cumpriam esses
fatores, sendo que 5 deles foram selecionados. Resultados: A partir da análise dos artigos,
a presença da desregulação emocional é um fator que está presente na maioria das
crianças portadoras do TDAH agravando ainda mais os sintomas de desatenção e
impulsividade. Portanto, a medida que o atraso no neurodesenvolvimento atrapalha as
crianças na realização de atividades individuais e grupais, também começam sintomas
comportamentais internos, como baixa da autoestima, sinais depressivos, ansiedade e de
isolamento social, e externos, como agressividade, falta de paciência com seus párias,
autolesão com ou sem intenção suicida. Assim, também foi analisado que logo quando
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
esses sintomas comportamentais se desenvolvem é observado de maneira igual à perda
de adaptabilidade social progressiva nessas crianças, a ponto de que alguns artigos
concluíram que essas mesmas crianças podem vivenciar prejuízos até na senilidade caso
não seja feito alguma intervenção para compensar esse atraso que da regulação emocional
no TDAH. Conclusão: Por meio desses resultados, a regulação emocional deve ser um
ponto fortemente abordado durante o tratamento do TDAH em crianças, para evitar que
agravamentos psicológicos, como a depressão, ansiedade, agressividade e fobia social,
atrapalhem o desenvolvimento intra e interpessoal delas durante a convivência em
comunidade.
Palavras-Chave: TDAH, Crianças, Desregulação emocional
A IMPORTÂNCIA DA INTEGRAÇÃO DA GESTÃO EM SAÚDE NA GRADE
CURRICULAR DE MEDICINA PARA A FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Yasmim Bastos Murta Flores, Maria Eduarda Borges Rodrigues, Vitor Targino Amaral
Soares, Renata Maria de Nassau e Braga, Ilma Cristina Marques Rodrigues Dias,
Roberta Caetano Soares, Frederico Marques Andrade
Introdução: A gestão em saúde é um pilar essencial e um campo de estudo crucial no
âmbito da saúde contemporânea, dessa forma, tal área engloba um conjunto de
estratégias, práticas e políticas voltadas para a organização, administração e oferta dos
serviços de saúde. Nesse sentido, este campo se mostra vital para assegurar a eficiência
e a equidade no acesso aos cuidados, assim como a sustentabilidade dos sistemas de
saúde. A sua inserção na matriz curricular do curso de medicina visa qualificar os futuros
profissionais de saúde para uma compreensão ampliada do processo gerencial e
organizacional do sistema, Além disso, busca capacitá-los para liderar equipes, gerenciar
pessoas em diversos contextos da prática médica e desenvolver competências essenciais
no âmbito da inovação e empreendedorismo. Objetivo: Relatar a experiência de
acadêmicos de Medicina que cursaram a disciplina eletiva de Gestão em Saúde.
Metodologia: As aulas de Gestão em Saúde são oferecidas como parte da matriz
curricular para os acadêmicos do período do curso de medicina da UNIFIPMoc.
Durante essas aulas, são abordados conteúdos acerca das bases teóricas essenciais para a
gestão em saúde, visando desenvolver profissionais capazes de reconhecer, criticar e
intervir estrategicamente nos cenários dos serviços de saúde. Resultados: A inclusão da
disciplina de Gestão em Saúde na grade curricular permitiu aos acadêmicos
desenvolverem habilidades essenciais para lidar com os desafios do sistema de saúde
atual. Isso inclui a compreensão da importância estratégica do médico na formulação,
implantação e avaliação do gerenciamento do cuidado, das unidades e de pessoas nos
serviços de saúde, assim como conhecer os instrumentos de gestão aplicáveis nos
processos assistenciais médicos, seus serviços de apoio e controles. Conclusão: Conclui-
se que a introdução da disciplina Gestão em Saúde possui grande relevância para a
formação profissional de futuros médicos. A saúde é um campo multifacetado e
complexo, e os médicos, como agentes de cuidado e gestores de saúde, necessitam estar
preparados para enfrentar os desafios do sistema de saúde atual. A inclusão da gestão
em saúde na formação médica contribui para uma abordagem mais abrangente e eficaz
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
no cuidado ao paciente e na melhoria do sistema de saúde como um todo.
Palavras-Chave: Gestão em Saúde, Educação Médica, Sistemas de Saúde.
BENEFÍCIOS DO USO DA TIRZEPATIDA NO TRATAMENTO DA DIABETES
MELLITUS TIPO 2
Bianca Damasceno Janhaki Mota, Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: A Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença metabólica definida por
níveis elevados da glicemia de caráter crônico e progressivo, sendo primordial o
tratamento adequado a fim de evitar complicações futuras. O planejamento terapêutico
consiste em mudanças no estilo de vida e no uso de medicamentos. No dia 25 de setembro
de 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a comercialização
de um novo fármaco no Brasil para a DM2, o Mounjaro, cujo princípio ativo é a
Tirzepatida, sendo o único com efeito dual ao agir nos receptores do GLP-1 (peptídeo-1
semelhante ao glucagon) e do GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose).
Objetivo: Descrever os benefícios do uso da Tirzepatida no tratamento da Diabetes
Mellitus tipo 2. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, considerando
estudos publicados em 2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletrônico Library Online (Scielo). Para a estratégia
de busca utilizou-se os seguintes descritores em diferentes combinações por meio do uso
dos operadores booleanos: diabetes mellitus tipo 2, Tirzepatida e tratamento. Foram
identificados 14 artigos, dos quais 8 compuseram a amostra final deste estudo.
Resultados: A aprovação desta droga foi baseada nos resultados de 10 estudos clínicos
do programa SUPRASS, envolvendo mais de 19 mil pacientes com DM2 em todo o
mundo. Evidenciou-se uma redução efetiva da hemoglobina glicada (HbA1c) e uma
mudança favorável do peso corporal, além de uma provável redução do risco de doença
microvascular a longo prazo. A droga foi capaz de alcançar índices glicêmicos
comparáveis às de pessoas sem diabetes. Um dos testes avaliou 1,9 mil pacientes com
esta comorbidade e comparou o Mounjaro ao seu concorrente Ozempic (Semaglutida), os
dados constataram que 51% dos voluntários em uso do Mounjaro atingiram uma HbA1c
inferior a 5,7%, enquanto essa mesma meta foi alcançada por apenas 20% dos usuários
do Ozempic. Conclusão: Considerando os resultados registrados, o Mounjaro é a
medicação com maior potência aprovada até hoje, tanto para o controle da glicemia como
para a redução do peso. Assim, esta é uma terapia de ação ampla que assegura efeitos em
todo o espectro cardiometabólico e representa um avanço ao propiciar desfechos mais
satisfatórios para a DM2 e a obesidade.
Palavras-Chave: Diabetes Mellitus tipo 2, Tirzepatida, Tratamento.
AS CONSEQUÊNCIAS DE MAUS HÁBITOS DE VIDA PARA O
DESENVOLVIMENTO DE DISLIPIDEMIAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Gustavo Viana Pedreira, Carlos Rodrigues Dias Júnior, Ismarley Marques Vaz De Melo
Dias, João Artur Dias dos Santos, Luiz Eduardo Martins Guedes,
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Victor Guilherme Pereira, Laíse Angélica Mendes Rodrigues
Introdução: As dislipidemias são distúrbios no metabolismo das lipoproteínas,
caracterizadas pelo aumento do colesterol total, da lipoproteína de baixa densidade (LDL)
e dos triglicerídeos, e pela redução da lipoproteína de alta densidade (HDL), devido a
fatores genéticos ou ambientais. Pontua-se que tais alterações no perfil lipídico
contribuem para o desenvolvimento da doença arterial coronariana, aterosclerose e
hipertensão arterial sistêmica, o que aponta para uma necessidade de mudanças do hábito
de vida da sociedade atual. Objetivos: Este trabalho teve como objetivo realizar uma
revisão de literatura sobre a interferência dos hábitos de vida nas origens das
dislipidemias. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura, de
publicações científicas no período de 2018-2023. Resultados: Após revisar 9 artigos, dos
últimos 5 anos, que relacionam os hábitos de vida com o desenvolvimento de
dislipidemias, foram selecionados 6 artigos. Dos textos utilizados, foram encontrados:
três estudos transversais, um estudo observacional e duas revisões integrativas. A partir
daí, foram elaborados o objetivo, os resultados e a conclusão de cada estudo designado.
Conclusão: Destarte, percebe-se que as principais implicações relacionadas ao estilo de
vida, no tocante à dislipidemia foram: elevados níveis metabólicos do perfil lipídico;
aumento de risco cardiovascular, como doença vascular aterosclerótica e doença arterial
coronariana e aditamento da incidência de pancreatite aguda e de doenças
cerebrovasculares. Outrossim, verifica-se a associação da dislipidemia com a hipertensão
arterial, que apresenta como consequência aumento das espécies de oxigênio, gerando
estresse oxidativo, diminuição da biodisponibilidade de óxido nítrico, ocasionando
disfunção endotelial e maior concentração de moléculas de LDL oxidadas, o que resulta
na progressão de eventos ateroscleróticos. Dessa forma, é notória a influência dos hábitos
de vida não saudáveis, como tabagismo, etilismo e sedentarismo, no perfil bioquímico do
indivíduo, uma vez que elucida percussões severas no corpo do paciente.
Palavras-Chave:Cardiopatias. Dislipidemias. Estilo de Vida Saudável.
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR DOENÇA DE CROHN E
RETOCOLITE ULCERATIVA EM MINAS GERAIS
Maria Eduarda Neves Moreira, Lívia Gabriela de Souza Cardoso,
Maria Suzana Marques
Introdução: As doenças inflamatórias intestinais compreendem a retocolite ulcerativa
(RU) e a doença de Crohn (DC), ambas idiopáticas e crônicas. Na RU, a inflamação
acomete a camada mucosa do cólon com comprometimento contínuo que se inicia na
junção anorretal para segmentos cólicos proximais. Em contraste, a DC cursa com
acometimento assimétrico, segmentar e transmural de qualquer porção do tubo digestivo.
Além das manifestações no sistema digestório, podem ocorrer manifestações
extraintestinais. O diagnóstico envolve aspectos da história clínica, exame físico, exames
laboratoriais, endoscopia e achados histopatológicos. Objetivo: Determinar a
epidemiologia das internações por DC e RCU em Minas Gerais no período de 2018 a
2022. Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo
com coleta de dados no DATASUS, mediante consulta no Sistema de Internações
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
Hospitalares do SUS. Foram analisados números de internações, faixa etária, sexo,
estado, cor/raça, caráter de atendimento, taxa de mortalidade e óbitos. Resultados: Foram
identificadas 2.494 internações por DC e RU em Minas Gerais, durante os anos de 2018
a 2022, com caráter de atendimento de urgência em 95% dos casos. Houve predomínio
de pacientes do sexo feminino (57%) e com idade entre 30 e 39 anos (18%). Além disso,
a cor/raça parda predominou com 52% e a média de permanência das internações foi de
sete dias. Foram descritos um total de 51 óbitos e a taxa de mortalidade foi de 2,04 no
período estudado. Conclusão: Conclui-se que RU e DC são doenças de difícil
diferenciação e com diagnóstico tardio. A maioria das internações acontece na fase ativa
da doença ou após complicações, justificando o caráter de atendimento de urgência em
95% dos casos. Ademais, o tempo médio de internação é de sete dias, podendo acarretar
alto grau de morbidade e gastos elevados pelos serviços de saúde. As doenças
inflamatórias intestinais apresentam baixa letalidade em Minas Gerais e maior
prevalência entre mulheres. Portanto, salienta-se a importância do diagnóstico ser
estabelecido precocemente, a fim de assegurar um tratamento adequado e a redução dos
custos com internações.
Palavras-Chave: Doença de Crohn. Internações. Óbitos. Retocolite Ulcerativa.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR PANCREATITE
AGUDA NO BRASIL
Maria Eduarda Neves Moreira, Isabella Ribeiro Gomes, Maria Eduarda Borges
Rodrigues, Maria Suzana Marques
Introdução: A pancreatite aguda é uma doença inflamatória de caráter autolimitado e
tratamento clínico. Todavia, a presença de necrose pancreática e peripancreática,
associada à infecção, é potencialmente grave e pode demandar cuidados e abordagens
especializadas. A pancreatite aguda apresenta uma grande variedade de manifestações
morfológicas e clínicas, desde discretas e transitórias até evolução fatal. A necrose
pancreática é o principal determinante do prognóstico e evolução da doença. Deste modo,
o entendimento sobre os mecanismos envolvidos em sua fisiopatologia pode permitir um
tratamento mais eficaz, especialmente das formas graves, cuja letalidade ainda é bastante
elevada. Objetivo: Caracterizar o perfil epidemiológico das internações por pancreatite
aguda no Brasil no período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo
epidemiológico quantitativo e retrospectivo com coleta de dados no DATASUS,
mediante consulta no Sistema de Internações Hospitalares do SUS. Foram analisados
números de internações, faixa etária, sexo, região, caráter de atendimento e óbitos.
Resultados: Foram identificadas 176.250 internações por pancreatite aguda no Brasil,
durante os anos de 2018 a 2022, com caráter de atendimento de urgência em 95% dos
casos. Houve predomínio de pacientes do sexo masculino (52%) e com idade entre 40 e
49 anos (19%). Além disso, a região Sudeste apresenta o maior número de internações,
correspondendo a 48% do total de internações. Conforme a contagem de óbitos foram
descritos um total de 8.579 no período estudado. Conclusão: Conclui-se que a pancreatite
aguda é uma doença frequentemente associada à necessidade de internação hospitalar e
com um relevante caráter de urgência. O agravo é mais prevalente entre homens e, apesar
da taxa de mortalidade ser inferior a 5%, a maioria dos pacientes que desenvolvem
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
pancreatite, encontram-se em faixa etária economicamente produtiva. Ressalta-se a
necessidade de medidas de promoção e prevenção em saúde voltadas para diminuir a
prevalência dessa doença.
Palavras-Chave: Internações. Óbitos. Pancreatite aguda.
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR INSUFICIÊNCIA CARDÍACA
NO BRASIL
Maria Eduarda Neves Moreira, Maria Eduarda Borges Rodrigues,
Isabella Ribeiro Gomes, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é a síndrome clínica que resulta de qualquer
disfunção cardíaca estrutural ou funcional que dificulta a ação do ventrículo em se
preencher ou ejetar sangue, ela apresenta elevada incidência e prevalência em todo
mundo. As etiologias mais comuns são isquemia, hipertensão arterial sistêmica, doença
de chagas e valvopatia reumática, que promovem o remodelamento miocárdico e o
desenvolvimento de alterações estruturais cardíacas, algumas delas, inclusive, como uma
tentativa de adaptação do organismo à doença. A IC é classificada de acordo com o tempo
de evolução, o débito, a fração de ejeção e a predominância de acometimento da câmara
cardíaca. O quadro clínico inclui a presença dispneia, acompanhada de edema periférico
ou congestão pulmonar, além de alterações no exame físico como taquicardia, bulhas
patológicas e estase jugular. A partir do diagnóstico, sendo o ecocardiograma o exame
com maior impacto na conduta clínica dos pacientes com IC, e da estratificação de risco,
a determinação do perfil clínico-hemodinâmico é fundamental para orientar o tratamento,
incluindo medidas não farmacológicas, farmacológicas e, na refratariedade, dispositivos
atrioventriculares e transplante cardíaco. Objetivo: Caracterizar a epidemiologia das
internações por IC no Brasil no período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um
estudo epidemiológico quantitativo e retrospectivo com coleta de dados no DATASUS,
medicante consulta no Sistema de Internações Hospitalares do SUS. Foram analisados
números de internações, faixa etária, sexo, região, caráter de atendimento, taxa de
mortalidade e óbitos. Resultados: Foram identificadas 935.611 internações por IC no
Brasil, durante os anos de 2018 a 2022, com caráter de atendimento de urgência em 94%
dos casos. A faixa etária predominante foi de 70 a 79 anos e o sexo masculino o que
corresponde, respectivamente, a 26% e 52%. Além disso, a Região Sudeste apresenta o
maior número de internações com 42%. Conforme a contagem de óbitos foram descritos
um total de 112.670 e taxa de mortalidade de 12,04 no período estudado. Conclusão:
Portanto, a IC é causa frequente de internação e carrega consigo elevado risco de
mortalidade. Dessa forma, a abordagem multidisciplinar associada à implementação de
boas práticas embasadas em evidências científicas pode reduzir a descompensação e o
risco de internação.
Palavras-Chave: Insuficiência cardíaca, Internações, Óbitos.
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA FEBRE CHIKUNGUNYA NO MUNICÍPIO
DE MONTES CLAROS ENTRE 2018 E 2022
Víctor Eduardo Mendes, Edna de Freitas Gomes Ruas, Maria Clara Dias Vieira,
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Mauricio Gomes Prates
Introdução: A Febre Chikungunya é uma doença viral transmitida pelo mosquito do
gênero Aedes, comum em regiões tropicais e subtropicais. No Brasil, desde sua
identificação em 2014, a doença tem se disseminado, incluindo a região norte de Minas
Gerais. Essa doença acomete principalmente adultos, e o quadro clínico pode ser grave,
com o desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré, uma condição que afeta o
sistema nervoso e pode levar à fraqueza muscular e paralisia, e também a Artrite
Crônica. Objetivos: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da Febre
Chikungunya no município de Montes Claros, contribuindo para o entendimento da
epidemiologia local e auxiliando em medidas de controle. Metodologia: Estudo
descritivo, retrospectivo, do tipo epidemiológico, a partir da coleta na base de dados
secundários DATASUS mediante consulta no sistema de informação de agravos de
notificação (SINAN) durante o período de 2018 a 2022. Foi analisado o número de
notificações e as variáveis utilizadas foram sexo, raça/cor, faixa etária, escolaridade, mês
da notificação. Resultados: Durante o período de estudo, 3.391 casos de Febre
Chikungunya foram notificados em Montes Claros. A maior prevalência ocorreu no sexo
masculino, com 2098 casos (61,9%), na cor/raça parda, com 2015 casos (59,4%) e na
faixa etária de 20 39 anos, com 1160 casos (34,2%). Dentre aqueles que declararam a
escolaridade (n=696), os que completaram o ensino médio apresentaram a maior
prevalência, totalizando 224 casos (31,2%). O período de maior notificação foi entre os
meses de março e maio, que concentraram 78,5% dos casos. Porém, o dado que mais
chamou a atenção foi o crescimento de notificações no ano de 2022, com 3.253 casos, o
que representou um aumento de aproximadamente 2357,2% em relação ao período
anterior, de 2018 a 2021, o que caracterizou um quadro de surto da doença no ano de
2022. Conclusão: Este estudo evidenciou a presença da Febre Chikungunya em Montes
Claros, com uma prevalência que merece atenção das autoridades de saúde pública,
sobretudo após o surto de casos no ano de 2022. Os resultados sugerem a necessidade de
medidas de controle e prevenção eficazes, especialmente durante os períodos de maior
sazonalidade, representado pelos meses de março a maio, que coincidem com o término
do período chuvoso e início do outono. Ademais, a vigilância contínua da epidemiologia
local da doença assume relevância crucial para monitorar e responder de forma adequada
a surtos e epidemias.
Palavras-Chave: Chikungunya, Epidemiologia, Notificações de Casos.
FATORES ASSOCIADOS A OBESIDADE E ADIPOSIDADE ABDOMINAL:
UMA REVISÃO DE LITERATURA
Isabela Neves de Matos, Giovanna Jansen Cordeiro, Mariana Souto Pires,
Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a obesidade é definida
como excesso de gordura corporal, e é considerado um problema de saúde pública em
todo o mundo. Caracteriza-se por uma doença crônica que pode levar a complicações
graves, como doenças cardiovasculares, Diabetes Mellitus do tipo 2 e câncer. O Índice de
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massa corporal (IMC) é uma medida usada para avaliar o excesso de peso e obesidade.
Um IMC igual ou superior a 25 é considerado sobrepeso, e igual ou superior a 30 é
considerado obesidade. A adiposidade abdominal é uma forma de gordura visceral, ou
seja, localizada próximo aos órgãos essenciais do corpo humano, como coração,
fígado e pâncreas. Além disso, ela favorece a produção de substâncias pró inflamatórias,
aumentando o risco de eventos cardiovasculares. Assim, a OMS recomenda que a
circunferência abdominal, medida pra avaliação da adiposidade abdominal, não
ultrapasse 102 cm nos homens e 88cm em mulheres. Objetivo: Objetivou-se, com esse
estudo, descrever os fatores associados à obesidade e à adiposidade abdominal em
adultos. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, considerando
estudos publicados entre 2013 e 2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados
Biblioteca Virtual em Saude (BVS), Scientific Electronic Library Online ( Scielo) e
National Library of Medicine (PubMed). Para a estratégia de busca utilizou-se os
seguintes descritores em diferentes combinações por meio do uso dos operadores
booleanos: obesidade, mulheres, prisioneiros, obesidade abdominal e comportamento
sedentário. Foram identificados 27 artigos dos quais 13 compuseram a amostra final do
estudo. Resultados: Os fatores associados a obesidade e adiposidade abdominal
encontrados foram: sexo feminino, faixa etária cima de 40 anos, gestação, menopausa,
ex- tabagista, sedentarismo, autorrelato de hipertensão e diabetes mellitus e colesterol
alto. Identificaram-se ainda riscos influenciados por fatores sociodemográficos
desfavoráveis, como baixa renda e menor escolaridade. Conclusão: Conclui-se que
parcela significativa dos estudos apresentou alta prevalência de obesidade e adiposidade
abdominal na população investigada. O estudo nos permite entender sobre os fatores
associados a essa condição, bem como desenvolver estratégias de prevenção e tratamentos
eficazes.
Palavras-Chave: Comportamento sedentário, Mulheres, Obesidade abdominal,
Obesidade.
O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS E COMUNICAÇÕES NA CONSTRUÇÃO
ACADÊMICA
Amanda Gabriela Oliveira Aquino, Thiago Rodrigues Duarte, Maria Suzana Marques,
Maria Eduarda Borges Rodrigues, Deborah Mendes Fonseca, Camilla Patrícia Resende
Oliveira, Maria Izabel Souza Pereira
Introdução: A sociedade contemporânea está avançando na área da educação,
especialmente no ensino superior, graças à integração de ferramentas tecnológicas. As
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) desempenham um papel fundamental
na melhoria da aprendizagem e no desenvolvimento acadêmico, capacitando os alunos e
aprimorando suas habilidades intelectuais. Essa abordagem educacional com foco na
tecnologia beneficia tanto os estudantes quanto a sociedade em geral. No entanto, é
essencial que alunos e professores sejam capacitados no uso dessas ferramentas para
evitar retrocessos no processo educacional devido à falta de conhecimento tecnológico.
As TICs são ferramentas de ensino ativo que promovem a busca de conhecimento e o
desenvolvimento acadêmico-profissional, capacitando os alunos a serem mais
independentes em sua própria educação. Objetivos: Relatar como a utilização das
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Tecnologias de Informações e Comunicação (TICs) pode ser incorporada em
metodologias ativas de aprendizagem e proporcionar a construção de conhecimento
acadêmico de modo autônomo e eficaz. Relato de experiência: Os estudantes de
Medicina no Norte de Minas, desde o início do curso, participam de atividades semanais
de TICs, que são avaliadas pelos professores com critérios específicos. Essas atividades
incentivam os alunos a se tornarem protagonistas de sua própria aprendizagem,
pesquisando, aprofundando-se em diversos tópicos e avaliando suas fontes de forma
crítica. Essas habilidades são cruciais para o desenvolvimento acadêmico, estimulando a
independência dos alunos na busca pelo conhecimento, melhorando a qualidade do
estudo, promovendo a inovação sólida e fomentando a interação com colegas e
professores em grupos de discussão. Reflexão sobre a experiência: As TICs motivaram
para a formação de profissionais mais curiosos e aptos a exercer sua carreira de forma
integral, uma vez que desenvolvem habilidades de pesquisa e estudo fundamentais para
toda a vida profissional. Além disso, podem contribuir para a melhoria da qualidade do
atendimento na área da saúde, por serem ferramentas importantes na extensão e
atualização dos conhecimentos médicos. Conclusões: O uso das TICs na educação coloca
o aluno no centro da construção do conhecimento, promovendo aprendizado ativo e
autonomia. Quando inovadoras desde o início da vida acadêmica, essas ferramentas
ajudam a formar profissionais de saúde mais proativos e conscientes, melhorando a
qualidade do estudo, aprendizado e pesquisa.
Palavras-Chave: Tecnologias de Informação e Comunicação, Metodologia ativa,
Formação de profissionais, aprendizagem.
FATORES ASSOCIADOS À ANSIEDADE E DEPRESSÃO EM PRESIDIÁRIAS:
REVISÃO NARRATIVA DA LITERATURA
Kaio Henrique Marques Batista, Josiane Santos Brant Rocha,
Vanessa Castro Fonseca Coelho, Karla Monique Fagundes Queiroz
Introdução: A ansiedade é um estado emocional que abrange aspectos psicológicos e
fisiológico e é um fator indissociável da experiência humana e pode torna-se patológica
em casos de desproporção entre fatores desencadeantes e respostas fisiológicas. A
depressão é uma condição neurobiológica associada a diversas irregularidades fisiológicas
e intelectuais como percepção, atenção e memória, podendo surgir quando ocorre uma
desintegração da identidade psicológica do indivíduo. Ambos, são considerados
problemas de saúde pública, apresentam-se com alta prevalência na sociedade, chamando
atenção para mulheres privadas de liberdade. Objetivo: Descrever os fatores associados a
simultaneidade da ansiedade e depressão em mulheres privadas de liberdade.
Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, considerando estudos
publicados entre 2009 e 2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library
of Medicine (PubMed). Para a estratégia de busca utilizou-se os seguintes descritores em
diferentes combinações por meio de operadores booleanos: “fatores associados AND
ansiedad e depressão AND mulheres” e “ansiedade e depressão AND mulheres
privadas de liberdade”, a maioria dos estudos eram Transversal e foram realizados
em diferentes regiões do Brasil. Foram eleitos 63 artigos dos quais 12 compuseram a
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amostra final do estudo. Resultados: Os fatores associados a simultaneidade da depressão
e ansiedade foram: sexo feminino, pais com histórico de doença mental na infância,
parentes com transtornos mentais graves, mudança de ambientes, estrutura autoritária,
rígida rotina de controle ininterrupto, uso de álcool e drogas, crimes contra o patrimônio,
o fato de estar em uma penitenciária, não receber visitas, privação do convívio social e
da liberdade, a ausência da prática religiosa, transtornos alimentares e auto percepção
ruim de saúde. Conclusão: Conclui-se que parcela significativa dos estudos apesentou
alta prevalência e presença simultânea de cinco ou mais fatores associados para o
desenvolvimento de ansiedade e depressão nas populações investigadas. O estudo da
simultaneidade de fatores associados para ansiedade e depressão é um tema de grande
relevância, porém a literatura demonstra escassos trabalhos no que diz respeito ao
público-alvo.
Palavras-Chave:Ansiedade, Depressão, Fatores Associados, Mulheres.
FATORES ASSOCIADOS À OBESIDADE ABDOMINAL EM MULHERES
CLIMATÉRICAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Fernanda Lima Lopes, Ana Luisa Colares Ribeiro, Leyson Gian Silva Fernandes, João
Fellipe Silva Araújo, Ramon Boaventura Marques Silveira, João Pedro de Paula Ferreira
da Silva, Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: A atual definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) classifica a
obesidade com base no Índice de massa corporal (IMC), relacionando o peso e a altura
do indivíduo. Valores de IMC acima de 30 são considerados obesidade, e entre 25 e 30,
sobrepeso. A obesidade abdominal é definida pelo acumulo de tecido adiposo que acarreta
medidas de circunferência abdominal acima de 88 cm para mulheres, conforme à OMS,
e tem como vantagem estimar o grau de adiposidade abdominal, contornando as
limitações do IMC, que avalia apenas a razão peso (Kg)/ altura (m)2. O climatério é
considerado uma fase de transição na vida de uma mulher que ocorre dos 35 aos 65 anos
e representa o fim do período fértil para o não reprodutivo em decorrência das alterações
hormonais. Diversos fatores estão associados à obesidade abdominal em mulheres
climatéricas, impactando na saúde das mulheres no período pré e pós menopausa.
Objetivo: Descrever os fatores associados à obesidade abdominal em mulheres
climatéricas. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura, considerando
estudos publicados entre os anos de 2017 à 2023. Foram realizadas buscas ativas nas
bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online
(Scielo) e National Library of Medicine (PubMed). Para sistematização da busca foram
utilizados descritores em diferentes combinações como “mulheres”, “obesidade”,
“climatério”, “obesidade abdominal”, selecionados conforme os Descritores em Ciências
da Saúde (DeCs). Foram identificados 22 artigos dos quais 8 compuseram a amostra final
do estudo. Resultados: Os fatores associados à adiposidade abdominal em mulheres
climatéricas foram: distúrbios metabólicos no período transicional e na própria
menopausa, distúrbios no sono, maior risco cardiovascular, obesidade, redução do
estrogênio, sedentarismo e multiparidade maior que dois filhos. Conclusão: A
obesidade abdominal tem alta prevalência no climatério e está associada à piora da
qualidade de vida por potencializar os efeitos deletérios do período climatérico. Portanto,
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o estudo de fatores associados possibilita melhor entendimento do período climatérico e
propicia o desenvolvimento de estratégias de intervenção adequadas, favorecendo
medidas para promoção e prevenção em saúde
Palavras-Chave: Climatério. Mulheres, Obesidade abdominal, Sedentarismo.
ANGIOPLASTIA CORONÁRIA COM IMPLANTE DE STENT NO BRASIL:
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES
Mateus Augusto De Prince, Alan Vinicyus Silva Gomes, Helen Daiana Nunes
Cavalcanti, Nayara Teixeira Gomes, Vivian Emanuelly Barbosa Alves,
Luame Ramos e Santos Soares, Karina Andrade de Prince
Introdução: A angioplastia coronária é um procedimento de revascularização miocárdica
minimamente invasiva onde é implantada uma prótese (stent) por via percutânea,
geralmente através do acesso vascular arterial radial; o seu objetivo é o tratamento de
estenoses coronarianas para o alívio de sintomas e/ou isquemia miocárdica. Objetivo:
Avaliar o número de internações e os custos hospitalares para a realização de angioplastia
coronária com implante de stent no Brasil, no período de 2013 a 2022. Método: Trata-
se de um estudo descritivo, transversal, de série temporal. Teve como universo de
pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de
Saúde (SIH/SUS). Resultados: No período de 2013 a 2022 foram registradas 446.754
internações para a realização de angioplastias coronárias com implante de stent no país,
com um aumento de 30,5% até 2019 e redução 12,1% no período da pandemia da covid-
19 (2020 a 2022). O número variou de 39.633 a 51.712, com média de 44.675
procedimentos anuais. As regiões Sudeste (48,1%) e Sul (29,1) realizaram o maior
número de procedimentos. Segundo os resultados, 64,5% foram realizadas em caráter de
urgência e 35,5% de forma eletiva e, a média de internação variou de 3 a 4 dias. A taxa de
mortalidade média foi de 1,5%, sendo mais elevada no período de 2020 e 2021 (1,7%) e
na região Norte (2,2%). O custo médio e total das internações foram de R$ 5.478,310 e
R$ 2.447.363.264,24 respectivamente. Conclusão: No Brasil, o número de angioplastias
coronárias com implante de stent aumentaram significativamente ao longo dos anos e, a
pandemia da covid-19 impactou negativamente reduzindo o número no país, devido ao
cancelamento de diversas cirurgias eletivas. O procedimento com implante de stent
proporciona maiores taxas de sucesso, menores taxas residuais de estenose, redução de
reinfarto e da mortalidade.
Palavras-Chave: Hospitalizações; Angioplastia; Custos hospitalare
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
DIABETES EM FOCO: ABORDAGEM INTEGRAL E EDUCATIVA NA
GESTÃO DA SAÚDE DO PACIENTE COM DIABETES - UM PROJETO DE
EXTENSÃO ACADÊMICO
Yasmim Bastos Murta Flores, Roberta Caetano Soares, Luiz Eduardo Costa Aguilar,
Ana Luiza De Souza Seixas, Carla Emanuelly Pessoa De Oliveira,
Vitória Maria Sousa Ramos, Claudia Danyella Alves Leão Ribeiro
Introdução: A diabetes mellitus representa uma condição metabólica crônica,
caracterizada pela elevação dos níveis de glicose no sangue, originada pela deficiência na
produção ou ação da insulina, exercendo assim, um impacto substancial na qualidade de
vida dos indivíduos com a condição. Nesse sentido, surge o projeto de extensão "Diabetes
em Foco", com o propósito de oferecer apoio educacional e prático aos pacientes com
diabetes na Estratégia de Saúde da Família Violeta, em Montes Claros, MG. As atividades
visaram prevenir complicações e melhorar a qualidade de vida por meio da educação
sobre autocuidado e adoção de hábitos saudáveis. Objetivo: Relatar a experiência de
acadêmicos de Medicina que realizaram o projeto de extensão "Diabetes em Foco".
Metodologia: Trata-se de um relato de experiência sobre um projeto de extensão realizado
por acadêmicos de medicina do período da UNIFIPMoc-Afya e desenvolvido na ESF
Violeta, em Montes Claros, MG. O público-alvo foram pacientes com diabetes que
frequentavam regularmente a referida unidade de saúde. As atividades ocorreram em 4
encontros, durante o mês de maio de 2023. Por meio da utilização de abordagens
educativas, como dinâmicas de grupo e atividades práticas, os acadêmicos forneceram
orientações acerca do controle glicêmico, alimentação equilibrada e prática de atividades
físicas. Adicionalmente, foram conduzidos atendimentos individuais, visando avaliar
suas necessidades específicas, possibilitando, uma personalização efetiva das estratégias
de cuidado. Resultados: Os participantes demonstraram engajamento ativo nas
atividades, refletindo o impacto positivo da educação em saúde, além disso, a abordagem
educacional e participativa proporcionou uma base sólida para a gestão da diabetes.
Ademais, os atendimentos individuais facilitaram o cuidado personalizado, fortalecendo
a relação acadêmico-paciente. Conclusão: O projeto "Diabetes em Foco" alcançou seus
objetivos, proporcionando uma experiência enriquecedora para os acadêmicos e
pacientes. Através da educação em saúde, do estímulo à participação e promoção de
hábitos saudáveis, buscou-se contribuir para o bem-estar e a qualidade de vida dos
indivíduos. Dessa forma, o êxito dessa iniciativa reforça a importância de projetos
semelhantes no âmbito da saúde pública, evidenciando como a disseminação de
informações e a abordagem integral são elementos-chave para a promoção de uma
sociedade saudável e consciente de seus cuidados com a saúde.
Palavras-Chave: Diabetes Mellitus, Educação em Saúde, Saúde do Idoso.
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GANGRENA MAMÁRIA APÓS USO DE FITA ADESIVA PARA SEIOS:
RELATO DE CASO
Ana Luiza De Souza Seixas, Carla Emanuelly Pessoa De Oliveira,
Gláucia Cavalcante Oliveira
Introdução: A gangrena é definida como a necrose de uma massa de tecido considerável.
Na gangrena úmida, não há uma boa demarcação entre o tecido morto da área necrosada
e o tecido saudável. A condição pode ser causada por isquemia, infecção ou trauma,
originando bolhas na superfície e liquefação. A área pode apresentar-se edemaciada, preta
e tensionada. Os sintomas sistêmicos são perigosos, podendo ocasionar morte, a menos
que o quadro seja adequadamente tratado. Objetivo: Relatar o caso de gangrena mamária
pelo uso de fita adesiva para seios em uma mulher atendida na Estratégia de Saúde da
Família (ESF) num município de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de um estudo
descritivo com abordagem qualitativa. Foram colhidas informações através de entrevista
com a paciente e a avaliação dos resultados dos exames, laudos e análise do prontuário.
Caso clínico: Mulher, 57 anos, apresenta-se para acompanhamento após cirurgia plástica
com enxerto de pele na mama esquerda devido a lesão ocasionada pela retirada incorreta
de adesivos para seios, o que provocou ulceração com evolução necrosante, de
aproximadamente 10 cm de diâmetro até o tecido subcutâneo, necessitando de diversos
desbridamentos cirúrgicos. Após cirurgia, apresentou quadro estável, sem sinais
flogísticos, trocas de curativo a cada dois dias e higienização com uso de soro fisiológico.
Porém, evoluiu com deiscência em algumas regiões da mama, evidenciando lesões
abertas com bordas irregulares, pontos secretivos de aspecto purulento e odor fétido,
sendo prescrito Amoxicilina 500 mg + Clavulanato 125mg por 10 dias, via oral, e uso
de óleo de girassol nas áreas de pele íntegra durante as trocas de curativo para ajudar na
cicatrização. 42 dias depois a paciente apresentava bom prognóstico, a lesão possuía boa
irrigação sanguínea e aspecto irregular, porém superficial, diante deste quadro, foi
prescrito placas de Alginato de cálcio + prata e Hidrogel, evoluindo para resolução do
quadro, resultando numa lesão totalmente cicatrizada. Conclusão: É evidente a
necessidade de mais estudos científicos direcionados à relação entre o mal uso de fita para
os seios e o desenvolvimento de gangrena, tendo em vista a popularidade do uso desse
acessório associado à autoestima feminina e os riscos à saúde e qualidade de vida da
mulher.
Palavras-Chave: Cirurgia Plástica,Gangrena, Saúde da Mulher.
A IMPORTÂNCIA DO USO DO ÍNDICE DE VULNERABILIDADE CLÍNICO
FUNCIONAL-20 NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Ana Luiza De Souza Seixas, Kênia Souto Moreira
Introdução: O envelhecimento está associado a alterações fisiológicas que podem
aumentar o número de doenças crônicas nos indivíduos e acentuar seu processo de
fragilização. No Sistema Único de Saúde (SUS) é de suma importância a identificação
dos idosos em risco de vulnerabilidade clínico - funcional, com a finalidade de evitar e
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identificar os desfechos desfavoráveis a essa população. Para isso, o Índice de
Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 (IVCF-20) é um instrumento desenvolvido para a
aplicação no contexto da Atenção Primária à Saúde (APS), que contempla aspectos
multidimensionais da condição de saúde do idoso. Objetivo: Refletir sobre a
aplicabilidade do IVCF-20 na APS e sua importância para a triagem de idosos com
fragilidade clínico-funcional. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura
narrativa, com base em artigos disponíveis nas plataformas de dados PubMed, Scielo e
Google Acadêmico, publicados entre 2016 e 2022, usando os descritores: Idoso
Fragilizado, Avaliação Geriátrica e Atenção Primária à Saúde. Resultados: No âmbito da
alta demanda pelos serviços do SUS, torna-se fundamental a utilização de instrumentos
de baixo custo, triagem rápida e aplicados por qualquer profissional da área, como os
agentes comunitários de saúde, capazes de reconhecer o idoso vulnerável. Nesse sentido,
apesar de ser um instrumento recente, o IVCF-20 apresentou alto grau de validade e
confiabilidade, permitindo, pela APS, uma avaliação prática e multidimensional dos
idosos com maior risco de fragilização, por meio dos determinantes biológicos, físicos,
cognitivos e psíquicos que contribuem para o declínio desses indivíduos. Dessa forma, o
uso do IVCF- 20 pode identificar os idosos que precisam de atenção diferenciada na rede
do SUS, contribuindo para o planejamento da consulta especializada com geriatra ou
gerontólogo, de forma a promover ações mais assertivas no cuidado relativo ao processo
de envelhecimento. Conclusão: No SUS é importante um olhar mais atento para o
processo de fragilização da população idosa. Assim, constata-se a relevância de
ferramentas práticas como o IVCF-20 para o acompanhamento de identificação dos
idosos vulneráveis na Atenção Primária à Saúde (APS), colaborando para o aumento da
sua qualidade de vida.
Palavras-Chave: Idoso Fragilizado, Avaliação Geriátrica, Atenção Primária à Saúde.
INCENTIVO ÀS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES COMO
ESTRATÉGIA DE AUTOCUIDADO EM SAÚDE MENTAL
Vitória Molinari Marinho, Matheus Martinho de Araujo Carvalho, Giovanna Jansen
Cordeiro, Ana Lorena Figueiredo Durães
Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são recursos terapêuticos
baseados em conhecimentos tradicionais, que estimulam os mecanismos naturais de
prevenção, promoção e recuperação da saúde, priorizando uma escuta acolhedora e um
vínculo terapêutico humanizado, bem como incentivando o autocuidado. O Sistema
Único de Saúde (SUS) oferece 29 modalidades de PICS de forma gratuita. Essas terapias
complementam a medicina convencional, sendo úteis também na prevenção e no
tratamento dos transtornos da saúde mental, ampliando as opções terapêuticas
disponíveis. Objetivo: Objetivou-se com esse estudo descrever a associação das PICS na
prevenção, no autocuidado e no tratamento em saúde mental, como ferramenta de
diminuição de sintomas de ansiedade e de depressão. Metodologia: Trata-se de uma
revisão de literatura, considerando estudos publicados entre 2017 e 2023. Foram
realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific
Electronic Library Online (Scielo), e National Library of Medicine (PubMed). Para a
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estratégia de busca, utilizou-se os seguintes descritores: “Saúde Mental”, “Terapias
Complementares”, “Autocuidado”. Resultados: Na saúde mental, as PICS, incluindo a
Medicina Tradicional Chinesa, são amplamente utilizadas. A auriculoterapia é a estratégia
principal para distúrbios de ansiedade e humor, aplicada por profissionais de saúde de
nível médio e superior. Embora práticas como yoga e fitoterapia estejam presentes, foi
identificada a auriculoterapia como a principal estratégia em PICs, sendo utilizada para
as demandas de saúde mental na atenção primária e executada por diversos tipos de
profissionais da saúde. Essas terapias têm ganhado destaque na abordagem de problemas
de saúde mental e autocuidado na rede básica de saúde. A integração da teoria com a
prática é fundamental para seu sucesso. Conclusão: Conclui-se, com base na literatura
observada, que o uso das PICS é de extrema importância como tratamento adjuvante na
saúde mental, prevenindo e tratando de forma natural, diminuindo a ingestão de fármacos
e melhorando a qualidade de vida, promovendo autocuidado e otimizando a solução de
demandas de saúde mental da população.
Palavras-Chave: Autocuidado. Saúde Mental. Terapias complementares.
FATORES ASSOCIADOS AO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS MULHERES
PRIVADAS DE LIBERDADE: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Bianca Thays Gonçalves Cardoso, Luísa Araújo Miranda, Nara Ramos Dourado,
Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde das Pessoas Privadas de
Liberdade no Sistema Prisional, criada em 2014, é um passo importante para melhorar a
qualidade dos cuidados de saúde prestados aos detentos. É válido ressaltar que as
condições de saúde das mulheres privadas de liberdade podem ser persistentes ou
temporárias, consequentemente, os sistemas de atenção à saúde devem fornecer respostas
apropriadas, sejam elas reativas ou proativas. Nesse sentido, é importante considerar as
necessidades específicas das mulheres em contextos prisionais, uma vez que elas podem
enfrentar desafios adicionais à sua saúde física e mental devido ao encarceramento.
Objetivo: Descrever os fatores associados à saúde das mulheres privadas de liberdade.
Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa, na qual foram utilizados estudos
transversais e longitudinais, publicados nos últimos cinco anos e sem restrição quanto ao
idioma. A coleta de dados ocorreu por meio de busca nas plataformas MEDLINE e
LILACS, realizadas no período de agosto de 2023 a setembro de 2023 por três
pesquisadores. A busca resultou em 118 títulos e artigos, desses, 21 foram inseridos na
revisão após análise dos critérios de inclusão e exclusão. Resultados: Foi verificado que
alimentação inadequada, qualidade de sono, relações sexuais desprotegidas,
sedentarismo, estresse, tabagismo, uso de álcool/drogas, higiene básica precária, escassez
de médicos nos presídios, insumos de saúde e o próprio ambiente são fatores associados
que contribuem para o desenvolvimento de doenças, como hipertensão arterial
sistêmica, obesidade, ansiedade, depressão, infecções sexualmente transmissíveis (IST),
dislipidemias, câncer de colo de útero, entre outros. Conclusão: Portanto, é importante
considerar as demandas específicas das mulheres privadas de liberdade, incluindo saúde
reprodutiva, dietas adequadas e outras questões relacionadas à saúde feminina. Assim,
percebe-se que as custodiadas enfrentam desafios significativos de saúde, sendo
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fundamental que haja um sistema de vigilância e cuidados de saúde adequados dentro do
sistema prisional para garantir o diagnóstico precoce e o tratamento de uma variedade de
condições médicas.
Palavras-Chave: Fator de Risco, Mulher, Pessoa Privada de Liberdade, Perfil
Epidemiológico, Saúde.
IMPACTOS DE HÁBITOS DE VIDA NA PREVENÇÃO DO CÂNCER
COLORRETAL
Bianca Thays Gonçalves Cardoso, Luísa Araújo Miranda, Marina Araujo Miranda
Introdução: O câncer colorretal (CCR), atualmente classifica-se como uma das
neoplasias mais frequentes na população adulta, com crescente incidência e mortalidade
no mundo. O acometimento da doença não é direta e exclusivamente atribuída a fatores
genéticos e/ou hereditários, mas também à exposição crônica a agentes cancerígenos que
atuam sobre à mucosa intestinal, desencadeando mudanças genéticas e epigenéticas nas
células do intestino, levando ao desenvolvimento da neoplasia ao longo do tempo.
Objetivo: Descrever a relevância da adoção de hábitos de vida saudáveis como forma de
prevenção e de redução do acometimento do CCR. Metodologia: Trata-se de um estudo
de revisão narrativa, no qual foram selecionados 17 artigos publicados no período de
2019-2023, nos idiomas português e inglês, nas bases de dados Biblioteca Virtual em
Saúde (BVS), Scielo e PubMed. Desses, 11 foram incluídos no trabalho final após leitura
completa de cada um. Foram utilizados como descritores na pesquisa: “alimentos
funcionais”, “câncer colorretal”, “obesidade” e “qualidade de vida”. Resultados: Dentre
os principais fatores de risco modificáveis associados ao desenvolvimento do CCR,
infere-se as dietas ricas em gorduras saturadas, carne vermelha, carboidratos refinados e
pobres em fibras. A obesidade, o sedentarismo, o tabagismo e o alcoolismo, também são
condições marcantes relacionadas e predisponentes. Nesse sentido, é válido ressaltar, que
a associação de fatores de risco como os mencionados, pode favorecer lesões e
proliferação de pólipos e células mutagênicas no trato gastrointestinal inferior,
principalmente cólon e reto. Conclusão: Para redução da incidência da doença e melhora
do prognóstico e qualidade de vida dos pacientes em tratamento, é importante a adoção de
um estilo de vida saudável, que contemple dieta e nutrição adequada com a ingesta fibras,
frutas e vegetais, bem como a restrição do consumo exacerbado de gorduras saturadas,
carne vermelha, alimentos ultraprocessados - ricos em aditivos deletérios como:
conservantes, corantes e realçadores de sabor - e, ingesta moderada de álcool junto a
cessação do tabagismo. Portanto, a adesão à essas medidas é fundamental tanto para a
manutenção do bom estado geral e metabólico do indivíduo, quanto para prevenção do
CCR, desempenhando papel fundamental na redução da incidência, no alívio do ônus
econômico sobre os sistemas de saúde e no bem-estar emocional dos pacientes e
familiares.
Palavras-Chave: Alimentos funcionais, Câncer Colorretal, Obesidade, Qualidade de
Vida.
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RELAÇÃO ENTRE OS GENES BRCA1 E BRCA2 E O CÂNCER DE MAMA:
UMA ABORDAGEM FISIOPATOLÓGICA PARA COMPREENSÃO E
DETECÇÃO PRECOCE
Milena Sakon Portugal, Viviane Maia Santos, Maria Júlia Martins e Lima, Luane
Carmélia D’Angeles Pires, Júlia Neves Fagundes Teixeira,
João Gabriel Sicupira Rodrigues, Henrique Castro Mendes
Introdução: O câncer de mama é o principal câncer que atinge a população feminina no
mundo, exceto pelo câncer não melanoma. Sua ocorrência está fortemente relacionada à
herança de alterações genéticas, com destaque para os genes BRCA1 e BRCA2, os quais,
se passarem por mutações, desencadeiam um processo carcinogênico, impactando
significativamente a vida de mulheres e sua qualidade de vida. Objetivo: Compreender
a relação do câncer de mama com os genes BRCA1 e BRCA2 e seus mecanismos
fisiopatológicos. Metodologia: Realizou-se, pois, uma revisão integrativa, tendo como
questão norteadora: Qual é a relação entre o câncer de mama e os genes BRCA1 e BRCA2
e qual a patogenia envolvida? A pesquisa baseou-se em fontes de pesquisas como
PubMed, MEDLINE e LILACS, utilizando as seguintes descrições de busca: Neoplasias
da mama e genes BRCA1 e BRCA2. Foram estabelecidos critérios de inclusão, como
artigos publicados no período de 2018 a 2023 em língua portuguesa, e critérios de
exclusão, como publicações em outros idiomas, títulos duplicados e artigos que não
compreendiam os critérios estabelecidos da temática, finalizando, portanto, em 10 artigos
selecionados. Resultados: Os genes BRCA1 e BRCA2 são genes supressores de tumor
que produzem proteínas responsáveis pela reparação do DNA. Descobriu-se que uma
mutação em qualquer um desses dois genes aumenta significativamente o risco de
desenvolvimento de câncer de mama. Assim, quando esse processo patológico é
desencadeado, ocorre uma perda de função de ambos os alelos, em que um alelo mutante
é herdado e o segundo alelo é inativado por um evento somático. Além disso, mutações
nos genes supressores tumorais levam à supressão dos genes protetores (gatekeepers),
responsáveis pela regulação direta do crescimento celular, assim como dos genes de
manutenção (caretakers), que desempenham um papel na reparação de danos no DNA e
na preservação da integridade genômica. Conclusão: O estudo evidenciou uma grande
relação da inativação dos genes supressores de tumores BRCA1 e BRCA2 com a
predisposição ao câncer de mama, de modo que pôde-se compreender os mecanismos
envolvidos nessa patogenia. Portanto, é de suma relevância a contínua dedicação ao
investimento em pesquisas e estudos das características genéticas inerentes ao câncer de
mama na população, visando à detecção precoce do paciente, de modo que haja melhor
prognóstico e minimização dos índices de mortalidade por essa neoplasia.
Palavras-Chave: Neoplasias da mama, Genes BRCA1, Genes BRCA2, Predisposição
Genética para Doença.
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PREVALÊNCIA DE INTERNAÇÕES POR MENINGITE NA PEDIATRA NA
MACRORREGIÃO DO NORTE DE MINAS
Maria Cecília Souza Ramos, Ana Clara Silva Almeida, Tallita Ramos Antunes, Emilly
Lorena Queiroz Amaral, Thamires Lais Pinto Ferreira, Sarah Barbosa C. Jorge,
Igor Monteiro Lima Martins
Introdução: Meningite refere-se a qualquer processo inflamatório das meninges, com
etiologia variada. Na pediatria, ela pode se manifestar de forma insidiosa, de evolução
progressiva, num período de um a vários dias ou por sinais e sintomas de infecção do
sistema nervoso central com padrão agudo e fulminante, com alta taxa de mortalidade.
Objetivo: Identificar o número de internações por meningite na macrorregião do Norte
de Minas no período de janeiro de 2018 a agosto de 2023. Metodologia: Trata-se de um
estudo epidemiológico do tipo transversal, descritivo e retrospectivo. Os dados foram
coletados por meio do Sistema de Informações Hospitalares do SUS, disponibilizados
pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). A pesquisa foi realizada em
outubro de 2023 através da busca dos CID-10, sendo os seguintes: A390 refere-se a
meningite meningocócica, A87 viral, G039 não especificada, G00 bacteriana não
classificada em outra parte, G00.9 bacteriana não especificada, G00.0 por Haemophilus,
G00.1 pneumocócica, G00.2 estreptocócica, G03 por outras etiologias e causas não
identificadas. Foram utilizados dados referentes a casos de internação por meningite no
período de 2018 a agosto de 2023 na região Norte de Minas Gerais. A faixa etária utilizada
foi: menores de 1 ano a 14 anos. As variáveis estudadas foram sexo, faixa etária, número
de pacientes internados e etiologia. Resultados: No período, houve 117 casos de
internação por vários tipos de meningite na população considerada. O maior número de
internações deu-se no ano de 2020, com um total de 26 casos. 2021 e 2023 revelaram-
se os anos com os menores índices, sendo 13 casos registrados durante os 12 meses
daquele ano e 9 casos até agosto deste. Quanto ao sexo, observou-se maior prevalência
de internações em meninos, 68 casos, enquanto 49 se referiam ao sexo feminino. Na faixa
etária, observou-se maior número de internações em crianças menores de 1 ano, com 41
casos, enquanto a faixa etária de 10 a 14 anos apresentou os menores índices, com 15
internações. Por fim, a infecção por meningite bacteriana não classificada em outra parte
foi a responsável pelo maior número de internações, com 66 casos, aproximadamente
56% de todas as internações por meningite durante o período avaliado. Conclusão:
Assim, este estudo destaca maior prevalência de internações por meningite entre meninos
com menos de 1 ano de idade. Além disso, a principal etiologia da infecção foi por
bactérias não classificada em outra parte.
Palavras-Chave: Hospitalização, Meningite, Pediatria, Prevalência.
PREVALÊNCIA DA ANSIEDADE EM ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E DE
PRÉ-VESTIBULAR
João Bernardo Santos Ferreira, Beatriz Lucas Da Cruz Ferreira, Camila Wanderley
Alcântara Machado, João Artur Dias dos Santos, Júlia Ribeiro Lopes de Almeida,
Marcelo Perim Baldo
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Introdução: A ansiedade é entendida como uma emoção desenvolvida de maneira a ser
um mecanismo de fuga devido ao receio de enfrentar situações presentes ou futuras. Ao
longo da vida, sobretudo no ingresso ao ensino superior, os indivíduos são expostos a
estas situações. Desse modo, muitos jovens que realizam cursos pré-vestibulares ou
frequentam a faculdade, costumam enfrentar grandes pressões, seja pelos familiares,
professores, colegas, ou em circunstâncias avaliativas. Objetivo: Este trabalho tem como
objetivo realizar uma revisão de literatura acerca da prevalência da ansiedade entre os
estudantes universitários e de pré-vestibular e seus fatores associados. Metodologia: Foi
realizado um estudo de caráter descritivo, consolidando uma revisão narrativa de
literatura, na qual as bases eletrônicas utilizadas para pesquisa foram o Google
Acadêmico e a Scientific Electronic Library Online (SciELO), por meio do uso de
descritores como ansiedade, transtorno de ansiedade e prevalência, no período de 2018 a
2023. Foram selecionados 6 artigos entre os 12 analisados, todos em língua portuguesa.
Resultados: Assim, é importante ressaltar que, vinculado a esse cenário de estresse, o
transtorno de ansiedade generalizada, que é altamente incapacitante devido à preocupação
excessiva acerca de diversos eventos, pode impactar negativamente na qualidade de vida
e saúde mental. Associado a isso, o ambiente preparatório para o Exame Nacional do
Ensino Médio e vestibulares contém estressores potencialmente “ansiogênicos”, visto que
é permeado por um contexto de competições e incertezas. Em um inquérito com 1.046
estudantes de pré-vestibular, 23,5% da amostra apresentou ansiedade considerada
moderada ou grave. Em outra investigação, foi identificado que 33,8% dos vestibulandos
apresentavam ansiedade clinicamente relevante. Ademais, esse enredo desassossegado
também permeia a circunstância acadêmica, que é um recinto preludiado pelos
certames da concorrência, no tocante, mormente, à questões relacionadas à pós-
graduação. Conclusão: A ansiedade relacionada a provas foi o principal fator
predisponente a sintomatologia do transtorno de ansiedade generalizada (TAG). A partir
desses resultados, seria necessário a participação de profissionais de saúde mental no
âmbito acadêmico e pré-vestibular para promover um ambiente saudável e acolhedor para
esses alunos, diminuindo assim, a prevalência de TAG nessa população.
Palavras-Chave: Ansiedade. Prevalência. Transtorno de ansiedade.
SAÚDE MENTAL: COMPARAÇÃO DOS REGISTROS DE ATENDIMENTO
ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Sabrina Costa Xavier, Mariana Caroline Ferreira Fagundes, Anna Iris Guimarães,
Kênia Souto Moreira, Viviane Maia Santos
Introdução: A pandemia do vírus SARS-Cov-2 causou uma crise global, levando a
medidas de distanciamento social que limitaram a interação humana e resultaram em
mudanças significativas na rotina diária. O aumento da ansiedade e da depressão, em
conjunto com a dificuldade em acessar os serviços de assistência em saúde mental, foram
alguns dos desafios enfrentados pela população brasileira. Objetivo: Comparar, por meio
de dados temporais, as informações do Departamento de Informática do Sistema Único
de Saúde (DATASUS) relacionadas a demanda por atendimento em saúde mental no
estado de Minas Gerais antes e durante a pandemia da COVID-19. Metodologia: Trata-
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se um estudo documental, de caráter quantitativo, utilizando dados do DATASUS
coletados em junho de 2023, acerca das demandas em atendimento à saúde mental da
população do estado de Minas Gerais antes e depois da pandemia da COVID-19. A coleta
de dados foi realizada no período de de janeiro de 2019 a dezembro de 2022,
selecionando a Produção Ambulatorial (SAI/SUS). Tal período foi definido para
comparar o número de registros ambulatoriais referentes à saúde mental antes e durante
a pandemia de covid-19. Os resultados encontrados foram processados pelo software
EXCEL 2021 e apresentados em formato de tabelas, elaboradas com base nos registros
disponibilizados pelo DATASUS, separadas por macrorregiões de saúde, e submetidas à
análise para determinar se houve aumento ou redução no número de atendimentos.
Resultados: Ao realizar a análise dos dados, verificou-se que todas as quatorze
macrorregiões apresentaram uma diminuição no número de atendimentos no primeiro ano
de pandemia (2020). Foi observada uma redução significativa no número de atendimentos
em saúde mental no estado de Minas Gerais nos primeiros dois anos, devido às medidas
de isolamento social e restrições de deslocamento. Em 2022, houve um aumento nos
atendimentos psicossociais, mas ainda 24,9% abaixo dos números de 2019. A análise por
macrorregiões revelou que a região Leste teve a maior redução percentual, enquanto a
região Sudeste foi a única com aumento no primeiro ano da pandemia. Conclusão: Esses
resultados destacam a importância do registro correto nos sistemas de informação, a fim
de fornecer os dados necessários para o aprimoramento de políticas públicas em saúde e
garantir o cuidado integral dos usuários em saúde mental.
Palavras-Chave: COVID-19, Saúde Mental, Pandemia.
ANÁLISE DA VIOLÊNCIA AUTOPROVOCADA NO BRASIL NO PERÍODO
DE 2012 A 2022
Fernanda Moreira Fagundes Veloso, Caroline Ruas Gonçalves, Maria Rafaela Alves
Nascimento, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: O suicídio corresponde a um fenômeno complexo, que afeta indivíduos de
diferentes de classes sociais, idades, orientações sexuais e identidades de gênero ao redor
do mundo. É, atualmente, considerado um problema de saúde pública, visto que, gera
sofrimento e consequências tanto para as vítimas quanto para os familiares. A palavra
suicídio remete-se a indivíduos que buscam a morte como amparo para o sofrimento. A
consolidação do ato pode ocorrer por meio letais, como armas brancas, enforcamento,
uso de substâncias letais, como venenos, e por meio de formas mais bandas, ou até mesmo
disfarçadas, com o alcoolismo, uso de drogas ilícitas e práticas de atividade de alto risco.
No Brasil, a fim de intensificar o combate dessa prática, foi criado, em 2014, o Setembro
Amarelo, que visa cuidar e conscientizar para a prevenção do suicídio. Objetivo: Analisar
o número de notificação referentes à violência autoprovocada no Brasil durante o período
de 2012 a 2022. Método: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e
epidemiológico. Utilizou-se a base de dados do Doenças e Agravos de Notificação
(SINAN) disponibilizada pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS).
Analisou-se o número de notificações referentes à violência autoprovocada no Brasil no
período 2012 a 2022. O banco de dados é de domínio público, possui sigilo acerca das
informações fornecidas, dispensando, assim, a aprovação do Comitê de Ética.
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
Resultados: Observou-se um total de 815.576 casos de violência autoprovocada no
período analisado. Quanto as regiões de maior prevalência, destacam-se as regiões
Sudeste e Sul com 47,80% e 23,91% das notificações, respectivamente. Ocorreu um
predomínio das faixas etárias de 10-19 anos (29,01%) e 20-29 anos (28,30%). Em relação
ao sexo, o feminino apresentou um maior número de casos (69,06%). Quanto a
escolaridade, pessoas com ensino médio incompleto ou completo foram responsáveis por
28,45% das notificações. Conclusão: Conclui-se que as regiões Sudeste e Sul
apresentaram maior predomínio do número de casos. Além disso, adolescentes e adultos
jovens, bem como mulheres e estudantes do ensino médio, estão mais suscetíveis a
prática. Assim, ressalta-se a importância de medidas públicas efetivas afim de evitar o
suicídio.
Palavras-Chave: Brasil. Suicídio. Violência autoprovocada.
FATORES ASSOCIADOS NA RELAÇÃO ENTRE A OBESIDADE E A ASMA
EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Milena Sakon Portugal, Júlia Neves Fagundes Teixeira, Maria Júlia Martins e Lima,
Priscila Martins Soares Alves, Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma,
Viviane Santos Maia, Laíse Angélica Mendes Rodrigues
Introdução: A asma e a obesidade são condições crônicas prevalentes na pediatria, que
possuem um impacto significativo na saúde infantil e na qualidade de vida das crianças.
Alguns trabalhos científicos ressaltam um possível vínculo entre esses quadros clínicos.
Porém, os mecanismos intrínsecos dessa correlação não foram totalmente elucidados,
principalmente em crianças. Objetivo: Esclarecer a relação entre a obesidade infantil e a
asma, fornecendo uma compreensão mais clara acerca da associação dessas condições e
como se influenciam. Metodologia: Realizou-se, pois, uma revisão integrativa, tendo
como questão norteadora: Qual é a relação entre a obesidade infantil e a asma? A pesquisa
baseou-se em fontes de pesquisas como MEDLINE e LILACS, utilizando as seguintes
descrições de busca: Obesidade pediátrica e asma. Foram estabelecidos critérios de
inclusão, como artigos publicados no período de 2013 a 2023 em língua portuguesa, e
critérios de exclusão, como publicações em outros idiomas, títulos duplicados,
monografias, dissertações, teses, relatos de experiência, anais de eventos científicos e
publicações que estudavam as doenças asma e obesidade infantil isoladamente,
finalizando, portanto, em 6 artigos selecionados. Resultados: Os resultados encontrados
demonstraram que a asma em crianças não apresenta um perfil inflamatório claramente
distinto entre aqueles que são obesos e os que não são obesos. No entanto, observou-se
que crianças asmáticas com excesso de peso tendem a apresentar sintomas mais intensos
e frequentes, tais como quadros clínicos de maior propensão a dispneia, despertares
noturnos, menor qualidade de vida associada à asma e maior uso dos serviços de saúde.
Essa exacerbação da asma em crianças obesas está associada a diversos fatores
relacionados à mecânica respiratória funcional, influência hormonal e de sexo, atividade
física, dieta, mecanismos inflamatórios e imunológicos, bem como fatores genéticos, em
que foi postulado a existência de genes comuns à asma e à obesidade. Conclusão: As
informações obtidas a partir do presente estudo permitem concluir que o controle da asma
é significativamente menor no grupo obeso. Contudo, é imprescindível a realização de
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
mais estudos para melhor compreensão da relação de causalidade entre a obesidade e a
asma, visto que essa pauta ainda requer mais investigação no meio científico.
Palavras-Chave:Obesidade pediátrica, Asma, Saúde da criança.
ESTRATÉGIAS EMERGENCIAIS NO MANEJO DE QUEIMADURAS
Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma, Júlia Neves Fagundes Teixeira, Maria Júlia
Martins e Lima, Milena Sakon Portugal, Priscila Martins Soares Alves,
Katyane Benquerer Oliveira de Assis, Adriana Benquerer Oliveira Palma
Introdução: A lesão por queimadura gera diversos efeitos fisiológicos e imunológicos
que podem provocar complicações graves no indivíduo como a hipovolemia, edema,
redução do débito urinário e disfunção cardiovascular. Esses eventos ocorrem porque
ativação de mediadores inflamatórios, como a histamina e prostaglandinas, os quais
proporcionam danos microvasculares que permitem a liberação de proteínas para o
interstício com perda concomitante de líquidos intravasculares. Diante disso, fica
evidente a importância do manejo emergencial para o paciente queimado. Objetivo:
Identificar os principais métodos utilizados na emergência para o tratamento de
queimaduras. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura nas bases de
dados Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em setembro de 2023, utilizando os
descritores: Emergência, Queimaduras e Tratamento. Foram selecionados apenas artigos
em língua inglesa. Resultados: O manejo das queimaduras graves deve ser iniciado com
a avaliação da possível presença de ameaças à vida do paciente. Deve-se remover
imediatamente a causa da queimadura e realizar o resfriamento da área lesada em uma
temperatura ideal de 10 a 20°C, não para melhorar a resposta fisiológica do organismo,
mas também gerar um alívio paliativo de dor. Os estudos indicaram que queimaduras
envolvendo mais de 20% da superfície corporal resultam em choque hipovolêmico e a
estratégia mais adequada para prevenir essa complicação ou minimizar seus efeitos é o
uso da reanimação com fluidos. Nesses casos, o protocolo mais recomendado é o uso da
fórmula de Parkland que estima a necessidade total de líquidos em 24 horas. O suporte
ventilatório pode ser necessário no caso de lesões pulmonares térmicas ou em lesões por
inalação. A excisão total e cobertura de feridas extensas com enxerto diminui o risco de
infecção e a dor do paciente. Para evitar sepse, podem ser indicados antimicrobianos
tópicos e para reduzir o gasto energético dos pacientes e manter sua termorregulação é
recomendado o aumento da temperatura do local de atendimento. Conclusão: Concluiu-
se que a literatura traz como principais métodos emergenciais no manejo de queimaduras
o resfriamento da área, ressuscitação com fluidos, suporte ventilatório e a excisão do
local. Essas medidas, quando aplicadas de forma precoce e correta, tem como propósito
evitar complicações potencialmente fatais no paciente queimado.
Palavras-Chave: Emergência, Queimaduras, Tratamento.
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
TRANSTORNO DE HUMOR AFETIVO EM MULHERES NO BRASIL:
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES
Ana Júlia Ornelas Franca, Mateus Augusto De Prince, Ana Clara Souza e Souza, Ingrid
Maria Barbosa dos Anjos, Lara Regine Almeida de Freitas,
Gessiane Beata Carvalho Pereira, Karina Andrade de Prince
Introdução: O transtorno de humor afetivo, trata-se de manifestações consideradas
inadequadas por sua intensidade, frequência e duração, podendo afetar a qualidade de
vida da população. O mais comum denomina-se de depressão, que é caracterizada por
sentimento de tristeza, angústia e desesperança; baixa autoestima; incapacidade de sentir
prazer; ideias de culpa, ruína e desvalia; visões pessimistas do futuro e pensamentos
recorrentes sobre morte, acompanhados de alterações somáticas abrangendo sono,
apetite, atividade psicomotora e função sexual. Objetivo: Determinar o número de
internações e os custos hospitalares por transtorno de humor (afetivo) em mulheres no
Brasil, no período de janeiro de 2017 a dezembro de 2022. Metodologia: Trata-se de um
estudo descritivo, retrospectivo de série temporal. Teve como universo de pesquisa a base
de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).
Resultados: No período de 2017 a 2022 foram notificadas 210.683 internações por
transtorno de humor afetivo em mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade média de
0,2%. O número variou de 32.116 a 39.711 casos, com média de 335.114 casos anuais e
aumento de 23,6% entre 2017 e 2019. O maior número de casos foi registrado na região
Sul (38,7%) e a maior taxa de mortalidade no Nordeste (0,5%). Houve predomínio das
internações na faixa etária de 30 a 49 anos (45%), na cor/raça branca (47,6%), internadas
em caráter de urgência (89%) e com média de permanência de 16 a 19 dias. No entanto,
a taxa de mortalidade foi maior em pacientes com 80 ou mais anos (4,7%). Os custos
médios e totais das internações foram de R$ 911,87 e R$ 192.115.721,85
respectivamente. Conclusão: As internações por transtorno de humor afetivo em
mulheres no Brasil, tem aumentado nos últimos anos, sendo especialmente consideradas
um grave problema de saúde pública por afetar sua qualidade de vida. Assim, as políticas
de saúde mental são importantes para que os indivíduos busquem atendimento
médico, visando diagnóstico e intervenções precocemente, melhorando a qualidade
de vida e diminuindo o número de internações e consequentemente dos custos
hospitalares.
Palavras-Chave: Custos Hospitalares. Hospitalizações. Mulheres. Transtorno de Humor
Afetivo.
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES POR FRATURA DE FÊMUR EM
IDOSOS DE MINAS GERAIS
Sheila Nunes Silva Brito, Maíza Verônica Queiroz de Pinho, Ana Júlia Oliveira Sena,
Larissa Lopes Ferreira, Ana Luísa Silva, Karina Andrade de Prince
Introdução: As farturas de fêmur são uma das principais causas de incapacidade,
morbidade e hospitalizações entre os idosos. Geralmente, elas tendem a acontecer no
ambiente domiciliar ao executar atividades simples, como por exemplo, subir e descer
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uma escada. Uma fratura dessa grandeza potencializa suas limitações, dependências,
autonomia e diminui as chances de um bom prognóstico gerando custos sociais e
econômicos. Além disso, o evento tem como resultado a diminuição da autonomia e
independência do indivíduo, se tratando de um evento não intencional. Objetivo:
Determinar o número de internações e os custos hospitalares por fratura de fêmur em
idosos de Minas Gerais, no período de janeiro de 2013 e dezembro de 2022.
Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Teve como universo de
pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de
Saúde (SIH/SUS). Resultados: No período de 2013 a 2022 foram notificadas 80.617
internações por fratura de fêmur em idosos de Minas Gerais, com taxa de mortalidade
média de 4,6%. O número variou de 6.168 a 10.563 casos, com média de 8.062 casos
anuais e aumento de 71,3% nos últimos 10 anos. O maior número de casos foi registrado
na macrorregião de saúde Centro (32%) e a maior taxa de mortalidade na Centro Sul
(6,6%). Houve predomínio das internações no sexo feminino (66,5%), na faixa etária
acima dos 80 anos (50%), na cor/raça parda (45,8%), internadas em caráter de urgência
(94,5%) e com média de permanência de 6 a 7,7 dias. No entanto, a taxa de mortalidade
foi maior no sexo masculino (4,9%) e em pacientes com 80 ou mais anos (6,4%). Os
custos médios e totais das internações foram de R$ 2.722,03 e R$ 219.442.202,15
respectivamente. Conclusão: As internações por fraturas de fêmur em idosos de Minas
Gerais tem aumentado expressivamente nos últimos anos, sendo especialmente
consideradas um grave problema de saúde pública em razão da alta letalidade e dos custos
hospitalares com seu tratamento. Assim, destaca-se a necessidade da melhoria das
medidas preventivas e de promoção à saúde, bem como, tratamento adequado visando a
melhoria da qualidade de vida da população idosa do estado. Palavras-chave: Fratura de
Fêmur. Idosos. Hospitalizações. Custos Hospitalares.
Palavras-Chave:Fratura de Fêmur. Idosos. Hospitalizações. Custos Hospitalares.
INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: DIAGNÓSTICO PRECOCE - CHAVE
PARA UM PROGNÓSTICO FAVORÁVEL
Camila Wanderley Alcântara Machado, Beatriz Lucas Da Cruz Ferreira, João Artur Dias
dos Santos, João Bernardo Santos Ferreira, Júlia Ribeiro Lopes de Almeida,
Marcelo Perim Baldo
Introdução: O IAM é uma Síndrome Miocárdica Isquêmica Instável e tem como principal
etiologia à erosão de placas ateroscleróticas que promovem a formação de um trombo e,
posteriormente, de um êmbolo resultando na redução ou bloqueio da perfusão sanguínea
ao tecido cardíaco. Todavia, dificilmente o profissional de saúde é capaz de identificar
precocemente as placas vulneráveis antes das manifestações clínicas, embora, esse
reconhecimento prévio ofereça benefícios que lhes permitem orientar uma terapia
preventiva aos pacientes que desenvolvem síndrome coronariana aguda. Objetivo: Este
trabalho tem como objetivo realizar uma revisão de literatura acerca da importância do
diagnóstico e assistência médica precoce para um prognóstico favorável em caso de
infarto agudo do miocárdio. Metodologia: Foi realizado um estudo de caráter descritivo,
consolidando uma revisão narrativa de literatura, na qual as bases eletrônicas utilizadas
para pesquisa foram o Google Acadêmico e a Scientific Electronic Library Online
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(SciELO), por meio do uso de descritores como infarto do miocárdio, diagnóstico
precoce e prognóstico, no período de 2019 a 2023. Foram selecionados 8 artigos entre os
25 analisados, todos em língua portuguesa. Resultados: À vista disso, é válido salientar
que o infarto agudo do miocárdio, definido como morte celular miocárdica, em razão de
uma isquemia prolongada decorrente de uma oclusão total ou parcial do leito arterial
coronariano, apresenta-se como uma das principais causas de hospitalização e óbito no
Brasil. Logo, o diagnóstico prévio, com presença ou ausência de uma clínica associada,
é essencial na prevenção de complicações adjacentes, bem como no manejo do paciente,
no tocante à terapêutica. Nesse viés, é imprescindível a dosagem dos marcadores
miocárdicos- substâncias liberadas na corrente sanguínea em resposta à lesão - troponina
cardíaca (I e T) e creatinina quinase-MB (CK-MB), sendo a troponina cardíaca
considerada o “padrão-ouro” para o diagnóstico do IAM, devido à sua alta sensibilidade
e especificidade, pois sua liberação no sangue apresenta-se de forma específica e rápida
após a lesão no músculo cardíaco. Conclusão: Dessa forma, é evidente que o diagnóstico
precoce e a intervenção médica rápida são os elementos essenciais no manejo do infarto
agudo do miocárdio para assegurar um prognóstico favorável, a recuperação do paciente
e a prevenção de complicações graves.
Palavras-Chave: Diagnóstico Precoce, Infarto do miocárdio, Prognóstico.
INTERNAÇÕES E CUSTOS HOSPITALARES POR DEMÊNCIA EM IDOSOS
NO BRASIL
Ana Júlia Oliveira Sena, Sheila Nunes Silva Brito, Maiza Verônica Queiroz De Pinho,
Ana Luísa Silva, Larissa Lopes Ferreira, Karina Andrade de Prince
Introdução: A demência é uma síndrome que se caracteriza pelo declínio cognitivo,
afetando em sua maioria a memória. Outros domínios podem estar afetados nas
síndromes demenciais como: linguagem, gnosias, praxias e funções executivas.
Atualmente, a demência é a sétima causa de morte entre todas as doenças, sendo uma das
principais causas de invalidez e dependência de idosos em todo o planeta. Objetivo:
Determinar o número de internações e os custos hospitalares por demência em idosos no
Brasil, no período de janeiro de 2013 e dezembro de 2022. Metodologia: Trata-se de
um estudo ecológico de série temporal. Teve como universo de pesquisa a base de dados
do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).
Resultados: No período de 2013 a 2022 foram notificadas 16.497 internações por
demência no Brasil, com taxa de mortalidade média de 14,3%. O número variou de
1.318 a 2.033 casos, com média de 1.650 casos anuais e aumento de 53,8% nos últimos
10 anos. O maior número de casos foram registrados na região Sudeste (61,7%) e a maior
taxa de mortalidade na Centro-Oeste (37,6%). Houve predomínio das internações no sexo
feminino (54,4%), na faixa etária acima dos 80 anos (39,8%), na cor/raça branca (43,5%),
internadas em caráter de urgência (63,9%) e com média de permanência de 45 a 86 dias.
A taxa de mortalidade foi maior no sexo feminino (14,6%) e em pacientes com 80 ou mais
anos (20,8%). Os custos médios e totais das internações foram de R$ 4.230,42 e R$
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69.789.161,33 respectivamente. Conclusão: As internações por demência em idosos no
Brasil, tem aumentado expressivamente nos últimos anos, sendo especialmente
consideradas um grave problema de saúde pública em razão da alta letalidade e dos custos
hospitalares com seu tratamento. Nesse contexto, visto que o Brasil carece de práticas que
discutam o envelhecimento e suas doenças, as síndromes demenciais apresentam um
enorme desafio para saúde pública do país.
Palavras-Chave: Demência. Idosos. Hospitalizações. Custos Hospitalares.
DESAFIOS NA PEDIATRIA: COMPLICAÇÕES EMERGENCIAIS
PROVOCADAS PELA INGESTÃO DE CORPOS ESTRANHOS EM CRIANÇAS
Lívia Nogueira Rocha Meira, Beatriz Lucas Da Cruz Ferreira, Larissa Lopes Teixeira
Fagundes, Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma, Luísa Flávio Almeida Lopes,
Maria Clara Grossi De Almeida, Vanessa Teixeira Duque de Oliveira
Introdução: Corpo estranho (CE) é definido como um material que adentra no organismo
de forma voluntária ou inesperada. Ele é comumente introduzido por meio da cavidade
bucal, nasal ou auricular e em 75% dos casos ocorre em crianças menores de cinco anos,
podendo gerar uma urgência médica. Grande parte dos objetos ingeridos consegue
atravessar o trato gastrointestinal naturalmente, sem provocar danos. Porém, em
aproximadamente 20% dos casos, os corpos estranhos podem resultar em complicações
com alta taxa de mortalidade, sendo elas a obstrução e a perfuração do trato
gastrointestinal. Objetivo: Identificar as principais complicações causadas pela ingestão
de corpos estranhos que levam à emergência pediátrica. Metodologia: Trata-se de um
estudo de revisão narrativa da literatura em que foram utilizados os sistemas de busca
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e
PubMed em setembro de 2023. Dentre 22 artigos encontrados, foram selecionados 5
utilizando os descritores: “complicações”, “corpos estranhos” e “pediatria”. Resultados:
Após análise dos artigos selecionados, foi observado que a ingestão de corpos estranhos
abrange complicações significativas na população pediátrica, sendo que as mais
relevantes contemplam a perfuração e obstrução do trato gastrointestinal. A perfuração
representa 10 a 13% dos casos de urgência médica geradas por ingestão de corpo
estranho, os quais geralmente envolvem palitos, pregos, vidros, agulhas, ossos e presilhas
de cabelo que compõem a categoria de objetos cortantes. Esse fenômeno é mais frequente
de acontecer em áreas anguladas, como a curva C do duodeno e a válvula ileocecal e
pode gerar um quadro de peritonite ou hemorragia grave. Além disso, um corpo estranho
identificado após o duodeno deve ser observado por radiografias seriadas, uma vez que
pode resultar em uma obstrução do intestino com potencial risco para a criança. Nesses
casos, é comum que sua etiologia seja a ingestão de esferas de polímero, como o
poliacrilato de sódio, presentes em alguns brinquedos ou arranjos botânicos, pois elas
aumentam seu tamanho ao absorver água em quantidade suficiente para impactar o trato
digestivo. Conclusão: Dessa forma, é evidente que a perfuração e a obstrução
gastrointestinal representam complicações frequentes na urgência pediátrica. Em suma,
evitar acidentes relacionados a ingestão de corpos estranhos é fundamental para reduzir
urgências médicas em crianças.
Palavras-Chave: Complicações, Corpos Estranhos, Pediatria.
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HESITAÇÃO VACINAL E O SEU IMPACTO NA SAÚDE PÚBLICA
Stefanie Marianne Silva Oliveira, Milena Sakon Portugal, Maria Júlia Martins e Lima,
Sara Castilho Feitosa Silva, Júlia Neves Fagundes Teixeira,
Priscila Martins Soares Alves, Viviane Maia Santos
Introdução: O Programa Nacional de Imunização (PNI) coordenado pelo Ministério da
Saúde de forma compartilhada com as secretarias estaduais e municipais de saúde, é
sabidamente uma das mais relevantes intervenções em saúde pública. A vacinação é a
ação em saúde que mais causa impacto na erradicação e controle das doenças
imunoprevisíveis. Atualmente o sistema de saúde encontra-se fragmentado, devido às
campanhas antivacinas que vem crescendo e as fake news que se disseminam na
população, o que contribui para a redução da taxa de cobertura vacinal. Objetivo:
Analisar a relação dos impactos das campanhas antivacina e sua relação com a hesitação
vacinal em crianças. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com artigos das
bases de dado SciELO, Biblioteca virtual em saúde e LILACS, utilizando os descritores
“Cobertura vacinal” and “Hesitação vacinal”. Foram selecionados um total de 12 artigos
em português, dos anos de 2018 a 2023. Resultados: Os resultados encontrados
demonstraram a média de vacinação no Brasil, no período de 2010 e 2020, foi de 82,8%.
Sendo que houve uma meta alcançada preconizada pelo Ministério da Saúde no período
2015, com cobertura vacinal de 95%, de modo que a região Sudeste se destacou com uma
cobertura vacinal de 98,5%. Entre 2015 a 2020 observou uma crescente taxa de abandono,
na qual apenas a primeira dose foi contemplada, foram registradas 13.180.413.396 doses
não aplicadas. Sendo o período que teve maior desistência de vacinação foi no ano de
2019, com um total de 833.673.135 doses não aplicadas. Tal resultado deve-se á ativista
antivacina, através de manipulações sensacionalistas sem evidências científicas, a qual
ocorre devido ao receio que os indivíduos possuem da ausência de eficácia e de segurança
que a vacina pode desenvolver, aliado a falsa percepção advinda da internet e de terceiros
que a vacina pode desencadear um grave evento adverso. Conclusão: Portanto, nota-se
que a cobertura vacinal no Brasil vem se atenuando devido a essa problemática,
contribuindo para que a população infantil se torne vulnerável a exposição de diversas
doenças, o que deve ser revertido com a promoção de campanhas coletiva de saúde com
a comunidade, de modo que estimule a vacinação.
Palavras-Chave: Desinformação, Hesitação Vacinal, Movimento contra vacinação.
ESTADO NUTRICIONAL E FATORES ASSOCIADOS EM PROFESSORES:
REVISÃO DE LITERATURA
Ketlyn Cecilia Marques Pereira, Caio Davi Pereira Cardoso Bispo,
Desirée Sant'Ana Haikal, Lucineia de Pinho
Introdução: O sobrepeso e a obesidade são considerados uma epidemia mundial de
caráter multifatorial, que engloba as dimensões biológica, social, cultural,
comportamental e política. Trata-se de um problema de saúde pública, visto que, são
associados a perda de qualidade de vida, limitações funcionais e responsável por parte
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substancial de mortes prematuras. Com o aumento crescente da incidência de sobrepeso
e obesidade, torna-se cada vez mais relevante avaliar os efeitos desses eventos na
qualidade de vida dos docentes. Objetivo: O objetivo deste estudo foi descrever as
evidências científicas sobre o estado nutricional dos professores e seus fatores associados.
Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão de literatura realizada nas bases de dados
PubMed, Scielo e LILACS, utilizando os descritores em inglês e português: “docentes”,
“obesidade”, “sobrepeso” e “estado nutricional”. Foram selecionados artigos originais dos
últimos 10 anos, nos idiomas inglês e português. Resultados: Após análise, observa-se
que o risco de sobrepeso está mais associado ao sexo feminino e a pessoas de maior idade.
Além disso, constatou-se que longas horas de trabalho estão correlacionadas a um maior
risco de obesidade, devido ao aumento do esforço físico e mental. Destaca-se também
que o consumo excessivo de alimentos processados é um fator predisponente para o
desenvolvimento da obesidade. Conclusão: Portanto, conclui-se que existem fatores que
exercem influência direta no estado nutricional dos docentes, promovendo a adoção de
hábitos que aumentam o risco de sobrepeso e obesidade. Assim, torna-se necessário
implementar modificações no estilo de vida dos professores.
Palavras-Chave: Obesidade, sobrepeso, docentes, estado nutricional, qualidade de vida.
SÍNDROME INFLAMATÓRIA MULTISSISTÊMICA PEDIÁTRICA E A SUA
RELAÇÃO AO SARS-COV2
Júlia Neves Fagundes Teixeira, Maria Júlia Martins e Lima, Rafael Soares Pereira,
Milena Sakon Portugal, Stefanie Marianne Silva Oliveira, Samira de Oliveira Prado,
Glaucia Cavalcante Oliveira
Introdução: A Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica (SIM-P) é uma doença
rara, associada a um quadro de febre alta persistente, hiperinflamação sistêmica grave e
choque. Essa síndrome acontece antes de quadros de infecção ao vírus SARS-COV-2 e
progride com resposta inflamatória de maior intensidade. A SIM-P está relacionada à
morbimortalidade infantil por COVID-19, uma vez que as crianças eram poupadas de
manifestações graves quando infectadas por esse vírus, no entanto na pandemia surgiu
os primeiros relatos dessa síndrome após a infecção do COVID-19. Objetivo: Analisar a
Síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica e a sua relação com o COVID-19.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com artigos das bases de dado SciELO,
Biblioteca virtual em saúde e LILACS, utilizando os descritores “Síndrome de Resposta
Inflamatória Sistêmica” e “Infecção por Covid-19”. Foram selecionados um total de 11
artigos em português, dos anos de 2020 a 2023. Resultados: Os resultados esperados
demonstram a confirmação da síndrome inflamatória multissistêmica associada à infecção
por COVID-19. Além disso, a presença dos sintomas que correspondentes a essa
síndrome acontece em média três a cinco semanas após a exposição pelo vírus SARS-
COV-2. Outro aspecto valido a ressaltar, é que o público masculino foi o mais acometido,
sendo também mais prevalente em crianças do que em adolescentes, no entanto, os
adolescentes afetados por SIM-P tiveram uma porcentagem maior de mortes em relação
às crianças. Ademais, foram consistentes também para os resultados, teste sorológico
positivo para COVID-19 adjunto da presença de marcadores inflamatórios. Conclusão:
As informações obtidas do presente estudo permitem concluir que uma relação entre
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a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica e o SARS-COV-2. No que tange ao
público infantil a infecção por COVID é geralmente assintomática, entretanto a
identificação de SIM-P indica um potencial agravamento da doença nessa população,
contudo acredita-se que o efeito dessa associação seja devido ao processo inflamatório
disseminado. Logo, é imprescindível a realização de mais estudos que analisem a
correlação entre as duas doenças.
Palavras-Chave: Infecção por Covid-19, Pediatria, Síndrome de Resposta Inflamatória
Sistêmica.
EXPERIÊNCIA NO CURSO DE MEDICINA COM AS AULAS DA DISCIPLINA
ELETIVA DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES
Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma, Ana Luiza De Souza Seixas, Lanuza Borges
Oliveira, Ana Lorena Figueiredo Durães
Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são recursos que visam
garantir a diversificação de opções de tratamento para as pessoas que desejam aderir a
terapias mais naturais e que contemplem suas necessidades de maneira integral, com
ênfase em um acolhimento humanizado e no estímulo ao autocuidado. Atualmente, o SUS
contempla 29 PICS para promover medidas que favorecem a autonomia e liberdade do
indivíduo, ampliando o acesso a práticas eficientes, seguras e de baixo custo com uma
visão biopsicossocial do processo saúde-doença. Objetivo: Relatar a experiência dos
acadêmicos de medicina do terceiro período com as aulas da disciplina eletiva de Práticas
Integrativas e Complementares (PICS). Relato de Experiência: As aulas de Práticas
Integrativas e Complementares (PICS) ocorrem semanalmente para o terceiro período de
medicina e são ministradas tanto pela docente da disciplina como palestrantes convidados
especialistas em uma prática específica, como acupuntura, homeopatia, meditação,
osteopatia, aromaterapia e hipnose. As aulas possuem um momento teórico e outro
prático, sendo que inicialmente o conceito, os fundamentos e as indicações para cada uma
das PICS é discutido para os alunos e, em seguida, a demonstração das técnicas
utilizadas na prática. Resultados: As aulas de PICS são fundamentais para a formação do
médico, visto que são um modelo de atenção humanizada e centrada no indivíduo,
contribuindo para o fortalecimento dos princípios fundamentais do SUS, em especial a
integralidade, considerando as pessoas como um todo e atendendo a todas as suas
necessidades, desde a promoção da saúde à reabilitação. O discente, ao aprender sobre
abordagens alternativas para tratamentos convencionais, aguça o seu olhar para a
multicausalidade do processo de adoecimento, como também promove o acolhimento e
escuta qualificada, reduz o número de medicações utilizadas pelo usuário e seus efeitos
iatrogênicos, otimizando os recursos dos SUS. Conclusão: Conclui-se que o estudo sobre
a importância das PICS é uma forma de introduzir o contato do aluno com diversas
propostas terapêuticas que poderão utilizar em sua prática médica, além de desconstruir o
estigma concebido sobre essas práticas. Dessa forma, denota-se que a disciplina
contribuiu para o aprendizado dos acadêmicos e destaca a relevância da inclusão da
disciplina PICS na grade curricular do curso de medicina.
Palavras-Chave: Práticas Integrativas e Complementares, Educação interprofissional,
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
Educação médica.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: DADOS EPIDEMIOLÓGICOS, FISIOPATOLOGIA
E FATORES DE RISCO.
Cinndy Carolainy Adriano dos Santos, Ana Luisa Colares Ribeiro, Victória Alkmim
Alves, Thales de Almeida Pinheiro
Introdução: O período gestacional e pós-parto são considerados fases de elevado risco
para o surgimento de transtornos psiquiátricos. Dentre os prováveis quadros
desencadeados, tem-se a Depressão Pós-Parto (DPP), uma psicopatologia multifatorial de
impacto negativo para a paciente, família e, principalmente, para o recém-nascido. A DPP
é considerada grave, porém, é frequentemente negligenciada e subdiagnosticada.
Objetivo: Analisar a fisiopatologia, fatores de risco e epidemiologia da Depressão.
Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, para o qual foram selecionados
seis artigos na base de dados PubMed e Scielo, publicados no período de 2010 a 2023.
Os descritores utilizados foram: Depressão pós-parto; fisiopatologia; fatores de risco;
epidemiologia. Resultado: A depressão pós-parto é o principal transtorno psiquiátrico do
puerpério. Acerca da epidemiologia, é uma condição que afeta cerca de 25% das
puérperas brasileiras, com prevalência de 43 a 46,7% em mulheres de cor negra e parda
e, predominantemente, em mulheres de baixas classes econômicas (mais de 60%). No que
diz respeito aos fatores de risco, uma associação significativa da DPP e variáveis, como
número de consultas pré-natais, preferência pelo sexo do bebê, apoio paterno e
consideração de interromper a gravidez. Em outra análise, os resultados indicaram um
grande aumento do risco de desenvolver DPP quando a renda familiar é de até um salário
mínimo. Além disso, a fisiopatologia da DPP está intimamente relacionada aos fatores
supracitados. Durante esse período, ocorrem flutuações hormonais constantes e,
imediatamente após o parto, ocorre uma acentuada queda nos níveis de estrogênio e
progesterona, o que influencia diretamente as mudanças de humor da puérpera.
Conclusão: Portanto, a alta prevalência da depressão pós-parto destaca sua relevância
como um problema de saúde pública, exigindo a implementação de estratégias de
prevenção e tratamento. O acompanhamento cuidadoso das mães, especialmente aquelas
com baixa renda, por meio de uma abordagem integrada que considera as variáveis
associadas, pode prevenir problemas pessoais e familiares decorrentes da DPP.
Palavras-Chave: Depressão pós-parto. Epidemiologia. Fatores de risco. Fisiopatologia.
O IMPACTO DO ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO NA CAPACIDADE
FUNCIONAL DOS IDOSOS
Júlia Neves Fagundes Teixeira, Maria Júlia Martins e Lima, Milena Sakon Portugal,
Stefanie Marianne Silva Oliveira, Ana Flávia Acácio Ribeiro,
Priscila Martins Soares Alves, Marcelo Perim Baldo
Introdução: O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é um dos problemas neurológicos
mais prevalentes entre os idosos e é considerado como a principal causa de incapacidade
funcional nesse grupo, devido às sequelas que frequentemente surgem após um quadro
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
dessa doença. A incapacidade funcional pode estar relacionada a dificuldade em realizar
atividades laborais, as quais compreendem as atividades básicas da vida diária e as
atividades instrumentais da vida diária. Portanto, o idoso que sofreu AVE, após o período
hospitalar, pode retornar ao lar com sequelas físicas relacionadas à dificuldade em realizar
essas atividades, representando um comprometimento na capacidade funcional, visto que
a grande maioria desse público possui limitação dessa funcionalidade. Objetivo:
Analisar o impacto do Acidente Vascular Encefálico na capacidade funcional dos idosos.
Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática com artigos das bases de dado SciELO,
Biblioteca virtual em saúde e LILACS, em português, utilizando os descritores “Acidente
Vascular Encefálico” e “Idoso”. Foram selecionados um total de 12 artigos em português,
dos anos de 2019 a 2022. Resultados: Os resultados esperados demonstram que a grande
maioria dos idosos após um quadro de AVE encontram- se com sequelas relacionadas
à capacidade funcional, uma vez que o envelhecimento está associado a uma maior
incapacidade. Outro aspecto válido a ressaltar, é o surgimento de hemiparesia e paresia
logo após um quadro de AVE, representando assim os primeiros indícios de incapacidade
funcional. Ademais, com base nos resultados, notou-se graus de dependência leve a
moderada frequente nos idosos acometidos por essa doença. Conclusão: As informações
obtidas do presente estudo permitem concluir que há uma alta prevalência na alteração da
funcionalidade dos idosos acometidos por AVE. No que tange a maioria desses idosos
sobreviventes ao episódio de AVE, a dependência para realizar as atividades básicas e
instrumentais de vida diária tem se tornado cada vez mais presente, sendo essa uma
consequência provocada pela doença. Logo, é imprescindível a realização de mais estudos
que visem a importância da funcionalidade, bem como medidas preventivas para o
Acidente Vascular Encefálico, de modo a melhor a qualidade de vida desse público.
Palavras-Chave: Avaliação Geriátrica, Acidente Vascular Encefálico, Idoso.
ANÁLISE DO PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR
HANSENÍASE NO ESTADO DO AMAZONAS DE 2018 A 2021
Carlos Rodrigues Dias Júnior, Maria Eduarda Ferreira Felício,
Mônica Cristina Trancoso Chalegre
Introdução: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa altamente incapacitante que
tem como agente etiológico o Mycobacterium leprae ou bacilo de Hansen, que tem
tropismo pela pele e nervos periféricos, o que causa importante comprometimento
dermatoneurológico. A hanseníase é considerada um problema de saúde pública em
diversos países, inclusive no Brasil, por isso a Organização mundial de saúde (OMS)
criou a Estratégia Global para Hanseníase 2016-2020 a fim de erradicar a doença. Desde
então, a doença vem passando por mudanças em seu perfil epidemiológico. Objetivo:
Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por hanseníase no estado do Amazonas
entre 2018 e 2021. Métodos: Trata-se de uma análise descritiva, retrospectiva, entre 2018
e 2021, com a utilização de dados secundários do Sistema de Informação sobre
Mortalidade (SIM), coletados no Departamento de Informática do SUS (Datasus). Para a
análise foram calculadas as taxas de mortalidade, por meio da quantificação, por
ocorrência, do número total de óbitos por hanseníase no estado do Amazonas durante o
período estudado, descrevendo as variáveis sexo e raça/cor, de acordo com a Classificação
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Internacional de Doenças – CID10, capítulo I - A30. Resultados: No período analisado,
foram registrados 13 óbitos por hanseníase no Amazonas, evidenciando prevalência no
sexo masculino (79,9%). O ano de 2018 totalizou 5 óbitos e obteve taxa de mortalidade
de 1,2% a cada 100.000 habitantes, sendo a maior do período em questão. Na
distribuição por raça/cor, houve predomínio na parda, totalizando 9 casos do período
estudado (69,2%). Conclusão: Embora a análise tenha sido feita somente no estado do
Amazonas, os óbitos identificados evidenciam que o Brasil ainda não conseguiu erradicar
a hanseníase no primeiro período determinado pela OMS (2016-2020), mas esta meta
ainda deve ser alcançada até 2030, por isso torna-se imprescindível o acompanhamento
do perfil epidemiológico da doença.
Palavras-Chave: Hanseníase; Estratégia Global para Hanseníase; doença
infectocontagiosa.
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PREVALÊNCIA DAS NECESSIDADES DE SAÚDE BUCAL PERCEBIDAS EM
IDOSOS ASSISTIDOS EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO NORTE DE
MINAS GERAIS
Alessandra Vieira Rocha, Victor Guilherme Pereira, Rayssa Maria da Silva Pessoa,
Maria Eduarda Maia Dias de Sousa, Ludmila Ketlen Soares de Oliveira,
Luciana Colares Maia, Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: A saúde bucal está diretamente relacionada com a qualidade de vida da
população, particularmente, a partir dos 60 anos. Diante disso, percebe-se que
determinadas alterações bucais são mais prevalentes entre os idosos, sendo necessária
uma abordagem integralizada direcionada às necessidades de saúde bucal da população
idosa. Objetivo: Estimar a prevalência das necessidades de saúde bucal percebidas em
idosos assistidos em um Centro de Referência em Assistência à Saúde do Idoso (CRASI)
no norte de Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Estudo epidemiológico, transversal e
descritivo, realizado no período de junho a agosto de 2023. Foram aplicados questionários
sociodemográficos e de avaliação da saúde bucal. Definiu-se a variável desfecho como a
prevalência das necessidades percebidas na saúde bucal de pessoas idosas, extraída do
questionário The Health Literacy in Dentistry Instrument (HeLD-14), por meio do item:
você consegue perceber quais são as suas necessidades de saúde bucal. Para mais, foram
consideradas as seguintes variáveis para avaliação da saúde oral: higiene bucal, uso de
prótese dentária, hábito de ranger os dentes, uso de escova de dente, tipo da escova, uso
de dentifrício, uso de fio dental, uso de palito dental e número de vezes que realiza
escovação por dia. A análise dos dados foi desenvolvida a partir da síntese de análises
descritivas das variáveis investigadas (frequências absolutas e relativas), medidas de
tendencia central (média) e medidas de dispersão (desvio padrão). A pesquisa conta com
parecer consubstanciado de Comissão de Ética em Pesquisa, integrado à plataforma
Brasil, de 6.101.412/2023. Resultados: Participaram do estudo 277 idosos, com média
de idade de 73,82 ± 7,89. A maioria do grupo era do sexo feminino (78,0%), cor de pele
não branca (55,6%) e residiam com familiares ou cônjuge (55,6%). A prevalência das
necessidades percebidas em saúde bucal foi de 12,4%. Conclusão: Os serviços de saúde
devem fomentar políticas de atenção diferenciadas à população idosa, buscando prevenir
os fatores que podem prejudicar a saúde bucal. Adicionalmente, os cuidados e
procedimentos com a saúde oral da pessoa idosa devem ser aliados a medidas que
busquem disseminar - de maneira didática conhecimentos de saúde odontológica e, além
disso, que colaborem com a melhora da capacidade de letramento acerca do autocuidado
bucal, vislumbrando proporcionar um envelhecimento saudável e bem sucedido do ponto
de vista da saúde bucal.
Palavras-Chave: Saúde Bucal. Idosos. Prevalência. Letramento em Saúde. Saúde
Pública.
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USO DE MORFINA NO MANEJO DA DOR TORÁCICA NA SÍNDROME
CORONARIANA AGUDA: PERSPECTIVAS TERAPÊUTICAS E
CONSIDERAÇÕES CLÍNICAS
Yasmim Bastos Murta Flores, João Pedro Ferreira Miranda, Luiz Eduardo Bessa
SILVEIRA, Pedro Gabriel Gonzaga Durante, Lara Karoline Lopes Alves,
Gustavo de Souza Barreto, Rafael Barbosa Alcântara
Introdução: A morfina é reconhecida como um eficaz analgésico amplamente utilizado
no controle da dor torácica associada à Síndrome Coronariana Aguda (SCA). Seu papel
crucial no alívio dos sintomas álgicos intensos na SCA tem sido reiterado e endossado
pelas principais diretrizes de cardiologia ao longo do tempo. Contudo, nos últimos anos,
a sua utilização tem sido objeto de estudos quanto à sua segurança e possíveis
interferências em outros aspectos do tratamento, como a absorção de agentes
antiplaquetários e o desfecho clínico do infarto. Objetivo: Analisar o uso de morfina no
manejo da dor torácica na síndrome coronariana aguda e seus impactos clínicos.
Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa de artigos encontrados nas bases de
dados, SciELO, LILACS e biblioteca online em saúde (BVS). Foram utilizadas as
palavras chaves “Morfina”, “Infarto Agudo do Miocárdio” e “Inibidores P2Y12”. Foram
encontrados 40 artigos, sendo 11 escritos em português, e 29 escritos em inglês, dos
últimos 5 anos. Resultados: Com base na literatura analisada, é possível constatar que o
uso de morfina no manuseio dos pacientes acometidos pela síndrome coronariana aguda
interfere na ação dos antiagregantes plaquetários. A utilização da morfina reduz o efeito
dos inibidores do receptor P2Y12, resultando em um impacto desfavorável no tratamento
antiplaquetário. Adicionalmente, as diretrizes europeias ressaltam que a coadministração
de metoclopramida pode potencializar a absorção dos antiplaquetários, dessa forma, tal
combinação pode ser administrada para atenuar o mencionado efeito adverso da morfina.
Esse aspecto sublinha a importância de considerar tais interações medicamentosas ao
gerenciar a terapêutica de pacientes com síndrome coronariana aguda. Conclusão: Diante
de tais resultados, o uso da morfina no infarto agudo do miocárdio deve ser
cuidadosamente avaliada, considerando-se a individualidade de cada paciente, os
benefícios do alívio da dor versus os potenciais prejuízos relacionados à sua
administração. É fundamental que haja uma abordagem multidisciplinar e baseada em
evidências, com uma avaliação contínua dos efeitos da morfina no contexto clínico,
visando garantir a melhor assistência e otimização dos desfechos para os pacientes.
Palavras-Chave:Cardiologia, Síndrome Coronariana Aguda, Morfina, Terapêutica.
PERSPECTIVAS NO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA COM FRAÇÃO DE EJEÇÃO PRESERVADA:
UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Yasmim Bastos Murta Flores, Luiz Eduardo Bessa Silveira, Lara Karoline Lopes
Alves, João Pedro Ferreira Miranda, Gustavo de Souza Barreto,
Pedro Gabriel Gonzaga Durante, Rafael Barbosa Alcântara
Introdução: A insuficiência cardíaca (IC) é uma síndrome clínica resultante de alterações
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
estruturais e/ou funcionais do coração, levando à diminuição do débito cardíaco e
sintomas de acúmulo de fluidos nos tecidos. A IC possui diferentes padrões, categorizados
com base na fração de ejeção (FE) do ventrículo esquerdo: IC com fração de ejeção
preservada (ICFEp; FE = 50%), IC com fração de ejeção levemente reduzida (ICFElr; FE
41-49%) e IC com fração de ejeção reduzida (ICFEr; FE = 40%). Notavelmente, entre as
terapias para a ICFEp, apenas os inibidores do cotransportador de sódio-glicose-2
(SGLT2i) demonstraram melhorias significativas nos desfechos relacionados. Objetivo:
Compreender o manejo dos pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção
preservada. Metodologia: Consiste em uma revisão integrativa de artigos encontrados nas
bases de dados PubMed, SciELO e nas diretrizes de cardiologia da ESC. As palavras-
chaves utilizadas foram "insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada" e
"tratamento farmacológico". Foram encontrados 31 artigos, sendo 10 escritos em
português, e 21 escritos em inglês, dos últimos 5 anos. Resultados: A literatura aponta
que a maioria dos participantes em ensaios clínicos relacionados à ICFEP apresentam
comorbidades múltiplas, uma característica comum nessa condição. Diante desse
contexto, observa-se uma busca incessante por novas abordagens terapêuticas visando a
redução da taxa de mortalidade associada a esse quadro, uma meta ainda não alcançada
de forma definitiva. Embora a literatura afirme que nenhum tratamento específico tenha
demonstrado redução significativa em sua taxa de mortalidade, certos inibidores da
SGLT2 mostraram-se eficazes na diminuição de desfechos primários, embora essa
eficácia esteja relacionada à redução de hospitalizações. Adicionalmente, os análogos do
GLP1, notadamente a Semaglutida, evidenciaram eficácia na redução sintomática e
melhoria da capacidade de exercício. Conclusão: Em síntese, fármacos como os
inibidores da SGLT2 e os análogos do GLP1 evidenciam benefícios ao reduzir
hospitalizações e controlar sintomas associados à ICFEP, contudo, não apresentam
notáveis vantagens na redução da mortalidade. Assim, a redução da mortalidade em
indivíduos com ICFEP deve ser centralizada em uma abordagem terapêutica sistemática
voltada para mitigar as comorbidades, em conjunto com modificações no estilo de vida
do paciente.
Palavras-Chave: Cardiologia, Insuficiência Cardíaca, Terapêutica.
CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS DAS INFECÇÕES URINÁRIAS NA
GESTAÇÃO
Milena Sakon Portugal, Priscila Martins Soares Alves, Lavínia Maria Benquerer
Oliveira Palma, Stefanie Marianne Silva Oliveira, Júlia Neves Fagundes Teixeira,
Maria Júlia Martins e Lima, Viviane Maia Santos
Introdução: A infecção no trato urinário tem como principal patógeno a bactéria
Escherichia coli e pode ocorrer em cerca de 48% das mulheres. Ela é a terceira patologia
mais comum entre as gestantes, tornando-se muito preocupante pois quando não
apresenta sintomas e a doença não for logo tratada durante a gestação, pode evoluir para
um caso mais graves, fazendo com que ocorra complicações, a saber: o bebê nascer
prematuro e abortos espontâneos. A ITU e as complicações neonatais atingem,
principalmente, gestantes de baixa renda, que não terminaram o ensino fundamental, pois
elas têm menos acesso aos serviços de saúde, condições de moradia precária e tais fatores
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
também estão relacionados a prática de higiene inadequada. Objetivo: Identificar as
causas e consequências da ITU nas gestantes. Metodologia: Trata-se de uma revisão
narrativa da literatura nas bases de dados do Google Acadêmico e da Brazilian Journal of
Implantology and Health Sciences, em outubro/2023, utilizando os descritores, Infecções
Urinárias, Gestação e Recém-Nascidos. Resultados: A Infecção do Trato Urinário (ITU)
em gestantes se constitui uma intercorrência frequente nos serviços de saúde. Nesse
sentido, corroborando com o Ministério da Saúde, a ITU acomete cerca de 17 a 20% de
mulheres grávidas. Entre as causas ressalta-se a ocorrência de bactérias resistentes a
antibióticos e fatores hormonais, anatômicos e fisiológicos presentes no período
gestacional. Essas variáveis colaboram para o crescimento bacteriano. Essas infecções
são, na grande maioria dos casos, ocasionadas por bactérias da microbiota intestinal que
acabam por contaminar o trato urinário, destacando-se com maior predominância a
Escherichia coli. Entre as consequências da ITU destaca-se o nascimento pré termo, com
consequências para o recém-nascido, sendo os problemas respiratórios os mais relevantes.
Outra complicação da ITU é o baixo peso dos recém-nascidos, mesmo quando os não
prematuros. Além disso, o óbito fetal se categoriza como uma das consequências dessa
patologia em gestantes, o que causa, muitas vezes, agravos psicológicos e emocionais nas
gestantes. Conclusão: Assim, conclui-se que a frequência de gestantes com complicações
clínicas que ameaçam a vida constitui um agravo em saúde no país, trazendo à discussão
a importância da cobertura da atenção primária e a implantação de políticas de
intervenção para sua redução.
Palavras-Chave: Gestação, Infecção do Trato Urinário, Causas, Complicações.
A IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DA MANOBRA DE HEIMLICH
PARA PROFESSORES DO ENSINO FUNDAMENTAL: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Roberta Caetano Soares, Luiz Eduardo Costa Aguilar, Yasmim Bastos Murta Flores,
Lanuza Borges Oliveira
Introdução: A asfixia é uma emergência médica causada por obstrução das vias aéreas
por um corpo estranho, é uma das principais causas de morte acidental em crianças
menores de cinco anos. A manobra de Heimlich é um procedimento simples e que
consiste em aplicar compressões abdominais para expelir o objeto obstrutivo. O
conhecimento para realizar essa manobra é fundamental para salvar vidas. Objetivo:
Analisar a importância do conhecimento da manobra de Heimlich para professores de
escolas, identificar as dificuldades e as estratégias para a sua implementação na prática
educativa. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus,
Web of Science e LILACS, com os descritores: “Heimlich maneuver”, “teachers”,
“schools” e “choking”. Foram selecionados artigos publicados entre 2019 e 2023, em
inglês, português ou espanhol, que abordassem o tema proposto. Os critérios de exclusão
foram: revisões sistemáticas, meta-análises e estudos que não envolvessem professores
ou escolas. A qualidade metodológica dos estudos foi avaliada pela escala STROBE. Os
dados foram extraídos e sintetizados em uma tabela. Resultados: Foram encontrados 27
artigos, dos quais 12 foram incluídos na revisão. A maioria dos estudos era do tipo
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transversal (n=9), seguido de intervenção (n=2) e caso-controle (n=1). Os países com
maior número de publicações foram Estados Unidos (n=4), Brasil (n=3) e Turquia (n=2).
Os resultados mostraram que o nível de conhecimento dos professores sobre a manobra
de Heimlich era baixo ou insuficiente em todos os estudos, entre 9% e 62% de acerto
teórico. Além disso, a maioria dos professores não se sentia confiante ou preparada para
realizar a manobra em situações reais. As principais dificuldades relatadas foram: falta de
treinamento prático, material didático, tempo e apoio institucional. As estratégias mais
efetivas foram: cursos presenciais ou online com simulação prática, vídeos educativos e
cartazes ou folhetos informativos. Conclusão: A revisão evidenciou a importância do
conhecimento da manobra de Heimlich para professores do ensino fundamental, pois eles
podem socorrer casos de asfixia infantil. No entanto, o nível de conhecimento dos
professores é baixo e necessidade de capacitação contínua e adequada sobre o tema.
Recomenda-se que as escolas invistam em programas de educação em saúde que incluam
a manobra de Heimlich como parte do currículo escolar.
Palavras-Chave: Asfixia. Educação em saúde. Manobra de Heimlich. Professores.
PREVALÊNCIA E PREVENÇÃO DA OSTEOPOROSE NA POPULAÇÃO
FEMININA: REVISÃO DE LITERATURA
Beatriz Lucas da Cruz Ferreira, Camila Wanderley Alcântara Machado, João Artur Dias
dos Santos, João Bernardo Santos Ferreira, Júlia Ribeiro Lopes de Almeida,
Marcelo Perim Baldo
Introdução: A osteoporose - perda progressiva da massa óssea, tornando os ossos
enfraquecidos e predispostos a fratura - é uma condição bastante prevalente na população
feminina de idade avançada, em razão da relação com o hormônio estrogênio. Isto posto,
evidencia-se a necessidade de medidas preventivas, a fim de angariar uma melhor
qualidade de vida a essa população. Objetivo: Este trabalho tem como objetivo realizar
uma revisão de literatura acerca da prevalência e formas de prevenção da osteoporose
no sexo feminino e sua relação com a menopausa. Metodologia: Foi realizado um estudo
de caráter descritivo, consolidando uma revisão narrativa de literatura, na qual as bases
eletrônicas utilizadas para pesquisa foram o Google Acadêmico e a Scientific Electronic
Library Online (SciELO), por meio do uso de descritores como osteoporose, prevalência
e atenção primária, no período de 2019 a 2023. Foram selecionados 7 artigos entre os 23
analisados, todos em língua portuguesa. Resultados: Em vista disso, entende-se que a
osteoporose afeta predominantemente a população feminina, visto que, no Brasil, a
porcentagem das mulheres pós-menopáusicas acometidas pela osteoporose é de 16,2 %
e 39,2% dessas mulheres possuem osteopenia, a qual se configura como um fator de risco.
Essa condição gera um impacto direto na qualidade de vida da população idosa feminina,
um maior risco de mortalidade por quedas acidentais e representa altos custos à saúde
pública. Nesse cenário, estão incluídas, como prevenção primária, mudanças nos hábitos
de vida como: a prática de exercícios físicos, ingestão de cálcio e vitamina D na dieta e
maior exposição solar. Associado a isso, no âmbito da prevenção secundária, aborda-se a
adoção de estratégias para sua detecção precoce, tais como: monitoramento clínico e
genético, devido a interação do gene VDR e o receptor do estrógeno (ER), associada
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diretamente à densidade óssea. Conclusão: Dessa forma, é notória a importância da
análise das nuances da prevenção e prevalência da osteoporose, na população pós-
menopáusica, em virtude dos aspectos supracitados.
Palavras-Chave: Osteoporose, Pós-menopausa, Prevalência.
A RELAÇÃO ENTRE A ALIMENTAÇÃO E O DESENVOLVIMENTO DE
HIPERTENSÃO EM JOVENS ADULTOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Roberta Caetano Soares, Luiz Eduardo Costa Aguilar, Lanuza Borges Oliveira,
Vitória Maria Sousa Ramos
Introdução: A hipertensão arterial é uma doença crônica que afeta milhões de pessoas
no mundo, sendo considerada um importante fator de risco para doenças
cardiovasculares, cerebrovasculares e renais. A alimentação é um dos principais
determinantes da hipertensão, pois o consumo excessivo de sal, gorduras saturadas,
açúcares e alimentos processados pode elevar a pressão arterial e causar danos aos vasos
sanguíneos. Os jovens adultos são um grupo vulnerável à hipertensão, pois estão expostos
a hábitos alimentares inadequados, estresse, sedentarismo e obesidade. Objetivo:
Analisar a relação entre a alimentação e o desenvolvimento de hipertensão em jovens
adultos. Metodologia: Foi realizada uma busca nas bases de dados PubMed, Scopus e
SciELO, utilizando os descritores “alimentação”, “hipertensão” e “jovens adultos”,
no período de 2018 a 2023. Foram selecionados 15 artigos que abordaram o tema
proposto, sendo 10 estudos transversais, três estudos longitudinais e duas revisões
sistemáticas. Resultados: Os resultados mostraram que a má alimentação está associada
ao aumento da prevalência e da incidência de hipertensão em jovens adultos. Os
principais fatores alimentares relacionados à hipertensão foram o alto consumo de sal,
gorduras saturadas, açúcares e alimentos processados, e o baixo consumo de frutas,
verduras, legumes, grãos integrais e peixes. Além disso, os resultados indicaram que a
intervenção nutricional pode reduzir a pressão arterial e prevenir ou retardar o
desenvolvimento de hipertensão em jovens adultos. Conclusão: A revisão de literatura
evidenciou que a alimentação é um fator de risco modificável para a hipertensão em
jovens adultos, sendo necessária a promoção de hábitos alimentares saudáveis nessa
população. Sugere-se a realização de mais estudos sobre o tema, bem como a
implementação de políticas públicas voltadas para a prevenção e o controle da hipertensão
em jovens adultos.
Palavras-Chave: Alimentação, Hipertensão, Jovens Adultos.
A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO TRANSTORNO DO
ESPECTRO AUTISTA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Júlia Neves Fagundes Teixeira, Maria Júlia Martins e Lima, Milena Sakon Portugal,
Stefanie Marianne Silva Oliveira, Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma,
Luane Carmélia D’Angeles Pires, Maria Suzana Marques
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) consiste em um transtorno do
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neurodesenvolvimento de múltiplas etiologias e de manifestações em variados graus.
Caracteriza-se por déficit de interação social e de comunicação, além de comportamentos
repetitivos e restritivos. O TEA tem início precoce e gera dificuldades que tendem a
prejudicar o desenvolvimento do indivíduo ao longo de toda sua vida, posto que afeta
campos do neurodesenvolvimento responsáveis pela interação social, comunicação e
comportamento. Logo, o diagnóstico e as intervenções devem ocorrer o mais
precocemente possível, a fim de impedir que os sintomas se tornem irreversíveis ou mais
difíceis de serem tratados. Objetivo: Analisar a importância do diagnóstico precoce do
TEA para o desenvolvimento infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão de literatura
com artigos das bases de dados SciELO, LILACS e Biblioteca virtual em saúde,
utilizando-se os descritores “Transtorno do Espectro Autista” e “diagnóstico precoce”.
Foram selecionados 13 artigos em português, de 2019 a 2023. Resultados: Os resultados
esperados demonstram que o diagnóstico precoce do TEA é benéfico no desenvolvimento
infantil, uma vez que a descoberta tardia está relacionada ao agravamento dos sintomas e
ao atraso no desenvolvimento. Outro aspecto válido a ressaltar é o diagnóstico que na
maioria dos casos é feito após os quatro anos de idade, porém com 24 meses já é possível
realizar um diagnóstico com segurança, visto que as manifestações clínicas aparecem
precocemente e muitas vezes são evidenciadas antes dos dois anos de idade. Ademais, as
intervenções fornecidas antes dos três anos de vida podem melhorar a habilidade de
comunicação, socialização e funções motoras, devido à neuroplasticidade cerebral, que é
maior nos primeiros anos de vida. Conclusão: As informações obtidas no presente estudo
permitem concluir que o diagnóstico precoce é fundamental para melhora do quadro
clínico do TEA, haja vista que quanto mais antecipado for essa identificação, mais eficazes
serão as ações de intervenção terapêutica. Todavia, vários aspectos podem prejudicar tal
detecção, como identificação tardia das primeiras dificuldades comportamentais e
dificuldade na busca de ajuda profissional.
Palavras-Chave: Diagnóstico Precoce, Pediatria, Transtorno do Espectro Autista.
SARCOPENIA E OS FATORES ASSOCIADOS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA
Amanda da Silva Santos, Nadine Antunes Teixeira, Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: A sarcopenia provoca alterações na composição corporal e no metabolismo
musculoesquelético da mulher, acelerando a perda de massa e força musculares que
ocorre com o declínio da funcionalidade ovariana, marcado pelo climatério. Objetivo:
Analisar a prevalência da sarcopenia, bem como as associações com condições clínicas
em mulheres climatéricas. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura,
considerando estudos publicados nos últimos cinco anos (2019 a 2023). Foram realizadas
buscas ativas nas bases de dados National University Library (NIH), Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS), Scientific Electronic Library Online (Scielo) e National Library of
Medicine (PubMed). Para a sistematização da busca foram utilizados os seguintes
descritores em distintas combinações: “sarcopenia”, “women”, “climateric”,
selecionados conforme os Descritores em Ciências da Saúde (DeCS). Foram identificados
56 artigos dos quais 18 compuseram a amostra final do estudo. Resultados: A prevalência
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da sarcopenia foi maior em mulheres mestiças, com idade avançada (igual ou superior a
50 anos) e Índice de Massa Corporal reduzido (= 20 kg/m2). Os fatores clínicos
associados à sarcopenia em mulheres foram menopausa precoce, Incontinência Urinária,
Diabetes mellitus tipo 2, osteoartrite radiográfica de joelho e quadril, osteoporose, maior
percentual de Tecido Adiposo Visceral e uso de Terapia de Reposição Hormonal por 5
anos ou menos. Adicionalmente, estágios avançados de sarcopenia foram relacionados a
níveis elevados de biomarcadores inflamatórios e a um pior prognóstico em mulheres com
cânceres de mama e de colo uterino. Conclusão: A ocorrência da sarcopenia nas mulheres
está associada a múltiplos desfechos clínicos desfavoráveis e à piora global da qualidade
de vida. Os achados confirmam a importância da sarcopenia para a saúde pública e
corroboram a necessidade de estudos aprofundados sobre as suas implicações.
Palavras-Chave: Climatério, Mulheres, Sarcopenia.
MANEJO DA PERFURAÇÃO ESOFÁGICA EM CRIANÇAS: UMA REVISÃO
DE LITERATURA
Mayra de Souza Veloso, Maria Helena dos Santos Santana, Iberto Medeiros Cardozo,
Livia Thais Rodrigues Costa, Samuel Brito Aragão, Letícia Alves Antunes,
Pedro Fleury Teixeira
Introdução: A perfuração esofágica em crianças é um caso raro sendo a principal causa
a ingestão de corpos estranhos que costumam impactar-se em áreas de estreitamento
fisiológico ou patológico, podendo causar ferimentos graves de urgência requerendo ação
imediata para evitar complicações. Estes pacientes podem se manifestar com sintomas
inespecíficos como dor torácica, dificuldade respiratória, disfagia, febre ou enfisema
subcutâneo. Os tratamentos na população infantil são poucos conhecidos, em
contrapartida da população geral que incluem stents e terapia vácuo endolumial.
Objetivo: Com isso, objetivo desse estudo foi de verificar na literatura os principais
tratamentos para manejo da perfuração esofágica em crianças. Metodologia: Foi
realizada uma realizado um resumo simples de literatura através da busca no banco de
dados PUBMED e Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), utilizando os termos “esophageal
perforation”, “children” e “management”, agrupados pelo descritor boleano AND, após
isso foi aplicado o filtro de últimos 5 anos e textos em inglês e português. Após a leitura
do título e na integra 4 artigos compuseram a mostra final. Resultados: Os artigos
analisados destacam os principais locais de perfuração, sendo o esôfago cervical o mais
comum, seguido pelo esôfago torácico e esôfago abdominal. Quanto ao tratamento pode
ser o conservador que inclui a suspensão da dieta oral, manutenção do aporte nutricional
com dieta enteral ou parenteral por via de gastrostomia ou jejunostomia, administração
de antibióticos de amplo espectro e terapia com inibidores da bomba de prótons (IBP).
no tratamento cirúrgico, tende a ser realizado nas primeiras 24 horas após a lesão sendo
feito o reparo primário com uma única camada de gordura pericárdica e fio de sutura
absorvível seguido de drenagem. Entre as complicações, a sepse se apresenta como o
desfecho mais grave, sendo uma consequência do vazamento de bactérias e enzimas
digestivas para os tecidos moles cervicais, mediastino, espaço pleural ou cavidade
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peritoneal. Conclusão: Em conclusão, o manejo da perfuração esofagiana em crianças de
maneira correta e importante para evitar as principais complicações do quadro, entre essas
a sepse se destacando como a mais grave. O tratamento envolve medidas conservadoras
como uso de antibióticos, IBP e suporte nutricional a procedimentos cirúrgicos como o
reparo primário da lesão e drenagem.
Palavras-Chave: Criança, Perfuração gastroesofágica, Terapêutica.
O AUMENTO DO NÚMERO DE DIAGNÓSTICOS DE ANSIEDADE E
DEPRESSÃO ENTRE OS ESTUDANTES DE MEDICINA NO BRASIL: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Luiz Eduardo Costa Aguilar, Roberta Caetano Soares, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: A medicina é uma profissão que exige dedicação, responsabilidade e
compromisso com a saúde e o bem-estar das pessoas. No entanto, também traz consigo
uma série de desafios e dificuldades, que podem afetar a saúde mental dos estudantes e
dos profissionais da área. A ansiedade e a depressão são dois dos transtornos mentais mais
prevalentes entre os estudantes de medicina, que estão expostos a uma alta carga de
estresse acadêmico, emocional e físico, desde o ingresso no curso até a formatura. Esses
transtornos podem comprometer o desempenho acadêmico, a qualidade de vida e a saúde
dos futuros médicos, além de aumentar o risco de suicídio, abuso de substâncias e burnout.
Objetivo: Realizar uma revisão de literatura sobre o aumento do número de diagnósticos
de ansiedade e depressão entre os estudantes de medicina no Brasil, nos últimos cinco
anos. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases
de dados PubMed, SciELO e LILACS, utilizando os descritores “ansiedade”, “depressão”
e “estudantes de medicina”. Foram incluídos artigos originais publicados entre 2018 e
2023, em português ou inglês, que avaliaram a prevalência ou os fatores associados à
ansiedade e à depressão em estudantes de medicina brasileiros. Foram excluídos artigos
que não apresentaram dados específicos sobre o Brasil ou que não utilizaram instrumentos
validados para medir os transtornos mentais. A análise dos dados foi realizada por meio
de uma síntese narrativa dos principais achados. Resultados: Foram encontrados 15
artigos que atenderam aos critérios de inclusão, envolvendo um total de 4.567 estudantes
de medicina de diferentes regiões do Brasil. A prevalência média de ansiedade foi de
41,7% e a de depressão foi de 30,2%, sendo ambos os transtornos mais frequentes entre
as mulheres, os estudantes do primeiro ano e os que relataram baixa satisfação com o
curso. Os principais fatores associados à ansiedade e à depressão foram: carga horária
excessiva, falta de apoio social, violência no ambiente acadêmico, insegurança quanto ao
futuro profissional e uso de substâncias psicoativas. Conclusão: A revisão evidenciou
que a ansiedade e a depressão o problemas graves e crescentes entre os estudantes de
medicina no Brasil, que necessitam de maior atenção e prevenção por parte das
instituições de ensino, dos professores e dos próprios estudantes.
Palavras-Chave: Ansiedade, Depressão, Estudantes de medicina.
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FATORES PREDITORES DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM
PACIENTES ADULTOS JOVENS
Paula de Carvalho Caires
Introdução: As doenças cardiovasculares representam a maior causa de morbidade e
mortalidade na população brasileira. Dentre essas doenças, se destaca o Infarto Agudo do
Miocárdio (IAM), que pode ser definido pela obstrução prolongada de uma artéria
coronária, ocasionando necrose de parede miocárdica. Estima-se que essa afecção seja
responsável por cerca de 30% dos óbitos em todo o país. Os fatores de risco para a
ocorrência do evento isquêmico são diversos e atuam produzindo uma espécie de
abarrotamento na circulação coronariana. A introdução à hábitos de vida não saudáveis
em idades cada vez mais precoces, culmina com a instalação desses fatores e,
consequentemente, com a ocorrência de IAM em pacientes cada vez mais jovens.
Objetivo: Identificar os principais fatores de risco modificáveis para infarto agudo do
miocárdio em adultos jovens. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão integrativa,
de caráter qualitativo, que envolve a discussão à cerca de um assunto específico. As
informações foram obtidas de artigos, com publicação no período compreendido entre
2015 a 2022, encontrados em bases de dados como: Sciello e Pubmed. Os descritores
utilizados foram infarto agudo do miocárdio, fatores de risco e prevenção. A busca por
dados para fundamentação teórica ocorreu durante o mês de outubro de 2023.
Resultados: Com o estudo foi possível identificar os principais fatores de risco
modificáveis relacionados a maior ocorrência de IAM em pacientes adultos jovens. Dessa
forma, pode-se destacar as dislipidemias, a obesidade, o sedentarismo, a hipertensão
arterial sistêmica, o diabetes mellitus, o consumo de drogas ilícitas, como a cocaína e,
especialmente, o tabagismo, que se mostrou o maior contribuinte para isquemia
coronariana nesses pacientes. Conclusão: A análise feita evidenciou a influência da
introdução prematura e manutenção de hábitos de vida não saudáveis no desenvolvimento
precoce do IAM. Conclui-se, portanto a necessidade de investimento em políticas de
saúde direcionadas à prevenção primária, incentivando mudanças no estilo de vida dessa
população. A prática regular de atividades físicas e uma alimentação saudável associadas
a abandono do tabagismo e do uso de drogas ilícitas, reduzem consideravelmente a
probabilidade de futuros eventos cardiovasculares
Palavras-Chave:Adulto Jovem. Fatores de Risco. Infarto Agudo do Miocárdio.
INTEGRAÇÃO DO ENSINO DA ULTRASSONOGRAFIA POINT OF CARE NA
GRADUAÇÃO MÉDICA
Paula de Carvalho Caires
Introdução: O uso do ultrassom a beira leito, do inglês Point-of-Care Ultrasound
(POCUS), é um artifício de uso diário e de grande auxílio na sala de emergência,
contribuindo no diagnóstico de patologias associadas ao coração, pulmão, vasos e
abdome, que se trata de um método não invasivo, que avalia em tempo real morfologia
e funções dos respectivos sistemas. Seu uso é fundamental, uma vez que diversos
protocolos contam com dados obtidos da ultrassonografia (US) para estabelecimento da
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
conduta médica. Todavia, sendo notoriamente um recurso com amplo embasamento
científico e já difundido em muitos países há mais de 20 anos, o número de universidades
no Brasil que compreendem o estudo do POCUS na graduação do curso de medicina
ainda é escasso. Objetivo: Analisar a importância da integração do ensino da
ultrassonografia “point of care” na graduação médica. Metodologia: Trata-se de um
estudo de revisão integrativa, de caráter qualitativo, que envolve a discussão à cerca de
um assunto específico. As informações foram obtidas de artigos, com publicação no
período compreendido entre 2020 a 2022, encontrados em bases de dados como: Sciello
e Pubmed. Os descritores utilizados foram Ultrassonografia a beira leito, integração à
graduação e ensino. A busca por dados para fundamentação teórica ocorreu durante o mês
de outubro de 2023. Resultados: Essa análise evidenciou a importância do uso da
ultrassonografia beira leito na prática médica e, portanto, na formação de futuros médicos.
Estudos demonstraram que alunos do curso de medicina que tiveram contato com o curso
teórico-prático de US, foram capazes de concluir o protocolo FAST completo, com nível
adequado de desempenho, em menos de seis minutos. Além disso, apontaram que a
incorporação da ecografia permite ao estudante aprimorar seu aprendizado na área básica,
ampliar o conhecimento sobre a anatomia do corpo humano e sobre o exame físico em
geral. Conclusão: Portanto, se faz evidente que a incorporação precoce da US no
currículo médico coloca os estudantes de medicina em uma vantagem importante em
comparação aos alunos que não são submetidos a essa prática à medida que avançam na
faculdade e na residência médica. Sendo assim, aprimorar as habilidades profissionais,
incluindo o ensino do POCUS desde o período de graduação, podem acelerar o
atendimento médico sem abrir mão da segurança com a vida, isso porque o POCUS
aumenta as habilidades semiológicas e o conhecimento anatômico do estudante e futuro
médico.
Palavras-Chave: Estudantes. Graduação. Ultrassonografia.
A SOBRECARGA DO CUIDADOR DE PACIENTES PORTADORES DE
PARKINSON
Maria Eduarda Oliveira Campos, Jair Almeida Carneiro, Ana Luísa Dias Moura,
Gustavo de Abreu Fabrini Cunha, Isabella Ribeiro Gomes
Introdução: A doença de Parkinson é uma condição neurodegenerativa, crônica e
progressiva que afeta principalmente o sistema nervoso central devido a perda de
neurônios produtores de dopamina, e assim, provocando movimentos automáticos e
involuntários. Os principais sintomas são tremores, bradicinesia, rigidez, alteração de
marcha, perda de equilíbrio e demência. Diante disso, a presença de um cuidador é
imprescindível visto que existe a necessidade de auxílio e suporte durante a progressão e
agravos da doença. Objetivo: Ressaltar a importância do apoio aos cuidadores e
familiares dos portadores de Parkinson. Metodologia: O presente estudo foi realizado por
meio de uma revisão bibliográfica de artigos científicos publicados entre 2018 e 2023,
que constam na base de dados do PubMed, SciELO e BVS, onde foram analisados 13
artigos por meio dos principais descritores ‘’Cuidadores’, ‘’Doença de Parkinson’’ e
‘’Família’’ de acordo com o DeCS. Resultados: O diagnóstico de Parkinson em um ente
querido pode provocar diversos abalos dentro da família e pessoas que convivem com o
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paciente. A sobrecarga do cuidador é um desafio significativo que exige tempo, esforço
físico e emocional diariamente uma vez que é o encarregado de diversas
responsabilidades para beneficiar o adoecido e a família envolvida. Esse cuidador se torna
o responsável por ajudar no banho, trocas de roupa, alimentação, administração de
medicamentos, segurança e tranquilidade do enfermo. Nota-se que o cuidador passa a
renunciar sua própria vida e individualidades influenciando cada vez mais no estresse,
ansiedade, alterações no padrão de sono, negligência com o autocuidado e preocupações
com a progressão da doença do bem estar do paciente. Conclusão: Dessa forma, conclui-
se que a sobrecarga e perda de identidade do cuidador pode acarretar sérios problemas de
saúde física e mental, sendo importante que busquem apoio psicológico e prático.
Portanto é valido ressaltar que o autocuidado não é um ato egoísta, e sim buscar o próprio
bem estar e consequentemente ter maior capacidade e eficácia com as demandas durante
o acompanhamento do paciente.
Palavras-Chave: Cuidadores, Doença de Parkinson, Família.
EFICÁCIA DO PROTOCOLO DE PROFILAXIA PRÉ-EXPOSIÇÃO AO HIV
(PREP): MUDANÇAS NA EPIDEMIOLOGIA DAS IST’S?
Lucas Pereira e Souza, Giselli Maria Costa, Sálua Trigo El-Khouri Bernardes,
Flávio Júnior Barbosa Figueiredo
Introdução: A infecção pelo HIV configura um problema de saúde pública mundial. No
ano de 2022, 1,3 milhões de novos casos foram identificados contribuindo para uma
prevalência de 39 milhões. Na ausência de uma vacina efetiva, a terapia antirretroviral
(TARV) somada ao diagnóstico precoce representam a medida de controle principal para
o controle do HIV, o que requer o desenvolvimento de novos protocolos. Nessa
perspectiva, a Profilaxia pré-exposição (PrEP) se insere como mais uma estratégia
preventiva, destinada a pessoas não infectadas pelo HIV, e ofertada principalmente para
populações em contexto maior de risco de infecção, como gays, homens que fazem sexo
com homens (HSH), pessoas trans, profissionais do sexo e parcerias sorodiferentes.
Objetivo: Compreender os impactos do uso da PrEP em populações de maior
vulnerabilidade. Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa da literatura,
de caráter descritivo. Foram selecionados estudos indexados nas bases eletrônicas Scielo
e Portal Regional da BVS (Biblioteca Virtual de Saúde) realizados entre os anos de
2015 e 2022. Os descritores utilizados foram: Profilaxia pré-exposição e HIV. Resultado:
Diante da análise, constata-se que o uso da PrEP colabora com a proteção de indivíduos
não infectados pelo HIV, principalmente nos grupos mais vulneráveis. O seu uso é
versado na TARV terapia por meio da administração oral de comprimidos de fumarato
de tenofovir e entricitabina. Entretanto, ainda existem preocupações relacionadas com
seu uso, como o desconhecimento de suas consequências secundárias a longo prazo em
soro negativos, ou a probabilidade do surgimento de resistência aos fármacos, podendo
comprometer um futuro tratamento em caso de exposição. Conclusão: A PrEP se mostra
um recurso terapêutico eficaz. Contudo, não deve ser vista como uma alternativa ao uso
de preservativos. Ademais, ainda faltam estudos para compreender suas possíveis
complicações a longo prazo, mas ainda assim, constitui uma ferramenta pronta para ser
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utilizada pelos grupos de maior risco.
Palavras-Chave: HIV, Antirretrovirais, Profilaxia pré-exposição, Grupos de risco.
MUDANÇAS NO PROTOCOLO ATUAL DE TRATAMENTO DA DIARREIA
AGUDA
Giovanna Teixeira Duque de Oliveira, Larissa Lopes Teixeira Fagundes, Maria Eduarda
Novato de Andrade, Vanessa Teixeira Duque de Oliveira
Introdução: a diarreia aguda é uma infeção gastrointestinal, caracterizada por pelo
menos três episódios de diarreia em 24 horas, com diminuição da consistência das fezes
e aumento do número de evacuações, frequentemente acompanhada de náusea, vômito,
febre e dor abdominal. Geralmente é autolimitada, dura até 14 dias, pode incluir muco e
sangue nas fezes (disenteria) e pode levar à desidratação. Além disso, pode ter origem
não infecciosa. É uma patologia frequente na pediatria e, diante disso, atualizações no
manejo do paciente com diarreia se fizeram necessárias. Objetivo: analisar as mudanças
ocorridas no atual protocolo de tratamento da diarreia aguda em pacientes pediátricos.
Metodologia: esse estudo consiste em uma revisão narrativa da literatura, com coleta de
10 artigos das seguintes bases de dados: Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scielo e
PubMed. Sendo "Diarreia”, "Pediatria" e "Tratamento" as palavras chaves utilizadas.
Resultados: foram identificadas alterações nos critérios clínicos para diagnóstico do grau
de desidratação e nos procedimentos de tratamento. Nos critérios para definir a
desidratação foi acrescentado o peso; para o Plano A não há perda de peso, para o Plano
B, observa-se uma perda de até 10% do peso e para o Plano C uma perda acima de 10%.
Quanto ao tratamento, no Plano A, foi implementada a adição de zinco uma vez ao dia,
durante um período de 10 a 14 dias. No Plano B, em casos nos quais pacientes
desidratados apresentam vômitos persistentes, a administração de Ondansetrona passa a
ser recomendada, com doses variando de acordo com a faixa etária: crianças de 6 a 2 anos
devem receber 2 mg (0,2 a 0,4 mg/kg); crianças com mais de 2 anos a 10 anos (até 30
kg) devem receber 4 mg; e adultos, bem como crianças com mais de 10 anos (mais de 30
kg), devem receber 8 mg. No Plano C, ocorreram mudanças na administração da solução
de reidratação endovenosa a partir de um ano de idade. Quando ocorrerem sintomas como
presença de sangue nas fezes e comprometimento do estado geral e/ou febre persistente
de alta intensidade, dor abdominal, tenesmo ou comprometimento sistêmico, a
antibioticoterapia passa a ser Azitromicina ou Ceftriaxona para pacientes menores de 10
anos, e Ciprofloxacino ou Ceftriaxona para aqueles com mais de 10 anos. Conclusão:
Diante disso, é possível inferir que mudanças foram estabelecidas nos planos de
tratamento A, B, C e D. Essas alterações são fundamentais para unificar o manejo da
diarreia em pacientes pediátricos.
Palavras-Chave:Diarréia, pediatria, tratamento.
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INTERFERÊNCIA DA PRÁTICA DE ATIVIDADES FÍSICAS NA SAÚDE
MENTAL: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Paulo André Rocha Nascimento, Julia carvalho de souza, Matheus Martinho de Araujo
Carvalho, Marcos Vinícius M. de Oliveira
Introdução: É consenso entre pesquisadores que a prática constante de exercícios físicos
é um fator determinante para a promoção de saúde e tratamento de diversas doenças
crônicas não transmissíveis. Dessa forma, cita-se a relação da atividade física com o bem-
estar e a saúde mental. Essa prática regular de atividade física melhora as condições do
fluxo sanguíneo e circulação corporal, possibilitando maior uso de oxigênio para os
tecidos, além de liberar hormônios associados com o prazer e bem estar e fortalecimento
muscular, o que melhora a cognição, vontade e felicidade. Objetivo: Integrar as
produções bibliográficas que correlacionam atividade física com melhora da saúde
mental. Metodologia: O estudo é do tipo descritivo, constituindo uma revisão de
literatura. Foram utilizadas as bases de dados Scielo e Pubmed, e os descritores atividade
física e saúde mental no scielo e “physical activity” e “mental health” no Pubmed.
Foram filtrados 17 artigos, dos quais 5 foram utilizados para confecção do presente
resumo. Resultados: Os artigos selecionados originaram de países como Austrália,
Estados Unidos da América (EUA), Reino Unido e Taiwan. Importante ressaltar a
ausência de artigos produzidos por pesquisadores do Brasil que abrange a população
como um todo e não uma parcela específica. Por fim, as evidências apontam que um estilo
de vida saudável pode colaborar no combate ao sedentarismo, por conseguinte, melhora
de quesitos emocionais. Os profissionais de saúde mental devem não só tratar o distúrbio
de base, mas também incentivar na adoção de práticas saudáveis para o indivíduo, como
a regular realização da atividade física e esportes coletivos ou individuais. Conclusão:
Conclui-se que a prática regular de atividades físicas possui eficácia terapêutica para
pessoas com algum problema relacionado à saúde mental. Dessa forma, deve-se tratar o
paciente como um todo, logo, é importante buscar a reintegração social, com fito de
promoção da saúde integral e mitigação dos sintomas de distúrbio psicológico específico.
No âmbito nacional, notou-se carência de estudos que correlacionam a temática em
questão na população geral e não em parcela específica. Portanto, com a revisão de
literatura realizada, concluiu-se que AF praticada por pessoas com problemas de saúde
mental acarreta em benefícios a curto e a longo prazo para o indivíduo e permite sua
reabilitação psicossocial.
Palavras-Chave: Saúde Mental, Atividade Física, Terapêutico.
ASSOCIAÇÃO DA PERCEPÇÃO NEGATIVA DO ESTADO DE SAÚDE COM
CONDIÇÕES LABORAIS EM AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE
Alice Caldeira Jorge dos Santos, Bianca Damasceno Janhaki Mota, Josiane Santos Brant
Rocha, Vinícius Gomes e Martins, Ester Fernanda Honório Mendes,
Ramon Rocha Vieira Santos
Introdução: A autopercepção de saúde é considerada como a perspectiva que um
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indivíduo tem sobre sua própria saúde, sendo influenciada por fatores psicológicos,
biológicos e sociais, essa medida atua como preditor de morbimortalidade. Atividades
laborais têm desempenhado importante papel nessa condição, nomeadamente entre os
agentes comunitários de saúde (ACS). Objetivo: Analisar a associação da autopercepção
negativa de saúde com o Índice de Capacidade de Trabalho (ICT) dos ACSs.
Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, analítico, advindo de
um recorte da pesquisa intitulada “Agentes comunitários: autopercepção do estado de
saúde”. A coleta ocorreu nas unidades de Estratégia de Saúde da Família (ESF) do
município de Montes Claros, Minas Gerais, em 2018, por pesquisadores previamente
capacitados, por meio de avaliação da percepção de saúde e fatores sociodemográficos
(idade, sexo, cor de pele, estado civil) e condições laborais (ICT). A variável dependente
foi avaliada por uma questão extraída do questionário da VIGETEL, “Em comparação
com pessoas da sua idade, como você considera o seu estado de saúde?”. As quatro
categorias de resposta foram dicotomizadas em positiva (para as opções “muito bom” e
“bom”) e negativa (para as opções “regular” e “ruim”), o ICT foi avaliado por meio do
questionário validado de Tuomi et al (2010), que determina as demandas físicas e
mentais do trabalho. Inicialmente procedeu-se uma análise descritiva das variáveis
investigadas, posteriormente análises bivariada e múltipla (Regressão de Poisson). Estudo
aprovado pelo comitê de ética sob o 2.425.756. Resultados: Participaram do estudo
797 ACS, destes, a maioria era do sexo feminino (83,7%) tinham companheiro (59,7%),
cor de pele não branca (87,1%) e ICT como ruim (25,8%). A autopercepção negativa de
saúde foi apresentada por (41%) dos ACSs. Na análise multivariada foi verificada a
associação entre a autopercepção negativa de saúde dos ACS e pior ICT (RP= 2,16;
IC95% 1,84-2,55). Conclui-se uma elevada prevalência de autopercepção negativa de
saúde dos ACS e essa condição mostrou-se associada a um pior índice de ICT.
Conclusão: Considerando os resultados registrados, os serviços de saúde devem propiciar
políticas de atenção diferenciadas aos ACS, buscando prevenir os fatores que podem
prejudicar a qualidade de vida destes profissionais. Palavras-chave: Agentes
Comunitários. Autoavaliação. Estado de Saúde. Estratégia de Saúde da Família.
Palavras-Chave: Agentes Comunitários, Autoavaliação, Estado de Saúde, Estratégia de
Saúde da Família.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO SEXUAL: PERCEPÇÃO DA
POPULAÇÃO PRESENTE NO EVENTO “SÍFILIS — A PREVENÇÃO É O
MELHOR CAMINHO” EM MONTES CLAROS, MG
Giovanna Jansen Cordeiro, Matheus Martinho de Araujo Carvalho,
Vitória Molinari Marinho, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: A educação sexual desempenha um papel fundamental na formação dos
indivíduos, moldando sua compreensão das questões ligadas à sexualidade e saúde. Além
de prevenir ISTs e promover relacionamentos saudáveis, a educação sexual objetiva
fortalecer a autoestima, o respeito mútuo e a comunicação eficaz. Nesse contexto, a
efetiva atuação da atenção primária como educador não apenas contribui para a prevenção
de ISTs, mas também visa promover a saúde mental, o bem-estar emocional e o
desenvolvimento de habilidades interpessoais. Portanto, é essencial reconhecer e
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promover o papel da atenção primária como agente educador na promoção de uma
sexualidade saudável e na melhoria da qualidade de vida. Objetivo: Compreender a
relevância da educação sexual na realidade dos participantes do evento “Sífilis a
prevenção é o melhor caminho”. Metodologia: Trata-se de uma pesquisa de campo com
amostra por conveniência constituída pela população que esteve presentes na ação
“Sífilis — a prevenção é o melhor caminho” realizada no dia cinco de novembro de 2022
em uma praça pública no centro da cidade de Montes Claros, MG. Foi elaborando um
questionário com o qual se avaliou dados sociodemográficos e questões acerca de
educação sexual. Resultados: Foram entrevistadas 44 pessoas, cujas idades daqueles que
responderam a esse tópico (64%) variou entre 18 e 94 anos, tendo 44,5 anos como média.
De todos os 24 participantes que informaram seu sexo, 18 eram mulheres e apenas seis
eram homens. Observou-se que, dos 29 indivíduos que obtiveram educação sexual
de alguma fonte, dois (7%) receberam instrução apenas em casa, sete (24%) tiveram a
escola como fonte exclusiva de educação sexual enquanto a maioria (69%) foi orientada
pela família e pela escola. Ademais, apenas dez indivíduos (23%) discordam da aplicação
de educação sexual pelas escolas. Conclusão: Percebe-se alto engajamento no tema pela
população entrevistada, que, em sua maioria, compreende a educação sexual como
positiva devendo, assim, ser abordada nas escolas, considerando que essa é a fonte
primária da instrução aos jovens e que o assunto ainda é um tabu para muitas famílias.
Dessa forma, cabe analisar os métodos e a eficácia da educação sexual oferecida nas
escolas para que se avalie a necessidade de políticas públicas de capacitação dos
profissionais responsáveis e da implementação dessa prática no currículo escolar em
parceria com o programa Saúde na Escola.
Palavras-Chave: Educação Sexual, Relações Comunidade-Instituição, Infecções
Sexualmente Transmissíveis.
A INFLUÊNCIA DAS REDES SOCIAIS NA PROMOÇÃO DA SAÚDE NOS
ESTUDANTES
Viviane Maia Santos, Mariana Lacerda dos Santos, Lucineia de Pinho, Fabiana
Aparecida Maia Borborema, Kênia Souto Moreira,
Hugo Emanuel Santos Pimenta, Milena Sakon Portugal
Introdução: Usar as plataformas de mídia social para promover a educação em saúde
tornou-se uma prática produtiva e muito bem aceita pelos usuários. Essas tecnologias
possuem um papel substancial na influência de perspectivas e na disseminação de dados.
Assim, podem promover um maior entendimento sobre questões de saúde e melhoria da
qualidade de vida. Objetivo: Promover qualidade de vida com auxílio das redes sociais,
através da ressignificação dos hábitos, aprimorando a saúde física e mental dos
estudantes. Metodologia: Foram abordados temas vigentes na vida do público alvo, os
estudantes, através da criação de conteúdo interativo, informativo e científico,
reformulados para uma linguagem mais clara e popular, visando maior entendimento dos
usuários e sensibilização acerca dos cuidados com a saúde. Com o respaldo de
profissionais de diversas áreas da saúde, professores, orientadores e pesquisadores, foram
produzidos conteúdos todos os dias, stories interativos, vídeos informativos e
humorísticos, publicações educativas e lives. Resultados: A partir da criação de conteúdo
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no Instagram do NuPeSE (Núcleo de Pesquisa em Saúde do Estudante), foram registradas
10.871 contas alcançadas nos últimos 30 dias, com mais de mil visitas ao perfil,
totalizando atualmente 1.069 seguidores, de modo que observou-se um impacto positivo
e alcance dos objetivos propostos. As estratégias utilizadas para atrair o público foram
sorteios, memes relacionados à vida do estudante, a criação de quadros experimentando
esportes, quadros sobre alimentação, entrevistas com profissionais abordando temas bem
presentes no cotidiano do público alvo como adicção em internet, imagem corporal, saúde
mental, concentração nos estudos e procrastinação, mitos e verdades acerca da
contracepção, entre outros. Dentre os temas abordados na página com mais visualizações
e compartilhamentos estão a nomofobia e seus riscos, os prejuízos do cigarro
eletrônico, a relação entre obesidade e ansiedade, sobrepeso, atividades de lazer nos fins
de semana e alimentação para favorecer o desempenho no treino. Conclusão: A criação
de uma página no Instagram de cunho educativo funciona como uma valiosa ferramenta
de ensino e promoção da saúde para estudantes, pelo fato de englobar vários tópicos
relacionados a vida estudantil e também a tirada de dúvidas, garantindo o acesso a
informações confiáveis. Além disso, por ser facilmente acessível, qualquer usuário em
qualquer lugar consegue consumir o conteúdo criado.
Palavras-Chave: Promoção da Saúde, Mídias Sociais, Estudantes, Qualidade de Vida.
SOLIDÃO NA TERCEIRA IDADE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Giovanna Teixeira Duque De Oliveira, Ana Laura Mendes de Paula Santos, Camila
damasceno sapori, Matheus Guedes Magalhães, Magny Emanuele Lima Ramos,
Thais Mendes Rodrigues
Introdução: o envelhecimento é um processo natural do ciclo da vida, que fomenta um
conjunto de alterações e mudanças graduais a nível biológico, psicológico e social. Dentre
as alterações psicossociais que ocorrem no processo de envelhecimento, evidenciam-se
sentimentos de solidão, déficit de memória, desorientação no tempo e espaço, abandono
e tristeza. Objetivo: relatar a experiência de acadêmicos de medicina na execução de uma
extensão multidisciplinar direcionada ao impacto da solidão na terceira idade.
Metodologia: foi realizada uma ação em saúde no Parque Sagarana localizado no
município de Montes Claros – MG, direcionada ao público acima de 60 anos. A ação foi
executada em dois momentos; inicialmente ocorreu uma busca ativa para abordar a
temática da solidão em longevos presentes no parque. Em seguida, os idosos foram
direcionados para a aferição da pressão arterial e glicemia capilar e instruídos acerca dos
seus resultados. Para esse momento, foram utilizados, estetoscópio, esfigmomanômetro,
glicosímetro e demais materiais, incluindo equipamentos de proteção individual.
Resultados: evidenciou-se que a solidão na terceira idade é negligenciada e pode resultar
em adoecimentos físicos e desenvolvimento de doenças neurodegenerativas e
psiquiátricas nos idosos. Houve uma sensibilização quanto à importância da atenção e
cuidado para esse grupo vulnerável. Conclusão: a população carece de conhecimento a
respeito da solidão na terceira idade e seus impactos. Nesse sentido, é necessário
promover ações que incentivem a adoção de hábitos para minimizar o sentimento de
solidão no idoso e suas consequências.
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
Palavras-Chave: Saúde do idoso, solidão, envelhecimento.
BENEFÍCIOS DO USO DOS INIBIDORES DE JAK NA DERMATITE
ATÓPICA
Maria Eduarda Novato de Andrade, Bianca Damasceno Janhaki Mota, Giovanna
Teixeira Duque De Oliveira, Taynnah Maria De Freitas Gontijo E Barcellos,
Luiza Brito Dutra, Sara Borges Pinheiro
Introdução: A Dermatite Atópica (DA) é uma doença inflamatória crônica caracterizada
pela presença de eczema e prurido persistentes ou recidivantes. O tratamento base
consiste na adoção de medidas para restaurar a barreira cutânea, entretanto, muitos
pacientes necessitam de terapia sistêmica. Uma nova alternativa para o tratamento da DA
são os inibidores de JAK (iJAK), que vem sendo amplamente estudados e regulamentados
em diversos países. Recentemente, foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária (Anvisa) o uso desta nova classe de medicamentos no Brasil para casos
moderados a graves em pacientes com mais de 12 anos. Objetivo: Descrever os
benefícios do uso dos inibidores de JAK no tratamento da dermatite atópica.
Metodologia: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, considerando estudos
publicados entre 2020 e 2023. Foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Eletrônico Library Online (Scielo). Para a estratégia
de busca, utilizaram-se os seguintes descritores e em diferentes combinações por meio do
uso dos operadores booleanos: dermatite atópica, iJAK e tratamento. Foram identificados
25 artigos, de língua inglesa e portuguesa, dos quais 12 compuseram a amostra final.
Resultados: A via JAK/STAT possui uma ação relevante na patogênese da DA, assim,
as drogas inibidoras de JAK interrompem o ciclo da doença desde o início ao modular a
ação de diversas substâncias envolvidas no processo inflamatório. Este medicamento
promove a supressão do prurido crônico, a melhora da barreira cutânea e a diminuição do
infiltrado inflamatório. Estudos mostraram que o seu uso melhorou significativamente os
sinais e sintomas da doença, sendo seguro e bem tolerado pelos pacientes, além de ter
apresentado alta satisfação por parte dos usuários. Conclusão: A via JAK/STAT compõe
uma via de sinalização intracelular dos receptores de várias citocinas e fatores de
crescimento, relevantes em várias doenças inflamatórias, inclusive da DA. Deste modo,
ressalta-se a importância da constante atualização de novas abordagens terapêuticas, como
os inibidores de JAK, para o tratamento de uma doença crônica e impactante como a
dermatite atópica.
Palavras-Chave: Dermatite atópica, IJAK, Tratamento.
O EFEITO DA NEUROMODULAÇÃO NA PREVENÇÃO DO
COMPORTAMENTO SUICIDA
Sálua Trigo El-Khouri Bernardes, Lucas Pereira e Souza, Giselli Maria Costa,
Paulo de Paula Bernardes Neto
Introdução: O comportamento suicida é definido como uma manifestação autodestrutiva
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do indivíduo em que não essencialmente ocorre o suicídio, mas há, pelo menos, ideação
ou tentativa suicida. O suicídio acontece quando essa ação fatal é concretizada. Segundo
a Organização Mundial de Saúde (OMS), ele é considerado um problema de saúde
pública global e, anualmente, cerca de 700.000 pessoas interrompem a própria vida, sendo
que, para cada morte consumada, 25 pessoas apresentaram pensamentos ou ideação
suicidas. A eletroconvulsoterapia (ECT) é uma alternativa ao tratamento de doenças
psiquiátricas refratárias ao tratamento medicamentoso, que atua induzindo uma
convulsão generalizada no paciente sob anestesia geral, através de uma corrente elétrica.
Objetivo: Analisar os efeitos da eletroconvulsoterapia na prevenção do comportamento
suicida em pacientes psiquiátricos refratários ao tratamento farmacológico. Metodologia:
Trata-se de uma pesquisa sistemática de revisão narrativa de literatura, de caráter
descritivo. Foram escolhidos estudos indexados nas bases eletrônicas PubMed e SciELO,
realizados entre os anos de 2014 e 2023. Após a triagem, foram selecionados 28 artigos
que atendiam aos critérios estabelecidos: texto completo disponível, estudos concluídos,
publicados em Português ou Inglês e com conteúdo relacionado ao objetivo da pesquisa.
Os descritores utilizados foram: eletroconvulsoterapia, transtorno depressivo resistente a
tratamento e comportamento autodestrutivo. Resultados: A análise dos estudos
selecionados constatou que a ECT contribuiu positivamente em pacientes com depressão
resistente ao tratamento otimizado, esquizofrenia e com comportamento suicida. A taxa
de mortalidade do procedimento é similar àquela associada aos procedimentos
envolvendo anestesia geral, e o principal efeito adverso descrito foi a perda transitória da
memória anterógrada. Conclusão: A ECT mostrou-se eficaz na remissão de sintomas
persistentes, principalmente no risco de autoextermínio, em que a intervenção precisa ser
imediata. Há, ainda, um estigma da população, em decorrência de informações distorcidas
e relatos de casos de aplicação da terapia sem indicação e de forma errônea. Considerada
a relevância do comportamento suicida na população mundialmente, entender a terapia
eletroconvulsiva é de suma importância no contexto social e de saúde pública, visto que
é uma opção a mais em indivíduos sem perspectiva de melhora e que apresentam baixa
qualidade de vida
Palavras-Chave: Comportamento Autodestrutivo, Eletroconvulsoterapia, Transtorno
Depressivo Resistente a Tratamento.
USO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA ATENÇÃO
À SAÚDE DO IDOSO
Isabella Ribeiro Gomes, Ana Cecília Pereira Alves, Ana Carolina Campos Barbosa
Soares, Julia de Oliveira Cangussu, Gláucia Cavalcante Oliveira, Ana Luísa Dias Moura,
Gustavo de Abreu Fabrini Cunha
Introdução: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são recursos
adjuvantes de tratamento que buscam a prevenção de doenças e a recuperação da saúde,
com ênfase no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser humano
com o meio ambiente e a sociedade. As práticas foram regulamentadas por meio da
Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC), são
transversais em suas ações no SUS e podem estar presentes em todos os pontos da Rede
de Atenção à Saúde, prioritariamente na Atenção Primária com grande potencial de
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atuação. Uma das abordagens desse campo é a visão ampliada do processo saúde/doença
e da promoção global do cuidado humano, especialmente do autocuidado. As indicações
são embasadas no indivíduo como um todo, considerando-o em seus vários aspectos:
físico, psíquico, emocional e social. Objetivo: Relatar a experiência de uma ação em
saúde voltada para terapia com práticas integrativas e complementares em uma Estratégia
de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Trata-se de um relato de experiência de uma
educação em saúde realizada por acadêmicos do quinto período de medicina da
Unifipmoc em uma ESF do Norte de Minas Gerais. Relato de experiência: A educação
em saúde ocorreu no dia 22 de Agosto de 2023 na ESF Monte Sião em Montes Claros-
Minas Gerais. As Práticas abordadas foram: Geoterapia, musicoterapia e fitoterapia, com
ênfase no cuidado com o idoso, que era o público-alvo da ação. Em primeiro momento,
foram explicados os conceitos da Medicina integrativa e as principais práticas realizadas,
elucidando os tratamentos realizados pelo SUS e pela unidade em questão. Após as
explicações, foram preparadas argilas de coloração verde, preta, vermelha e branca e
aplicadas de acordo com seu mecanismo de ação nas regiões de dor crônica e flogose dos
idosos participantes. Durante o tempo de ação das argilas, foi servido chá de hortelã, de
efeito calmante ao som ambiente de uma música para meditação. Os idosos relataram a
sensação de relaxamento e tranquilidade durante as atividades realizadas. Observou-se a
troca de saberes a partir das dinâmicas e compartilhamento de conhecimentos acerca do
contexto saúde-doença. Conclusão: Conclui-se que as PICS no cuidado e na promoção
da saúde é uma valiosa ferramenta para a redução do uso de medicamentos e seus efeitos
adversos.
Palavras-Chave: Autocuidado, Medicina Integrativa, Relaxamento.
TRATAMENTOS DE PACIENTES COM DOENÇA DE CHAGAS EM FASE
CRÔNICA: O QUE HÁ DE NOVO?
Xaiane Carvalho Ribeiro, Blenda Boaventura Cruz,
Nayara Barbosa Antunes Figueiredo, Flávio Júnior Barbosa Figueiredo
Introdução: A doença de Chagas (DC) é problema de saúde pública mundial causada
pelo protozoário Trypanosoma cruzi. Clinicamente, a DC é complexa e cursa em duas
fases, a aguda e a crônica. Essa última é responsável pela morbimortalidade da doença
consequente de um processo inflamatório tecidual, sobretudo, no coração. O tratamento
da DC crônica (DCC) utiliza o antiparasitário benznidazol (BZ), é motivo de
controvérsia, uma vez que embora reduza sinais da infecção, não promove a cura
parasitológica. Objetivo: Identificar as recomendações atuais para o tratamento de
indivíduos com a DCC. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa com abordagem
qualitativa e descritiva a partir de coletas bibliográficas nas bases de dados Scientific
Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS)
utilizando os descritores “Doença de Chagas” e “Tratamento”, o operador “AND” e o
filtro de idioma em português. Com essa pesquisa, surgiram diversas publicações, das
quais 22 foram selecionadas conforme a afinidade com a temática. Resultados: O
tratamento da DCC representa um desafio na clínica pois não um consenso para critério
de cura definitiva. Contudo, existe recomendação das autoridades para que o tratamento
seja realizado uma vez que se observa diminuição das lesões nos órgãos afetados. O maior
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ensaio clínico realizado para avaliar o uso do BZ na DCC é o BENEFIT que avaliou 2.854
pacientes com cardiomiopatia chagásica (CMC). Após o uso diário de 300 mg do
BZ por 40-80 dias houve redução significativa na hospitalização por causas
cardiovasculares, mas não diminuiu a mortalidade de forma significativa. Em outro
estudo, o SAMI-Trop, observou-se redução da mortalidade após o uso de BZ por 60 dias
em 1.813 participantes com CMC. Outros trabalhos menores demonstraram diminuição
da progressão clínica da doença e taxas baixas de alteração no ECG. Conclusão: O
tratamento da DCC requer análise clínica e acompanhamento pormenorizado de cada
paciente. O estabelecimento de critérios de cura objetivos e menos complexos é
imperativo. E importante também a padronização do tempo de tratamento e o esquema
terapêutico a ser empregado. Nesse sentido, estudos clínicos multicêntricos devem ser
realizados para que essa lacuna científica seja resolvida e desta forma gere evidências
científicas robustas que possam melhorar a qualidade de vida e saúde dos pacientes
infectados.
Palavras-Chave: Doença de Chagas, Doença Crônica, Resultados Intermediários de
Saúde, Trypanosoma Cruzi.
A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO EM LIGAS ACADÊMICAS COMO
FATOR DE ASSOCIAÇÃO ENTRE CONHECIMENTO TEÓRICO E PRÁTICO
E MELHORA DO DESEMPENHO ACADÊMICO
Isabella Ribeiro Gomes, Isabela Neves de Matos, Matheus Martinho de Araujo
Carvalho, Vitória Molinari Marinho, Pedro Câmara de Assis,
Ariane Cristina Mota Rios, Maria Eduarda Oliveira Campos
Introdução: A formação médica é construída a partir da agregação entre práticas
curriculares e extracurriculares, que participam do crescimento pessoal e profissional de
cada médico em formação. As ligas acadêmicas são associações civis e científicas livres,
de duração indeterminada e sem fins lucrativos, que visam complementar a graduação em
diversos assuntos, com a interação entre docentes e discentes. Objetivo: O presente
resumo tem como objetivo relatar a experiência da participação em ligas acadêmicas e
sua influência no desempenho acadêmico. Metodologia: Trata-se de um relato de
experiência de um grupo de docentes que, de maneira prática, vivenciaram a participação
em ligas acadêmicas e obtiveram melhora no desempenho acadêmico curricular. Relato
de experiência: As ligas são criadas com base em diversas áreas médicas e têm como
princípio a tríade: ensino, pesquisa e extensão, o qual baseia as suas atividades. Como
ferramenta de ensino, são realizadas reuniões semanais dos ligantes em grupos de
discussão, chamados “GD’s”, que abordam temas relacionados à área médica central da
liga, promovendo maior conhecimento teórico que se coadjuvará à prática adquirida nos
estágios, que permitem o acompanhamento de casos clínicos, diagnósticos e condutas de
determinadas patologias, além de contribuir para as habilidades médicas. No âmbito da
pesquisa, a liga participa de eventos científicos com submissão de trabalhos, podendo
assim, participar da produção e construção de artigos, resumos e pesquisas, agregando
também à construção curricular. Conclusão: Por fim, a extensão abrange projetos e
atividades voltados para a comunidade, com o fito de solucionar demandas especificas
de forma multiprofissional, e gerar prevenção e promoção da saúde. O interesse e a
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participação em ligas acadêmicas reflete universitários atentos e capacitados para exercer
suas funções com excelência, dotados de conhecimentos, habilidades e atitudes médicas.
Palavras-Chave: Ensino, pesquisa, extensão, conhecimento, habilidades.
A RELAÇÃO ENTRE O CÂNCER DE PELE E A IMUNOSSENESCÊNCIA
Luiza Santos Ribeiro Da Silva, Letícia Rocha Oliveira Matos, Luciano Oliveira
Marques, Ana Luiza Castro Rocha, Thiago Vinicius dos Santos Ferreira,
Luana Rocha Oliveira Matos
Introdução: O câncer de pele é a neoplasia de maior incidência no Brasil atualmente e
pode ser classificado em dois grupos: o não melanoma – constituído pelo espinocelular e
pelo basocelular, que é o mais frequente e de melhor prognóstico e o melanoma, com
pior prognóstico. Essa patologia possui fatores de riscos diversos, no entanto, além da
alta exposição solar, é de destaque a idade avançada e a imunodeficiência do organismo
dos indivíduos em combater as células com atipias. À junção desses dois fatores, dá-se o
nome de imunossenescência. Objetivo: Analisar o câncer de pele, considerando a sua
relação com a imunossenescência. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da
literatura, em que os acervos científicos estão datados entre os anos de 2019 e 2023. O
presente estudo utilizou os descritores “câncer de pele”, “fatores de risco” e
“imunossenescência”, nas seguintes bases de dados: PubMed, Scielo, SBD, INCA e ACS.
Resultados: Foram analisados 12 artigos, que atendiam aos descritores selecionados. A
partir desse estudo, é possível inferir que a senescência, ou seja, os processos fisiológicos
que ocorrem com o avançar da idade, possuem grande impacto na vida dos indivíduos.
Dentre essas alterações, destaca-se a incompetência do sistema imune do paciente em
combater as desordens celulares do organismo, ou seja, o fenômeno da
imunossenescência, que muitas vezes propiciam o surgimento dos carcinomas da pele.
Por isso, é imprescindível que a rede de assistência desses idosos estejam sempre atentos
a qualquer lesão de pele suspeita, sobretudo as que se assemelham a “machucados”, que
nunca cicatrizam e sangram facilmente. Após essa identificação, eles devem ser
encaminhados para uma avaliação especializada. Ressalta-se, por fim, que quando
identificado nos seus estágios iniciais, possuem melhores prognósticos e, frequentemente,
a biópsia incisional é um meio diagnóstico e terapêutico. Conclusão: Diante disso, pode-
se afirmar que, epidemiologicamente, o câncer de pele está intimamente relacionado à
idade avançada e, consequentemente, apresenta como um fator de risco a
imunossenescência.
Palavras-Chave:Câncer de pele. Idosos. Imunossenescência.
O PACIENTE COM LESÃO CUTÂNEA: VIVÊNCIAS E PERCEPÇÕES
Viviane Maia Santos, Hugo Emanuel Santos Pimenta, Orlene Veloso Dias, Itala
Apoliana Guimaraes Amorim, Eliana Aparecida Villa, Nadine Antunes Teixeira,
Milena Sakon Portugal
Introdução: Pacientes com lesão cutânea crônica passam por várias mudanças em seu
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modo de vida, como isolamento social, dificuldade de mobilidade e afastamento de
atividades de lazer. Essas modificações são capazes de gerar sentimentos, como
inabilidade funcional, sofrimentos, desesperança no tratamento, alteração no humor,
podendo, em muitos casos, levar o paciente ao abandono do tratamento. O
desenvolvimento deste estudo justifica-se ao se considerar que o levantamento desses
dados pode auxiliar no aprimoramento da prestação da atenção à saúde ao paciente com
lesão cutânea crônica e na organização do processo de trabalho da enfermagem, em
consonância com suas especificidades e necessidades. Objetivo: Este estudo tem como
objetivo conhecer a percepção do paciente sobre sua vivência com lesão cutânea crônica.
Metodologia: Realizou-se uma pesquisa com abordagem qualitativa, descritiva
exploratória, desenvolvida junto a pacientes de um ambulatório de feridas em um
município do Norte de Minas Gerais - Brasil. Foram entrevistados 17 usuários no período
de abril a maio/2023, por meio de entrevista gravada, utilizando a questão norteadora:
“Como é para você conviver com uma ferida crônica no seu dia a dia”? A análise foi
realizada com base na análise de conteúdo e permitiu agrupar os resultados em três
categorias: (1) Dificuldades enfrentadas no cotidiano com a ferida, (2) Convivendo com
a ferida: sentimentos e emoções e (3) Fatores que influenciam viver com a ferida.
Resultados: O discurso dos participantes permitiu a compreensão dos principais
sentimentos presentes, tornando possível identificar também fatores psicológicos, sociais,
sexuais, espirituais, familiares e profissionais que interferem no processo de cicatrização.
Conclusão: Esse estudo permitiu conhecer a percepção do paciente sobre sua vivência
com lesão cutânea crônica e evidenciou a necessidade de reconhecê-los em sua
subjetividade e necessidades.
Palavras-Chave: Enfermagem, Estomaterapia, Ferimentos, Lesões cutâneas.
ABORDAGEM DO IDOSO QUANTO Á DIABETES, HIPERTENSÃO E
DOENÇA DE ALZHEIMER: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Isabella Ribeiro Gomes, Ana Luísa Dias Moura, Gustavo De Abreu Fabrini Cunha,
Jair Almeida Carneiro, Maria Eduarda Oliveira Campos
Introdução: Com o aumento da população idosa, é necessário encontrar maneiras de
garantir seu bem-estar e melhor qualidade de vida, pois nessa fase surgem diversos
desafios para adaptação às perdas físicas, emocionais e sociais, ao amparo familiar, à
questão socioeconômica, às perdas das capacidades comunicativas e cognitivas, bem
como surgimento de doenças que interferem diretamente no seu dia a dia, como a
hipertensão, diabetes e doenças neurodegenerativas. Nesse sentido, a participação de
idosos em grupos de convivência pode trazer diversos benefícios, tais como afastar a
solidão, aumentar a autoestima, resgatar valores pessoais e sociais, propiciar amizades,
melhorar a integração com os familiares e promover suporte social. Objetivo: O presente
estudo teve como objetivo sensibilizar os idosos acerca dos principais problemas de
saúde que acometem essa fase da vida, como Hipertensão, Diabetes e Doença de
Alzheimer (DA). Relato de experiência: Os acadêmicos de medicina da UnifipMoc-
Afya realizaram um projeto de extensão em Montes Claros, no Serviço Social do
Comércio (SESC) com cerca de 80 idosos que participam do programa SESC +60. A
ação foi de caráter educativo, na qual foi realizado aferição de pressão, orientações sobre
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complicações da HAS e Diabetes, teste de Lipschitz, além de uma palestra sobre hábitos
alimentares. Resultados: Esse projeto foi muito relevante para os acadêmicos, pois lhes
permitiu interagir diretamente com os pacientes, aprimorar a relação médico-paciente e
estabelecer um vínculo por meio de diálogos e cuidados. Além disso, a execução do
projeto proporcionou aprendizado prático e teórico aos estudantes. Vale ressaltar o
envolvimento dos ouvintes, que compartilharam suas experiências, hábitos de vida e
dúvidas relacionadas a HAS, Diabetes e DA. Conclusão: Pode-se inferir que o projeto de
extensão contribuiu para o desenvolvimento profissional e educacional dos acadêmicos,
uma vez que a prática envolveu os idosos do programa SESC +60, permitindo-lhes
adquirir conhecimentos e experiências sobre as doenças abordadas que contribuíram para
o seu crescimento. Além de promover maior conhecimento para o público-alvo.
Palavras-Chave: Diabetes Mellitus, Hipertensão, Idoso.
SÍFILIS CONGÊNITA NO BRASIL: UMA ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DOS
CASOS NOTIFICADOS NO TRIÊNIO 2019-2021
Letícia Rocha Oliveira Matos, Thiago Vinicius dos Santos Ferreira, Luana Rocha
Oliveira Matos, Larissa Lopes Teixeira Fagundes, Ana Luiza Castro Rocha,
Luiza Santos Ribeiro Da Silva, Luciano Oliveira Marques
Introdução: A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica de etiologia bacteriana
causada pelo T. pallidum, que tende evoluir para a cronicidade, e é considerada uma
Infecção Sexualmente Transmissível (IST). Ela possui diferentes estágios, que variam
desde a primária à latente e terciária, possuindo tanto manifestação assintomática quanto
sintomática variada. Quando adquirida no período gestacional e não manejada da maneira
correta, pode haver a transmissão vertical, o que caracteriza a forma congênita da doença,
causando sérios riscos para a vida do feto e neonato, evidenciando a importância da
triagem durante o pré-natal e devida abordagem terapêutica. Objetivo: Analisar a
epidemiologia da sífilis congênita no Brasil no triênio 2019-2021. Metodologia: Trata-
se de estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo e de base documental. Os dados foram
disponibilizados pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação - Sinan Net, no
endereço eletrônico http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sinannet/cnv/sifilisbr.def,
que é de domínio público. Resultados: No período de janeiro de 2019 a dezembro de
2021 foram registrados um total de 58.095 casos de sífilis congênita no Brasil. Em
contraste a isso, houve 150.389 notificações de sífilis em gestantes, o que representa um
total de aproximadamente 38,63% de transmissões verticais dessa doença. Constatou-
se um predomínio de notificações da sífilis congênita na região Sudeste (42,96%),
com prevalência na raça parda (52,1%), discretamente maior em meninos (47,11%), e
que foram diagnosticados quase em sua totalidade na fase precoce da doença. Destaca-
se que houve uma redução significativa dessas notificações entre o ano de 2019, com
maior registros de casos dentro do triênio, e de 2021. Ademais, a evolução destes casos
foi de 94% de sobrevida e apenas 1% resultou em óbito em decorrência dessa
enfermidade. Conclusão: O número de notificações da sífilis tanto em gestantes como na
sua forma congênita diminuiu dentro do triênio analisado no Brasil, no entanto é preciso
que haja maior atenção às gestantes na realização do pré-natal e à triagem recomendada
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para esse público, bem como ao tratamento adequado para os casos de detecção da
sorologia positiva das grávidas em algum momento dessa assistência, evitando, portanto,
a transmissão vertical.
Palavras-Chave: Sífilis. Congênita. Gestantes.
FIBROFOG: O COMPROMETIMENTO COGNITIVO DA FIBROMIALGIA
Letícia Rocha Oliveira Matos, Thiago Vinicius dos Santos Ferreira, Ana Luiza Castro
Rocha, Luana Rocha Oliveira Matos, Luiza Santos Ribeiro da Silva,
Luciano Oliveira Marques
Introdução: A fibromialgia é uma doença reumatológica mais prevalente no sexo
feminino, caracterizada pela dor crônica e generalizada decorrente de alterações do
sistema nervoso. Acredita-se que um desbalanço nos mediadores químicos cerebrais
e modificações nos receptores da dor, os quais muitas vezes estão hiperestimulados e
possuem menores limiares. Além disso, uma manifestação comum dessa patologia é o
comprometimento cognitivo, descrito como “Fibrofog”, ou seja, o nevoeiro da
fibromialgia, que embora possua um mecanismo que não está completamente elucidado,
associa-se a uma miscelânea de fatores. Objetivo: Compreender a fibromialgia,
considerando a Fibrofog. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura.
A coleta de dados ocorreu nas bases: Scielo, SBR, ACR, Arthritis Foundation e PubMed.
A bibliografia está datada entre os anos de 2017 e 2021 e foram utilizados os seguintes
descritores: fibromialgia, manifestações clinicas e fisiopatologia. Resultados: Analisou-
se 10 artigos que abordavam sobre a fibromialgia e suas manifestações clínicas. A
sintomatologia dessa patologia está intimamente ligada ao sistema nervoso e, além da dor
crônica, é comum a fadiga, a depressão e as alterações do sono e da memória, as quais
são utilizados, inclusive, para o acompanhamento da doença por meio da Escala de
Severidade de Sintomas. Ademais, acredita-se que a Fibrofog seja um mecanismo
compensatório do organismo dos indivíduos frente aos quadros álgicos exacerbados,
além da interação das modificações no padrão do sono e da depressão, por isso ela é
apontada como uma manifestação oriunda de vários fatores. Esse comprometimento
cognitivo é relatado como uma dificuldade de concentração e a alteração da memória
recente e de trabalho que, por conseguinte, impacta nas atividades de vida diária dos
pacientes. Conclusão: Portanto, é possível inferir que, sem o tratamento adequado, a
fibromialgia, bem como a Fibrofog, afeta de maneira significativa a qualidade de vida e a
funcionalidade dos indivíduos.
Palavras-Chave:Fibrofog. Fibromialgia. Manifestações clínicas.
EVOLUÇÃO DA VARICELA NOS ÚLTIMOS 10 ANOS E REPERCUSSÕES DA
VACINAÇÃO, CONFORME FAIXA ETÁRIA DE 1 A 4 ANOS
João Gabriel Aguiar Freitas, Arlem Leonardo Oliveira Filho,
Luís Gabriel Mendes Silva, Vanessa Teixeira Duque de Oliveira
Introdução: A varicela, doença infectocontagiosa causada pelo vírus Varicela-Zoster, é
caracterizada por ser altamente transmissível e por desenvolver lesões exantemáticas
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pruriginosas. Esta, em crianças, tende a apresentar um quadro típico composto por lesões
polimórficas ao longo do corpo, evoluindo de forma autolimitada. No entanto, a
implementação da vacina contra a varicela no Programa Nacional de Imunizações (PNI)
em 2013, tem tido grande impacto na diminuição de casos e notificações da doença.
Objetivo: O presente estudo tem como objetivo analisar a evolução da Varicela entre os
anos de 2013 e 2022 na faixa etária de 1 a 4 anos no estado de Minas Gerais.
Metodologia: Trata-se de um estudo quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do
DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(Sinan - Net), do Ministério da Saúde do Brasil. Foram pesquisados dados
epidemiológicos e de morbidade. Resultados: Foram notificados 41.629 casos de varicela
na população analisada no estado de Minas Gerais durante o período avaliado, o número
variou de 267 a 19.310, com média de 4.162 casos anuais. Observou-se uma diminuição
significativa no número de notificações da doença entre 2013 e 2022 (97,60%), com
reduzido número de casos em 2022 (463). Sendo que do total desses casos, 19.310
(46,38%) aconteceram no ano de 2013, observando decrescidos valores, principalmente,
nos anos de pandemia e após esse período, com cerca de 440 em 2020, 267 em 2021 e
463 em 2022, com menor valor do período em 2021 com apenas 0,64% do total de casos.
Conclusão: A varicela é uma doença de grande relevância clínica, visto que apresenta
alta transmissibilidade e ainda não foi erradicada no Brasil. Entretanto, como observado
nos dados analisados, houve uma redução considerável no número de casos entre os anos
de 2013 e 2022. Período este em que se relaciona à implementação da vacina contra a
doença no calendário vacinal brasileiro. Além disso, em 2018 houve a adição da segunda
dose da vacina para crianças de 4 anos ao programa de imunização, aumentando ainda
mais a proteção e o controle da enfermidade. Portanto, é importante que o sistema de
saúde continue implementando e incentivando práticas que visem a erradicação futura da
doença.
Palavras-Chave: Infantil, Vacina, Varicela.
ANÁLISE ACERCA DAS NOTIFICAÇÕES DE INTERNAÇÕES E ÓBITOS
PELA PNEUMONIA EM INFANTES, COM OBSERVAÇÃO NAS
ADVERSIDADES DURANTE A PANDEMIA DE COVID 19
João Gabriel Aguiar Freitas, Arlem Leonardo Oliveira Filho,
Vanessa Teixeira Duque de Oliveira
Introdução: A pneumonia em crianças é uma condição respiratória comum e
potencialmente grave. Esta afeta os pulmões do indivíduo podendo evoluir de forma
progressiva, induzindo à internação e, em casos graves, óbito. Portanto, considerando
uma doença de alta relevância clínica, é importante expor dados que evidenciem o
potencial de gravidade da doença. Objetivo: Este estudo teve como objetivo descrever
dados numéricos acerca da mortalidade e internação pela pneumonia na faixa etária de 1
a 4 anos durante o período de 2018 a 2022. Metodologia: Trata-se de um estudo
quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan - Net), do Ministério da Saúde
do Brasil. Foram pesquisados dados de internações e mortalidade. Resultados: Foram
notificadas 33.495 internações de pneumonia na população analisada no estado de Minas
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Gerais durante o período avaliado, o número variou de 2.064 a 10.684, com média de
6.699 internações anuais. Observou-se menores taxas de internações em 2020 e 2021,
com valores de 2.064 e 3.111 respectivamente. Enquanto 2022 apresentou a maior
quantidade apresentada, com 10.664, cerca de 31,83%. Ademais, os óbitos notificados
por essa patologia foram de 128, que se associam diretamente com a taxa de internações,
verificando menor quantidade no ano de 2021, com apenas 13 óbitos notificados
(10,15%), seguido por 2020 com 14 óbitos (10,93%). No mais, cabe acrescentar que 2022
apresentou o maior valor de óbitos em decorrência da pneumonia, com cerca de 43,
aproximadamente 33,59% do total desse período. Conclusão: Diante do exposto,
percebe-se que os dados evidenciam um decréscimo de notificações durante a pandemia
pelo COVID-19, com uma ascensão significativa com o fim dessa fase em 2022. Nesse
sentido, sugere-se que o isolamento social no período supracitado foi a causa primária da
queda repentina dos números analisados, visto que limitou o contato de crianças com seus
pares e, dessa forma, evitou a transmissão dos agentes patógenos. Com isso, percebe-se
a importância de medidas de saúde como as notificações para acompanhamento
epidemiológico da enfermidade, a fim de compreender e analisar as melhores formas de
intervenção para combate à patologia. Além de ações que promovam a vacinação e
medidas como a estratégia de atenção integrada às doenças prevalentes na infância
(AIDPI), visando, assim, a diminuição da mortalidade e do número de internações pela
pneumonia.
Palavras-Chave: Internação, Mortalidade, Pneumonia.
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À FRAGILIDADE EM
MULHERES IDOSAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
Karen Jacyara Campos, Victor Guilherme Pereira, Amanda Katherine Vieira Lima
Soares, Rafael Soares Pereira, Pedro Gabriel Gonzaga Durante,
João Artur Dias dos Santos, Luciana Colares Maia
Introdução: A Síndrome de Fragilidade (SF), condição frequente registrada entre as
pessoas idosas e, sobretudo, em mulheres, representa um preditor importante para maior
risco de óbito na população idosa. Objetivo: Descrever o perfil de morbidade e identificar
os fatores associados à síndrome da fragilidade em mulheres idosas cadastradas na
Atenção Primária à Saúde no norte de Minas Gerais. Metodologia: Estudo
epidemiológico, transversal, exploratório e analítico, conduzido com mulheres idosas
cadastradas em Estratégias de Saúde da Família no município de Montes Claros, Minas
Gerais. A coleta de dados sucedeu-se por meio de visitas domiciliares, as quais foram
empregues questionários socioeconômicos e demográficos, Índice de Vulnerabilidade
Clínico-Funcional-20 e a Avaliação Geriátrica Ampla (AGA) para caracterização e
avaliação das condições de saúde do grupo. Foram realizadas comparações entre as
características do grupo a partir do teste qui-quadrado de Person. Para definição das
variáveis associadas à síndrome da fragilidade, conduziu-se análise bivariada, seguida de
análise múltipla, por meio da regressão logística binária, mantendo-se no modelo final
apenas as variáveis associadas até o nível de 5%. A pesquisa conta com parecer
consubstanciado de Comitê de Ética em Pesquisa, integrado à plataforma Brasil, de
número 1.628.652. Resultados: foram avaliados 864 idosas, com predomínio da faixa
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
etária entre 60 a 79 anos (77,5%) e escolaridade entre um e quatro anos de estudos
(64,7%). Observou-se uma prevalência de 56,8% de mulheres idosas com alguma
limitação funcional. Adicionalmente, constatou-se que 75,9% das mulheres apresentaram
polifarmácia, com uso de cinco ou mais medicamentos. A avaliação do grupo em relação
ao estado de fragilidade revelou que 45,6% das idosas foram classificados como robustos,
39,2% foram classificados como pré-frágeis e 15,2% foram classificados como frágeis. As
variáveis associadas à fragilidade foram: comprometimento cognitivo (p=0,012),
capacidade comprometida para realização de atividades de vida diária (p<0,001), maior
número de comorbidades (p=0,004) e polifármacia (p<0,002). Conclusão: O perfil de
saúde do grupo é caracterizado por mulheres idosas que apresentam limitações em
funcionalidade e autonomia, além de elevado percentual de comorbidades associadas.
Esses resultados ressaltam a necessidade de uma coordenação do cuidado integrado bem
estabelecida e preparada para atender as demandas da população idosa.
Palavras-Chave:Saúde do Idoso. Mulheres. Síndrome da Fragilidade. Fatores de Risco.
Saúde Coletiva.
CAPACITAÇÃO DE PRIMEIROS SOCORROS PARA POPULAÇÃO: RELATO
DE EXPERIÊNCIA
Isabela Neves de Matos, Matheus Martinho de Araujo Carvalho, Vitória Molinari
Marinho, Isabella Ribeiro Gomes, Ana Cecília Pereira Alves,
Jamile Pereira Dias dos Anjos
Introdução: Os primeiros socorros são medidas que devem ser feitas de maneira rápida,
logo após um acidente ou um mal súbito, com o objetivo de reduzir a morbimortalidade
do pacientes até que um serviço especializado chegue ao local. Essas intervenções são
fundamentais, pois são capazes de evitar complicações e salvar vidas. Podem ser feitas
por profissionais da saúde ou por leigos, desde que capacitados. Logo, a capacitação da
comunidade é de grande importância, a fim de que os indivíduos possam intervir
imediatamente, estabilizando a vítima e fornecendo os cuidados básicos até a chegada
da ajuda profissional. Objetivo: Relatar a experiência de estudantes de medicina que
realizaram uma ação de capacitação em saúde sobre primeiros socorros para trabalhadores
e pacientes cadastrados em uma Estratégia de Saúde da Família (ESF). Metodologia: Foi
realizada uma capacitação em saúde sobre primeiros socorros para funcionários e
pacientes de uma ESF, em que se abordou de forma lúdica, teórica e prática, os manejos
de ressuscitação cardiopulmonar (RCP), desengasgo, queimaduras de primeiro, segundo
e terceiro grau e de quedas. Inicialmente os acadêmicos fizeram uma explicação teórica
sobre as abordagens e, em seguida, demonstraram em bonecos de simulação as formas
corretas das manobras e procedimentos. Em um terceiro momento, os participantes
tiveram a oportunidade de esclarecer as dúvidas com os estudantes e a médica da unidade.
Resultados: A capacitação realizada sensibilizou a população quanto a importância do
conhecimento dos primeiros socorros e preparou pessoas leigas para realizarem as
manobras em casos de necessidade, de forma a impactar positivamente os desfechos
desses eventos. O evento proporcionou ainda uma interação do público com os estudantes,
favorecendo o esclarecimento de dúvidas acerca do tema apresentado. Os estudantes
contribuíram com a comunidade ao compartilhar seus conhecimentos, difundindo
técnicas de primeiros socorros através de simulação. Conclusão: A realização de ações
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em saúde voltada para a capacitação em primeiros socorros é de extrema importância,
dada sua capacidade em prevenir eventos indesejados e contribuir para a diminuição na
taxa de mortalidade. Assim, a capacitação da população para situações de perigo e morte
eminente se mostra uma ação muito importante para a prevenção de eventos fatais.
Palavras-Chave: Ações Integradas de Saúde, Primeiros Socorros, Capacitação.
ANÁLISE DOS NÍVEIS DE CORTISOL E SUAS CONSEQUÊNCIAS EM
ESTUDANTES DE MEDICINA: REVISÃO SISTEMÁTICA
Alice Carneiro Santos
Introdução: O cortisol é um hormônio produzido nas glândulas supra-renais que afeta
diversas funções do corpo. Sua produção aumenta em momentos de estresse, afetando a
memória, a atenção, o sono e o estado emocional. Problemas como depressão e ansiedade
elevada podem surgir devido aos níveis de cortisol elevados. Estilos de vida
desequilibrados, como falta de sono e estresse psicológico, contribuem para o aumento
do cortisol. Isso pode resultar em problemas como pressão arterial elevada e tensão
muscular, além de um estado de adiposidade em regiões específicas. Objetivo: poucas
pesquisas que associam os altos níveis de cortisol aos agravos à saúde mental em
estudantes de medicina, sendo de suma importância que mais pesquisas sejam feitas para
relacionar esses fatores, para assim contribuir na prevenção ou redução das doenças
psíquicas. Essa revisão objetiva relacionar o aumento do cortisol com o estilo de vida
em estudantes de medicina. Metodologia: Para isso, foram utilizados estudos
transversais e longitudinais, publicados nos últimos 5 anos e sem restrição quanto ao
idioma. A coleta de dados ocorreu por meio de buscas nas plataformas Biblioteca Virtual
em Saúde (BVS) e nas bases de dados PubMed, a procura foi concretizada no mês de
agosto de 2023. Foram utilizados os seguintes descritores: ‘‘Cortisol’’ AND ‘‘ Sono’’
AND ‘‘Stress’’ AND ‘‘estudantes’’. Resultados: Totalizou-se 17 artigos na Pubmed,
logo após foram selecionados estudos originais avaliando o cortisol e a relação com o
estilo de vida em estudantes, sendo a peça chave para a seleção dos artigos. Para este
estudo foram selecionados 06 artigos científicos, após a leitura foram extraídas
informações relevantes para o estudo. Conclusão: Conclui-se que o estilo de vida e o
aumento dos níveis de cortisol estão intrinsecamente relacionados, juntamente com suas
principais causas e consequências, são de extrema importância para a saúde pública. Isso
se deve à sua capacidade de enriquecer a formação dos profissionais de saúde,
capacitando-os a identificar riscos e aplicar estratégias preventivas eficazes. Além disso,
essa abordagem agrega um caráter inovador, ao sintetizar os cuidados psíquicos e físicos
dos jovens brasileiros embasados em evidências sólidas. Dessa forma, a incorporação
desses conhecimentos essenciais proporciona um potencial impacto positivo, reduzindo
as incidências desse problema e minimizando suas consequências tanto para os jovens,
quanto para a saúde pública.
Palavras-Chave: Cortisol, Estudantes, Sono, Stress.
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A RELAÇÃO ENTRE A ALTA TAXA DE MORTALIDADE DA SÍNDROME
CORONARIANA AGUDA NO IDOSO E AS SUAS MANIFESTAÇÕES
ATÍPICAS
Luciano Oliveira Marques, Tawanny Fernandes Diniz, Letícia Rocha Oliveira Matos,
Thiago Vinicius dos Santos Ferreira, Luiza Santos Ribeiro Da Silva, Luana Rocha
Oliveira Matos, Ana Luiza Castro Rocha
Introdução: As Síndromes Coronarianas Agudas (SCA) são consideradas emergências
médicas, nas quais o tempo entre a entrada do paciente nos hospitais e a intervenção do
serviço de hemodinâmica, ou seja, o tempo porta-balão, deve ser inferior a 60 minutos. A
dor torácica típica auxilia na rápida detecção dessa patologia, associada a irradiação para
os membros superiores e sudorese, por exemplo. No entanto, manifestações típicas
podem ocorrer devido ao processo de envelhecimento. Objetivo: Analisar as Síndromes
Coronarianas Agudas e a relação entre as manifestações atípicas do idoso e a sua alta
mortalidade. Metodologia: O presente estudo consiste em uma revisão narrativa da
literatura, na qual utilizou-se as seguintes bases de dados para coleta de artigos: Scielo,
PubMed e SOCESP. Os acervos bibliográficos são datados entre 2018 e 2023 e os
descritores utilizados foram: síndrome coronariana aguda, processo de envelhecimento e
manifestações atípicas do idoso. Resultados: Foram analisados 10 artigos, os quais se
enquadravam no eixo temático proposto e eram publicações recentes, satisfazendo,
portanto, os critérios de inclusão do estudo. Com a senescência, muitos fenômenos
sofrem alterações no nosso organismo, como as conduções nervosas e o limiar de dor, o
que corrobora para o surgimento das manifestações atípicas no idoso em diversas
patologias, sobretudo nas SCAs, aumentando a sua incidência com o passar dos anos,
sendo mais expressa acima de 80 anos. Constatou-se que esses pacientes apresentam uma
dor anginosa atípica e muitas vezes sem irradiação, associada à dispneia súbita e
significativa, que foi descrita como o sintoma mais frequente. Além disso, outras
condições de base do idoso podem interferir nessas manifestações, como o declínio
cognitivo prévio, que predispõe ao delirium, dificultando a autopercepção o indivíduo, a
identificação dos quadros de SCA e o retardo no tratamento. Conclusão: Em suma, pode-
se afirmar que a alta taxa de mortalidade decorrente das SCAs na população idosa está
intimamente relacionada à dificuldade de diagnóstico em tempo hábil nesse grupo etário,
devido às manifestações atípicas apresentadas, que aumentam proporcionalmente com a
idade. Assim, é importante que os cuidadores desses idosos e profissionais de saúde
estejam aptos a reconhecer as alterações expressas por eles, sejam comportamentais ou
sintomatológicas, contribuindo para melhores desfechos
Palavras-Chave: Manifestações atípicas. Idosos. Síndrome Coronariana Aguda.
Mortalidade.
CIRURGIA DO APARELHO DIGESTIVO: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
E CUSTOS HOSPITALARES
Wívian Maria Pires Figueredo, João Pedro Brant Rocha, Joao Gustavo Brant Rocha,
Maria Clara Brant Rocha, Mateus Augusto de Prince, Mônica Thaís Soares Macedo
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RENOME v.12 n. Especial 2 (2023) – ISSN 2317-3092
Introdução: As cirurgias do aparelho digestivo ocupam lugar de destaque entre as
cirurgias gerais nos últimos anos, principalmente pelos altos índices de cirurgias
bariátricas realizadas na população e, pela incidência de hérnias abdominais. Objetivo:
Avaliar os aspectos epidemiológicos e os custos hospitalares das cirurgias do aparelho
digestivo, realizadas em Minas Gerais, no período de 2017 a 2022. Método: Trata-se de
um estudo ecológico de série temporal. Teve como universo de pesquisa a base de dados
do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).
Resultados: No período de 2017 a 2022 foram realizadas 440.916 cirurgias no país, com
um aumento de 22,1% até 2022 e redução 35% no período da pandemia da covid-19 (2020
a 2021). O número variou de 52.931 casos a 93.098, com média de 73.486 casos
anuais. Segundo os resultados, 54% foram realizadas em caráter eletivo e 46% em
urgência e, a média de internação variou de 2,5 a 3,3 dias. A taxa de mortalidade média
foi de 2,1%, sendo mais elevada no período de 2020 e 2021 (2,8%). O custo médio e total
das internações foram de R$ 1.072,72 e R$ 472.672.648,18 respectivamente. Conclusão:
Em Minas Gerais, as cirurgias do aparelho digestivo vinham aumentando
significativamente ao longo dos anos e, a pandemia da covid-19 impactou negativamente
reduzindo o número no estado, devido ao cancelamento de diversas cirurgias eletivas.
Assim, esses resultados podem subsidiar o conhecimento do perfil das internações e sua
evolução nos últimos anos, podendo contribuir para melhoria das políticas públicas e
gestão da cobertura universal em assistência cirúrgica hospitalar.
Palavras-Chave: Hospitalizações. Cirurgia do Aparelho Digestivo. Custos hospitalares.
APENDICECTOMIA CONVENCIONAL VERSUS VIDEOLAPAROSCÓPICA
NO BRASIL
Wívian Maria Pires Figueredo, João Pedro Brant Rocha, Joao Gustavo Brant Rocha,
Maria Clara Brant Rocha, Mateus Augusto de Prince, Mônica Thaís Soares Macedo
Introdução: A apendicite é a inflamação do apêndice, sendo a causa mais comum de
dor abdominal aguda. Complicações desse quadro requerem intervenções cirúrgicas,
sendo mais recorrente em adultos jovens e muito frequente em atendimentos de urgência.
Por mais de um século, a apendicectomia convencional foi o único tratamento padrão
para apendicite. Entretanto, a abordagem videolaparoscópica (VLP), técnica
contemporânea e mais sofisticada, revolucionou o manejo desta patologia. Objetivo:
Analisar o número de internações por apendicectomia convencional e videolaparoscópica
em pacientes do Brasil, no período de janeiro de 2017 a agosto de 2023. Metodologia:
Trata-se de um estudo ecológico de série temporal. Teve como universo de pesquisa a
base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde
(SIH/SUS). Resultados: No período avaliado, ocorreram 770.376 internações para
realização de apendicectomia no Brasil, com média de 110.054 casos, sendo 92,5%
por cirurgia convencional e 7,5% por VLP. Houve um aumento de 6% do número de
apendicectomia convencional entre 2017 (108.364) e 2019 (114.882) e, redução 12,6%
entre 2020 e 2022, período da pandemia da Covid-19. No entanto, percebe-se um aumento
expressivo (95,7%) do número por VLP entre 2017 (5.597) e 2022 (10.954). O maior
número de cirurgias, foram realizadas na região Sudeste (37%) e a maior taxa de
mortalidade ocorreu no Nordeste (0,3%). A maioria das internações ocorreram em
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caráter de urgência (92,5%), com média de permanência de 2,9 a 3,2 dias. Analisando a
taxa de mortalidade de acordo com a técnica realizada, a taxa média por VLP foi menor
(0,1%) em relação a da convencional (0,3%). Em relação ao valor médio de cada
internação, houve um aumento de R$ 601,74 para R$ 670,70 na cirurgia convencional,
enquanto na VLP esse aumento foi de R$ 649,09 para R$ 727,30, que em termos
percentuais correspondem a um aumento de 11,5% e 12%, respectivamente. Conclusão:
Apesar das apendicectomias convencionais serem realizadas em maior número no
país, as por VLP aumentaram expressivamente nos últimos 6 anos, com redução da média
de permanência e da taxa de mortalidade. Assim, destaca-se a necessidade da criação de
políticas públicas voltadas para ampliação e financiamento da apendicectomia
videolaparoscópica no Brasil.
Palavras-Chave: Apendicite. Apendicectomia. Hospitalizações. Custos Hospitalares.
CIRURGIA BARIÁTRICA POR VIDEOLAPAROSCOPIA: ASPECTOS
EPIDEMIOLÓGICOS E CUSTOS HOSPITALARES PARA O SISTEMA
PÚBLICO BRASILEIRO
Wívian Maria Pires Figueredo, João Pedro Brant Rocha, Joao Gustavo Brant Rocha,
Maria Clara Brant Rocha, Mateus Augusto de Prince, Mônica Thaís Soares Macedo
Introdução: A cirurgia bariátrica constitui-se em alternativa mais efetiva para o
tratamento da obesidade mórbida e suas complicações. Esse tipo de cirurgia começou a
ser realizada no Brasil em 1970, e, desde então, a técnica passou por várias
transformações, conferindo maior segurança aos pacientes. O procedimento está
disponível no País desde 1999 como parte do sistema público de saúde para pacientes
com IMC > 40 kg/m2 (ou > 35 kg/m2 com comorbidades). No entanto, a incorporação
da videolaparoscopia (VLP) pelo SUS ocorreu somente em 2017, quase 20 anos após sua
consagração no País. Segundo pesquisas a videolaparoscopia tem maior eficácia e menor
taxa de complicação, seu maior custo inicial é compensado pelo menor tempo de
internação, menos complicações e reinternações. Objetivo: Avaliar os aspectos
epidemiológicos e os custos hospitalares das cirurgias bariátricas por videolaparoscopia,
realizadas no Brasil, no período de 2017 a 2022. Método: Trata-se de um estudo
descritivo, transversal de série temporal. Teve como universo de pesquisa a base de dados
do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS).
Resultados: No período de 2017 a 2022 foram realizadas 4.831 cirurgias VLP no país,
com um aumento de 761,9% nos últimos 6 anos e baixa taxa de mortalidade (0,1 e 0,2%).
O número variou de 218 casos (2017) a 1.879 (2022), com média de 805 casos anuais. O
maior número de cirurgias, foram realizadas na região Nordeste (37%). A maioria das
cirurgias ocorreram em caráter eletivo (89,9%), com média de permanência de 2,9 a 3,2
dias. O custo médio e total das internações foram de R$ 6.299,97 e R$ 30.435.137,99
respectivamente. Conclusão: No Brasil, o aumento de pessoas com obesidade com
indicação para cirurgia bariátrica vem aumentando expressivamente. Evidentemente a
cirurgia não é a solução para conter a evolução da obesidade grave no país, mas
ferramenta importante de tratamento das complicações relacionadas uma vez instalado o
quadro avançado desta doença. Por fim, é necessária política que permita melhor
distribuição da oferta do procedimento VLP nas regiões brasileiras, devido suas inúmeras
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vantagens frente a técnica convencional.
Palavras-Chave: Hospitalizações. Cirurgia Bariátrica. Videolaparoscopia. Custos
hospitalares.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TOXOPLASMOSE GESTACIONAL NO
MUNICÍPIO DE MONTES CLAROS MG DURANTE O PERÍODO DE 2017 A
2020.
Plinio Philipe Martins Oliva Jesini Meira, Kaio Mendes Rocha, Renata Flávia Canela
Dias, Thales de Almeida Pinheiro, Thaísa de Almeida Pinheiro,
Talita Antunes Guimarães, Flávio Júnior Barbosa Figueiredo
Introdução: A toxoplasmose é uma doença infectoparasitária causada pelo protozoário
Toxoplasma gondii. Causa importante de morbimortalidade em todo o mundo, a doença
pode ser transmitida ao homem, principalmente, por meio da ingestão de alimentos e água
contaminados, e de forma congênita. A transmissão gestacional da toxoplasmose resulta
em impactos variados que atingem tanto a mãe quanto o feto, destacando-se perturbações
no desenvolvimento embrionário e fetal, aumento da morbimortalidade infantil e,
inclusive, aborto. O conhecimento da epidemiologia da toxoplasmose é necessário para
subsidiar a tomada de decisão dos gestores de saúde e dos clínicos. Mesmo diante da
importância médica e econômica da toxoplasmose, poucos trabalhos têm investigado a
sua epidemiologia, o que demanda projetos com essa abordagem. Objetivo: Esse estudo
caracterizou o perfil epidemiológico da toxoplasmose gestacional no município de Montes
Claros, Minas Gerais, no período de 2017 a 2020. Métodos: Trata-se de um estudo
epidemiológico descritivo, cujos dados foram obtidos por meio de consulta as bases de
dados do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (SINAN). Realizou-se um
levantamento dos casos notificados e confirmados, considerando a distribuição dos casos
nos anos de 2017 a 2020, tendo como variáveis a incidência da doença por faixa etária,
distribuição por zona de residência, a escolaridade e a raça. Resultados: No período
avaliado 82% das gestantes, foram acometidas pela doença. Do total de indivíduos 72%
foram de cor parda, 17,2% de cor branca, 3,4% cor preta e amarela 3,4%. Quanto a
escolaridade, 17,2% não concluíram o ensino básico e 41,4% concluíram o ensino médio.
82,8% dos casos ocorreram com moradores da zona urbana e 17,2% da zona rural. Dos
casos confirmados, 44,8% possuíam idade entre 26 e 35 anos, 34,5% possuíam de 18 a
25 anos e 20,7% acima de 36 a 45 anos. Conclusão: A toxoplasmose gestacional
apresenta um perfil endêmico no município de Montes Claros, sobretudo na área urbana.
A doença é mais comum entre a população socialmente vulnerável. Esse estudo pode
contribuir para a orientação de políticas públicas para o manejo dessa doença e melhoria
da qualidade de vida e saúde da população assistida.
Palavras-Chave:Toxoplasmose gestacional; Toxoplasmose; T. gondii.
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ENSINO DA ULTRASSONOGRAFIA POINT-OF-CARE NA GRADUAÇÃO
MÉDICA DO CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE DE MINAS
Amanda Gabriela Oliveira Aquino, Maria Rafaela Alves Nascimento, Marco Túlio
Tolentino Miranda, Wender Soares Coelho, Lanuza Borges Oliveira,
Luiz Ernani Meira Junior
Introdução: A ultrassonografia (US) um método de imagem seguro e não invasivo
amplamente utilizado na área da saúde. Com o advento da tecnologia, houve o surgimento
da US point-of-care (POCUS), uma modalidade de diagnóstico que auxilia médicos
qualificados a` beira do leito. O uso dessa ferramenta pode melhorar a acurácia dos
diagnósticos e reduzir possíveis complicações em procedimentos clínicos invasivos.
Embora não haja padronização do treinamento em US durante a graduação médica, a
educação em POCUS é capaz de consolidar conhecimentos pré-clínicos e aprimorar
habilidades na prática dos estudantes de medicina. Devido a importância deste método,
este treinamento tem sido implementado em diversas instituições de ensino,
potencializando o desenvolvimento de habilidades diagnósticas por imagem nos
acadêmicos de medicina. Objetivo: Relatar o ensino da Ultrassonografia point-of-care
(POCUS) na graduação de medicina. Relato de experiência: Trata-se de um relato de
experiência. Em 2015, em um Centro Universitário implementou o ensino POCUS para
alunos do 11º período no internato de emergência capitaneado pelo Dr. Luiz Ernani Meira
Júnior. Buscou-se, dentro da instituição de ensino, passar o conhecimento aos internos de
emergência por meio de simulações práticas associada com curso teórico, que em
outras instituições, como na Universidade de Nova Iorque, acadêmicos mostraram
aumento da confiança e do interesse em aprender US após o curso. Ressalta-se que o
contato precoce dos futuros médicos com a US vantagem a eles em comparação com
os que não tiveram tal oportunidade na formação médica, pois aumenta as habilidades
semiológicas e o conhecimento anatômico, obtendo melhor Exame Clínico Objetivo
Estruturado (OSCE). Reflexão da experiência: Desde 2015 mais de 800 alunos do
internato de urgência já passaram pelo curso imersivo de POCUS realizado na Disciplina
de Medicina de Emergência e do Laboratório de Simulações. A introdução do treinamento
aprimora as habilidades dos alunos no atendimento e em diagnósticos eficientes, sendo
imprescindível para a formação do profissional médico. Conclusão: Esse trabalho relata
um método de ensino que proporciona diagnósticos mais eficientes e contribui para a
formação de profissionais médicos mais qualificados, preparados para enfrentar desafios
clínicos com maior precisão. Portanto, o ensino da POCUS na graduação médica,
possibilita um avanço significativo na educação médica, com benefícios para a saúde dos
pacientes.
Palavras-Chave: Ultrassonografia; Poin of Care; Educação Médica.
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A IMPORTÂNCIA DAS OFICINAS DE PRIMEIROS SOCORROS NA
EDUCAÇÃO MÉDICA E NA COMUNIDADE
Maria Eduarda Borges Rodrigues, Isabella Ribeiro Gomes,
Maria Eduarda Neves Moreira, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: Os primeiros socorros consistem na prestação de cuidados imediatos a uma
vítima de acidente, com o objetivo de estabilizar sua condição e minimizar a ocorrência
de sequelas ou danos graves até que uma equipe de saúde qualificada possa oferecer
assistência adequada. Assim, a importância desses cuidados nos primeiros instantes após
o acidente é imprescindível para o desfecho satisfatório da situação. Objetivo: Relatar
a experiência de acadêmicos de medicina na execução de oficinas de saúde sobre práticas
de primeiros socorros. Relato da Experiência: Entre os dias 14 e 17 de setembro ocorreu
a 28ª Feira Nacional da Industria Comércio e Serviço (FENICS) em Montes Claros - MG.
Diante de tal fato, 15 acadêmicos foram selecionados pela Instituição de Ensino para
conduzir oficinas de primeiros socorros, dentre elas, avaliação de vítimas, reanimação
cardiopulmonar (RCP) e manobra de Heimlinch. O público participante obteve a
oportunidade de aprender os procedimentos adequados em de situações de emergência,
tirar dúvidas e simular uma situação prática realística por meio dos manequins de
treinamento. Reflexão da experiência: Os resultados dessa experiência foram positivos,
uma vez que, o público demonstrou um aumento significativo em sua compreensão dos
primeiros socorros e ganharam confiança em procedimentos de emergência. Além de
cumprir o objetivo principal de capacitar o público, os estudantes de medicina também
aprimoraram suas habilidades práticas e ganharam confiança em suas capacidades.
Conclusão: Conclui-se que execução das oficinas de primeiros socorros foi uma
experiência enriquecedora, evidenciando a importância tanto no treinamento de leigos,
tanto a relevância na formação médica. Além disso, a presença dos acadêmicos e a
qualidade das oficinas, destacaram a importância de intervenções como tais, uma vez que,
reforçam a necessidade de capacitar a população visando contribuir de forma eficiente em
situações não raras e possibilitam o salvamento de vidas.
Palavras-Chave: Identificação da Emergência, Primeiros Socorros, Socorro de
Urgência.
ASSOCIAÇÃO ENTRE SARCOPENIA E AUTOPERCEPÇÃO DA SAÚDE EM
IDOSOS FRÁGEIS ASSISTIDOS EM UM CENTRO ESPECIALIZADO NO
NORTE DE MINAS GERAIS
Alessandra Vieira Rocha, Maria Eduarda Maia Dias De Sousa, Luciana Colares Maia,
Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: Sarcopenia é definida como uma síndrome que ocasiona a perda progressiva
de força e massa muscular esquelética (MME), de origem multifatorial, frequentemente,
associada ao envelhecimento humano. São observadas complicações funcionais
provocadas pela síndrome, tais como declínio da capacidade funcional (autonomia e
independência), redução da densidade mineral óssea e, consequentemente, o aumento do
risco de quedas na pessoa idosa. Objetivo: Analisar a associação entre sarcopenia e
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autopercepção da saúde em idosos frágeis assistidos em um Centro de Referência em
Assistência à Saúde do Idoso (CRASI) no norte de Minas Gerais, Brasil. Metodologia:
Estudo epidemiológico, transversal e descritivo, realizado no período de junho a agosto
de 2023. Os idosos com fragilização clínico-funcional assistidos no centro especializado
foram submetidos a questionários sociodemográfico, de rastreio da sarcopenia - por meio
do emprego do SARC-F (simple questionnaire to rapidly diagnose sarcopenia) - e de
autopercepção de saúde. A variável desfecho referiu-se a sarcopenia e as variáveis
independentes foram: fatores sociodemográficos - idade, sexo, cor de pele e arranjo
familiar; e avaliação da autopercepção de saúde extraída do questionário VIGITEL
(2018), por meio do item: em comparação com pessoas da sua idade, como você considera
o seu estado de saúde? A análise dos dados foi desenvolvida, inicialmente, a partir de
uma análise descritiva das variáveis investigadas, posteriormente, foram conduzidas
análises bivariada e multivariada por meio da Regressão de Poisson. A investigação conta
com parecer consubstanciado de Comissão de Ética em Pesquisa, integrado à plataforma
Brasil, de nº 6.101.412/2023. Resultados: Participaram do estudo 277 idosos, com média
de idade de 73,82 ± 7,89. A maioria do grupo avaliado era do sexo feminino (78,0%), cor
de pele não branca (55,6%) e residiam com familiares/conjugue (55,6%). A prevalência
da sarcopenia foi de 48,4% e, além disso, 72,3% apresentaram percepção negativa da
própria saúde. Na análise multivariada, verificou-se correlação entre sarcopenia e
autopercepção negativa de saúde (p<0,001; RP= 1,51; IC95%: 1,06-2,15). Conclusão:
Registrou-se elevada prevalência da sarcopenia, condição na qual associou-se a
autopercepção de saúde negativa em idosos frágeis. Os serviços de saúde devem fomentar
políticas de atenção diferenciadas ao idoso, com o fito de prevenir condições que
prejudiquem a autopercepção e a saúde da pessoa idosa.
Palavras-Chave: Saúde do Idoso. Autopercepção. Sarcopenia. Fragilidade. Saúde
Pública.
CAMINHANDO JUNTOS PELA INCLUSÃO DOS PORTADORES DO
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA : UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Eduarda Borges Rodrigues, Kaio Henrique Marques Batista,
Amanda Gabriela Oliveira Aquino, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é compreendido como uma
síndrome comportamental e caracterizado por déficit na interação social, na linguagem e
nas alterações de comportamento. Entre os desafios, destacam-se a dificuldade do
indivíduo de compreender o que sente e pensa, preferências e desejos, tanto a maneira
como significa o que ocorre à sua volta no meio social. Objetivo: Relatar a experiência
de acadêmicos de medicina como organizadores um evento científico sobre o autismo.
Relato da Experiência: A edição do Congresso AUTISMO Inclusão, Respeito e
Igualdade, ocorreu nos dias 31 de março, 01 e 02 de abril de 2023. O evento foi aberto ao
público que era composto de familiares, acadêmicos e profissionais da área da saúde. Os
acadêmicos de medicina atuaram como organizadores, realizando atividades tais como,
planejamento e listagem de inscritos, credenciamento, apoio aos palestrantes,
gerenciamento do local do evento. Durante os 2 dias iniciais foram realizadas palestras
com especialistas sobre o autismo, entre eles neuropediatra, fisioterapeutas, psicólogos,
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fonoaudiólogos e psicopedagogos, além do sorteio de brindes ao público. A data
escolhida para o último dia do evento foi previamente planejada para coincidir com o Dia
Mundial da Conscientização do Autismo, e foi realizado um piquenique com as famílias
participantes em um parque movimentado e de fácil acesso da população. Reflexão da
Experiência: O evento contou com a participação de 560 inscritos. Os palestrantes
abordaram as principais temáticas relacionadas ao TEA, como sinais que podem despertar
a busca por profissionais especialistas para definir diagnóstico, condutas e assistências
necessárias ao portador do TEA, seja em casa, na escola ou outro centro
institucionalizado. Ademais, houve momentos de partilha de experiências e
esclarecimento de dúvidas acerca do tema. Conclusão: Conclui-se que foi um evento de
grande contribuição social, pois abordou um assunto atual, em alta nos estudos científicos,
que impacta diretamente na sociedade e suas relações, faz-se fundamental levar
conhecimento para todos os indivíduos, estimulando a população a incluir, respeitar e
aceitar o portador do TEA. Ademais, participar da organização do evento, possibilitou
aos acadêmicos aprendizagem com especialistas da área, além do desenvolvimento de
habilidades na organização de um evento científico, como planejamento, organização e
comunicação.
Palavras-Chave: Diversidade, Equidade, Inclusão, Saúde da Criança, Transtorno do
Espectro Autista.
EDUCAÇÃO ALÉM DOS LIMITES FÍSICOS DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO:
O DIA MUNDIAL DO DIABETES
Maria Eduarda Borges Rodrigues, Renata Maria De Nassau E Braga,
Isabella Ribeiro Gomes, Maria Eduarda Neves Moreira,
Lanuza Borges Oliveira
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é um desequilíbrio metabólico que se manifesta
através de níveis elevados de glicose no sangue, resultado da deficiência na produção de
insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos. Esse problema de saúde tem
assumido proporções epidêmicas. Por outro eixo, a atividade de extensão universitária é
uma oportunidade valiosa para envolver professores e estudantes no mundo além dos
limites físicos da instituição de ensino superior. Essa integração não deve ser esporádica,
mas sim contínua, pois ela ajuda a universidade a se conectar com a comunidade e
enriquecer seu conhecimento por meio da partilha de experiências e perspectivas.
Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de medicina durante a execução de uma
ação extensionista sobre o diabetes. Relato da Experiência: A ação ocorreu no dia 13 de
novembro de 2023, em um domingo, visto que no dia 14 de novembro é comemorado o
Dia Mundial do Diabetes. O evento foi realizado em um parque localizado em uma área
central da cidade Montes Claros, Minas Gerais, com um grande fluxo de pessoas. Durante
a intervenção, houve explanação acerca da patologia de forma lúdica e dinâmica,
orientações nutricionais, destacando a importância de uma alimentação saudável e
equilibrada, além de aferição de glicemia e pressão arterial. Para colaboração foi essencial
a participação de acadêmicos de fisioterapia e de um educador físico que instruíram um
momento de interação com o público presente. Para concluir, foram ofertados alimentos
sem adição de açúcar, frutas e brindes para os participantes presentes. Reflexão da
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experiência: Evidencia-se a importância da sensibilização do público e do engajamento
da comunidade na gestão da doença. Além disso, destaca como a universidade pode
desempenhar um papel ativo na promoção da saúde da população, fortalecendo as
conexões entre acadêmicos e a comunidade. Conclusão: Conclui-se que a experiência de
extensão universitária do Dia Nacional do Diabetes, possui grande relevância, visto que
tal iniciativa oferece um modelo eficaz de educação prática que beneficia tanto os
participantes quanto os estudantes envolvidos, por meio da integração e realização de
atividades educativas, avaliações de saúde e a oferta de orientações práticas. Promovendo
uma abordagem ampla e colaborativa no enfrentamento da doença crônica e que
enriquecem a formação acadêmica, preparando-os como futuros profissionais de saúde
Palavras-Chave:Diabetes Mellitus, Estilo de Vida Saudável, Qualidade de Vida.
FASCIÍTE NECROTIZANTE- RELATO DE CASO
Fernando Augusto Boa Sorte Reis, Luana Souza Torres, Marcela Nogueira Chagas
Felipe, Paulo Roberto Vieira Junior
Introdução: A Fasciíte Necrotizante (FA) é infecção bacteriana rara e grave,
caracterizada por necrose progressiva de fáscias e tecido subcutâneo. Objetivo: Relatar
o caso de um paciente hepatopata que, após internação evoluiu com infecção importante
de partes moles. Metodologia: As informações contidas nesse trabalho foram obtidas por
meio de revisão de prontuário e revisão de literatura. Relato de Caso: G.S.L., sexo
masculino, 34 anos, etilista e hepatopata. Procurou serviço hospitalar em função de
episódios de convulsão tônico clônica, nunca apresentados e hematêmese com
progressivo aumento de volume. Foi internato para realização de propedêutica específica.
Evoluiu com mal estar generalizado, adinamia, sudorese e cianose de extremidades. Ao
exame, apresentou taquidispneia, pulsos finos e acelerados, além da presença de lesões
bolhosas exsudativas em MIE associadas a hiperemia e edema, não percebidas
anteriormente. No momento, em função da instabilidade apresentada foi aberto protocolo
de Sepse, bem como iniciado drogas vasoativas. Evoluiu com grave instabilidade
hemodinâmica, dispneia, obnulação e novas crises convulsivas, com estado pós ictal
prolongado. Optou-se por intubação orotraqueal, com sequencia atrasada pela agitação
apresentada. Minutos após procedimento, evoluiu com PCR, retornando após 3 ciclos,
sendo transferido ao centro de terapia intensiva. Após estabilização clínica, foi avaliado
pela cirurgia vascular que descartou patologia arterial ou venosa. Progrediu com celulite
extensa e infecção até a raiz da coxa, tendo sido feito diagnóstico de Fasciíte Necrotizante
com indicação de amputação do membro em função de baixa resposta a
antibioticoterapia. Paciente evolui a óbito 3 dias após o procedimento realizado.
Conclusão: A FN apresenta evolução rápida e progressiva com alta taxa de mortalidade,
portanto seu reconhecimento deve ser precoce para que a intervenção ocorra nos estágios
iniciais da doença. Cerca de 80% dos casos se apresenta na forma polimicrobiana, o que
justifica a antibioticoterapia empírica de amplo espectro associado a exames de imagem
e debridamentos cirúrgicos para remoção do tecido necrótico, processo que auxilia no
controle da disseminação da FN.
Palavras-Chave: Fasciíte necrotizante; Sepse. Infecção subcutânea.
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ASSOCIAÇÃO DO USO DE PRÓTESE DENTÁRIA COM HÁBITOS
COMPORTAMENTAIS EM PESSOAS IDOSAS ATENDIDAS EM UM CENTRO
ESPECIALIZADO NO NORTE DE MINAS
Alessandra Vieira Rocha, Maria Eduarda Maia Dias De Sousa, Luciana Colares Maia,
Josiane Santos Brant Rocha
Introdução: Condição de saúde bucal deficiente em idosos tem sido relacionada com
incapacidade funcional, fraqueza muscular, menor ingestão de nutrientes, perda de peso,
hábitos comportamentais deletérios e necessidade de prótese dentária. Por outro lado, a
manutenção de um maior número de dentes naturais e a presença de uma dentição
funcional associam-se com melhores condições de saúde. Objetivo: Analisar a
associação do uso de prótese dentária com hábitos comportamentais em idosos atendidos
em um centro especializado no norte de Minas Gerais, Brasil. Metodologia: Estudo
epidemiológico, transversal e analítico, desenvolvido no período de junho a agosto de
2023. A coleta de dados foi conduzida em consultório odontológico, por pesquisadores
previamente capacitados, por meio da aplicação de questionários sociodemográfico e de
hábitos comportamentais. A variável desfecho referiu-se ao uso da prótese dentária,
avaliada por meio de anamenese e exame bucal realizada por profissional dentista.
As variáveis independentes foram: fatores sociodemográficos - idade, sexo, cor de pele e
arranjo familiar; e hábitos comportamentais - consumo de álcool (sim/não), uso de tabaco
(sim/não) e prática de exercício físico (sim/não). A análise dos dados foi desenvolvida,
inicialmente, a partir da síntese de análise descritiva das variáveis investigadas,
posteriormente, foram conduzidas análises bivariada e multivariada por meio da
Regressão de Poisson. A pesquisa conta com parecer consubstanciado de Comissão de
Ética em Pesquisa, integrado à plataforma Brasil, de 6.101.412/2023. Resultados:
Participaram do estudo 277 idosos, com média de idade de 73,82 ± 7,89. Houve
predomínio de idosos do sexo feminino (78,0%), cor de pele não branca (55,6%) e que
residiam com familiares/ conjugue (55,6%). Em relação aos hábitos comportamentais, a
maioria do grupo não consumia bebida alcoólica (88,8%) e não fumava (72,6%). Mais de
um terço dos idosos avaliados praticavam exercício físico (39,7%). A prevalência do uso
de prótese foi de 85,4% e, após modelo multivariado, registrou-se associação entre uso
de prótese e ausência de exercício físico (p<0,001; RP= 1,21; IC95%: 1,02-1,23).
Conclusão: Observou-se elevada prevalência do uso de prótese dentária no contingente
avaliado, condição na qual associou-se com a ausência da prática de exercício físico. Os
serviços de saúde e os profissionais devem proporcionar estratégias de atenção pautadas
na prevenção de agravos de saúde bucal no idoso.
Palavras-Chave: Saúde do Idoso. Saúde Bucal. Prótese Dentária. Comportamento de
Saúde. Saúde Coletiva.
IMPORTÂNCIA DA FUNDOSCOPIA NA URGÊNCIA HIPERTENSIVA
Joao Augusto Freitas Leão, Lucas Lopes Fagundes, Igor Ramos Soares
Introdução: A urgência hipertensiva é uma condição médica grave que exige atenção
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imediata devido à pressão arterial elevada, ameaçando órgãos vitais. A fundoscopia, um
exame oftalmológico, desempenha um papel crucial na avaliação, tratamento e
identificação de complicações em pacientes com hipertensão não controlada. Objetivo:
Analisar a importância da fundoscopia na avaliação da urgência hipertensiva, destacando
como esse exame oftalmológico pode auxiliar na identificação de complicações
sistêmicas. Metodologia: A pesquisa fez-se por meio de artigos presentes nas bases de
dados Scielo, Medline, PubMed, datados a partir do ano de 2020 até o ano de 2022, com
indexadores na língua portuguesa e inglesa presentes no MeSH, sobre formação médica.
Discussão: A importância da fundoscopia na urgência hipertensiva é destacada por sua
capacidade de fornecer informações cruciais e muitas vezes menos conhecidas. Esse
exame permite a avaliação direta dos vasos sanguíneos da retina, revelando mudanças
que podem ser reflexos de complicações sistêmicas graves, como o comprometimento do
cérebro, do coração e dos rins. Além disso, é essencial para identificar a retinopatia
hipertensiva, uma condição oftalmológica resultante da hipertensão não controlada, que
pode indicar um risco aumentado de eventos cardiovasculares e cerebrovasculares. A
capacidade de monitorar a eficácia do tratamento e diagnosticar a hipertensão não
reconhecida é crucial. Isso não apenas melhora os resultados clínicos, mas também pode
reduzir os custos associados ao atendimento de urgência, otimizando o sistema de saúde
como um todo. Seu uso como ferramenta diagnóstica e prognóstica pode ter um impacto
substancial na prevenção de complicações graves e na redução dos custos de tratamento.
Conclusão: Portanto, a fundoscopia desempenha um papel crucial na urgência
hipertensiva, permitindo diagnóstico precoce, avaliação de complicações sistêmicas e
monitoramento do tratamento. Sua simplicidade e não invasividade a tornam valiosa na
prática clínica, identificando também condições não relacionadas à hipertensão e
contribuindo para uma avaliação abrangente da saúde do paciente. Seu uso apropriado
melhora resultados clínicos, reduz custos e pode salvar vidas, tornando-a uma ferramenta
vital no tratamento da urgência hipertensiva e promoção da saúde.
Palavras-Chave: Fundoscopia; Hipertensão; Emergências.
PARALISIA DE TODD COMO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE DOENÇA
CEREBROVASCULAR NO SERVIÇO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA
Felipe Barcelos Reis, Otávio Castro Salgado De Freitas, Guilherme Ataide Novaes,
Paulo Bruno Oliveira Silva
Introdução: A paralisia de Todd é uma apresentação do estado de mal epiléptico que é
capaz de se apresentar com déficits neurológicos focais temporários. Nesse contexto, é
importante pontuar a capacidade dessa síndrome em mimetizar as repercussões clássicas
dos eventos isquêmicos cerebrais, sendo, inclusive, bastante confundido nos
atendimentos em regime de urgência e emergência com os Ataques Isquêmicos
Transitórios (AIT), o que, além de onerar o sistema de saúde com constantes internações
e profilaxia secundária mal indicada, também prolonga o diagnóstico e/ou tratamento
efetivo contra novas crises epilépticas. Objetivos: O presente estudo busca evidenciar a
relação entre dois quadros neurológicos com mecanismos distintos com potencial para
se manifestar de maneira semelhante, visando otimizar a assertividade na abordagem dos
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serviços de urgência e emergência frente aos casos. Metodologia: Trata-se de um estudo
transversal em que foi realizada uma revisão de literatura, sendo selecionados 24 artigos
nas plataformas PUBMED e SciELO, sendo a amostra final de 17 estudos utilizados. As
referências foram colhidas do período 2020 a 2023 e usadas como base para avaliação
cardiovascular, análise epidemiológica e clínica atual. Foi utilizada ainda a plataforma
TABNET/DataSUS para apuração de dados. Resultados: Dados do TabNet mostram que
no período de 2020 a 2023 o Brasil teve 185.724 internações por epilepsia e 562.423 por
Acidente Vascular Cerebral(AVC), sendo 22.416 no estado de Minas Gerais por epilepsia
e 74.890 no mesmo estado por AVC, trazer dados sobre quantidade de internações por
AVC e por epilepsia, números os quais podem esta correlacionados, sabendo disso é
importante que seja traçado uma diferença clínica entre um caso e outro levando em
consideração a paralisia de Todd para o manejo de epilepsia, uma vez que tem que ser
considerado a mimetização do AVC pelo paciente. Sendo assim, para diferenciar uma
patologia da outra é necessário a execução de exames como angiotomografia por
tomografia computadorizada da cabeça ou por ressonância magnética do cérebro.
Conclusão: Concluiu-se que é necessário traçar uma diferença clínica entre os pacientes
com epilepsia e com AVC, devido a paralisia de Todd, pois somente assim pode
proporcionar um tratamento adequado para aquele indivíduo. Sendo necessário que o
profissional de saúde esteja qualificado para diferenciar clinicamente e conduzir de forma
assertiva a propedêutica para cada paciente.
Palavras-Chave: Paralisia de Todd. Mimetizar as repercussões clássicas. Urgência e
emergência. Ataques Isquêmicos Transitórios.
TENDÊNCIAS E DESAFIOS NA EDUCAÇÃO EM TRAUMA: CAPACITANDO
PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA MELHOR ATENDIMENTO DE
EMERGÊNCIA
Joao Augusto Freitas Leao, Marcelo leão Ferreira, Lucas Lopes Fagundes
Introdução: Este resumo aborda a relevância da educação em trauma para profissionais
de saúde que atuam em serviços de emergência. Destaca a importância do conhecimento
atualizado e a capacidade de tomar decisões rápidas e precisas em situações de trauma.
Além disso, explora tendências, desafios e a necessidade de treinamento interdisciplinar
baseado em evidências. O resumo enfatiza a importância de superar as barreiras e desafios
comuns na busca pela excelência no atendimento de trauma. Com isso, destaca a
obrigação de aprimorar a educação para melhorar a qualidade do atendimento de
emergência nesse cenário. Objetivo: Destacar a importância da educação contínua em
trauma para profissionais de saúde. Metodologia: A pesquise decorreu de artigos
publicados nas bases de dados Scielo, Medline e PubMed, focando em publicações
datadas a partir do ano de 2018 até junho de 2023, desde que estivessem indexados nas
línguas portuguesa e inglesa conforme definido no MeSH (Medical Subject Headings).
Discussão: A educação em trauma desempenha um papel vital na capacitação dos
profissionais de saúde que trabalham em serviços de emergência, com ênfase nas
tendências positivas, como métodos de ensino inovadores e abordagens interdisciplinares.
Isso é essencial para garantir um atendimento de alta qualidade nas situações supracitadas.
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No entanto, treinar em cenários reais é fundamental para preparar os profissionais para
situações de emergência. Portanto, superar esses desafios é crucial para capacitar os
profissionais de saúde e, assim, aprimorar o atendimento, resultando em melhores
resultados para os pacientes. Conclusão: Visto isso, a educação em trauma desempenha
um papel vital na capacitação de profissionais de saúde que atuam em serviços de
emergência. Tendências positivas incluem métodos de ensino inovadores e abordagens
interdisciplinares. No entanto, desafios como a necessidade de atualização constante, a
alocação adequada de recursos e a criação de cenários realistas de treinamento devem ser
superados para manter a qualidade do atendimento. Ao enfrentar esses desafios, os
profissionais de saúde podem fornecer cuidados sistematizados de alta qualidade nas
situações em que as tomadas de decisão devem ser rápidas e cada segundo significa maior
chance de vida para a vítima, beneficiando os envolvidos e melhorando a perspectiva
positiva do atendimento, além de possibilitar a utilização de todos os recursos possíveis.
Palavras-Chave: Educação em Trauma; Treinamento em Medicina de Emergência;
Cuidados de Trauma.
IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 SOBRE A TAXA DE
MORTALIDADE POR SUICÍDIO ENTRE JOVENS NO BRASIL
Isabella Prates Caldeira, Sabrina Luiza de Freitas Lúcio, Elvina Gabriela Ramos
Martins, Eduardo Gonçalves, Frederico Marques Andrade e Antônio Prates Caldeira
Introdução: O suicídio é uma condição psiquiátrica complexa, resultante da interação de
fatores biológicos, psicológicos e sociais. Essa condição representa um grave problema
de saúde, sobretudo na população jovem, uma vez que constitui a terceira causa de morte
mais prevalente nessa faixa etária. Com a pandemia do Covid-19 houve um incremento
aos preditores de risco de suicídio como o isolamento social, a propagação de notícias
negativas e o desemprego, bem como acesso restrito a serviços de saúde, com
repercussões negativas sobre a saúde mental dos jovens. Faz-se importante observar as
repercussões sobre a incidência do suicídio nesse público antes e após a pandemia a fim
de compreender as implicações sobre a saúde mental que tal período acarretou. Objetivo:
Avaliar o impacto da pandemia do Covid-19 sobre a incidência de mortes por suicídio
entre jovens. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo de série temporal e de
base documental, em que foi realizada a coleta de dados no Departamento de
Informática do SUS (DATASUS), no período de 2015 a 2021. Para a definição da
população jovem, optou-se por estudar a faixa etária de 15 a 29 anos, residentes no
território brasileiro. Resultados: Foram contabilizados 24.416 óbitos por suicídio no
período analisado. Observou-se aumento progressivo dos óbitos entre os jovens de 15 a
29 anos em todas as regiões brasileiras, com aumento expressivo entre os anos 2020 e
2021, período da pandemia do Covid-19, correspondente a 32,78% dos óbitos nos sete
anos avaliados. Entre as macrorregiões do país, constatou-se uma taxa maior de suicídios
no Nordeste e Sudeste, correspondendo a 58,29% dos casos. Contudo, em todas as
regiões, a faixa etária com maior proporção de óbitos por suicídio foi a de 20 a 29 anos,
equivalente a 74% da população. Conclusão: O período pandemia do Covid-19 cursou
com um aumento significativo nas taxas de morte por suicídio entre os jovens no Brasil.
São necessários estudos adicionais para compreender tal fenômeno e reconhecer
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comportamentos de risco e consequentemente alcançar subsídios para a elaboração de
políticas preventivas mais efetivas.
Palavras-Chave: Jovens, Pandemia Covid-19, Suicídio.
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DA LEISHMANIOSE VISCERAL NO NORTE
DE MINAS ENTRE 2018 E 2023
Tharick De Ávila Gomes Carneiro Wanderley Martins, MAURICIO GOMES PRATES,
Maria Vitória Aguilar, Edna de Freitas Gomes Ruas
Introdução: A leishmaniose visceral (LV) é uma doença endêmica em regiões tropicais
causada por protozoários do gênero Leishmania e transmitida por insetos hematófagos,
que geralmente picam cães contaminados e posteriormente o ser humano. O Brasil,
devido a sua tropicalidade, é um dos países mais afetados pela LV, e o norte de minas não
é uma exceção. A gravidade da doença pode variar, mas, em geral, a LV é uma condição
séria que pode ser fatal se não for tratada adequadamente, atingindo principalmente o
fígado e o baço. Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da
Leishmaniose Visceral na região norte do estado de Minas Gerais, contribuindo para uma
compreensão da epidemiologia macrorregional. Metodologia: Estudo descritivo,
retrospectivo, do tipo epidemiológico, a partir da coleta na base de dados secundários
DATASUS mediante consulta no sistema de informação de agravos de notificação
(SINAN), do Ministério da saúde, durante o período de 2018 a 2022. Foi analisado o
número de notificações e as variáveis utilizadas foram sexo, raça/cor, faixa etária, e
escolaridade. Resultados: Durante o período de 2018 a 2022, um total de 353 casos de
leishmaniose visceral foram registrados no Norte de Minas. A análise das variáveis
mostrou que a maior prevalência foi no sexo masculino, com 234 casos (67%), na cor/raça
parda, com 254 casos (72,8%) e na faixa etária dos 40 aos 59 anos, com 92 casos (26,4%).
Entre os que declararam a escolaridade, os que cursaram apenas da primeira a quarta série
do ensino fundamental foram os mais atingidos, com 42 casos (11,8%). Comparando as
macrorregiões de Minas, a região norte, ficou em segundo lugar na quantidade de casos
notificados (25,5%), atrás apenas da região centro do estado, com 712 casos (51,6%),
sendo está a região mais populosa do Estado. O que chama a atenção também é que a
região norte foi responsável por 25,5% dos casos em Minas, mas sua população
corresponde a apenas 8,1% da população, o que destaca alta prevalência nessa região.
Conclusão: O estudo evidenciou a alta prevalência da Leishmaniose Visceral no norte
de Minas. Assim, é necessário a adoção de estratégias de prevenção e controle da doença,
especialmente entre os grupos de maior risco identificados no estudo, que são pessoas dos
40 aos 59 anos e com baixa escolaridade. Além disso o controle da população de cães de
rua é essencial para a erradicação desta doença, tendo em vista que eles são reservatórios
do parasita da leishmania
Palavras-Chave: Epidemiologia de casos. Leishmaniose. Notificações de casos.
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EUTANÁSIA E SAÚDE MENTAL: UM DEBATE SOBRE AUTONOMIA E
BIOÉTICA
Guilherme Rocha Ribeiro, Júlia Rocha Bernardes, Maria Teresa Gomes
Pimenta, Ana Julia Ribeiro Matos, Vania Ereni Lima Vieira
Introdução: A Eutanásia, de origem grega “boa morte”, é uma prática que visa aliviar e
evitar o sofrimento e a dor física e psíquica dos pacientes em estado terminal, de modo
que a antecipação da sua morte. Esse tema gera um debate, devido às diversas
interpretações quanto o direito à vida, garantia prevista na Constituição da República
Federativa do Brasil de 1988 (CRFB/88) e na Declaração Universal dos Direitos
Humanos (DHDU). Objetivo: Analisar a eutanásia sob a perspectiva da saúde mental,
abordando as questões de autonomia e bioética. Metodologia: Trata-se de uma revisão
de literatura, com abordagem qualitativa, de natureza básica, com objetivo exploratório,
realizada a partir da busca de artigos nas bases de dados National Library of Medicine
(PubMed) e Biblioteca Virtual em Saúde Brasil (BVS). Resultados: Mediante a análise
dos trabalhos selecionados, observou-se a disparidade de opiniões entre os autores,
pesquisas e entrevistas. Nesse cenário, ressalta-se que a saúde mental é um quesito
relevante, pois pacientes terminais enfrentam um grande sofrimento psicológico à medida
que sabem que a sua condição é irreversível, buscando meios de interrompam o
sofrimento físico e psíquico gerado pela condição que apresentam. Posto isso, enquanto
alguns estudos defendem a eutanásia como meio de encerrar um sofrimento físico e
psíquico e entendem a vida como um direito com possibilidade de escolha, outros
entendem tal garantia como um direito absoluto que deve ser mantido e prolongado com
base na dignidade da pessoa humana. Conclusão: Diante do exposto, concluiu-se que a
eutanásia envolve questões complexas de saúde mental, autonomia e bioética. Nesse viés,
um conflito entre o direito à vida e o direito à dignidade individual, dificultando a
regulametação da eutanásia em muitos ordenamentos jurídicos.
Palavras-Chave: Bioética, eutanásia, saúde mental.
FATORES ASSOCIADOS À SAÚDE ÓSSEA EM IDOSOS: UMA REVISÃO
NARRATIVA
Guilherme Rocha Ribeiro, Blenda Boaventura Cruz, Viviane Maia Santos
Introdução: A densidade óssea é um importante indicador de saúde óssea, especialmente
em idosos, pois reflete a quantidade de massa mineral presente nos ossos e sua capacidade
de resistir a fraturas. Com o avanço da idade, ocorre naturalmente uma redução na
densidade óssea devido a múltiplas razões como a diminuição da absorção de cálcio,
alterações hormonais e a perda de células ósseas, levando à fragilidade mecânica e
consequente predisposição a fraturas com trauma mínimo. Objetivo: Realizar uma
revisão narrativa da literatura sobre os fatores associados à saúde óssea e educação em
saúde em idosos. Metodologia: Trata-se de uma revisão narrativa para a qual foram
consultadas as bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca
Virtual em Saúde Brasil (BVS) utilizando os descritores “Osteoporose” e “Idoso”, o
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operador “AND” e o filtro de idioma em português. Com essa pesquisa, surgiram diversas
publicações, das quais 20 foram selecionadas conforme a afinidade com a temática. Como
critérios de inclusão, foram utilizados artigos cuja temática abordasse o envelhecimento
e saúde óssea no idoso. Resultados: Diversos elementos estão associados à osteoporose,
influenciados pelos hábitos de vida e/ou situações em que os indivíduos se encontram.
Entre as variáveis é importante mencionar o exercício físico, cor da pele, o sexo, a
ingestão de uma dieta rica em cálcio e vitamina D, além de outras configurações
fisiológicas, e, principalmente, o entendimento do distúrbio. A discussão dos artigos
selecionados, estruturou-se os seguintes tópicos, a saber: Educação em saúde óssea para
idosos: objetivos e principais resultados; Características das estratégias educacionais dos
programas de saúde óssea para idosos. Conclusão: De acordo com estudos incluídos
nesta revisão narrativa, observou-se que os programas de educação sobre saúde óssea para
idosos possui o objetivo de empoderar o idoso pelo aumento do conhecimento sobre a
doença, sensibilizar sobre o consumo de cálcio e vitamina D ou de medicamentos para
osteoporose, mudanças de hábitos e a prática de exercícios físicos.
Palavras-Chave: Idoso, Educação em Saúde, Densidade Óssea.
A IMPORTÂNCIA DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA NA FORMAÇÃO
MÉDICA
João Victor Prates de Souza, Guilherme de Andrade Freitas, Maria Fernanda Maia
Ribeiro De Sá, João Victor Martins Corrêa, Lanuza Borges Oliveira
Introdução: A extensão universitária é essencial no ensino superior, especialmente no
curso de medicina, pois possibilita a integração do acadêmico na comunidade,
compreendendo suas necessidades e promovendo a conexão entre o ensino e a vida social.
A curricularização da extensão médica visa fortalecer essa relação entre a universidade e
a sociedade. Objetivo: Relatar a vivência de estudantes de medicina em atividades
disciplinares de extensão. Relato da Experiência: A disciplina de Práticas
Interdisciplinares de Extensão Pesquisa e Ensino (PIEPE) foi introduzida no curso de
medicina de uma instituição de ensino superior em 2021, no Norte de Minas Gerais. Seu
foco é integrar pesquisa, ensino e extensão por meio de projetos de promoção e prevenção
da saúde, baseando-se na identificação das necessidades sociais locais. A disciplina
é centrada na comunidade, com pequenos grupos de estudantes, aprendizagem baseada
em projetos e estratégias psicopedagógicas, como palestras, atendimentos com
preceptores e orientações à população. Essas práticas fortalecem a relação entre a
universidade, a comunidade e os profissionais de saúde, sendo essencial para a formação
médica, buscando uma relação ética e harmoniosa em prol da vida e integridade humana.
Reflexão da Experiência: A disciplina PIEPE possibilita aos acadêmicos desenvolver
habilidades de comunicação, trabalho em equipe e reconhecimento das necessidades da
população, permite ainda que os acadêmicos tenham contato direto com a comunidade,
compartilhando conhecimentos e colocando em prática os ensinamentos teóricos
vivenciados na universidade. As ações realizadas estimulam o desenvolvimento social e
a construção do conhecimento em saúde que possibilitam as comunidades atendidas a
serem mais funcionais em seu dia a dia, pois além do conhecimento adquirido e estímulo
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de novos hábitos, proporciona conhecimentos indispensáveis na manutenção da saúde e
qualidade de vida. Conclusão: A curricularização da extensão no curso médico traz
impacto positivo a formação do estudante visto que, a troca de experiências entre a
comunidade e os acadêmicos se faz presente, por meio do compartilhamento de
conhecimentos, e da vivência das diferentes realidades da população, contribuindo assim
com uma formação médica mais humanizada e empática e que contribui para o
desenvolvimento social.
Palavras-Chave; Relações comunidade- instituição, Assistência Integral à Saúde,
Estudantes de medicina.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA LEISHMANIOSE VISCERAL EM MONTES
CLAROS DE 2011 A 2022
Lucas Pires Dias Pinto, Sophia Rodrigues Teixeira, Ana Julia Torres Bonfim Rocha,
Mayra Domingues Cardoso.
Introdução: A Leishmaniose visceral é uma doença infecciosa grave que afeta
frequentemente grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. É considerada uma
zoonose por afetar tanto animais, quanto indivíduos. Sua transmissão ocorre a partir da
picada do mosquito palha que, ao picar um animal infectado pelo protozoário Leishmania
infantum, se infecta e consegue contaminar o ser humano através da picada. Estudos
recentes indicam que em casos de tratamento tardio, a doença pode evoluir para o óbito
em mais de 90% dos casos. Objetivo: Seguindo esse preceito, o estudo teve como
objetivo identificar o perfil epidemiológico dos casos de Leishmaniose Visceral
notificados no município de Montes Claros/MG, no período de 2011 a 2022.
Metodologia: Refere-se a um estudo quantitativo, documental retrospectivo e descritivo,
realizado a partir de informações disponíveis no Portal de Vigilância em Saúde da
Secretaria de Estado de Minas Gerais. Os dados foram coletados em agosto de 2023. Para
a identificação do perfil epidemiológico dos casos da doença, foram consideradas as
seguintes variáveis: sexo, raça, faixa etária, comorbidades e notificações por ano.
Resultados: Os principais achados demonstraram um total de 224 casos confirmados no
município no período. Destaca-se que 2017 foi o ano com maior número de casos,
totalizando 41. o ano de 2021 apresentou a menor taxa, somando um total de 6 casos.
Em relação às faixas etárias, a maior prevalência foi identificada em indivíduos entre 1 e
9 anos de idade, sendo registradas 31 casos em indivíduos do sexo feminino e 27 do sexo
masculino. Observou-se que o sexo masculino foi o mais afetado, com prevalência de
63,39% dos casos, enquanto a ocorrência no sexo feminino foi de 36,61%. Entre as raças,
foram observadas a maior prevalência em pardos e brancos, com 166 e 31 casos,
respectivamente. Dentre os casos confirmados, 220 evoluíram para cura e 19 para óbito
em decorrência da doença. Ademais, o estudo foi necessário e relevante para conhecer o
perfil epidemiológico dos casos notificados na população estudada. Precipuamente, é
crucial enfatizar a relevância da Leishmaniose visceral na esfera da saúde pública, devido
a sua alta letalidade e sua propensão à erradicação em ambientes urbanos, por meio da
transmissão por cães. Conclusão: Desse modo, intensificar a conscientização da
população por meio da educação em saúde e fomentara adoção de medidas preventivas,
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contribuirá significativamente na redução da incidência da doença.
Palavras-Chave: Doença, Epidemiologia, Leishmania.
PREVALÊNCIA DE DOENÇAS CRÔNICAS E FATORES ASSOCIADOS EM
OCTAGENÁRIOS NÃO INSTITUCIONALIZADOS NO NORTE DE MINAS
GERAIS
Luciana Colares Maia, Victor Guilherme Pereira, Rafael Soares Pereira, Pedro Gabriel
Gonzaga Durante, João Artur Dias dos Santos, Karen Jacyara Campos,
Rayssa Maria da Silva Pessoa
Introdução: O envelhecer determina mudanças no perfil epidemiológico e aumento na
prevalência de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). A vulnerabilidade e o risco
de doenças crônicas mal controladas podem causar prejuízo da funcionalidade, bem como
incapacidades, internações frequentes, institucionalização e elevação do risco de
morbimortalidade particularmente de octagenários. Objetivo: Estimar a prevalência de
doenças crônicas e identificar os fatores associados entre idosos 80 anos ou mais
cadastrados na Atenção Primária à Saúde no norte de Minas Gerais, Brasil. Metodologia:
Estudo epidemiológico, transversal, exploratório e analítico, conduzido com idosos com
80 anos ou mais cadastradas em Estratégias de Saúde da Família no município de Montes
Claros, Minas Gerais. A coleta de dados sucedeu-se por meio de visitas domiciliares, as
quais foram empregues questionários sociodemográficos e de fatores relacionados à
saúde, Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 e a Avaliação Geriátrica Ampla
(AGA) para caracterização e avaliação das condições de saúde do grupo. Foram
realizadas comparações entre as características do grupo a partir do teste qui-quadrado de
Person. Para definição das variáveis associadas às doenças crônicas, conduziu-se análise
bivariada, seguida de análise múltipla, por meio da regressão logística binária, mantendo-
se no modelo final apenas as variáveis associadas até o nível de 5%. As análises dos dados
foram processadas por meio do software Statistical Packages for the Social Sciences
(SPSS), versão 28.0. A pesquisa foi aprovada por Comitê de Ética em Pesquisa,
mediante a parecer consubstanciado de 1.628.652. Resultados: Foram avaliados 428
idosos, com predomínio do sexo feminino (65,9%) e escolaridade entre um e quatro anos
de estudos (64,7%). Hipertensão arterial (88,6%) e diabetes mellitus (62,5%) foram as
condições crônicas mais prevalentes no contingente avaliado. As variáveis associadas à
hipertensão e à diabetes foram: comprometimento cognitivo (p=0,002), capacidade
comprometida para realização de atividades de vida diária (p<0,001) e polifármacia
(p<0,001). Conclusão: Políticas de promoção e proteção da saúde com ênfase na redução
dos fatores de risco modificáveis e controle de doenças crônicas precisam ser mantidas e
intensificadas, especialmente, direcionadas à população idosa octagenária, frente as
repercussões negativas do processo de envelhecimento que podem ser evitadas ou, no
mínimo, minimizadas.
Palavras-Chave: Saúde do Idoso. Doenças Crônicas. Fatores de Risco. Saúde Pública.
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ANGINA INSTÁVEL: UMA REVISÃO DA LITERATURA
Ana Betariz Cézar Rodrigues Barral, Ana Carolina Mello Alves Rodrigues, Camila Santos
Pereira, Igor Caldeira Soares, Claudiojanes dos Reis, Daniel Ferreira Fagundes,
Daniella Cristina Nassau e Eduardo Gonçalves.
Introdução: A angina instável é uma condição médica grave caracterizada por dor no peito
ou desconforto devido à isquemia miocárdica transitória. Ela representa um precursor do
infarto agudo do miocárdio (IAM) e requer avaliação e tratamento imediatos. Objetivo:
Realizar uma revisão da literatura para sintetizar as pesquisas sobre angina instável,
incluindo seus mecanismos fisiopatológicos, fatores de risco, diagnóstico, tratamento e
prevenção. Metodologia: Foram consultadas as bases de dados PubMed, Embase, Scopus
e BVS, a partir dos descritores "angina instável", "dor no peito", "isquemia miocárdica",
"infarto agudo do miocárdio", "fatores de risco", "diagnóstico" e "prevenção". Foram
incluídos apenas artigos publicados em inglês, espanhol ou português nos últimos cinco
anos (2018-2021) que abordassem a angina instável em humanos. Resultados: Foram
localizados 1.284 artigos, dos quais, após análise do título e do resumo, apenas 52 foram
considerados pertinentes ao tema desta revisão e, destes, 30 subsidiaram a síntese que se
segue. A angina instável é causada por um desequilíbrio entre o suprimento e a demanda de
oxigênio no miocárdio, geralmente devido à obstrução coronária aterosclerótica. Placas de
ateroma instáveis podem romper ou fissurar, levando à trombose e à redução do fluxo
sanguíneo coronário. Os principais fatores de risco incluem a Idade avançada, sexo
masculino, tabagismo, HAS, dislipidemias, DM, obesidade e sedentarismo. A dor no peito
é o sintoma mais comum da angina instável, geralmente descrita como sensação de aperto,
pressão ou queimação no centro do peito, que pode irradiar para o pescoço, mandíbula,
costas, ombros ou braços, quase sempre de grande intensidade, que pode durar minutos ou
horas estando ou não associada a outros sintomas, especialmente à falta de ar. O diagnóstico
da angina instável é baseado na história clínica do paciente, exame físico e exames
complementares. A prevenção da angina instável envolve a modificação dos fatores de
risco e o tratamento é variável conforme o quadro. Conclusão: a angina instável é uma
condição médica grave que requer atenção imediata. O diagnóstico precoce e o tratamento
adequado podem prevenir o IAM e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Palavras-chave: Angina instável. Infarto agudo do miocárdio. Fatores de risco. Revisão
da literatura.
QUEDA EM IDOSOS: UMA REVISÃO DA LITERATURA SOBRE RISCOS,
PREVENÇÃO E CONSEQUÊNCIAS
Ana Betariz Cézar Rodrigues Barral, Camila Santos Pereira, Claudiojanes dos Reis,
Daniel Ferreira Fagundes, Daniella Cristina Nassau, Eduardo Gonçalves, Carolina Ananias
Meira Trovão e Luciana Mendes Araújo.
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Introdução: As quedas em idosos são um problema de saúde pública global, com alta
prevalência e potencial para causar graves consequências. A OMS estima que 30% dos
idosos acima de 65 anos caem pelo menos uma vez ao ano, e esse número aumenta com a
idade. Objetivo: Realizar uma revisão narrativa da literatura para sintetizar as pesquisas
sobre quedas em idosos, incluindo seus fatores de risco, medidas de prevenção e
consequências. Metodologia: Foram pesquisadas as bases de dados BVS, MEDLINE e
Scopus, a partir dos termos "queda em idosos", "fator de risco", "prevenção",
"consequência" e “senilidade”. Para este estudo foram revisados artigos publicados em
inglês ou português nos últimos cinco anos que abordassem o tema desejado. Resultados:
Foram encontrados 943 artigos, dos quais 40 subsidiaram essa revisão, considerando o
objetivo proposto. Os fatores de risco para quedas em idosos podem ser divididos em três
categorias, a saber (1) Fatores intrínsecos: Idade avançada, sexo feminino, histórico de
quedas, fragilidade, doenças crônicas (osteoporose, diabetes, AVC), alterações sensoriais
(visão e audição), declínio cognitivo, uso de medicamentos; (2) Fatores extrínsecos: Perigos
no ambiente (piso escorregadio, iluminação, obstáculos), uso de tapetes, calçados
inadequados e (3) Fatores socioeconômicos: Baixa renda, baixo nível de escolaridade,
isolamento social. As quedas em idosos podem ter diversas consequências, como lesões
físicas, especialmente as fraturas; psicológicas, incluindo o medo de cair, perda de
confiança, depressão e ansiedade até o isolamento social. A literatura registra que as
medidas de prevenção para quedas em idosos podem programas de exercícios físicos,
avaliação e modificação do ambiente domiciliar, educação em saúde para idosos e
cuidadores, revisão da medicação em uso por parte dos idosos e adaptação do ambiente
domiciliar, desde uso mais amplo de barras de apoio e uso tapetes antiderrapantes até
melhoria da iluminação. Conclusão: As quedas em idosos são um problema complexo de
saúde pública, multifatorial com consequências que podem ser graves, inclusive do ponto
de vista socioeconômico. A implementação de medidas de prevenção pode reduzir
significativamente o risco de quedas e suas consequências.
Palavras-chave: Queda em idosos. Fatores de risco. Saúde do idoso. Revisão da
literatura.
FATORES ASSOCIADOS À SEPSE TARDIA ENTRE NEONATOS
PREMATUROS EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAIS EM
MONTES CLAROS
Eduardo Gonçalves, Patrícia Soares Castro Xavier, Harley Medawar Leão, Frederico
Marques Andrade, Camila Santos Pereira, Evandro Barbosa dos Anjos,
Carolina Ananias Meira Trovão, Vanessa Terixeira Duque de Oliveira
Introdução: a sepse neonatal é uma condição sistêmica de origem bacteriana, viral ou
fúngica associada a alterações hemodinâmicas, com morbimortalidade significativa em
recém-nascidos (RNs). É considerada tardia quando ocorre após 3 a 5 dias após o
nascimento. Seus fatores de risco são pouco avaliados e não existem estudos realizados no
norte de Minas. Objetivo: Descrever os fatores associados à sepse tardia em neonatos
prematuros em Unidades de Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) em Montes Claros, cidade
polo do norte de Minas Gerais. Metodologia: Trata-se de estudo de coorte retrospectivo
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desenvolvido no ambulatório de seguimento de RNs de alto risco para egressos da UTIN,
em Montes Claros. Froam selecionados neonatos com idade gestacional inferior a 37
semanas, admitidos de março de 2014 a julho de 2018. Foram excluídos RNs com
malformações graves. Para cálculo amostral, foi considerado nível de confiança de 95%,
poder do estudo de 80%. A coleta de dados foi conduzida a partir de formulário específico
abordando condições de gestação e parto. A variável resposta foi a sepse tardia e as variáveis
associadas foram definidas em análise bivariada seguida de análise de regressão logística.
Resultados: Participaram do estudo 293 RNs, a maioria do sexo masculino (n=163; 55,6%),
prematuros moderados, 29 a 33 semanas (n=152; 51,9%). A hipertensão foi a principal
condição gestacional, registrada em 81 mães (27,6%). O tipo de parto mais frequente foi
cesáreo (65,5%) e 50 (17,1%) RNs necessitaram de reanimação em sala de parto. A sepse
tardia foi registrada em 63 prematuros (21,5%). Os resultados encontrados apontam que as
seguintes variáveis se mostraram associadas ao maior risco de sepse tardia: o peso de
nascimento inferior a 1500 gramas (p=0,030; OR=2,24; IC95%=1,08-8,52); o tempo
prolongado de oxigenoterapia (p<0,001; OR=4,22; IC95%=2,09-8,53) e o registro de
intercorrência com parada cardiorrespiratória (p=0,016; OR=3,67; IC95%=1,28-10,52).
Conclusão: Observou-se elevada incidência de sepse tardia para o grupo avaliado. Os
principais fatores de risco associados à sepse tardia incluem variáveis que podem ser
modificáveis a partir de uma melhor assistência pré-natal e durante a permanência do
prematuro em UTIN. O conhecimento e a identificação desses fatores permitem a
elaboração de medidas direcionadas à prevenção e manejo adequado dos pacientes.
Palavras-chave: Sepse. Prematuros. Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Fatores de
risco.
DOR LOMBAR EM PROFESSORES: PREVALÊNCIA, CAUSAS, IMPACTOS E
ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO
Ana Beatris Cézar Rodrigues Barral, Carolina Ananias Meira Trovão, Luciana Mendes
Araújo, Humberto Gabriel Rodrigues, Daniel Ferreira Fagundes, Yanca Curty Ribeiro
Christoff Ornela
Introdução: A dor lombar é um problema de saúde prevalente entre vários profissionais de
saúde. Entre os professores é um problema que afeta significativamente a qualidade de vida
e produtividade no trabalho, gerando grande absenteísmo. Objetivo: Realizar uma revisão
da literatura para sintetizar as pesquisas sobre dor lombar em professores, incluindo sua
prevalência, causas, impactos e estratégias de prevenção. Metodologia: Foram pesquisadas
as bases de dados BVS, MEDLINE e Scopus, a partir dos termos "dor lombar", "lombalgia”,
“professor", "prevalência", "impacto", “absenteísmo” e "prevenção". Para este estudo foram
revisados artigos publicados em inglês ou português nos últimos cinco anos que abordassem
o tema desejado. Resultados: Foram encontrados 251 artigos com temas que versavam
sobre a temática desta revisão, dos quais 15 subsidiaram a síntese que se segue. A
prevalência de dor lombar em professores é alta, variando entre 12% e 30% em diferentes
estudos. Não se registrou uma causa específica e comum entre os estudos, que destacam
que as causas da dor lombar em professores são multifatoriais, envolvendo desde aspectos
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ergonômicos, como a postura inadequada durante o trabalho, levantamento de peso,
movimentos repetitivos, tempo excessivo em pé, até aspectos psicossociais, como o estresse
no trabalho, ansiedade e depressão. Entre os impactos da lombalgia entre os docentes são
destacados o comprometimento da qualidade de vida, com dificuldade para as atividades de
vida diária, absenteísmo, perda da produtividade, além dos gastos elevados na busca por
recursos terapêuticos. As estratégias de prevenção incluem educação postural, adaptações
ergonômicas, quando necessária, programas de exercícios específicos para fortalecer os
músculos e melhorar a flexibilidade. Conclusão: A dor lombar em professores é um
problema de saúde prevalente com impactos negativos na qualidade de vida e na
produtividade. A implementação de estratégias de prevenção pode reduzir
significativamente a dor lombar e seus impactos.
Palavras-chave: Dor lombar. Professor. Prevalência. Qualidade de vida. Fatores de risco.
MORBIDADE HOSPITALAR POR SÍFILIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE
NO BRASIL
Yanca Curty Ribeiro Christoff Ornela, Eduardo Gonçalves, Patrícia Soares Castro Xavier,
Harley Medawar Leão, Ana Beatris Cézar Rodrigues Barral, Kátia Regina Gandra Lafetá,
Frederido Marques Andrade, Igor Caldeira Soares, Carolina Ananias Meira Trovão
Introdução: A sífilis é uma infecção sistêmica que ainda representa um problema de saúde
pública no Brasil. A doença se manifesta de acordo com o estágio de desenvolvimento e
grupo etário acometido. Dessa forma, pode ser classificada entre sífilis primária, sífilis
secundária, sífilis terciária e sífilis latente. Habitualmente não exige hospitalização, mas
quando ela ocorre, é um marcador de alerta para os serviços de saúde. Objetivo: analisar a
ocorrência de hospitalizações por sífilis no Brasil em um período de cinco anos, entre 2017
e 2021, utilizando dados do DATASUS. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico,
descritivo, a partir de dados coletados no DATASUS, mediante consulta ao Sistema de
Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), do Ministério de Saúde
do Brasil. No processo de busca, incluiu-se o capítulo I da décima Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) “Algumas doenças infecciosas e parasitárias” e a lista
de morbidades “sífilis congênita, sífilis precoce e outras sífilis”. Resultados: No período
avaliado, foram notificadas 102.639 internações por sífilis em todo o país, com a seguinte
distribuição anual: em 2017: 17.737 casos; em 2018, 20.695 casos; em 2019, 20.679 casos;
em 2020, 21.320 casos e em 2021, 22.208 casos. Os números expressam um crescimento
contínuo das hospitalizações, que ocorrem de forma generalizada em todo o Brasil. É
relevante registrar que mesmo durante a pandemia, quando muitas condições clínicas e
morbidades tiveram baixa substancial de seus registros, as internações por sífilis
continuaram a crescer. Conclusão: O aumento das internações por sífilis no Brasil é
preocupante e reflete a falha no controle da doença. O crescimento dos registros mesmo
durante o período pandêmico alerta para a gravidade da expansão da doença. Os resultados
do estudo destacam a necessidade de fortalecer as medidas de prevenção, diagnóstico e
tratamento da sífilis, com foco nas populações mais vulneráveis.
Palavras-Chave: Sífilis. Hospitalização. Saúde Pública. Epidemiologia.
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MORBIDADE HOSPITALAR POR DOENÇAS CARDIOVASCULARES NO
BRASIL: UMA ANÁLISE SEGUNDO AS UNIDADES FEDERATIVAS
Evandro Barbosa dos Anjos, Ana Beatris Cézar Rodrigues Barral, Harley Medawar Leão,
Patrícia Soares Castro Xavier, Yanca Curty Ribeiro C. Ornela, Luciana Mendes Araújo,
Carolina Ananias Meira Trovão, Daniel Ferreira Fagundes, Igor Caldeira Soares
Introdução: As doenças cardiovasculares (DCV) são a principal causa de morte no Brasil
e representam também a principal causa de hospitalização. Nesse sentido, essas condições
implicam em um ônus significativo para o sistema de saúde. Poucos estudos avaliam a
distribuição espacial da morbidade hospitalar por DCV no Brasil. Objetivo: descrever a
ocorrência da morbidade hospitalar por DCV no Brasil para o período de 2020 a 2022,
segundo a unidade federativa. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico e descritivo,
com análise a partir de dados coletados no DATASUS, mediante consulta ao Sistema de
Internações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS), do Ministério de Saúde
do Brasil. No processo de busca, foram incluídas todas as afecções do capítulo IX da décima
Classificação Internacional de Doenças (CID-10) “Doenças do aparelho circulatório”. Para
o cálculo de taxas por unidade federativa utilizou-se dados do mais recente censo
populacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo das taxas
de hospitalizações por unidade federativa foi realizado a parir do quociente entre o número
de hospitalizações a população residente, multiplicando-se por um fator de padronização de
igual a dez mil. Resultados: No período avaliado, foram registradas 3.201.399
hospitalizações por doenças cardiovasculares em todo o país. As taxas de hospitalizações
no país, para o período estudado, variaram de 68,22/10.000 habitantes a 235,73/10.000
habitantes. Os estados da região Norte apresentaram as menores taxas, com variações de
68,22/10.000 habitantes no Amapá a 105,39/10.000 habitantes no Tocantins. As taxas mais
elevadas foram registradas em Espírito Santo (217,22/10.000 habitantes), Rio Grande do
Sul (229,16/10.000 habitantes e Paraná (235,73/10.000 habitantes). A média nacional foi
de 157,64/10.000 habitantes. Conclusão: existe uma elevada e preocupante taxa de
hospitalização por DCV no Brasil. A distribuição dos casos por unidade federativa revela
uma ocorrência que, em certa medida, reflete o desenvolvimento local, mas que carece de
avaliações mais profundas. Os resultados do estudo destacam a importância de promover
estilos de vida saudáveis, controlar os fatores de risco para as DCV e fortalecer a atenção
primária à saúde.
Palavras-chave: Doenças Cardiovasculares. Morbidade Hospitalar. Epidemiologia.
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DISTRIBUIÇÃO DOS CASOS DE TÉTANO NEONATAL NO BRASIL NO
PERÍODO DE 2020 A 2022
Humberto Gabriel Rodrigues, Patrícia Soares Castro Xavier, Yanca Curty Ribeiro C.
Ornela, Eduardo Gonçalves, Harley Medawar Leão, Frederico Marques Andrade,
Evandro Barbosa dos Anjos, Daniel Ferreira Fagundes
Introdução: O tétano neonatal é uma doença grave e evitável que afeta recém-nascidos,
principalmente em países em desenvolvimento. O Brasil, apesar de ter feito progressos na
redução da mortalidade por tétano neonatal, ainda enfrenta desafios para sua eliminação.
Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar o registro de casos de tétano neonatal no
Brasil no período de 2020 a 2022, apontando os desafios para sua eliminação. Metodologia:
Trata-se de um estudo ecológico e descritivo, com análise a partir de dados coletados no
DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Internações Hospitalares do Sistema Único
de Saúde (SIH/SUS), do Ministério de Saúde do Brasil. No processo de busca, incluiu-se o
capítulo I da décima Classificação Internacional de Doenças (CID-10) “Algumas doenças
infecciosas e parasitárias” e a lista de morbidades “Tétano neonatal”. Resultados: No
período avaliado foram identificados casos de tétano neonatal em nove estados brasileiros,
a saber: Acre (um caso), Pará (um caso), Ceará (um caso), Pernambuco (um caso), Bahia
(um caso), Minas Gerais (seis casos), Rio de Janeiro (dois casos), São Paulo (um caso) e
Rio Grande do Sul (um caso). Não parece existir correlação entre as taxas de cobertura
vacinal e os casos identificados, uma vez que alguns estados com baixa cobertura vacinal
sequer apresentaram casos notificados. No período de 2000 a 2020, a incidência de tétano
neonatal no Brasil apresentou estabilidade. Não foi possível verificar a associação do
número de casos com a eventuais disparidades regionais no acesso à atenção pré-natal e
parto seguro. Conclusão: O número de casos de tétano neonatal registrado no triênio sugere
que o Brasil está próximo de eliminar o tétano neonatal. No entanto, ainda desafios a
serem superados. É necessário fortalecer as ações de vacinação, atenção pré-natal, parto
seguro e vigilância epidemiológica para alcançar a eliminação da doença.
Palavras-chave: Tétano Neonatal. Vacinação. Atenção Pré-natal. Saúde materno-infantil.
TRICOBEZOAR: RELATO DE CASO EM ADOLESCENTE
Evandro Barbosa dos Anjos, Luciana Mendes Araújo, Harley Medawar Leão, Ana Beatris
Cézar Rodrigues Barral, Eduardo Gonçalves, Patrícia Soares Castro Xavier,
João Marcus Oliveira Andrade, Renata Carvalho B. Carneiro
Introdução: Os bezoares são massas compactas de substâncias que se acumulam do trato
digestório. Entre eles, está o tricobezoar, que é uma massa compacta de cabelos emaranhada
no estômago ou intestino, geralmente secundária a um comportamento compulsivo de
arrancar os próprios cabelos (tricotilomania) e ingerir esses fios de cabelo. Objetivo:
Apresentar o relato de caso de um paciente com tricobezoar gástrico gigante, salientando os
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aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento. Relato de Caso: Trata-se de adolescente do
sexo feminino, com idade de 14 anos, levada à consulta médica pela tia, com quem morava,
com relato de vômitos e dor abdominal. O exame clínico evidenciou massa abdominal
palpável na região do mesogátrico, confirmada pela tomografia e depois pela endoscopia,
ser de localização intragástrica. Ao longo do percurso diagnóstico, embora não houvesse
registro espontâneo de tricotilomania, uma inspecção mais acurada revelou áreas de
alopecia no couro cabeludo da adolescente. A história social registrava que a adolescente
perdera sua família em decorrência de situação trágica de violência familiar aos oito anos e
desde então vivia com a tia. Apresentava comportamento extremamente introvertido e
pouco comunicativo, com fraco desempenho escolar. A paciente foi submetida à
laparotomia exploratória e ressecção da massa, que consistia em um tricobezoar de 400
gramas. O pós-operatório transcorreu sem intercorrências e, após a alta hospitalar, a
adolescente foi encaminhada para acompanhamento psicológico. Conclusão: o tricobezoar
é uma condição relativamente rara, mas potencialmente grave. Os sintomas podem ser
inespecíficos e o diagnóstico pode ser desafiador. A tomografia computadorizada é o exame
de imagem mais útil para a confirmação do diagnóstico. O tratamento geralmente consiste
na remoção cirúrgica da massa. O acompanhamento psicológico é fundamental para
prevenir a recidiva. Este relato de caso destaca a importância do conhecimento da
tricobezoar como causa de obstrução intestinal em pacientes com história social conturbada,
mesmo sem registro de tricotilomania. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são
essenciais para evitar complicações graves.
Palavras-chave: Tricobezoar. Adolescente. Relato de Caso.
SÍNDROME DE PEPPER-SCHILLING: RELATO DE UM CASO
Eduardo Gonçalves, Evandro Barbosa dos Anjos, Luciana Mendes Araújo, Vanessa
Teixeira Duque de Oliveira, Patrícia Soares Castro Xavier, Ana Beatris Cézar R. Barral,
João Marcus Oliveira Andrade e Claudiojanes dos Reis
Introdução: A síndrome de Pepper-Schilling, ou simplesmente síndrome de Pepper, é uma
condição rara que ocorre quando um tumor de Wilms, um tipo de câncer renal que afeta
principalmente crianças, apresenta metástases para o fígado. Objetivo: Apresentar o relato
de caso de uma lactente hospitalizada com quadro de distensão abdominal, cuja investigação
evidenciou tratar-se de uma síndrome de Pepper. Relato de Caso: a lactente de 11 meses
foi levada a consulta médica pela mãe, com relato de irritabilidade e distensão abdominal
algumas semanas. A mãe referia ainda redução do apetite e perda de peso. O exame
clínico evidenciou apenas lactente emagrecida e com distensão abdominal, com
hepatomegalia palpável a seis centímetros do rebordo costal direito. Considerando as
condições sociais da família, a criança foi encaminhada para hospitalização e propedêutica.
Em ambiente hospitalar foram direcionadas investigações para doenças de depósito na fase
inicial. A criança evoluiu com hepatomegalia progressiva e ascite, mantendo irritabilidade
e estado geral regular. A propedêutica laboratorial relevou comprometimento de
transaminases e aumento da alfa-fetoproteína (AFP), um marcador tumoral. A tomografia
computadorizada (TC) revelou massa renal e três volumosos nódulos hepáticos sugestivos
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de metástases, sugerindo então a síndrome para o caso. A criança foi então encaminhada ao
serviço de oncologia para avaliação quimioterápica. A síndrome de Pepper é causada pela
disseminação de células tumorais do tumor de Wilms para o fígado. Quando ocorre em
idades muito jovens, como foi o caso relatado, o diagnóstico é um grande desafio para a
equipe de saúde. Este relato de caso alerta para a relevância de se pensar na possibilidade
diante de situação atípicas em lactentes com distensão abdominal. Quando uma metástase
hepática maciça as consequências são, geralmente, bastante graves. O prognóstico da
síndrome de Pepper depende de vários fatores, como o tamanho do tumor de Wilms, a
extensão da metástase hepática e a resposta ao tratamento. Infelizmente, de modo geral, o
prognóstico é reservado. Conclusão: Este relato de caso destaca a importância do
conhecimento dos tumores na infância como diagnóstico diferencial em casos de lactentes
ou crianças mais jovens com distensão abdominal e alterações laboratoriais inespecíficas.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para melhorar o prognóstico
da doença. A quimioterapia, a cirurgia e a radioterapia são as principais opções de
tratamento. O transplante de fígado pode ser necessário em casos graves.
Palavras-chave: Tumor de Wilms. Hepatomegalia. Lactente.
MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NO BRASIL: ANÁLISE POR
UNIDADES FEDERATIVAS E INFLUÊNCIA DA PANDEMIA
Daniel Ferreira Fagundes, Evandro Barbosa dos Anjos, Ana Beatris Cézar Rodrigues
Barral, Harley Medawar Leão, Luciana Mendes Araújo, João Marcus Oliveira Andrade,
Patrícia Soares Castro Xavier, Yanca Curty Ribeiro C. Ornela
Introdução: A mortalidade por causas externas (MCE) no Brasil configura um problema
de saúde pública complexo e de grande magnitude. Seu enfrentamento depende de ações
intersetoriais e sustentadas pelos diferentes níveis de gestão. Objetivo: este estudo buscou
analisar a MCE no país entre 2020 e 2022, com foco em sua distribuição por unidade
federativa. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico e descritivo, com análise a partir
de dados coletados no DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Estatísticas Vitais,
Dados de Mortalidade, do Ministério de Saúde do Brasil. No processo de busca, foram
incluídos todos os óbitos com causas externas do capítulo XX da décima Classificação
Internacional de Doenças (CID-10) “Causas externas de morbidade e mortalidade”. Para o
cálculo de taxas por unidade federativa utilizou-se dados do mais recente censo
populacional, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cálculo das taxas
de mortalidade por unidade federativa foi realizado a partir do quociente entre o número de
óbitos por causas externas e a população residente, multiplicando-se por um fator de
padronização de igual a dez mil. Resultados: A mortalidade por causas externas no país
como um todo foi respectivamente de 7,19/10.000 habitantes, 7,35/10.000 habitantes e
7,53/10.000 habitantes nos anos de 2020,02021 e 2022. Esses valores registram crescimento
global da MCE e relevam as dificuldades para o seu enfrentamento. Considerando que o
triênio avaliado incluiu dois anos pandêmicos, a situação se revela ainda mais crítica.
Apenas nove dos 27 estados brasileiros apresentou redução ou estabilidade das taxas
analisadas. As taxas mais elevadas foram observadas para os estados de Roraima
(9,80/10.000 habitantes), Tocantins (9,80/10.000 habitantes), Amapá (9,78/10.000
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habitantes), Bahia e Espírito Santo (ambos com taxas de 9,59/10.000 habitantes. Os estados
do Mato Grosso do Sul, Amazonas e Rondônia apresentaram o maior crescimento das taxas
no período. O destaque positivo foi para o estado do Acre, que apresentou redução de cerca
de 13% no triênio. Os valores observados destacam as grandes desigualdades regionais e a
vulnerabilidade a que estão expostas determinadas populações. A pandemia de Covid-19
não parece ter gerado algum impacto sobre as taxas avaliadas, mas estudos mais profundos
são necessários. Conclusão: O país ainda apresenta taxas elevadas de MCE e as medidas
assumidas parecem ser de pouca eficácia para a maior parte dos estados brasileiros. Análises
da MCE são fundamentais para desvelar as disparidades entre os estados e para subsidiar
políticas públicas eficazes e ações de prevenção direcionadas. A apresentação dos
resultados desta pesquisa contribuirá para o debate sobre este importante problema de saúde
pública.
Palavras-chave: Mortalidade por causas externas. Saúde pública. Brasil. COVID-19.