Apresentação dos Anais
Este Anais são oriundos do Congresso Brasileiro de Medicina, organizado pela
UNIFIPMoc Afya e pela Santa Casa de Montes Claros-MG. Caracteriza-se por ser um evento
de caráter técnico-científico, destinado a médicos, acadêmicos e profissionais da área de
saúde que buscaram atualização profissional. A proposta foi apresentar temáticas
multiprofissionais da área da saúde, em um ambiente inovador, voltado para a troca de
experiências e a promoção de conhecimento por meio de palestras, debates, discussões e
apresentações científicas.
Temas como Clínica Médica, Saúde da Mulher, Cardiologia, Saúde Mental e Carreira Médica
compuseram o evento. A equipe editorial científica que participou do congresso deu
sequência às atividades que vêm se tornando tradicionais nos congressos da área da saúde,
referentes à apresentação e à divulgação de resultados de investigações científicas, avaliados
por um corpo de pareceristas e colaboradores comprometidos com a ciência, que tornam a
produção científica um pilar cada vez mais sólido.
Este Anais traz resultados de investigações realizadas por discentes e docentes de diversas
instituições, com diferentes temáticas e recortes metodológicos. A ampla variedade dos
assuntos abordados e o grande interesse que despertam deverão ser um marco inicial nas
publicações científicas oriundas deste evento.
Josiane Santos Brant Rocha
Comissão Organizadora
Comissão Científica
Antônio Prates Caldeira
Carolina Ananias Meira Trovão
Dorothéa Schmidt França
Frederico Marques
Igor Lima
Jair Almeida Carneiro
Josiane Santos Brant Rocha
Lanuza Borges Oliveira
Lucinéia de Pinho
Karina Prince
Marcelo Perim Baldo
Marcos Vinícius M. de Oliveira
Viviane Maia Santos
Comissão de editoração
Mônica Thais Soares Macedo
Samanta Amaral Soares
Comissão de Revisão
Mônica Thais Soares Macedo
Samanta Amaral Soares
SUMÁRIO
A ESCLEROSE MÚLTIPLA: UMA ANÁLISE ELUCIDATIVA E CLÍNICA 1
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS, RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS E DIREITO MÉDICO NA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO
DE MEDICINA 2
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA ELETIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA NA
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA 3
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
PARA UMA COMUNIDADE 4
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 5
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DA DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER
DE PELE 5
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA PROFILÁTICA EM
PACIENTES COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: UM RELATO DE
CASO 6
A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DE
FÍSTULA LIQUÓRICA PRIMÁRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA 7
A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ACERCA DA
HIPERTENSÃO E SUA PREVENÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA 8
A IMPORTÂNCIA DAS MONITORIAS DE ANATOMIA PARA O ENSINO MÉDICO
8
A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA
GRADUAÇÃO DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 9
A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO E EXECUÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE NA
JORNADA ACADÊMICA: Relato de Experiência 10
A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL PARA REDUZIR O DIABETES
MELLITUS E A DOENÇA RENAL CRÔNICA 11
A MOTIVAÇÃO COMO UM REFLEXO DA SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE 11
A RELAÇÃO ENTRE A ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE FEMININA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA 12
A RELAÇÃO ENTRE O TRANSTORNO BIPOLAR E A ATIVIDADE
INFLAMATÓRIA 13
A RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA
DE SENSIBILIZAÇÃO DO CUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA 14
A RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SANITÁRIO COMO
FORMA DE IDENTIFICAR PROBLEMAS E NECESSIDADES NA COMUNIDADE:
RELATO DE EXPERIÊNCIA 15
A SÍNDROME DE BURNOUT EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE 16
A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO
CURSO DE MEDICINA 16
AÇÃO EM SAÚDE - COMBATE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA 17
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DA POLIOMIELITE NO BRASIL NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS 18
ANÁLISE DA DEMANDA DA CIRURGIA PEDIÁTRICA E FATORES ASSOCIADOS
À INADEQUAÇÃO DA IDADE DE ENCAMINHAMENTOS NO SISTEMA PÚBLICO
DE SAÚDE NO NORTE DE MINAS GERAIS 19
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS GESTACIONAL EM MINAS GERAIS
ENTRE 2011 E 2021 19
APENDICECTOMIA CONVENCIONAL VERSUS VIDEOLAPAROSCÓPICA EM
MINAS GERAIS 20
APLICATIVO VEL PARA RASTREIO DE SÍNDROME METABÓLICA EM
MULHERES CLIMATÉRICAS 21
APRENDIZADO EM PEQUENOS GRUPOS (APG) SOB A PERSPECTIVA DO
ESTUDANTE DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 22
APRENDIZADO TEÓRICO E PRÁTICO NO CICLO BÁSICO DE MEDICINA:
CONTRASTES E CARÁTER SUPLEMENTAR 22
AS PARTICULARIDADES DE TER UM CROMOSSOMO A MAIS: QUANDO MAIS
É MENOS? 23
ASSOCIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL DE SARAMPO E COM NOVOS CASOS
DA DOENÇA NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL. 24
ASSOCIAÇÃO DE MASTECTOMIA E QUIMIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO
CÂNCER DE MAMA NA CIDADE DE MONTES CLAROS 25
ATUAÇÃO DA GENÉTICA NO TRANSTORNO BIPOLAR 25
CÂNCER DE PRÓSTATA: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E
MORBIMORTALIDADE NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS 26
CÂNCER PEDIÁTRICO, PORQUE NÃO FALAR? 27
COMBATE À DENGUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA 28
COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES E
FATORES ASSOCIADOS ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA
SAÚDE 28
CONHECIMENTO ACERCA DO CIGARRO ELETRÔNICO: PREVALÊNCIA E
FATORES PREDITORES 29
CONTRIBUIÇÃO DO MODELO BIOPSICOSSOCIAL NA DISCIPLINA DE
HABILIDADES E ATITUDES MÉDICAS DO CURSO DE MEDICINA 30
COREIA DE HUNTINGTON EM QUATRO GERAÇÕES DIFERENTES DA MESMA
FAMÍLIA RELATO DE CASO 31
COVID-19: O ISOLAMENTO SOCIAL E A RESTRIÇÃO DA PRÁTICA ESPORTIVA
NA SAÚDE DE ATLETAS E DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES FÍSICAS 32
CUSTOS COM HOSPITALIZAÇÃO EM PACIENTES COM DENGUE ENTRE OS
ANOS DE 2012 A 2021 NA REGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS 33
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA 34
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA 34
DESENVOLVIMENTO DE ARTRITE PÓS-FASE AGUDA DE FEBRE
CHIKUNGUNYA: UMA REVISÃO DE LITERATURA 35
DIABETES COMO UM FATOR ASSOCIADO AO PIOR PROGNÓSTICO EM
PACIENTES COM COVID-19 36
DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - AÇÃO EM
SAÚDE EM COMBATE ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA 37
DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA ANÁLISE DAS REPERCUSSÕES
FISIOLÓGICAS E PSICOSSOCIAIS 38
DOENÇA DE KIKUCHI FUJIMOTO: RELATO DE CASO 38
DUPLICAÇÃO GÁSTRICA GIGANTE EM CRIANÇA: RELATO DE CASO 39
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE TABAGISMO NA ADOLESCÊNCIA: Um relato de
experiência 40
EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER
NO BRASIL 41
EFEITOS DAS DROGAS ANTITIREOIDIANAS TIAMINAS DURANTE A
GESTAÇÃO 42
EFETIVIDADE DA VACINA CONTRA INFLUENZA NA REDUÇÃO DA
HOSPITALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DIABETES 43
ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE PELAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
POR MEIO DE AÇÕES EDUCATIVAS: Uma revisão integrativa 44
ENTEROCOLITE NECROSANTE COM ABORDAGEM CIRÚRGICA EM
NEONATOS: FATORES DE RISCO E ACHADOS ASSOCIADOS. 44
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA INTERVENÇÃO EM MULTIESTAÇÕES
DA SAÚDE 45
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA MALIGNA DO
ESÔFAGO NO BRASIL DE 2016 A 2021 46
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
PARA PREVENIR DOENÇAS CONTAGIOSAS PELA EXPOSIÇÃO DE FLUIDOS
CONTAMINADOS 47
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE CASOS DA DOENÇA FALCIFORME NO
ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE 2011 A 2021 48
FATORES ASSOCIADOS À SEPSE TARDIA ENTRE NEONATOS PREMATUROS
EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAIS NO NORTE DE MINAS
GERAIS 49
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DEMÊNCIA 49
FEBRE REUMÁTICA EVOLUINDO COM ENDOCARDITE INFECCIOSA UM
RELATO DE CASO 50
FLEXIBILIDADE EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA:
COMPARAÇÃO ENTRE DUAS TÉCNICAS 51
GLOMERUNEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA DE ETIOLOGIA PAUCI
IMUNE 52
HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLASSIFICAÇÃO
ETIOLÓGICA 53
IDOSOS COM DOENÇA CARDÍACA: PERFIL DE FRAGILIDADE 53
IDOSOS COM DOENÇA OSTEOARTICULAR: PERFIL DE FRAGILIDADE 54
IDOSOS LONGEVOS ASSISTIDOS PELA ATENÇÃO BÁSICA: ANÁLISE DAS
CONDIÇÕES DE SAÚDE 55
IMPACTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES PORTADORES DE
NEOPLASIA PULMONAR NO BRASIL 55
IMPACTOS NEGATIVOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL DE
INDIVÍDUOS DEMENTES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 56
IMPACTOS NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE 57
IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO INTEGRAL DO
PACIENTE 58
INCIDÊNCIA E COBERTURA VACINAL DE SARAMPO E RUBÉOLA EM MINAS
GERAIS 59
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A ASSOCIAÇÃO COM APTIDÃO FÍSICA,
COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E PARTICIPAÇÃO ATIVA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA 59
INICIAÇÃO PRECOCE DA PRÁTICA MÉDICA PARA FORMAÇÃO DE MÉDICOS
HUMANÍSTICOS E COM CAPACIDADE DE RESOLUBILIDADE 60
INTEGRAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA 61
INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS EM CRIANÇAS EM MINAS GERAIS
62
INTERNAÇÕES POR DIABETES NA REGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS 63
LINFOMA ANGIOIMUNOBLÁSTICO DE CÉLULAS T: UM RELATO DE CASO 64
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA ANÁLISE CLÍNICA VOLTADA PARA
PROMOÇÃO DE SAÚDE 65
MIASTENIA GRAVIS FORMA BULBAR: UM RELATO DE CASO 66
MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA
MACRORREGIÃO DO NORTE DE MINAS 66
MORBIMORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA
MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS 67
MORBIMORTALIDADE POR HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
68
MORBIMORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MINAS
GERAIS 69
NEFRONOFTISE: UM RELATO DE CASO 70
NEOPLASIAS NO BRASIL, CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO PACIENTE
INTERNADO E IMPACTO FINANCEIRO ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA
COVID-19 70
NEUROANATOMIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO EM PEÇAS
SINTÉTICAS 71
O GERENCIAMENTO DA HUMANIZAÇÃO NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR 72
O IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NAS CRIANÇAS COM TDAH 73
O USO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES POR
ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 74
OBESIDADE: UM FATOR DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO E
PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA 74
OS BENEFÍCIOS DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
GRUPO DE HIPERDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. 75
OS BENEFÍCIOS DO USO DE ISGLT2 EM PACIENTES COM DIABETES
MELITTUS TIPO 2 NA PROTEÇÃO CARDIORRENAL 76
OUTUBRO ROSA E SETOR DA EDUCAÇÃO: UM PROJETO DE
SENSIBILIZAÇÃO 77
OUTUBRO ROSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA 78
PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENSINO SUPERIOR EM RELAÇÃO À
DOAÇÃO DE SANGUE E MEDULA ÓSSEA 79
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE EM MINAS GERAIS DE 2015 a 2021. 79
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA HANSENÍASE EM GUANAMBI - BA,
ENTRE OS ANOS DE 2001 A 2021 80
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM MONTES CLAROS - MG 81
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO SUDESTE DO
BRASIL. 81
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM MONTES CLAROS - MG 82
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR FEBRE REUMÁTICA
AGUDA EM MINAS GERAIS 83
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA MALIGNA
DO COLO DE ÚTERO EM MINAS GERAIS 84
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
SUBMETIDAS À MASTECTOMIA ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE NO NORTE DE MINAS GERAIS 84
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM MINAS
GERAIS NO PERÍODO DE 2017 A 2021 85
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA NA REGIÃO SUL E
CENTRO-OESTE DO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS 86
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE EM MINAS GERAIS
NO PERÍODO DE 2017 A 2022 87
PIORA DA FRAGILIDADE E VULNERABILIDADE EM IDOSOS HIPERTENSOS
COMUNITÁRIOS E FATORES ASSOCIADOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL 87
PREVALÊNCIA DA AGLOMERAÇÃO DE FATORES COMPORTAMENTAIS DE
RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS O TRANSMISSÍVEIS EM
ADOLESCENTES 88
PREVALÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
REVISÃO INTEGRATIVA 89
PREVALÊNCIA DE QUEIMADURAS E CORROSÕES EM MINAS GERAIS 90
PREVALÊNCIA DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO E FATORES ASSOCIADOS
91
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME DE BURNOUT EM
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19 91
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AOS SINTOMAS DE DEPRESSÃO,
ANSIEDADE E ESTRESSE EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA
SAÚDE NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19 92
PUBERDADE PRECOCE: DIAGNÓSTICO, PROPEDÊUTICA E REPERCUSSÕES
ENDÓCRINAS 93
QUADRO EPIDEMIOLÓGICO BRASILEIRO DA EMBOLIA PULMONAR AGUDA
ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2021 94
QUALIDADE DA TRANSIÇÃO DO CUIDADO HOSPITALAR PARA DOMICILIAR
EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO INTEGRATIVA 95
RASTREAMENTO DE CA DE MAMA NA POPULAÇÃO DE RISCO ELEVADO EM
MINAS GERAIS ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 96
RELAÇÃO DA VITAMINA D COM O LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO 96
RELATO DE CASO: COLELITÍASE EM ESCOLAR 97
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA
PREVENÇÃO E CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL 98
RELATO DE EXPERIÊNCIA: AÇÃO EDUCATIVA COM GRÁVIDAS E
PUÉRPERAS ACERCA DO AGOSTO DOURADO 99
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE EXTENSÃO,
PESQUISA E ENSINO 99
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE OUTUBRO ROSA
100
RELATO DE EXPERIÊNCIA: REALIZAÇÃO DE ESTÁGIOS DENTRO DO PLANO
DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE 101
REPERCUSSÕES CARDIOVASCULARES ASSOCIADAS AO CONSUMO DE
CIGARROS ELETRÔNICOS ENTRE JOVENS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA 102
RISCO DE DESENVOLVER TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR EM PESSOAS
PORTADORAS DA SÍNDROME METABÓLICA 103
SENSIBILIZAÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA 103
SEQUELAS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM PACIENTES PÓS COVID-19 104
SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA 105
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: ASSOCIAÇÕES CLÍNICAS E A
INFLUÊNCIA NO ASPECTO DA QUALIDADE DE VIDA 105
SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA 106
SINTOMAS SUICIDAS EM PACIENTES COM TRANSTORNO DEPRESSIVO
MAIOR: PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS 107
TAXA DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLÓN NO BRASIL DE ACORDO
COM O SEXO, NO PERÍODO DE 2018 A 2020 108
TAXA DE MORTALIDADE POR PNEUMONIA NA REGIÃO DE SAÚDE NORTE
DE MINAS GERAIS SEGUNDO SEXO, EM ADULTOS ENTRE 20 E 59 ANOS,
DURANTE OS ANOS DE 2012 A 2021 109
TERAPIA DE ELETROESTIMULAÇÃO NA EPILEPSIA REFRATÁRIA 110
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CRIANÇAS: REVISÃO
INTEGRATIVA 110
UMA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A POPULAÇÃO
ADSCRITA NA USF DOS BAIRROS EDGAR PEREIRA E MORRINHOS DE
MONTES CLAROS-MG: HIPERTENSÃO ARTERIAL CONHECER PARA
MELHOR CUIDAR 111
USO DE METODOLOGIAS ATIVAS ALIADAS A PRÁTICAS DE ENSINO E
PESQUISA NA EDUCAÇÃO MÉDICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA 112
USO DE PSICOFÁRMACOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE ESTUDANTES
DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 113
USO DE SIBUTRAMINA COMO INIBIDOR DE APETITE NO TRATAMENTO DE
OBESIDADE: BENEFÍCIOS OU MALEFÍCIOS À SAÚDE? 114
VIVÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA. 115
1
A ESCLEROSE MÚLTIPLA: UMA ANÁLISE ELUCIDATIVA E CLÍNICA
Ana Carolina Coelho Normanha Medina1; José Reis Montalvão1; Laura Maria Câmara Silveira1;
Maria Clara Pereira David1; Thales de Oliveira David1; Josiane Santos Brant Rocha2.
1Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professora do curso de medicina da instituição da UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença neurodegenerativa progressiva
do sistema nervoso central. Refere-se a uma condição complexa, envolvendo vários
processos fisiopatológicos, que acometem adultos jovens, provocando uma redução gradual
na qualidade de vida. A importância de conhecer sobre a doença consiste na sua prevalência e
essencialidade de um diagnóstico precoce a fim de contribuir para uma melhor evolução do
quadro do paciente. OBJETIVO: Compreender a fisiopatologia, prevalência, sinais e
sintomas, diagnóstico, tratamento e fatores de risco da Esclerose Múltipla. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão narrativa, utilizou-se descritores relacionados a fisiopatologia,
prevalência, sinais e sintomas, diagnóstico, tratamento e fatores de risco da esclerose
múltipla. A essas combinações foram acrescidos os termos Brasil e qualidade de vida para
refinar a busca. As pesquisas por referenciais científicos foram realizadas nas bases de dados:
Scientific Eletronic Library Online (SciELO), Web of Science e National Library of Medicine
(PubMed/Medline) e Google Acadêmico, entre junho de 2000 a fevereiro de 2021.
RESULTADOS: Foram analisados 21 artigos acerca da doença Esclerose Múltipla, tipificada
por um distúrbio que afeta a substância branca do sistema nervoso central, levando à
inflamação, desmielinização e degeneração neuronal e axonal, com perda neurológica
gradativa, conforme Campos (2020). Foram evidenciados quatro formas de evolução clínica:
a EM Remitente-Recorrente, a EM Progressiva Secundária, a segunda mais comum, a EM
Progressiva Primária, e a EM Progressiva Recorrente, menos comum. A etiologia e
vulnerabilidade sustentam-se por interações complexas de fatores genéticos, epigenéticos,
infecciosos e ambientais. De acordo com Brasil (2020), diversas formas de tratamento
medicamentoso, mas o de referência é realizado por meio da betainterferona, que reduz a
formação de novas lesões e relapsos. CONCLUSÃO: Diante disso, infere-se que os sintomas
variam de acordo com o local da lesão, mas evoluem de forma incapacitante, fazendo com
que os portadores de EM necessitem de cuidados físicos, psicológicos e sociais. Portanto,
ações realizadas por equipes multiprofissionais, que visem melhoria no tratamento, cuidados
paliativos e inclusão social, são de suma importância para melhorar a qualidade de vida
desses indivíduos.
PALAVRAS-CHAVE: Esclerose Múltipla. Etiologia. Vulnerabilidade. Evolução Clínica.
Tratamento.
A EXPERIÊNCIA COM A PRÁTICA DA MEDITAÇÃO POR ESTUDANTES DE
MEDICINA FRENTE À PRECARIZAÇÃO DA SAÚDE MENTAL
Giovanna Jansen Cordeiro¹; Ana Cláudia Oliveira Abreu¹; Brenda Nicole Pereira Vieira¹; Gustavo de Souza
Barreto¹; Isabela Pereira Medeiros¹; Isadora Pinheiro Athayde¹; Ana Lorena Figueiredo Durães².
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professora do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2
RESUMO: No contexto atual da sociedade, a cobrança de produtividade e de otimização de
resultados vem aumentando consideravelmente, de forma a estimular que o jovem sempre se
sobressaia em todas as áreas em que se insere. Desse modo, o curso de medicina destaca-se
como um fator agravante para doenças mentais como ansiedade, depressão e síndrome de
burnout, visto que além da carga horária curricular ser muito extensa, ainda a necessidade
de muitas horas de estudo individual, devido a matérias de alta complexidade e a grande
responsabilidade exigida na profissão. Porém, ao longo deste semestre letivo, os acadêmicos
do terceiro período do curso de Medicina da UNIFIPMoc tiveram uma oportunidade
diferenciada de contato com diversas Práticas Integrativas e Complementares (PICs) por
meio de uma disciplina optativa, podendo, assim, aplicar os conhecimentos adquiridos em
seu próprio cotidiano como forma de auxiliar a relação com provas, trabalhos e tutorias. A
meditação foi uma das técnicas aprendidas e praticadas pelos discentes nas aulas
teórico-práticas. Trata-se de um recurso simples, de baixo investimento para aprendizado e
prática, acessível e rápido, que permite integrar corpo, mente e mundo exterior, por meio do
aprimoramento das capacidades de atenção, de concentração e de regulação das emoções.
Baseia-se no treino da consciência plena no momento presente, com benefícios
cientificamente comprovados no sono, na memória, na pressão sanguínea, no sistema
imunológico e no humor. Por ser uma prática mental individual, pode ser feita em poucos
minutos por dia, adequando-se perfeitamente a uma rotina atarefada e contribuindo para a
inserção do acadêmico nas exigências do mundo pós-moderno. Essa técnica terapêutica e
profilática é reconhecida como uma das 29 PICs implementadas pelo Ministério da Saúde no
Brasil. A meditação proporciona o desenvolvimento de habilidades essenciais para o controle
não medicamentoso de casos leves de ansiedade, podendo também ser utilizada em conjunto
com o tratamento convencional a fim de potencializá-lo. Nos pacientes saudáveis, a
meditação é uma excelente maneira de melhorar a qualidade de vida e prevenir doenças.
Portanto, a prática regular da meditação pelos estudantes de medicina é uma solução simples
e eficiente para melhoria da saúde mental.
PALAVRAS-CHAVES: Meditação; Terapias Complementares; Saúde Mental; Estudantes de
Medicina.
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA DIREITOS HUMANOS, RELAÇÕES
ÉTNICO-RACIAIS E DIREITO MÉDICO NA MATRIZ CURRICULAR DO CURSO
DE MEDICINA
Maria Eduarda Borges Rodrigues1; Aline Alencar Cunha2; Ian Paulo Mendonça3; Ilma Cristina Marques
Rodrigues Dias4; Lanuza Borges Oliveira5; Josiane Santos Brant Rocha6; Vânia Ereni Lima Vieira7
1-4 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
5-7 Professoras do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
INTRODUÇÃO: A formação do profissional de medicina é, atualmente, objeto de atenção
de pesquisadores, professores e formuladores de políticas públicas. a disseminação da
concepção de que a inclusão de saberes humanistas nas matrizes curriculares é vital para se
formar médicos mais cientes de seu papel social e de que o exercício da medicina não é tão
somente uma tarefa técnica, porquanto a relação humana é intrínseca ao cuidado em saúde.
OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de medicina que cursaram no
segundo período a disciplina de Direitos Humanos, relações étnico-raciais e Direito Médico,
3
além da importância desses conteúdos para a formação médica. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: A disciplina eletiva se iniciou no período do curso, com o intuito de
propiciar ao acadêmico de medicina um ensino pautado nos princípios éticos, com senso de
responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do
ser humano. Sendo assim, os acadêmicos vivenciaram casos ilustrativos reais e fictícios,
discussões em grupo, palestras e aulas expositivas que contribuíram para desenvolver o
conhecimento dos direitos e responsabilidades do médico. RESULTADOS E REFLEXÃO:
A disciplina é instrumento fundamental, pois contribui para uma formação voltada para a
humanização, com a abordagem médica adequada considerando as diversidades e
necessidades dos indivíduos e consequentemente evitando condutas inadequadas do
profissional médico. CONCLUSÃO: Conclui-se que o desenvolvimento da ética médica no
curso, justifica-se pela importância que emerge sobre relação médico-paciente e acrescido de
reflexões e recomendações das novas Diretrizes Curriculares Nacionais contemplada nos
projetos pedagógicos de formação de futuros médicos. Portanto, essas temáticas são
importantes componentes da matriz curricular do curso de medicina, visto que a ética permite
uma formação mais sólida e humana para o acadêmico, que em breve servirá à sociedade de
maneira eficaz e eficiente considerando as suas diversidades e necessidades.
PALAVRAS-CHAVE: Direitos Humanos; Ética Médica; Medicina.
A IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA ELETIVA DA LÍNGUA PORTUGUESA NA
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE MEDICINA
Vitor Targino Amaral Soares1; Maria Eduarda Borges Rodrigues2; Ian Paulo Mendonça3; Ilma Cristina Marques
Rodrigues Dias4; Aline Alencar Cunha5; Lanuza Borges Oliveira6
1-5 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
6Professora do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
INTRODUÇÃO: As disciplinas eletivas são aquelas que não fazem parte da matriz
curricular como disciplinas obrigatórias da graduação ao qual o aluno está cursando, logo,
são aquelas escolhidas pelo aluno entre as disponibilizadas pela instituição de ensino, mas
que são obrigatórias para integralização do curso. Nesse viés, o ensino da língua portuguesa e
o domínio linguístico são fundamentais para um bom desempenho acadêmico e profissional,
uma vez que possibilita ao estudante desenvolver aptidão para comunicação oral e escrita.
Além disso, é possível aprimorar a compreensão dos diferentes tipos de linguagens presentes
na relação médico-paciente, superando os desafios das adversidades impostas pela
regionalização e demais variações do idioma. OBJETIVO: Relatar a experiência de
acadêmicos do curso de medicina que cursaram no primeiro período a disciplina de Língua
Portuguesa e a importância desse conteúdo para desenvolver na área médica. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: A primeira disciplina eletiva, Língua Portuguesa, fez parte da matriz do
período do curso de medicina do Centro Universitário FIPMoc, com o intuito de aprimorar
habilidades de produção textual (oral e escrita) específicas do contexto acadêmico. Ademais,
possibilitou também que o acadêmico desenvolva técnicas para interação com o seu paciente,
uma vez que, devido a influência geográfica, histórica e social, cada indivíduo tem uma
maneira específica de expressar suas necessidades e sua forma de compreensão, seja com o
uso de uma linguagem verbal ou com o uso de uma linguagem não-verbal. Portanto, o
profissional precisa se adequar ao caso, visando transmitir um cuidado de maneira clara e
4
ofertando um atendimento eficaz. Para isso, os conteúdos foram apresentados a partir de
aulas expositivas, discussões em grupo, palestras, dinâmicas e atividades práticas.
RESULTADOS E REFLEXÃO: A disciplina faz-se indispensável, pois o conteúdo
contribui para potencializar a escrita, interpretação textual, além de enriquecer o vocabulário,
desenvolvendo o meio de comunicação, que é fundamental para o médico e sua formação.
CONCLUSÃO: Conclui-se que o desenvolvimento do ensino da comunicação, escrita,
leitura e interpretação são importantes componentes da matriz curricular do curso de
medicina, visto que facilita a interação e a relação médico-paciente, prestação de assistência,
além de desenvolver habilidades essenciais futura atuação médica.
PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento da Linguagem; Comunicação; Medicina.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE E RESPONSABILIDADE SOCIAL
PARA UMA COMUNIDADE
Deborah Thays Gonçalves Pereira1Maria Eduarda Borges Rodrigues2; Ian Paulo Mendonça3; Laura Pires
Santana4; Maria Fernanda Gomes Oliveira5; Kenia Souto Moreira6; Viviane Maia Santos7
1-5 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
6-7 Professoras do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
INTRODUÇÃO: A Educação em Saúde é definida por práticas que tendem a desenvolver
nas pessoas um sentido de responsabilidade, como indivíduo, membro familiar e integrante
de uma comunidade para com a saúde. Assim, requer o desenvolvimento de um pensar crítico
e reflexivo, permitindo um contato direto com a realidade e propondo ações transformadoras
que colaborem com a sua autonomia e emancipação como sujeito histórico e social, capaz de
opinar nas decisões de saúde para cuidar de si e de sua coletividade. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos do período do curso de medicina na execução de ações de
Educação em Saúde na cidade de Montes Claros - MG. RELATO DE EXPERIÊNCIA: As
ações de educação em saúde foram propostas na disciplina Integração Ensino Serviço e
Comunidade (IESC) II, como uma atividade para ser executada no segundo semestre de 2022
pelo Centro Universitário FIPMoc - Afya. Para realizar a intervenção, a turma foi dividida em
grupos de 5 a 6 acadêmicos em áreas de abrangência previamente determinadas de acordo
com as Unidades de Saúde da família (USF), as quais onde foram alocados. O local, data,
público-alvo e abordagem poderiam ser escolhidos pelos discentes, de acordo com as
necessidades do território. Para planejar as intervenções, foi necessário realizar um contato
prévio com a comunidade e com a equipe da estratégia de saúde da família (ESF) para
planejar e auxiliar divulgação. RESULTADOS E REFLEXÃO: As práticas desenvolvidas
pelos acadêmicos do curso de medicina do período tiveram como propósito transmitir
conhecimentos, orientações e práticas médico-paciente acerca de diversas temáticas como:
alimentação saudável, doenças crônicas e imunização infantil, visando sensibilizar e
estimular uma mudança de hábitos da população. Dessa forma, intervenções como essas
confirmam uma melhor qualidade de vida e uma convivência do indivíduo no ambiente
familiar e comunitário. CONCLUSÃO: Ao concluir essa vivência, é válido ressaltar que
essas atividades podem contribuir de maneira enriquecedora para a formação acadêmica no
curso médico. Além de promover benefícios mútuos, tanto para a comunidade, quanto pode
contribuir para o acadêmico que realiza uma atividade prática, desenvolvendo habilidades
cognitivas e sociais, essenciais para se tornar um futuro profissional.
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PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde, Atitudes e Práticas em Saúde.
A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA FORMAÇÃO ACADÊMICA:
UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Matheus Gringo Silva Santos¹; Josiane Santos Brant Rocha²; Lanuza Borges Oliveira²
¹Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-UNIFIPMoc
²Docentes do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc -UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: A Educação em Saúde visa a combinação de ações e experiências de
aprendizado planejado com o intuito de habilitar as pessoas a obterem conhecimento sobre
fatores determinantes e também comportamentos de saúde, trazendo melhorias na qualidade
de vida do indivíduo e no fortalecimento da saúde da população como um todo. OBJETIVO:
Relatar a experiência acadêmica da prática Educação em Saúde em um bairro de baixo poder
aquisitivo, localizado na cidade de Montes Claros-Norte de Minas Gerais. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: A prática de Educação em Saúde foi iniciada no segundo período do curso
de medicina, com a proposta de temas livres para serem escolhidos pelos acadêmicos de
acordo com as necessidades das comunidades assistidas. O bairro escolhido, fica no
município de Montes Claros-MG, e é onde ocorre as atividades práticas de parte dos
acadêmicos. Dentre as necessidades identificadas, observou-se uma baixa cobertura vacinal
de crianças, em especial à vacina contra a poliomielite. Considerando essa necessidade, foi
planejada uma ação em uma creche localizada no bairro, a fim de sensibilizar as famílias
sobre a importância de manter a caderneta vacinal completa, além de proporcionar no
momento da ação a vacinação das crianças. Além da poliomielite, foram aplicados pelos
acadêmicos, sob supervisão da preceptora, outras vacinas com o objetivo de atualizar os
cartões de vacina em relação a outras doenças. RESULTADOS E REFLEXÃO: Durante a
ação de Educação em Saúde, foi possível a troca de experiências e orientações para a
população presente, por meio do diálogo com os acadêmicos, que ressaltaram os benefícios
de estarem com a caderneta vacinal atualizada. Além disso, foram aplicadas 11 vacina oral
contra a poliomielite, 09 doses de vacinas contra a COVID, 11 vacinas contra a influenza, 06
de tétano , 08 de febre amarela e 09 vacinas contra a varicela. CONCLUSÃO: A Educação
em Saúde proporciona ao acadêmico um maior contato com a prática e com a vivência da
população, pois através do diálogo é possível conhecer as diversas necessidades da população
e assim planejar ações com o intuito de provocar uma mudança na realidade através da
promoção e prevenção. Vivenciar a Educação em Saúde desde o início do curso, contribui
para uma formação médica com um olhar mais humano, mais próximo e mais atento aos
problemas da comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde, vacinação, medicina.
A IMPORTÂNCIA DA PREVENÇÃO E DA DETECÇÃO PRECOCE DO CÂNCER
DE PELE
Larissa de Macedo Rocha Barbosa 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmica do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
6
2Professora do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
RESUMO: O câncer de pele é a neoplasia mais comum no Brasil e no mundo,
correspondendo a mais de 30% dos tumores malignos diagnosticados anualmente no país. É
mais frequente em indivíduos acima dos 40 anos, caucasianos e sua incidência guarda relação
direta com a exposição solar e com fatores ocupacionais. OBJETIVOS: Analisar a
importância da prevenção e da detecção precoce do câncer de pele em um contexto de
elevada incidência de raios ultravioletas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo baseado
em uma revisão de literatura narrativa, de caráter qualitativo, que envolve a discussão acerca
de um assunto específico. As informações foram obtidas de livros, revistas e artigos das bases
de dados: Medline, Pubmed e Sciello. Os descritores utilizados foram: neoplasias cutâneas,
prevenção, controle, educação em saúde. A busca por dados para fundamentação teórica
ocorreu durante o mês de outubro de 2022. RESULTADOS: A revisão evidenciou que os
conhecimentos da população acerca dos fatores de risco e das formas de prevenção do câncer
de pele podem impactar diretamente na redução do número de casos. O conhecimento acerca
dos principais sinais e sintomas da doença favorecem a busca por atendimento médico e a
detecção precoce de lesões potencialmente malignas, sendo essencial a educação em saúde da
população. CONCLUSÃO: Medidas profiláticas e de detecção precoce das neoplasias de
pele são as melhores opções de combate à doença, tendo em vista a sua alta possibilidade de
cura quando diagnosticada precocemente. A população deve ser orientada sobre as principais
alterações cutâneas causadas pelo câncer de pele, além de ser estimulada a realizar o
autoexame da pele a fim de reconhecer alterações precocemente. Medidas de proteção
individual, como o uso de filtro solar e de métodos de barreira física devem ser reforçados
pela equipe de saúde visando à adoção de mudanças de estilo de vida. Grupos de pessoas cujo
risco pessoal e ocupacional seja aumentado devem receber maior atenção médica objetivando
a detecção precoce de quadros, com maior sucesso terapêutico e menor morbimortalidade.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de pele; prevenção; medidas profiláticas.
A IMPORTÂNCIA DA REALIZAÇÃO DE CIRURGIA PROFILÁTICA EM
PACIENTES COM POLIPOSE ADENOMATOSA FAMILIAR: UM RELATO DE
CASO
Maria Tereza Castro de Figueiredo1; Lara Thaís Prates e Silva 2; Marianne Joyce Dias da Silva3; Itallo de
Carvalho Soares4; Pedro Henrique Teixeira5; Bianca Seixas Gonçalves6;
1Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas;
2Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas;
3Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas;
4Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas;
5Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas;
6Médica gastroenterologista.
Polipose Adenomatosa Familiar (PAF), é uma doença rara, de transmissão autossômica
dominante, que resulta da mutação germinativa do gene Adenomatous Polyposis Coli (APC),
caracterizada pela presença de mais de 100 pólipos adenomatosos no cólon, se não tratados
apropriadamente, progridem para câncer colorretal em aproximadamente 100% dos doentes.
Diversas manifestações extra cólicas podem também ser observadas, como os pólipos do tubo
digestivo superior. A colectomia profilática precoce constituiu atualmente o método mais
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eficaz na prevenção do carcinoma colorretal. Dessa forma, este relato busca elucidar o
carácter hereditário da PAF e a necessidade de realização da cirurgia profilática nesses casos.
Paciente feminina, negra, 32 anos, comparece à unidade pois sua tia paterna evoluiu ao óbito
um mês com história de (PAF) e câncer de cólon. Pai falecido aos 44 anos com quadro de
diarreia que não foi investigado. Refere colonoscopia recente dos seus cinco irmãos e dois
sobrinhos com mais de 100 pólipos adenomatosos no cólon. A colonoscopia da paciente
supracitada evidenciou mucosa colorretal atapetada por miríades de pólipos com dimensões
entre 3-15mm. A endoscopia digestiva alta (EDA) revelou múltiplas lesões no antro gástrico.
A análise histológica da biópsia de quatro desses pólipos permitiu concluir tratar-se de
adenoma tubular com displasia de alto grau. Foi encaminhada para coloprotectomia total
profilática e gastrectomia total. Na PAF, caso não seja feita a cirurgia profilática, evolução
para câncer colorretal em 100% dos casos. Através do genograma familiar é possível
perceber a existência de um padrão de transmissão hereditária.
A IMPORTÂNCIA DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NO DIAGNÓSTICO DE
FÍSTULA LIQUÓRICA PRIMÁRIA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Ana Caroline Rodrigues Botelho 1; Anna Flávia de Souza Azevedo 2; Josiane Santos Amorim ³.
¹Acadêmica do curso de medicina da instituição FIPGbi Afya
²Acadêmica do curso de medicina da instituição FIPGbi Afya
³Professor do curso de medicina da instituição FIPGbi Afya
INTRODUÇÃO: A fístula liquórica (FL) é definida como saída do líquido cefalorraquidiano
da cavidade intracraniana através de um defeito ósseo na base do crânio. Pode ser classificada
como traumática ou não traumática e nesse estudo o enviesamento para o acometimento de
causa não traumática sendo ele etiologicamente discutido como idiopático ou primária. Dessa
forma, a apresentação clínica mais comum se por meio de rinoliquorreia, porém, não
sendo patognomônica. Assim, a confirmação diagnóstica da existência de uma FL e sua
localização topográfica ainda é um grande desafio antes do planejamento terapêutico em que
a ressonância magnética (RM) se torna de suma importância como principal exame de
imagem. OBJETIVO: Realizar uma revisão de literatura, afim compreender a importância
da ressonância magnética como método diagnóstico em exame de imagem na identificação de
fístula liquórica para um rápido manejo e intervenção precisa para melhoria do caso.
MÉTODO: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura, tendo como base o uso da
Ressonância magnética como exame de imagem em casos de Fístula liquórica com buscas na
base de dados da Scientific Electronic Library Online, com os descritores "diagnóstico de
fístula liquórica” e Google Acadêmico com “cerebrospinal fluid fistula”. Os critérios de
inclusão foram: artigos completos publicados em português e inglês disponíveis na íntegra.
Ademais, para o critério de exclusão utilizado foi a não pertinência ao tema. Foram
identificadas 7 publicações e selecionou-se ao final 3 publicações. RESULTADOS: Diante
dos estudos foi possível pautar a RM como um dos métodos diagnósticos e o exame de
imagem mais indicado quando o caso de FL, devido à sua acurácia e identificação de
possível infecção, não utilização de radiação ionizante e contraste. CONCLUSÃO: A
ressonância magnética é um dos exames de melhor indicação uma vez que o diagnóstico
somente clínico ainda é de difícil precisão.
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PALAVRAS-CHAVE: Fístula liquórica; Diagnóstico de fístula liquórica; Ressonância
Magnética em fístula liquórica.
A IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO DA COMUNIDADE ACERCA DA
HIPERTENSÃO E SUA PREVENÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Vitória Molinari Marinho; Helga Molinari Marinho; Isabela Neves de Matos; Matheus Martinho de Araujo
Carvalho; Daniel Araujo Carvalho¹; Jamile dos Anjos²;
¹Acadêmico do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
²Professor do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
A hipertensão é, atualmente, uma das principais causas de morte do mundo. Indivíduos com
essa doença apresentam um risco elevado de sofrerem infartos e desenvolverem problemas
cardiovasculares. Nesse sentido, ações de prevenção à hipertensão se mostram muito
importantes e necessárias. Assim, considerando a grande relevância dessas ações, os
acadêmicos de medicina do Centro Universitário UnifipMoc-Afya, no primeiro semestre de
2022, realizaram um Projeto de Extensão em Montes Claros, no bairro Maracanã III, em que
aferiram a pressão de todos os pacientes presentes na Unidade de Saúde da Família e
explicaram formas de prevenção para a doença, como mudanças nos hábitos alimentares, a
importância da prática de exercícios físicos e os riscos associados ao tabagismo e etilismo. O
projeto teve um excelente resultado, dado que as pessoas presentes se interessaram pelo
assunto, fizeram perguntas sobre a doença, compreenderam os malefícios que a acarretam e
as formas de preveni-la. Essa experiência foi de grande importância para os acadêmicos, visto
que tiveram um contato direto com o paciente, aprimorando a relação médico-paciente,
exercitando empatia e cuidado com os mesmos. Outrossim, foi de suma importância a
execução do projeto, uma vez que a explicação é um dos meios mais eficientes para o
aprendizado do estudante e, nesse ínterim, todos os acadêmicos presentes no dia
desenvolveram um crescimento e amadurecimento sobre a doença em questão, pois foi
necessário um maior aprofundamento sobre a essa enfermidade para promover a discussão
com a população e sanar suas dúvidas.
PALAVRAS-CHAVE: hipertensão ;fatores de risco; pacientes.
A IMPORTÂNCIA DAS MONITORIAS DE ANATOMIA PARA O ENSINO MÉDICO
Pedro Gabriel Gonzaga Durante 1; Henrique Castro Mendes2; Ariane Maria Gonzaga Durante³
1-2 Acadêmicos do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
3Professor do curso de Medicina da instituição Universidade Estadual de Montes Claros
INTRODUÇÃO: O estudo da Anatomia Humana é o ponto de partida para a compreensão
do corpo humano e de sua relação com a natureza. Nesse sentido, o interesse dos acadêmicos
de Medicina em frequentar as monitorias nas salas de laboratório foi primordial para a
compreensão mais aguçada acerca da temática. OBJETIVO: Relatar a contribuição das
monitorias de Anatomia Humana para o aprendizado íntegro dos alunos. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: Nós, acadêmicos de Medicina da UniFipMoc-Afya, possuímos aulas de
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anatomia semanalmente. No fim de cada semana, são proporcionadas monitorias ministradas
por veteranos a fim de facilitar a compreensão da temática. Dessa forma, os monitores
esclarecem as dúvidas que tivemos durante à aula e nos indaga com casos clínicos relevantes
para a formação médica, o que contribui com a compreensão dessa matéria. RESULTADOS:
Devido ao maior tempo para discussão da temática, ao preparo dos monitores e por conta do
menor número de pessoas por aula, em relação às aulas convencionais da matriz curricular, é
possível ampliar o conhecimento acerca da Anatomia. Ademais, essa prática é essencial para
que haja uma maior consolidação do conhecimento por meio do preenchimento de lacunas de
raciocínio que muitas vezes ocorre com uma explicação mais personalizada que é
possibilitada pelos monitores, algo que é difícil de obter durante a aula devido à sua própria
dinâmica de realização. CONCLUSÃO: Conclui-se que o aprendizado ativo, como o debate
com colegas e monitores, é fundamental para a compreensão multidisciplinar que engloba a
Anatomia. Nesse viés, sugere-se que as universidades e centros de pesquisa incentivem a
formação de grupos de estudos e de pesquisas com o intuito de facilitar a compreensão dos
acadêmicos.
PALAVRAS-CHAVE: Anatomia; Ensino; Aprendizagem.
A IMPORTÂNCIA DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NA
GRADUAÇÃO DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Cláudia Oliveira Abreu¹; Ana Lorena Figueiredo Durães²; Ketlyn Cecília Marques Pereira¹; Mariana Santos
Bastos Queiroz¹; Nayara Silva Ferreira¹; Vitória América Almeida Guimarães¹.
¹ Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc- UNIFIPMoc- Afya
2Professora do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc- UNIFIPMoc- Afya
RESUMO: A medicina convencional tem como embasamento científico a visão fisiológica e
biológica do ser humano. Todavia, as Práticas Integrativas e Complementares (PICs)
apresentam sistemas complexos, estruturados mediante uma esfera teórica e simbólica que
considera dimensões relacionadas a valores, crenças e representações. Em termos simples, as
PICs contribuem com uma visão ampliada do processo saúde doença, ajudando a restaurar
o equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual, por meio da promoção do cuidado humano.
Logo, sustentando as bases biomédicas, as PICs são uma alternativa de recursos terapêuticos
naturais, eficientes e de baixo custo que consideram a importância da humanização das
práticas médicas. O objetivo deste resumo é relatar a experiência dos acadêmicos na
aprendizagem das práticas integrativas e complementares na graduação de medicina. As
experiências aconteceram, em uma instituição de ensino no município de Montes Claros/MG,
nas aulas da disciplina do curso médico durante as aulas, com o apoio da docente responsável
observou-se que o potencial das PICs em revitalizar a saúde coletiva, além de estimular
mudanças no padrão biologizante e medicalizante do cuidado, a fim de promover saúde de
forma mais integrativa e humanizada, de acordo com o que é preconizado pela Política
Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC), no SUS. Observou-se que a
implementação da temática na aprendizagem dos discentes instigou a diversidade de
interesse, o que estimula uma mudança de postura e prática médica dos acadêmicos e futuros
profissionais. Evidencia-se a importância da inclusão do ensino das PICs na graduação
médica, visto que traz um novo olhar sobre manejo do paciente, estimulando experiências
mais centradas no cuidado integral. Nesse contexto, uma educação voltada ao entendimento
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desses recursos terapêuticos forma agentes mais sensibilizados e humanos, repercutindo na
ação individual e coletiva de promoção de saúde e de empoderamento do paciente. Então, o
paciente se tornará mais comprometido com seu autocuidado e com sua responsabilidade no
próprio processo saúde doença. Assim, fica demonstrado que esse contato com as Práticas
Integrativas é primordial, não para o conhecimento das bases científicas e fundamentos
teóricos, mas também para a obtenção de experiências e a compreensão dos efeitos
individuais e das particularidades das PICs e dos indivíduos.
PALAVRAS-CHAVE: Práticas Complementares e Integrativas; Educação de Graduação em
Medicina; Terapias Complementares.
A IMPORTÂNCIA DO APRENDIZADO E EXECUÇÃO DE AÇÕES DE SAÚDE NA
JORNADA ACADÊMICA: Relato de Experiência
Autor: Daniel Araújo Carvalho¹; Helga Molinari Marinho¹; Isabela Neves de Matos¹; Matheus Martinho de
Araujo Carvalho¹; Vitória Molinari Marinho¹; Luiz Eduardo Bessa Silveira¹; Mirtz Janiny Alves Rodrigues
Araújo²
¹Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc-Afya
²Professora do curso de medicina da UnifipMoc-Afya
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis, principalmente Hipertensão e
Diabetes Mellitus, estão entre as principais causas de morte e fazem parte das enfermidades
mais prevalentes na população, sendo que a falta de prevenção constitui um grande fator de
agravo no prognóstico do paciente. A destarte, é indubitável que essas doenças tenham altos
índices de mortalidade e sua incidência sempre vem aumentando. Nesse sentido, ações
promovendo conhecimento e prevenção, tornam-se necessárias e de suma importância.
Aborda-se o Hiperdia que, através de uma equipe multidisciplinar tem por finalidade criar
informes a fim de realizar ações de promoção, prevenção, diagnóstico, tratamento e controle
dos pacientes com essas patologias. OBJETIVO: Sensibilizar a população do bairro Delfino
Magalhães, do município de Montes Claros, sobre a importância dos cuidados na hipertensão
e diabetes. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Os acadêmicos de medicina da UnifipMoc-Afya
e enfermeiros da ESF Cristal realizaram um Hiperdia com a população presente, os
universitários abordaram sobre a fisiopatologia da hipertensão e diabetes, ressaltando assim,
medidas em que minimizam o agravamento das doenças e que tragam melhoria para a vida
do paciente. Concomitante, as enfermeiras realizaram aferições de pressão e o teste de
glicemia no público alvo. RESULTADOS: Essa experiência foi relevante para os
acadêmicos, pois obtiveram um contato direto com os pacientes, melhoraram a relação
médico-paciente e puderam estabelecer um vínculo por meio de diálogos e cuidado com os
mesmos. Além disso, a execução do projeto agregou aprendizado prático e teórico, pois os
estudantes obtiveram conhecimento sobre o tema e sanaram perguntas dos pacientes. se
de pontuar o envolvimento dos ouvintes, que compartilharam experiências, hábitos de vida e
angústias a respeito das doenças crônicas não transmissíveis, o que norteou os estudantes e
inspirou os demais participantes. CONCLUSÃO: Foi explanado aos pacientes acerca da
doença, hábitos de vida saudáveis, formas de prevenção e tratamento adequados. O Hiperdia
é, assim, de grande contribuição para a comunidade conhecer as doenças, suas formas de
prevenção e a importância do cuidado diário.
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PALAVRAS-CHAVE: hipertensão arterial, diabetes, prevenção.
A IMPORTÂNCIA DO ESTADO NUTRICIONAL PARA REDUZIR O DIABETES
MELLITUS E A DOENÇA RENAL CRÔNICA
Fernanda Julliana Freitas dos Santos¹; Arthur Pimenta Ribeiro1; Fernanda Reis Guimarães1; Maria Eduarda
Neves Moreira1; Nathália Luisa Saraiva Santos1; Fernanda Quadros Mendonça Marques2
Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário FIPMoc Afya.
2Corpo Clínico do Hospital do Rim de Montes Claros MG.
INTRODUÇÃO: Considerada uma doença complexa e multifatorial, a obesidade é um dos
problemas mais prevalentes na atualidade, afetando mais de um terço da população mundial.
Associa-se a uma alteração generalizada dos padrões comportamentais, com a adoção de um
balanço energético positivo, com uma dieta extremamente calórica e um estilo de vida
sedentário e pobre em atividade física, resultando em uma morbimortalidade importante e
crescimento de outras comorbidades como o diabetes mellitus e a doença renal crônica que
reduz tanto a qualidade de vida quanto a expectativa de vida dos indivíduos por ela
acometidos. OBJETIVO: Destacar a importância do estado nutricional da população como
forma de prevenir o diabetes mellitus e a doença renal crônica. MÉTODO: Trata-se de uma
revisão sistemática realizada por meio de dados a partir de artigos científicos obtidos nas
bases SCIELO e PUBMED, utilizando como descritores: obesidade, diabetes mellitus e
doença renal crônica. Foram selecionadas publicações no período entre 2018 a 2022,
considerando a população de adultos e idosos, descartando gestantes, visando o objetivo do
estudo. Encontraram-se 293 trabalhos, dos quais 12 estavam selecionados para a pesquisa.
RESULTADOS: A obesidade causa uma inflamação crônica do tecido adiposo associado a
expressão alterada de adipocinas inflamatórias, um dos mecanismos que contribui para o
diabetes mellitus e a doença renal crônica se destaquem como consequência da sua etiologia.
Diante dos efeitos causados pela obesidade, percebe-se a necessidade de manter hábitos de
vida saudáveis com uma dieta rica em nutrientes e fibras, hipocalórica associada a atividades
físicas diárias e ações de promoção em saúde como forma de prevenir doenças metabólicas e
renais crônicas. CONCLUSÃO: Com a prevalência da obesidade, destaca-se a necessidade
de ações educativas de promoção em saúde visando informar sobre como a melhoria dos
hábitos nutricionais e exercício físico diário podem reduzir e prevenir o aparecimento de
complicações crônicas como diabetes mellitus e da doença renal e aumentar não apenas a
qualidade, como a expectativa de vida.
PALAVRAS-CHAVE: obesidade, diabetes mellitus, doença renal crônica.
A MOTIVAÇÃO COMO UM REFLEXO DA SAÚDE MENTAL DE ESTUDANTES
UNIVERSITÁRIOS DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Danilo Duarte Costa 1; Helen Braga de Aguiar ¹; Ana Luiza Barreto Rabelo Ferreira ¹; Êmilie Luzia Andrade de
Morais ¹; Gabriela Alves Oliveira ¹; Lucas Almeida de Carvalho ²; Maria Tereza Carvalho Almeida 3
1Acadêmico(a) do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
² Acadêmico do curso de Psicologia do Centro Universitário FIPMoc
3Professora Doutora do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
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A motivação representa um estado conativo biopsicossocial que leva um indivíduo a atingir
um objetivo ou satisfação. Logo, é possível que a motivação module e seja modulada por
elementos da saúde mental e influencie, assim, o bem-estar emocional. Diante disso, o
objetivo deste estudo foi avaliar a vivência de motivação entre estudantes de Ciências da
Saúde e fatores associados à saúde mental. Trata-se de um estudo transversal e quantitativo,
cuja coleta de dados foi realizada entre setembro de 2020 e janeiro de 2021, por meio de um
formulário digital aplicado entre acadêmicos de Ciências Biológicas, Educação Física,
Enfermagem, Odontologia e Medicina de uma universidade pública mineira. Utilizou-se o
Inventário de Trabalho e Riscos de Adoecimento, que contém vivências de prazer-sofrimento
laboral, para avaliar a presença de motivação entre os acadêmicos nos últimos 6 meses. A
frequência da vivência de motivação foi, posteriormente, transformada em uma variável
dicotômica até 5 vezes (baixa/moderada motivação) ou 6 ou mais vezes (alta motivação).
Pesquisou-se, ainda, variáveis sociodemográficas, acadêmicas e relacionadas à saúde mental.
Realizou-se estatística descritiva dos dados e análise bivariada por meio de Regressão de
Poisson, com variância robusta, estimando Razão de Prevalência bruta (RP), Intervalo de
Confiança de 95% (IC95%) e p-valor com significância 0,05 (Teste de Wald), sendo a alta
motivação a categoria a ser testada. Participaram do estudo 618 estudantes, dos quais 6,5% (n
= 40) não apresentaram vivência de motivação nos últimos 6 meses, 78,31% apresentaram
1-5 vezes, enquanto 15,2% (n = 94) apresentaram alta vivência de motivação. Associaram-se
significativamente à baixa motivação: estudantes LGBTQIA+ (RP: 0,35, IC95%: 0,14-0,84);
não morar sozinho (RP: 0,57, IC95%: 0,37-0,90); autopercepção de saúde regular/ruim (RP:
0,62, IC95%: 0,40-0,98); ausência de satisfação com a autoimagem corporal (RP:0,63,
IC95%: 0,43-0,92); depressão grave (RP: 0,43, IC95%: 0,23-0,81); ansiedade grave/muito
grave (RP: 0,62, IC95%: 0,40-0,97); ideação suicida (RP: 0,38, IC95%: 0,18-0,79); estilo de
vida inadequado (RP: 0,30, IC95%: 0,15-0,59). A vivência de reconhecimento, 6 ou mais
vezes nos últimos 6 meses, correlacionou-se à alta motivação (RP: 5,14, IC95%: 2,20-12,00).
Dessa forma, conclui-se que a motivação apresenta-se como um reflexo da saúde mental,
cursando com comprometimento paralelo ao sofrimento psicológico vivenciado pelos
estudantes.
PALAVRAS-CHAVE: Motivação; Saúde Mental; Depressão; Estilo de Vida; Estudante de
Ciências da Saúde.
A RELAÇÃO ENTRE A ENDOMETRIOSE E INFERTILIDADE FEMININA: UMA
REVISÃO DE LITERATURA
Lívia Caroline Bemquerer Veloso¹; Laís Cristina Montenegro Oliveira¹; Isabela Silva Duarte¹; Giovana Carneiro
Malheiro¹; Katyane Benquerer Oliveira de Assis².
¹Acadêmicas do curso de Medicina da UniFipMoc e da Funorte
²Professora Mestre do curso de Medicina da UniFipMoc
INTRODUÇÃO: A endometriose é uma condição ginecológica inflamatória crônica
caracterizada pela presença de tecidos endometriais fora da cavidade uterina. Sua etiologia
ainda não foi totalmente esclarecida e tem acometido cada vez mais mulheres na idade fértil,
cursando, muitas vezes, com dor pélvica e se associando à infertilidade. Diante disso, é
considerada uma doença de alta morbidade. OBJETIVO: Descrever a relação entre a
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endometriose e a infertilidade feminina. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão
narrativa da literatura, com artigos buscados nas bases de dados LILACS, SciELO e
Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), publicados nos últimos 5 anos. Foram utilizados os
seguintes descritores: “Endometriose” e “Infertilidade feminina”. RESULTADOS: A
endometriose é uma causa importante de dor pélvica e infertilidade. A infertilidade associada
à endometriose afeta cerca de 30 a 50% das mulheres em idade fértil. Os estudos demonstram
que a sua causa é multifatorial, podendo ser decorrente tanto de alterações anatômicas que
prejudicam o transporte dos gametas e impedem a fecundação quanto por reações
inflamatórias do endométrio mediada por macrófagos e citocinas, levando a um dano
oxidativo. O diagnóstico da endometriose muitas vezes é realizado de forma tardia devido a
similaridade de sinais e sintomas com outras patologias ginecológicas , tendo como média
diagnóstica entre 6 a 7 anos. Assim, esta é uma condição que afeta fisicamente e
psicologicamente a vida da mulher e de sua família, sendo que os tratamentos buscam cada
vez mais a preservação da fertilidade. Dessa forma, os tratamentos cirúrgicos são alternativas
que buscam remover os implantes endometriais para restabelecer a anatomia normal da pelve.
Além disso, técnicas de reprodução assistida tem sido amplamente utilizadas para o
tratamento da endometriose associada a infertilidade. CONCLUSÃO: Apesar de ser uma
doença etiopatogenia ainda incerta, a endometriose pode afetar a fertilidade da mulher por
múltiplas razões, sendo cada vez mais prevalente. Assim, o diagnóstico precoce da patologia
deve ser estabelecido a fim de determinar o seu tratamento e buscar um melhor prognóstico
quanto a infertilidade nas mulheres que possuem o desejo de engravidar.
PALAVRAS-CHAVE: Endometriose; Infertilidade Feminina.
A RELAÇÃO ENTRE O TRANSTORNO BIPOLAR E A ATIVIDADE
INFLAMATÓRIA
Isabela Morais Machado Sales ¹, Elvina Gabriela Ramos Martins¹, Isabela Vieira Braga¹, Maria Rafaela Alves
Nascimento ¹, Yasmim Oliveira Agapito Guedes¹, Yure Batista Sousa¹ Lanuza Borges Oliveira ²
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UnifipMoc
2Professor do curso de Medicina da instituição UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar (TB) é definido pela presença de episódios maníacos
ou hipomaníacos. O episódio maníaco é caracterizado como uma fase de humor anormal,
irritável ou elevado com aumento da atividade e presença de demais sintomas, a saber
excesso de autoconfiança, redução da necessidade do sono, pensamentos e discurso
acelerados e envolvimento com ações prazerosas sem medir os riscos. Essa enfermidade é
considerada grave, sendo a doença psiquiátrica com os maiores índices de suicídio
consumado e apresenta elevada taxa de incapacidade global. OBJETIVO: Analisar a relação
entre o transtorno bipolar e o aumento da atividade inflamatória. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão sistemática, com artigos buscados nas bases de dados, PubMed,
UpToDate, SciELO e biblioteca virtual em saúde (BVS). Os descritores utilizados foram,
“Transtorno Bipolar” e “Atividade Inflamatória. Como resultado foi obtido 196 artigos, entre
os anos de 2017 a outubro de 2022. RESULTADOS: o TB possui uma etiologia multifatorial
e estudos recentes demonstraram uma relação íntima entre essa patologia e um aumento de
marcadores inflamatórios, como a proteína C reativa, além de uma redução de citocinas
anti-inflamatórias, como a IL2. Essa hipótese tem base no fato de que portadores do TB se
14
encontram em um estado de estresse crônico, gerado por traumas psicológicos, estilo de vida
ocidental, alimentação não saudável, obesidade e sedentarismo. Esse estado de estresse
acarreta um aumento dos marcadores inflamatórios, gerando um ambiente de toxicidade
sistêmica, inclusive a nível celular, com disfunção mitocondrial e estresse oxidativo,
ocasionando prejuízo nos mecanismos de plasticidade neuronal e alterações anatômicas no
sistema nervoso do indivíduo. Com isso, nota-se agravo cerebral evidenciado inclusive em
exames de neuroimagem. Cabe ressaltar que nos episódios maníacos ou hipomaníacos os
processos oxidativos citados são agravados, aumentando a inflamação. CONCLUSÃO: O
TB parte de condições associadas ao estresse com uma predisposição do individuo à
vulnerabilidade genética. Os estudos demonstraram significativo aumento da atividade
inflamatória dos pacientes com TB, representada a partir da elevação dos marcadores
inflamatórios em pacientes com esse transtorno de humor. Com isso, compreende-se o
aumento da resposta inflamatória, das citocinas circulantes e do estado de estresse crônico
permanecem então como um dos pilares da fisiopatologia do TB atualmente.
PALAVRAS-CHAVE: transtorno bipolar; fisiopatologia; etiologia.
A RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE COMO FORMA
DE SENSIBILIZAÇÃO DO CUIDADO: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Eduarda Ferreira Felício 1; Ana Luiza de Souza Seixas 2; Camila Wanderley Alcântara Machado3; Lavínia
Maria Benquerer Oliveira Palma4; Lucas Pires Dias Pinto5; Maria Clara Mendes6; Cláudia Danyella Alves Leão
Ribeiro7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A educação em saúde é uma das principais práticas para a prevenção e a
promoção da saúde na atenção primária no país, configurando-se como um processo
instrutivo empregado pelos profissionais de saúde, que tem o intuito de desenvolver a
autonomia e o senso de corresponsabilidade na população, em relação ao cuidado com sua
própria saúde e da comunidade a qual pertença. OBJETIVO: Relatar a experiência de
acadêmicos de Medicina na execução de uma ação de educação em saúde com crianças de 4 e
5 anos em um CEMEI. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Acadêmicos do segundo período de
Medicina realizaram uma ação de “Educação em Saúde” no CEMEI situado na área de
abrangência da Estratégia de Saúde da Família (ESF) onde foram inseridos para estagiar. A
ação foi elaborada a partir da análise de inúmeros aspectos envolvendo a saúde da
comunidade. Além disso, a liga de odontopediatria, o cirurgião-dentista da ESF e acadêmicas
de odontologia estiveram presentes, colaborando no processo educativo. Sendo assim, o
projeto foi desenvolvido por meio de atividades lúdicas e dinâmicas, com intuito de
sensibilizar as crianças a respeito da importância da higiene pessoal e bucal, integrando os
acadêmicos e a equipe atuante na ESF da comunidade. RESULTADOS: A educação em
saúde desenvolveu nos acadêmicos de medicina, não a habilidade de construir métodos
viáveis para a compreensão das crianças sobre o tema da higiene pessoal, como também
incentivou a interação, de modo a proporcionar o entendimento da sua realidade social. Isso
foi percebido, a partir do interesse demonstrado por eles nas atividades promovidas,
participando de forma ativa na discussão com os acadêmicos. Dessa forma, o projeto foi
essencial para fortalecer o conhecimento dos alunos do CEMEI sobre os aspectos
15
relacionados à higiene pessoal e bucal. CONCLUSÃO: Conclui-se que, a realização da
educação em saúde propiciou o desenvolvimento profissional e educacional dos acadêmicos,
uma vez que a ação proporcionou uma vivência pedagógica que teve o envolvimento da
comunidade, possibilitando a obtenção de conhecimentos e experiências, promovendo o
aprendizado das crianças sobre importantes temáticas acerca da saúde, atingindo os objetivos
propostos na realização dessa prática.
PALAVRAS CHAVE: Educação em Saúde; Relações comunidade- instituição; Atenção
Primária em Saúde.
A RELEVÂNCIA DA REALIZAÇÃO DO DIAGNÓSTICO SANITÁRIO COMO
FORMA DE IDENTIFICAR PROBLEMAS E NECESSIDADES NA COMUNIDADE:
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Júlia Ribeiro Lopes de Almeida 1; Ana Cecília Alvarenga Queiroz 2; Maria Clara Mendes3; Nicole Aska Silveira
Yamada4; Josiane Santos Brant Rocha5
1-4 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
5Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: O diagnóstico sanitário trata-se de uma investigação regional, que visa
identificar os determinantes de saúde que afetam a população. Por meio disso, a equipe de
saúde direciona as ações para as necessidades de cada comunidade, facilitando a ação
sanitária na esfera pública. OBJETIVOS: Descrever a experiência de acadêmicos de
Medicina com o levantamento dos diagnósticos sanitários em áreas de abrangência das
Estratégias Saúde da Família (ESF), nas quais eram realizadas as atividades da disciplina
Integração Ensino, Serviço e Comunidade (IESC). RELATO DE EXPERIÊNCIA: Na
disciplina IESC, acadêmicos do primeiro período de Medicina foram distribuídos em grupos
de até 6 pessoas, os quais foram inseridos em ESF e, a partir disso, sob orientação de
preceptores vinculados à instituição de ensino, passaram a conhecer a área de abrangência da
unidade, e identificaram as características físicas e estruturais do território. Ademais, houve
contato direto com os moradores da área de abrangência e com as equipes das ESF, com a
finalidade de identificar as fragilidades que envolvem a região, por meio de levantamento de
dados. Essas ações visam a melhoria das condições de saúde dos cidadãos, o que possibilita
aos acadêmicos conhecer as urgências regionais e intervir futuramente para a resolução dos
déficits identificados no diagnóstico sanitário. RESULTADOS: A realização do diagnóstico
sanitário feito em cada área de abrangência da ESF possibilita um contato maior entre
população e acadêmicos. Assim, é possível reconhecer os determinantes de saúde da região e
os pontos de vulnerabilidade, intervindo através de projetos de extensão. Além disso, é
notório que o levantamento dessas características do território determina os principais fatores
epidemiológicos para orientar a adoção de medidas de prevenção e controle, beneficiando a
realidade observada. CONCLUSÃO: Conclui-se que, através do diagnóstico sanitário, é
possível identificar características próprias de cada área de abrangência, o que permitiu uma
intervenção direcionada aos determinantes locais que necessitam de maior atenção. Por
conseguinte, através da disciplina IESC, os acadêmicos tiveram a possibilidade de aliar teoria
e prática, de forma a relacionar educação sanitária com as especificidades e necessidades
territoriais.
16
PALAVRAS-CHAVES: Atenção Primária à Saúde; Educação Médica; Relações
Comunidade-Instituição.
A SÍNDROME DE BURNOUT EM UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA SAÚDE
Ellen Roberta Reis Oliveira 1; Clarival Galdino dos Santos Júnior 2; Hinglide Pâmela Mendes da Fonseca 3;
Paulo Tadeu Morais Fagundes 4; Vitor Mateus Souza Martins 5; Henrique Andrade Barbosa 6
1,2,3,4 Discentes do curso de Medicina da Funorte
5Psicólogo pela Funorte
6Enfermeiro e Docente do curso de Enfermagem da FASI
OBJETIVO: Identificar a frequência da Síndrome de Burnout em estudantes universitários.
METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa de caráter descritivo, transversal e de
abordagem quantitativa, cuja coleta de dados foi feita em faculdades privadas que
contemplam cursos da área da saúde, localizadas na cidade de Montes Claros MG, por meio
do questionário Maslach Burnout Inventory (MBI), um dos instrumentos de autoavaliação
mais utilizados em todo o mundo, para medir o desgaste profissional em estudantes, para
levantamento de dados. Como descritores foram utilizados os termos “Síndrome de Burnout1
“Exaustão profissional”, “Desgaste profissional” e “Exaustão do estudante”.
RESULTADOS: Esta pesquisa foi embasada em três dimensões, sendo elas a exaustão
emocional, descrença e eficácia profissional (estudantil), visto que alguns autores na
literatura apontam a síndrome de Burnout em dimensões distintas. Para ter a frequência da
síndrome, os 197 participantes que responderam ao questionário se autoavaliaram como:
baixos níveis de exaustão, médios de descrença e altos de eficácia estudantil. Isso permite
mensurar que os universitários não possuem a síndrome de Burnout e se mostraram bem
adaptados à rotina de estudo, conseguindo conciliá-la com as demais atividades rotineiras.
CONCLUSÃO: Cogita-se que os universitários que se sentem com níveis altos de exaustão e
descrença e baixos níveis de eficácia estudantil, podem estar tão esgotados que não
conseguiram participar da pesquisa, uma vez que esta é voluntária. Dessa forma, não foi
possível mensurar realmente a prevalência dessa condição no grupo pesquisado. Para novos
estudos ou pesquisas com a mesma temática é importante salientar que, com dimensões bem
definidas, a síndrome se torna objetiva e questionável, salientado a importância de novas
formas de pesquisas e, também, novas revisões bibliográficas em prol da relevância do
assunto.
PALAVRAS-CHAVES: Síndrome de Burnout. Exaustão profissional. Desgaste profissional.
Exaustão do estudante.
A UTILIZAÇÃO DAS TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO NO
CURSO DE MEDICINA
Maria Eduarda Borges Rodrigues1; Aline Alencar Cunha2; Ian Paulo Mendonça3; Ilma Cristina Marques
Rodrigues Dias4; Vitor Targino Amaral5; Maria Suzana Marques6; Lanuza Borges Oliveira7
1-5 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
6-7 Professoras do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
17
INTRODUÇÃO: As Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) são definidas como
um conjunto de recursos tecnológicos que servem como instrumento acadêmico para
ensino-aprendizagem, cuja finalidade é proporcionar ao estudante a investigação e o
aprofundamento nos temas propostos. A incorporação dessa atividade no curso médico é
facilitada pela nova era digital que favorece a aprendizagem ativa por meio de artigos em
revistas científicas e livros digitais. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do
curso de medicina que realizaram atividades TICs como ferramentas complementares à
aprendizagem do conteúdo de uma disciplina da matriz curricular. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: As atividades TICs foram disponibilizadas semanalmente pela
coordenadora da disciplina Sistemas Orgânicos Integrados (SOI), na plataforma online
“CANVAS”, com um prazo de entrega de uma semana, durante o e o semestre do ano de
2022. Para a execução da atividade era proposto um questionamento contextualizado por um
processo fisiológico ou patológico. Além disso, foram disponibilizados textos, vídeos e/ou
imagem complementares sobre conteúdos abordados durante a semana em outras atividades
do módulo, como práticas laboratoriais, palestras e discussões em grupo. RESULTADOS E
REFLEXÃO: A ferramenta utilizada estimula a curiosidade dos acadêmicos, a busca por
referências bibliográficas que agreguem conhecimento, reflexão crítica, além de um maior
envolvimento com os casos da vivência médica. Dessa forma, tem o potencial de aprimorar a
formação acadêmica. CONCLUSÃO: Diante da experiência, justifica-se a importância e a
necessidade das atividades “TICS”, visto que desenvolve nos estudantes habilidades
fundamentais para formação dentro do curso de medicina, e consequentemente para a
construção de futuros profissionais de saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Tecnologia; Conhecimento.
AÇÃO EM SAÚDE - COMBATE ÀS INFECÇÕES SEXUALMENTE
TRANSMISSÍVEIS: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Maria Eduarda Neves Moreira¹; Amanda Dias Magalhães Gonçalves Borges¹; Cláudia Rodrigues de Araújo¹;
João Víctor Ferreira Santos¹; Matheus de Souza Barbosa¹; Karina Andrade de Prince²
¹ Acadêmicos do curso Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
² Professora do curso Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são doenças causadas por
microrganismos, cuja principal via de transmissão é o contato sexual desprotegido, seja ele
oral, anal ou vaginal. Nessa perspectiva, o acompanhamento da saúde da população, na
prevenção e controle da infecção por HIV, sífilis e hepatites virais B e C com aconselhamento
pré e pós-teste de forma integral e resolutiva, é bastante pertinente. O estímulo à realização
da testagem para essas enfermidades tem sido considerado uma das estratégias para
prevenção da transmissão da doença e diminuição da morbimortalidade. Dentre as ISTs,
estima-se que, no mundo, 30 milhões de pessoas vivem com HIV/AIDS, 937.000 sejam
contaminadas anualmente pela Sífilis, 400 milhões pelo vírus da Hepatite B, além dos casos
de Hepatite C. Os "testes rápidos" são ferramentas mais simples, rápidas, de baixo custo e
importantes para elaboração de um diagnóstico célere visando posterior tratamento e controle
das doenças. A realização desses proporciona maior resolubilidade e qualidade no
atendimento, acolhimento e ações de prevenção e de cuidado à saúde. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos do curso de Medicina na realização de um Projeto Ação em Saúde
18
sobre as ISTs, a fim de evidenciar a importância da prevenção, diagnóstico e tratamento
dessas enfermidades. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O Projeto Ação em Saúde acerca da
prevenção, diagnóstico e tratamento das ISTs foi executado no dia 28 de agosto de 2022, de
8h às 14h, na praça principal da cidade de São João da Lagoa-MG, por acadêmicos do curso
de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya, Montes Claros-MG. O público-alvo
foram os moradores da cidade. A ação foi de caráter educativo, na qual foi desenvolvido
testagem rápida da população para as seguintes ISTs: HIV, Sífilis, Hepatites B e C, além de
orientação sobre formas de prevenção. Ademais, foi realizada aferição da pressão arterial e
medição dos níveis de glicemia. RESULTADOS E REFLEXÃO: A ação teve um público
total de 60 pessoas, possibilitando uma difusão abrangente de informações acerca do tema.
Assim, notou-se uma participação ativa dos indivíduos. CONCLUSÃO: O projeto atingiu
todos os objetivos idealizados, e impactou, de modo positivo, seus participantes, uma vez que
possibilitou de maneira acessível para o público um maior entendimento sobre a importância
da prevenção, diagnóstico e tratamento.
PALAVRAS-CHAVE: Infecções sexualmente transmissíveis; Testes rápidos; Prevenção.
ANÁLISE DA COBERTURA VACINAL DA POLIOMIELITE NO BRASIL NOS
ÚLTIMOS 10 ANOS
Amanda Dias Magalhães Gonçalves Borges1; Cláudia Rodrigues de Araújo¹ ; Jennifer Elisa Ferreira Maia1;
João Victor Ferreira Santos1; Maria Eduarda Neves Moreira1; Sofia Ramos Santos1;Karina Andrade de Prince2
Acadêmicos de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya.
2Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc.
INTRODUÇÃO: A importância da vacina vai desde a proteção individual, até evitar a
propagação em massa de doenças. Entretanto, apesar das estratégias do PNI relativas à
Poliomielite, observa-se número elevado de crianças não vacinadas, dados preocupantes
sobre um possível retorno da Poliomielite, que é uma doença de caráter contagioso e agudo
OBJETIVO: Analisar a cobertura vacinal da Poliomielite no Brasil no período de 2013 a
2022. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo, retrospectivo, descritivo, quantitativo de
base documental. Teve como universo de pesquisa as bases de dados do Sistema de
Informações do Programa de Imunizações (SI-PNI), disponibilizadas pelo Departamento de
Informática do SUS (DATASUS). RESULTADOS/DISCUSSÃO: No período avaliado, de
2013 a 2022, foi registrado uma taxa média de cobertura vacinal da poliomielite de 83.84%
no Brasil, constatando uma diminuição da cobertura vacinal entre 2013 e 2022. Em relação à
distribuição da cobertura vacinal por regiões do Brasil, verifica-se maior taxa de vacinação na
região Centro-Oeste e Sul, enquanto que, no Norte e Nordeste, verificou-se as menores taxas.
CONCLUSÃO: Conclui-se que as coberturas vacinais não foram satisfatórias em todas as
regiões do País durante o período analisado. Sendo necessário elaborar estratégias para
aumentar a cobertura vacinal no país e, assim, evitar que ocorram novos casos de
Poliomielite.
PALAVRAS-CHAVE: Poliomielite, Vacinação, Campanha.
19
ANÁLISE DA DEMANDA DA CIRURGIA PEDIÁTRICA E FATORES
ASSOCIADOS À INADEQUAÇÃO DA IDADE DE ENCAMINHAMENTOS NO
SISTEMA PÚBLICO DE SAÚDE NO NORTE DE MINAS GERAIS
¹Mayra de Souza Veloso; ² Rafaela Rodrigues Alves; ³Tawany Nascimento Silva; 4Letícia Alves Antunes;
5Antônio Prates Caldeira; 6Renato Neves Noronha; 7Francisco Marcos Barros
¹,²,³ Acadêmico do curso de Medicina da instituição FUNORTE
4, 6, 7 Professor do curso de medicina da instituição FUNORTE
5Professor do curso de medicina da instituição Unifipmoc Afya
RESUMO: Os níveis de atenção que compõem a rede de serviços de saúde devem atuar de
forma articulada, provendo o desenvolvimento de ações com o objetivo de garantir a
integralidade do cuidado. A cirurgia pediátrica representa uma das especialidades que recebe
demanda significativa de encaminhamentos dos serviços de atenção primária para avaliação.
Este trabalho tem como objetivo analisar a demanda da cirurgia pediátrica e os fatores
associados à inadequação da idade cirúrgica no sistema público de saúde no norte do estado
de Minas Gerais. Trata-se de um estudo transversal com coleta de dados conduzida a partir da
aplicação de questionário aos responsáveis pelas crianças de zero a 13 anos durante consulta
médica com a cirurgia pediátrica no ambulatório de especialidades em Montes Claros/MG,
entre os meses de março de 2018 até setembro de 2018. O processo de amostragem foi por
conglomerados (cada um dos centros de atendimento), de forma aleatória. A idade adequada
para indicação cirúrgica na consulta com especialista foi adotada como variável dependente.
As variáveis independentes foram relacionadas ao perfil sociodemográfico; ao
encaminhamento; à avaliação com especialista e ao procedimento cirúrgico. Na condução das
análises adotou-se a Regressão de Poisson e foram estimadas as Razões de Prevalência (RP) e
respectivos intervalos de confiança de 95%. Participaram do estudo 532 crianças, 79,3% do
sexo masculino. A idade média no encaminhamento da atenção básica foi de 4,4 anos e na
avaliação com cirurgião pediátrico foi de 5 anos. O intervalo médio entre o encaminhamento
da atenção básica até o procedimento cirúrgico foi de 9,2 meses e entre a avaliação do
especialista e o procedimento cirúrgico foi de 4,7 meses. Das crianças avaliadas, 44,4%
apresentaram idade inadequada para o procedimento cirúrgico. No modelo final, os fatores
associados à idade cirúrgica inadequada foram sexo masculino (RP=1,09; IC95%=
1,01-1,17), baixa escolaridade materna (RP=1,07; IC95%= 1,01-1,13), baixa renda média
familiar (RP=1,08; IC95%=1,02-1,15) e idade acima de cinco anos na consulta com o
especialista (RP=1,28; IC95%=1,21-1,35). Esses resultados demonstram que uma alta
prevalência na inadequação da idade para os procedimentos cirúrgicos, dentre os fatores para
justificar esses achados destacam-se as baixas condições socioeconômicas das famílias.
Estratégias devem ser elaboradas para reduzir o tempo de espera entre as avaliações
especializadas e a terapêutica instaurada.
PALAVRAS-CHAVE: Cirurgia pediátrica; níveis de atenção; prevalência.
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE SÍFILIS GESTACIONAL EM MINAS GERAIS
ENTRE 2011 E 2021
Leticia Rego Borborema1; Melline Mota Bispo Froes¹; Larissa de Macedo Rocha¹; Karina Prince².
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
20
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A sífilis é considerada uma doença infecciosa causada pela bactéria
Treponema pallidum e se manifesta em diferentes estágios sintomáticos. Ao apresentar-se na
gestação pode causar diversos riscos, como aborto e malformações fetais. O diagnóstico da
Sífilis gestacional ocorre em duas etapas com realização de teste não treponêmico e teste
treponêmico, sendo último responsável pela detecção anticorpos antitreponêmicos
específicos. A farmacoterapia adotada no tratamento é pelo uso da Penicilina Benzatina
intramuscular por 3 semanas. O diagnóstico e a conduta precoce são essenciais para prevenir
a transmissão vertical. OBJETIVO: Analisar a prevalência do diagnóstico de Sífilis
gestacional em Minas gerais, no período de 2011 a 2021. METODOLOGIA: Estudo
descritivo, retrospectivo, do tipo epidemiológico, a partir da coleta na base de dados
secundários DATASUS durante o período de 2011 a 2021. As variáveis utilizadas foram
raça/cor, faixa etária, escolaridade, região de saúde e teste treponêmico reativo.
RESULTADOS: No período do estudo foram registrados 16.363 casos registrados de Sífilis
gestacional. Observa-se prevalência na cor/raça parda 8.349 (51%), na faixa etária de 20-39
anos 12.044 (73,6%). O nível de escolaridade mais prevalente foi o ensino médio completo
com 2.943 (17,9%). Além disso, o ano de 2018 teve a maior quantidade de casos 3.097
(18,9%) e a região de saúde com mais casos foi Belo Horizonte, Nova Lima e Caetê com
4.268 casos (26%). CONCLUSÃO: A maior prevalência, no período considerado, foi em
2018, na raça parda, na faixa etária de 20-39 anos e em gestantes com ensino médio
completo. Sendo assim, a doença pode atingir diferentes classes sociais, idades e etnias,
estando sob risco todas as mulheres em idade fértil que não fazem uso de medidas
preventivas, como o preservativo. A região de Belo Horizonte, Nova lima e Caetê teve
maiores números de notificações, devido a maior abrangência populacional das respectivas
localidades. Logo, ratifica-se a importância da assistência pré-natal e propedêutica precoce,
com intuito de evitar possíveis agravos ao feto e a gestante.
PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Sífilis; Sífilis congênita.
APENDICECTOMIA CONVENCIONAL VERSUS VIDEOLAPAROSCÓPICA EM
MINAS GERAIS
Mateus Augusto de Prince¹; Anna Clara Santiago França; Lucas Abreu Alves Barbosa¹; Thiago Nani dos
Santos¹; Yanne Abreu Barbosa dos Santos¹; Luiza Rocha Melo de Almeida¹; Karina Andrade de Prince²
¹Acadêmico do curso de Medicina da instituição Funorte
² Professor do curso de Medicina da instituição Funorte e UnifipMoc
INTRODUÇÃO: A apendicite é a inflamação do apêndice, sendo a causa mais comum de
dor abdominal aguda. Complicações desse quadro requerem intervenções cirúrgicas, sendo
mais recorrente em adultos jovens e muito frequente em atendimentos de urgência. Por mais
de um século, a apendicectomia convencional foi o único tratamento padrão para apendicite.
Entretanto, a abordagem videolaparoscópica (VLP), técnica contemporânea e mais
sofisticada, revolucionou o manejo desta patologia. OBJETIVO: Analisar o número de
internações por apendicectomia convencional e videolaparoscópica em pacientes de Minas
Gerais, no período de 2012 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo,
retrospectivo e transversal, com coleta de dados secundário no DATASUS, mediante consulta
ao Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde do Brasil.
21
Foram analisados números de internações, taxa de mortalidade e gastos hospitalares, de
acordo com o ano e procedimento realizado. RESULTADO: No período avaliado, ocorreram
112.314 internações para realização de apendicectomia em Minas Gerais, com média de
11.231 casos, sendo 95,5% por cirurgia convencional e 4,5% por VLP. Houve um aumento de
5,2% do número de apendicectomia convencional entre 2012 (10.616) e 2019 (11.294) e,
redução 8,6% entre 2019 e 2021, período da pandemia da Covid-19. No entanto, percebe-se
um aumento expressivo (749%) do número por VLP entre 2012 (117) e 2021 (993). Em
relação ao valor médio de cada internação, houve um aumento de R$ 599,55 para R$ 646,70
na cirurgia convencional, enquanto na VLP esse aumento foi de R$ 663,62 para R$ 733,74,
que em termos percentuais correspondem a um aumento de 7,9% e 10,6%, respectivamente.
Em relação ao tempo médio de internação, observamos uma diminuição ao longo do tempo
para as duas técnicas, a convencional passou de 3,5 para 2,6 dias (25,7%) e, pela VLP passou
de 3,9 para 2,5 dias (35,9%). %). Analisando a taxa de mortalidade, a taxa média pela técnica
VLP foi menor (0,12%) do que a da convencional (0,23%). Conclusão: Apesar das
apendicectomias convencionais serem realizadas em maior número em Minas Gerais, as por
VLP aumentaram expressivamente nos últimos 10 anos, com redução da média de
permanência e da taxa de mortalidade. Assim, destaca-se a necessidade da criação de
políticas públicas voltadas para ampliação e financiamento da apendicectomia
videolaparoscópica no estado.
PALAVRAS-CHAVE: Apendicite; Apendicectomia; Hospitalizações; Morbimortalidade.
APLICATIVO MÓVEL PARA RASTREIO DE SÍNDROME METABÓLICA EM
MULHERES CLIMATÉRICAS
Mobile application for screening for metabolic syndrome in climacteric women
Carolina Ananias Meira Trovão1, Antônio Prates Caldeira1, Rene Rodrigues Veloso2, Alenice Aliane Fonseca3,
Marise Fagundes Silveira4, Josiane Santos Brant Rocha1
1Programa de Pós-graduação em Cuidado Primário em Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros.
Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
2Programa de Pós-graduação em Modelagem Computacional e Sistemas da Universidade Estadual de Montes
Claros. Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Programa de Pós-graduação em Saúde Pública da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte,
Minas Gerais, Brasil.
4Programa de Pós-graduação em Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros. Montes Claros,
Minas Gerais, Brasil.
RESUMO: O objetivo deste estudo é apresentar o desenvolvimento de um aplicativo para
rastrear a síndrome metabólica em mulheres climatéricas. Trata-se de uma pesquisa aplicada,
desenvolvida a partir de estudo que avaliou a capacidade de medidas antropométricos em
discriminar a síndrome metabólica em mulheres climatéricas. Foi criado um banco de dados
com extração de modelos de regressão logística e desenvolvido o aplicativo para smarphones.
Foi utilizado o Flutter, kit de desenvolvimento de software, criado pela Google. O aplicativo,
denominado ClimatMed, está disponível gratuitamente na Play Store, podendo ser instalado
em smartphones com sistema Android. É composto por tela inicial, telas para a definição do
período do climatério e das variáveis ajustadas. As medidas para o cálculo dos índices podem
ser inseridas e, o aplicativo fornece a probabilidade de desenvolvimento da síndrome
22
metabólica. A inserção de uma tecnologia computacional na assistência à mulher climatérica
predisposta a desenvolver síndrome metabólica pode trazer repercussões positivas.
PALAVRAS-CHAVE: Climatério, Síndrome Metabólica, Atenção Primária à Saúde,
Antropometria.
APRENDIZADO EM PEQUENOS GRUPOS (APG) SOB A PERSPECTIVA DO
ESTUDANTE DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Isabela Neves de Matos; Vitória Molinari Marinho; Helga Molinari Marinho; Matheus Martinho de Araujo
Carvalho; Daniel Araujo Carvalho¹; Dr. Evandro Barbosa dos Anjos².
¹Acadêmico do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
² Professor do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
RESUMO: A Aprendizagem de Pequenos Grupos (APG) é uma metodologia de
ensino-aprendizado executada pelo grupo Afya Educacional, na qual seu principal objetivo
no curso de medicina é possibilitar ao aluno um exercício para a prática profissional. Nesse
ínterim, os alunos aprendem a dialogar, escutar e compartilhar experiências, além de conviver
com estudantes que possuem diferentes habilidades e capacidades, ajudando a desenvolver
competências relacionadas à convivência e ao trabalho em grupo. O relato tem como objetivo
descrever, na perspectiva do aluno, a vivência acerca da metodologia supracitada do Centro
Universitário UNIFIP-Afya. Os encontros consistem em abertura, na qual é apresentada uma
situação-problema, e os estudantes, por meio de seus conhecimentos prévios da disciplina,
elaboraram objetivos para o direcionamento dos estudos, e fechamento, que usam a literatura,
artigos de referência na bases de dados para a resolução do problema, explicando uns aos
outros sobre a matéria e sanam as dúvidas do grupo, contribuindo assim para um aprendizado
abrangente. Essa metodologia instiga o acadêmico a ter uma participação ativa na construção
do conhecimento e habilidades para lidar com a vivência na prática, assegurando novas
formas de aprendizagem. O discente se sente estimulado a ter uma maior interação social,
trabalho em equipe, autonomia nos estudos, competência, engajamento e comprometimento
com o próprio conhecimento. Dessa forma, a APG é um dos pilares para ressignificar o
aprendizado médico, visto que busca a preparação para as vivências profissionais, a qual
exigem uma boa associação da teoria com a prática, incluindo questões éticas e humanas,
desenvolvendo atitudes e valores morais atinentes à cidadania e aos direitos humanos.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem de Pequenos Grupos; metodologia de ensino; curso de
medicina.
APRENDIZADO TEÓRICO E PRÁTICO NO CICLO BÁSICO DE MEDICINA:
CONTRASTES E CARÁTER SUPLEMENTAR
Henrique Castro Mendes 1; Priscila Martins Soares Alves 2; Yasmim Bastos Murta Flores ³; Izabela Aquino
Franco ; Débora Carvalho Araújo ; Victoria Ferreira dos Santos ; Josiane Santos Brant Rocha
1-6 Acadêmicos do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
7Professor do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
23
INTRODUÇÃO: Independente do curso superior, a teoria aliada à prática é a melhor forma
de desenvolver o conhecimento adquirido e ter uma formação completa. Dentro do curso de
medicina isso é imprescindível, uma vez que a teoria possibilita o conhecimento embasado na
literatura científica e a prática nos laboratórios permite um melhor entendimento da anatomia,
da histologia, da embriologia e da bioquímica. OBJETIVO: Relatar a percepção da
complementaridade entre teoria e prática na faculdade de medicina do Centro Universitário
FipMoc. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência sobre o
aspecto complementar do estudo teórico e das aulas práticas da disciplina de sistemas
orgânicos integrados (SOI) no segundo período de medicina do Centro Universitário FipMoc.
RESULTADOS: Sob o olhar enquanto acadêmicos do curso percebe-se que muito
contraste entre teoria e prática. Isso, pois, o estudo teórico ativo, embora crie a base do
conhecimento, ele não permite percepções que se tem presencialmente. Como exemplo
disso pode-se citar a maior compreensão tridimensional de uma estrutura anatômica ao
manipulá-la em aulas práticas de anatomia (frente à percepção distorcida da representação
plana em livros), entendimento mais sólido da histologia ao manipular lâminas reais (visto
suas variações de cor, formato e tamanho celular que são mais fáceis de assimilar quando se
explora um corte histológico real em toda a sua extensão) e uma melhor consolidação de
conhecimentos quando se vivencia certos experimentos ocorridos nas aulas de bioquímica
práticas. CONCLUSÃO: As aulas práticas permitem um aprendizado mais concreto e
eficiente quando usadas como complemento para a base teórica, contribuindo, assim, para
uma formação de melhor qualidade para o acadêmico.
PALAVRAS-CHAVE: Ensino; Anatomia; Aprendizagem.
AS PARTICULARIDADES DE TER UM CROMOSSOMO A MAIS: QUANDO MAIS
É MENOS?
Rafaela Borges Teixeira 1; Eduarda Borges Teixeira 2; Lídia Nogueira da Silva 3; Janine Mendes de Lima Rocha4
1Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC; 2Acadêmico do curso medicina da instituição
FAMINAS-BH; 3Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC
4Professor do curso de medicina da instituição UNIFIPMOC
RESUMO: INTRODUÇÃO: A síndrome de down é uma alteração genética, descrita em
1866 por John Langdon Down, que ocorre devido a trissomia do cromossomo 21, passa a
possuir 47 cromossomos ao nascer 1,4. A ocorrência dessa síndrome tem relação direta com a
idade dos pais. As crianças que possuem a síndrome apresenta fenótipos característicos:
hipotonia, cabelo liso e fino, olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos,
nariz pequeno e um pouco "achatado", rosto arredondo, orelhas pequenas, baixa estatura,
pescoço curto e grosso, flacidez muscular, mãos pequenas com dedos curtos, prega palmar
única5. O diagnóstico definitivo é feito por meio do exame cariótipo5. Além disso, esses
indivíduos apresentam maior risco de desenvolver comorbidades como: malformações
cardíacas, alterações visuais e auditivas, apneia obstrutiva do sono devido a macroglossia,
distúrbios tireoidianos, obesidade, luxação atlantoaxial. Quanto ao desenvolvimento, essas
crianças geralmente apresentam atraso significativo devido as restrições corporais que
apresentam2,3.OBJETIVO: Definir a síndrome de down e suas características e analisar o
desenvolvimento neuropsicomotor. METODOLOGIA: Trata- se de uma revisão integrativa
da literatura, de forma transversal, com abordagem qualitativa. Foram incluídos 6 estudos
24
disponíveis nas bases de dados da scielo, lilacs, redalyc. RESULTADOS: Após a analise dos
trabalhos, é possível afirmar que crianças com síndrome de down apresentam atraso em todas
as áreas do desenvolvimento, principalmente na motricidade grossa e na comunicação
expressiva quando comparadas a crianças que não possuem essa característica6. Nesse caso, a
família deve assumir parte da responsabilidade em estimular o progresso infantil, incluindo
além das terapêuticas específicas, a participação em atividades físicas e esportivas visando
melhora do equilíbrio e mobilidade funcional, bem como o amparo multiprofissional
incluindo: pediatra, neurologista, fonoaudiologia para aperfeiçoar os instrumentos que
configuram a linguagem verbal e não verbal do indivíduo, terapia ocupacional para aquisição
de habilidades, psicóloga, fisioterapeuta. CONCLUSÃO: O cromossomo extra apresenta
como consequência atraso no desenvolvimento cognitivo, linguístico e motor da criança. Este
trabalho tem como intuito estimular os profissionais da área da saúde a realizarem mais
estudos objetivando traçar estratégias de intervenções específicas para impulsionar o avanço
dessas crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento Infantil; Síndrome de Down; Fatores de risco.
ASSOCIAÇÃO DA COBERTURA VACINAL DE SARAMPO E COM NOVOS
CASOS DA DOENÇA NO ESTADO DE MINAS GERAIS, BRASIL.
Mayra Darlliane Loiola Silva 1; Ingred Guimenes 1; Kaio Henrique 1; Karla Monique Fagundes Queiroz 1; Nara
Ramos Dourado 1; Vanessa Castro Fonseca Coelho 1; Aline Lara Cavalcante Oliva2
¹Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
²Professora do curso Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
RESUMO: O sarampo é uma doença infecciosa clinicamente importante para a qual a
vacinação é a forma de prevenção mais eficaz, assegurada no Brasil pelo Programa Nacional
de Imunizações (PNI). No entanto, após o último caso da doença em 2015, o País recebeu a
certificação de eliminação do vírus em 2016. Como resultado, em 2016 e 2017, não houve
casos confirmados de sarampo. Em 2018, foram notificados cerca de 10.346 novos casos,
em 2019, o vírus se espalha livremente e o Brasil perde a certificação de "País livre de
sarampo" e inicia-se um novo surto. Nesse sentido, o presente estudo, tem por objetivo
analisar a cobertura vacinal contra o sarampo em Minas Gerais de 2017 a 2021 e
correlacioná-la com a recorrência de novos casos. Trata-se de um estudo observacional do
tipo transversal realizado com dados obtidos por meio do Sistema de Informação do
Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) e de Boletins Epidemiológicos publicados pelo
Ministério da Saúde (MS). Observou-se que as maiores taxas de coberturas vacinais, em
Minas Gerais, ocorreram nos anos de 2017 (95%) e 2018 (97%) e houve decréscimo para
93% em 2019, 85% em 2020 e 75% em 2021 não alcançando a meta preconizada pelo
Ministério da Saúde de 95% de cobertura. Nesse contexto foram confirmados 160 casos em
2019, 24 casos em 2020 e em 2021 nenhum caso. Ressalta-se que mesmo com o decrécimo
da cobertura vacinal houve diminuição dos casos, porém vale salientar que deve-se manter a
cobertura dentro das metas estabelecidas afim de proteger a população e controlar possíveis
surtos da enfermidade visto que a vacinação é a forma de prevenção mais efetiva.
PALAVRAS- CHAVE: Sarampo, Cobertura Vacinal, Programa Nacional de Imunizações.
25
ASSOCIAÇÃO DE MASTECTOMIA E QUIMIOTERAPIA NO TRATAMENTO DO
CÂNCER DE MAMA NA CIDADE DE MONTES CLAROS
Maria Rafaela Alves Nascimento1; Maria Rafaela Nonato Marques2; Maria Eduarda Borges Rodrigues3; Yure
Batista Sousa4; Lanuza Borges Oliveira5
1,3,4 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc UNIFIPMOC - Afya
2Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
5Docente do curso de Medicina do Centro Universitário UniFipMoc - Afya e do departamento de enfermagem
da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é um relevante problema de saúde pública, é a
neoplasia maligna mais incidente em mulheres no mundo, acomete de forma predominante
no sexo feminino, por volta dos 50 anos de idade. É uma doença resultante da multiplicação
desordenada de células anormais da mama, nos ductos e glóbulos mamários, formando um
tumor potencialmente invasor. O tratamento do câncer de mama é classificado como
sistêmico, quando utilizam a quimioterapia, hormonioterapia e/ou terapia-alvo molecular e
local com a cirurgia radical ou conservadora e radioterapia. Geralmente o tratamento
oncológico requer a combinação de mais de um método terapêutico, método que aumenta a
possibilidade de cura, diminui perdas anatômicas e preserva a estética e funcionalidade das
mamas. OBJETIVO: Analisar a combinação terapêutica no tratamento do câncer de mama
em Montes Claros no Norte de Minas Gerais. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
retrospectivo de caráter quantitativo dos prontuários de pacientes com diagnóstico de câncer
de mama que foram submetidas a mastectomia e que realizaram quimioterapia adjuvante e/ou
neoadjuvante em um hospital de referência em tratamento oncológico no Norte de Minas
Gerais, no período de janeiro de 2017 a junho de 2022. RESULTADOS: Identificou-se que
310 pacientes foram submetidas à mastectomia e que 78,4% apresentavam registros quanto à
realização de quimioterapia, destas 42,4% realizaram a quimioterapia de forma neoadjuvante,
ou seja, previamente à mastectomia. Ademais, 38,2% das pacientes que foram submetidas ao
tratamento quimioterápico efetuaram de forma adjuvante ao procedimento cirúrgico e 19,3%
foram submetidas às duas propostas terapêuticas, realizando de forma neoadjuvante e,
também, de forma adjuvante. CONCLUSÃO: Observa-se que na maioria dos casos das
mulheres mastectomizadas o tratamento quimioterápico, tanto neoadjuvante, quanto
adjuvante, foi necessário, visto que conforme a literatura a combinação de mais de um
método terapêutico, aumenta a possibilidade de cura e diminui o índice de recidiva local e à
distância.
PALAVRAS-CHAVE: mastectomia; câncer de mama; estudo retrospectivo.
ATUAÇÃO DA GENÉTICA NO TRANSTORNO BIPOLAR
Sálua Trigo El-Khouri Bernardes 1; Pedro Maldonado de Aguiar Costa 1; Júlia Maldonado de Aguiar Costa 1;
Victoria Liery Ribeiro Alves 1; Darlene Maldonado de Aguiar Costa 2.
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professora do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
26
INTRODUÇÃO: O transtorno bipolar (TB) é uma doença psiquiátrica caracterizada por
alterações do humor, em que períodos de humor elevado intercalados por períodos de
depressão. O transtorno é dividido em: Tipo I, em que ocorrem episódios de mania, e Tipo II,
em que o humor elevado é mais leve e breve (hipomania). A herança no transtorno bipolar é
de difícil compreensão por envolver diversos genes, além de apresentar heterogeneidade e
relação entre fatores genéticos e não-genéticos. OBJETIVO: Analisar a predisposição
genética no transtorno bipolar e os principais alelos, genes e cromossomos envolvidos.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão narrativa de literatura, de caráter
descritivo. Foram escolhidos estudos indexados nas bases eletrônicas Scielo e Portal Regional
da Biblioteca Virtual de Saúde, realizados entre os anos de 2016 e 2022. Os descritores
utilizados foram: transtorno bipolar, predisposição genética e saúde mental. RESULTADO:
Nos estudos a analisados, houve a predominância dos genes CACNA1C, ODZ4, NCAN,
FTO, ANK3, TPH1/2, DAOA, TNF-A, IL-10, IL-6, BDNF e SERP1, que apresentam papéis
fundamentais no desenvolvimento e proteção contra a morte neuronal, nas fendas sinápticas,
na mielinização, mediação da resposta inflamatória e no controle imunológico. Ainda,
correlacionou-se o polimorfismo presente no gene FTO com recorrência familiar da doença e
ausência de episódios psicóticos; IL-6 com presença de episódios psicóticos; IL-10 com
ocorrência de episódios depressivos; CACNA1C e SERP1 com o tipo de TB.
CONCLUSÃO: Os genes citados neste estudo são os mais significativos na herança familiar
do TB, no entanto, mais estudos são necessários para comprovar essa relação de fato.
Ademais, destaca-se a relevância dos avanços tecnológicos nos estudos moleculares e a
repercussão favorável que esses acarretam no conhecimento do transtorno.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno bipolar. Predisposição genética. Saúde mental.
CÂNCER DE PRÓSTATA: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E
MORBIMORTALIDADE NA MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
Ana Isabel Martins Cordeiro Damasceno¹; Bárbara Medeiros Fagundes¹; Bruna Medeiros Fagundes¹; Maria
Teresa Mota Barbalho¹; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A próstata é uma glândula que faz parte do sistema reprodutor do sexo
masculino, as células que compõe essa glândula podem sofrer mutações que culminam em
doença benigna ou maligna. O câncer de próstata é um importante problema de saúde pública
pois está entre os cânceres mais prevalentes no sexo masculino. O aumento no número de
casos ao longo dos anos, deve-se principalmente ao aumento da expectativa de vida e da
evolução nos procedimentos para diagnóstico. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico
e determinar a morbimortalidade do câncer de próstata na região Norte de Minas Gerais, no
período de agosto/2013 a agosto/2022. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante
consulta ao Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da saúde
do Brasil. Foram analisados números de internações, custo de internações, perfil
sociodemográfico e taxa de mortalidade. RESULTADOS: Foram notificados 1.623
internações por câncer de próstata no período analisado, o número variou de 58 a 197 com
média anual de 162 internações. Houve maior número de internações no município de
27
Montes Claros (1.462) e menor em Buritizeiro (1). Além disso, ocorreu um aumento no
número de internações entre 2013 e 2022, com 58 internações em 2013 e 183 internações em
2022. Em relação a mortalidade, a taxa média foi de 10,60%, sendo maior no ano de 2014
(14,69) e em pacientes acima dos 80 anos (15,88%). As internações predominaram entre os
pacientes da cor/raça parda (76,4%). O valor total das internações na região entre 2013 e
2022 pelo SUS, foi de 3.401.093,08 reais, com um valor médio por internação de 2.905,55
reais. CONCLUSÃO: Conclui-se que o câncer de prostata afeta prioritariamente pacientes
do sexo masculino, pardos e acima de 80 anos. Dessa forma, destaca-se a necessidade de
ações públicas voltadas ao diagnóstico precoce e a prevenção do câncer de prostata, além do
tratamento precoce. Reduzindo, assim, o número de internações e a mortalidade por essa
doença na região supracitada.
PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Mortalidade; Câncer de próstata.
CÂNCER PEDIÁTRICO, PORQUE NÃO FALAR?
Rafaela Borges Teixeira 1; Eduarda Borges Teixeira 2; Lidia Nogueira da Silva 3; Janine Mendes de Lima Rocha4
1Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC; 2Acadêmico do curso medicina da instituição
FAMINAS-BH; 3Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC
4Professor do curso de medicina da instituição UNIFIPMOC
RESUMO: INTRODUÇÃO: O câncer é uma patologia que ocorre devido a proliferação de
células anormais no organismo humano. Na pediatria corresponde a primeira causa de morte
por doença e a segunda causa de morte, ficando atrás dos acidentes. Dito isso, os canceres
mais frequentes na infância são as leucemias, câncer do sistema nervoso central e linfomas.
Para a família, a recepção definitiva do diagnostico é uma experiência que gera grande
impacto na dinâmica familiar, é dolorosa, sofrida, desesperadora e exige organização física,
psíquica e financeira. Sobretudo porque na faixa etária pediátrica apresenta um caráter mais
agressivo, sendo urgente o diagnostico e o inicio de uma terapêutica adequada. Nos últimos
anos, houve avanço considerável na rapidez do diagnostico e tratamento, possibilitando a
cura em aproximadamente 80% dos casos. OBJETIVO: Descrever os fatores relevantes
associados ao câncer pediátrico: fatores de risco, epidemiologia, fatores emocionais e o
cuidado. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental, transversal, descritivo e
com abordagem qualitativa, foram inclusos 15 estudos científicos disponíveis na base de
dados da Scielo, Redalyc e Google acadêmico. RESULTADOS: Após a análise dos
trabalhos, foi possível determinar que o câncer pediátrico é uma doença de grande
preocupação para saúde pública, sendo o primeiro tipo de câncer mais frequente a leucemia
na idade do lactente ao pré escolar. Os fatores de risco relacionados são: mutações genéticas,
exposição ao benzeno e a drogas no período pre-natal, exposição a radiação, a pesticidas,
idade da mãe maior que 35 anos e idade paterna maior que 40 anos, Fatores perinatais ligados
à diabetes gestacional, como alto crescimento fetal e alto peso ao nascer. Diante dos trabalhos
revisados, além de abordar a doença de forma satisfatória, uma grande preocupação em
humanizar e principalmente aperfeiçoar o conhecimento acerca dos cuidados paliativos para
que seja assegurado a escuta, toque, atenção e acolhimento. CONCLUSÃO: Este resumo
tem o intuito de contribuir com os trabalhos acerca do câncer pediátrico, evidenciando a
importância de criar estratégias para diminuir a ocorrência de óbitos, facilitar o diagnostico
precoce e marcar a necessidade do cuidado da pessoa e não somente da doença, se
28
interessando primariamente pelo bem estar do paciente. Ademais, alertar a comunidade
médica acerca da necessidade de realizar-se outros estudos a fim de determinar outros fatores
de risco.
PALAVRAS-CHAVE: Neoplasias; pediatria; fatores de risco.
COMBATE À DENGUE: RELATO DE EXPERIÊNCIA
João Artur Dias dos Santos¹; Ana Luiza Farias e Silva²; Caique Fogaça Prates³; João Victor Messias Vieira4;
Nicole Aska Silveira Yamada5; Pedro Gabriel Gonzaga Durante6; Josiane Santos Brant Rocha7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença infecciosa endêmica no Brasil e se enquadra como
um sério problema de saúde pública. Diante disso, surge a necessidade das medidas de
educação em saúde para promover a sensibilização da população brasileira acerca das
medidas de prevenção. Dessa forma, a troca de saberes, entre acadêmicos de Medicina e
população local, tende a trazer uma relação de benefício mútuo. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos do curso de Medicina após realização de um Projeto de Extensão
contra a dengue. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O Projeto de Extensão foi executado no
semestre de 2022 por acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário
FIPMoc-Afya, Montes Claros - MG. O público-alvo foi definido como os moradores da área
de abrangência da Unidade de Saúde da Família em diferentes bairros de Montes Claros, em
que os estudantes realizaram a prática do Plano de Integração Ensino-Serviço-Comunidade.
A ação teve como propósito articular os universitários com a sociedade, por meio de uma
ação de caráter interventivo. Nesse contexto, o projeto foi desenvolvido em etapas que
incluíram a aproximação com a população, a percepção das características individuais de
cada bairro e dos seus moradores e a identificação das necessidades locais dentro da temática
norteadora. Os acadêmicos executaram uma incursão preventiva contra o mosquito Aedes
aegypti e a transmissão da dengue. RESULTADOS: A ação alcançou um público de 150
pessoas, possibilitando uma sensibilização sobre educação e prevenção. Para compor a
equipe de trabalho foi convidado o coordenador do Centro de Zoonose, a fim de informar
sobre os cuidados para evitar disseminação da doença. CONCLUSÃO: Conclui-se que
intervenções educativas podem contribuir substancialmente com a redução dessa endemia,
uma vez que conseguimos interação durante toda a ação que foi desenvolvida. Sugere-se que
novos projetos sejam realizados para que seja sanado esse problema de saúde pública.
PALAVRAS-CHAVE: Projeto de Extensão; Comunidade; Dengue.
COMPORTAMENTO DE RISCO PARA TRANSTORNOS ALIMENTARES E
FATORES ASSOCIADOS ENTRE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA
SAÚDE
Ronilson Ferreira Freitas1, Danilo Esteves Gomes1, Kamila Karyne dos Santos Souza2, Paloma da Silva Sousa2,
João Pedro Brant Rocha3, Nicole Aska Silveira Yamada4, Josiane Santos Brant Rocha4
29
1Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas FM/UFAM, Manaus, Amazonas, Brasil.
2Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna FASI, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Universidade Federal de Minas Gerais- UFMG, Belo Horizonte- Minas Gerais- Brasil.
4Centro Universitário UNIFIPMOC, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
RESUMO: Os transtornos alimentares são condições psiquiátricas que podem estar
associadas à morbimortalidade e resultar em comprometimento socioemocional e danos aos
sistemas metabólico e endócrino. Têm uma etiologia multifatorial caracterizada por
comportamentos alimentares perturbados e preocupação excessiva com o peso e a forma do
corpo. Frente a esse contexto, este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de
comportamento de risco para transtornos alimentares e os fatores associados entre estudantes
universitários da área da saúde. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal e
abordagem quantitativa. A população foi composta por estudantes universitários matriculados
em cinco cursos superior da área da saúde de uma Instituição de Ensino Superior Privada da
Cidade de Montes Claros, Norte de Minas Gerais. Para obtenção dos dados, foram utilizados
seis instrumentos autoaplicáveis: questionário socioeconômico, demográfico e hábitos de
vida adaptado da Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito
telefônico (VIGITEL), o Body Shape Questionnaire (BSQ), o Eating Attitudes Test (EAT-26)
e o Questionário Internacional de Atividade Física (IPAQ). Foram coletadas ainda as medidas
antropométricas. Utilizou-se o modelo de regressão de Poisson para obter estimativas do
efeito das variáveis no comportamento de risco para transtornos alimentares. Participaram do
presente estudo 364 estudantes universitários, com idade média de 22,8±4,7 anos. Foi
possível observar prevalência de comportamento de risco para transtorno alimentar em 21,7%
dos investigados. As variáveis que se mostraram associadas à maior prevalência do desfecho
investigado foram: presença de insatisfação com a imagem corporal (RP = 2,63; IC95%: 1,68
4,10), realizar tratamento para perder peso (RP = 1,64; IC95%: 1,05 2,57) e risco de doença
cardiovascular avaliado através da circunferência da cintura (RP = 1,54; IC95%: 1,02 2,31).
Houve elevada prevalência de comportamento de risco para transtorno alimentar nos
universitários da área da saúde e hábitos de vida e perfil antropométrico são fatores que se
associaram ao desfecho observado.
PALAVRAS-CHAVE: Transtornos alimentares; saúde dos universitários; epidemiologia.
CONHECIMENTO ACERCA DO CIGARRO ELETRÔNICO: PREVALÊNCIA E
FATORES PREDITORES
Ana Júlia Americano Zuba 1, Cecília Costa Brito¹, Isabela Mendes Porto¹, Karen Gonçalves Pinto¹, Lavínia
Alves de Oliveira Antunes¹, Maria Gabriela Gonzaga Gomes¹; Josiane Santos Brant Rocha 2.
1Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário UnifipMoc, Montes Claros- Minas Gerais
2Professor do curso de Medicina do Centro Universitário UnifipMoc, Montes Claros- Minas Gerais
RESUMO: INTRODUÇÃO: O consumo de cigarro eletrônico (CE) cresce entre adultos
jovens, tendo como atrativo a informação de ser menos danoso ao organismo que o uso do
cigarro tradicional. Apesar de ser tido como mais seguro, seus danos ainda não são bem
estabelecidos e o conhecimento dos profissionais de saúde sobre esse dispositivo é precário.
OBJETIVO: Este estudo objetivou estimar a prevalência do conhecimento do cigarro
eletrônico e a associação com fatores preditores. MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal,
30
analítico, com amostra probabilística de universitários matriculados em um Centro
Universitário de Montes Claros, Minas Gerais, no segundo semestre de 2022. A variável
dependente referiu-se ao conhecimento do CE. As variáveis independentes referiram a fatores
sociodemográficas (sexo, idade, estado civil e com quem reside) e laborais (trabalho e curso
que pertence). A coleta de dados ocorreu nas dependências da instituição, em uma sala
reservada, por um coletivo de pesquisadores treinados, após a autorização da instituição e
aprovação do comitê de ética. Foram realizadas análises descritivas das variáveis investigadas,
por meio de suas distribuições e frequências. As variáveis associadas ao desfecho até o nível
de 25% (p 0,25) foram analisadas de maneira conjunta por meio de regressão de possion.
Assumiu-se ao final vel de significância de 5% (p≤ 0,05). RESULTADOS: Foram
entrevistados 730 universitários, com a média de idade de anos 22,56 (±6,25), sendo que 60
% era do sexo feminino. Destes, 41,8 % apresentavam desconhecimento sobre o CE e após a
análise multivariada manteve-se associado ao desfecho estar matriculados em cursos da área
de humanas (RP= 1,32I, C95%1,12-1,56). CONCLUSÃO: Registrou-se elevada prevalência
do desconhecimento sobre o CE, nomeadamente entre aqueles universitários matriculados na
área de humanas. Considerando os resultados encontrados, sugere que os gestores da
instituição pesquisada incentivem palestras sobre a temática, orientando os acadêmicos sobre
os possíveis malefícios advindos desse consumo.
PALAVRAS-CHAVE: cigarro eletrônico; prevalência; universitários.
CONTRIBUIÇÃO DO MODELO BIOPSICOSSOCIAL NA DISCIPLINA DE
HABILIDADES E ATITUDES MÉDICAS DO CURSO DE MEDICINA
Aline Alencar Cunha¹; Maria Eduarda Borges Rodrigues²; Ian Paulo Mendonça³; Ilma Cristina Marques
Rodrigues Dias4; Josiane Santos Brant Rocha5; Maria Suzana Marques6; Lanuza Borges Oliveira7
¹-4Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
5-7Professoras do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc - Afya
INTRODUÇÃO: O modelo biopsicossocial refere-se a uma abordagem multidisciplinar que
abrange as esferas psicológicas, biológicas e sociais da vida de um indivíduo, com o intuito
de promover um melhor diagnóstico e cuidado do paciente. Nesse contexto, a disciplina
Habilidades e Atitudes Médicas (HAM) desenvolve vários cenários, com o objetivo de
promover no estudante competências, atitudes e habilidades imprescindíveis a um médico
durante seus atos de assistência em saúde. OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos
do curso de medicina que cursaram as disciplinas Habilidades e Atitudes Médicas I e II e sua
abordagem biopsicossocial. RELATO DE EXPERIÊNCIA: A disciplina HAM I iniciou-se
no período do curso médico, a fim de proporcionar a integração entre a teoria e a prática,
capacitando os acadêmicos em ambientes de simulação para as etapas futuras do curso em
que serão realizados os acompanhamentos clínicos. Além de promover um olhar reflexivo e
abordagem holística, o foco foi a avaliação dos sistemas cardiovascular, respiratório e
digestório, além da construção da anamnese. A disciplina HAM II iniciou-se no período e
encontra-se em processo de execução. Com o intuito de dar continuidade ao estudo iniciado
no semestre anterior, o foco envolve: o sistema nervoso, osteomuscular, urinário, reprodutor e
endócrino, além do treinamento em Suporte Básico de Vida adulto e pediátrico.
RESULTADOS E REFLEXÃO: As disciplinas do curso de medicina ultrapassam os limites
31
do modelo biomédico ao consolidar a importância do modelo biopsicossocial que além da
abordagem da patologia, bioquímica e fisiologia investiga, também, os aspectos psicológicos
do paciente, os determinantes sociais, ambientais e outros fatores subjetivos que afetam a
saúde. Tal forma contribui para a formação de um profissional capacitado, uma vez que a
saúde engloba variáveis diversas, não sendo possível a separação do corpo e da mente, bem
como, do indivíduo e da comunidade. CONCLUSÃO: A boa formação médica requer o
conhecimento teórico consolidado com a prática. Métodos didáticos que estimulem o
raciocínio do acadêmico devem cumprir o papel de apresentar os diversos fatores que podem
influenciar o adoecimento do indivíduo. Dessa maneira, o modelo biopsicossocial engloba
múltiplos fatores que podem afetar a saúde, portanto o ensino contribui para formação de
profissionais mais capacitados em diagnosticar e cuidar de seus pacientes.
PALAVRAS-CHAVE: Modelos Biopsicossociais; Ensino; Medicina.
COREIA DE HUNTINGTON EM QUATRO GERAÇÕES DIFERENTES DA
MESMA FAMÍLIA RELATO DE CASO
MURTA, Gonçalvino Eleutério¹; FRAGA lll, Henrique de Almeida¹; GOMES, Lucas Matheus Silva¹; SANTOS
OLIVEIRA, Miguel Antonio ¹; SANTOS, Ramon Rocha Vieira¹; DAVID, Thales de Oliveira¹
¹Acadêmico do curso de Medicina na instituição UNIFIPMOC
RESUMO: INTRODUÇÃO: A Doença de Huntington é uma doença hereditária
autossómica dominante com penetrância completa caracterizada por neurodegeneração
progressiva que acarreta disfunções motoras, cognitivas e psiquiátricas. É marcada pela
coreia, um movimento involuntário, assimétrico e irregular. OBJETIVO: Analisar o caso de
paciente portador da Coreia de Huntington com enfoque na capacidade de piora progressiva
da doença. MÉTODO: Foram colhidas informações através de entrevista com o paciente;
estudo, revisão e registro da evolução presente nos prontuários e avaliação de resultados dos
exames e laudos. RELATO DO CASO: Na anamnese, paciente do sexo feminino, 64 anos,
com movimentos involuntários por todo o corpo de predomínio em extremidades superiores e
inferiores 05 anos. Evolui com piora motora progressiva acompanhada de disfagia,
disartria, constipação, tiques orais e dificuldade no controle esfincteriano da micção que
cedem durante o sono. Possui histórico familiar semelhante conhecido em 4 gerações, bisavó,
avó, mãe e irmão. Utiliza ácido valproico, cloridrato de biperideno, haloperidol e zolpidem.
Ao exame físico, marcha alterada com redução da mobilidade, músculos com hipertonia em
MMSS e MMII, déficit na fluência verbal e quadros de tiques. Apresenta alterações iniciais
nos nervos cranianos relacionados a fala e digestão. Os reflexos biciptital, tricipital, patelar,
aquileu e cutâneo plantar estavam hiperativos e apresentava sinal de Babinski. CONDUTA:
Tem abordagem multidisciplinar com controle sintomatológico através de fármacos
anticonvulsivantes, anticolinérgicos, antipsicóticos e hipnóticos; fisioterapia e suporte
psicossocial. DISCUSSÃO: A Doença de Huntington é causada por uma anormalidade no
gene IT15 acarretando uma produção defeituosa e patológica da proteína Huntingtina que ao
interagir com os gânglios da base, núcleo caudado e putamen resulta nas disfunções
responsáveis pelo aparecimento dos sintomas. No paciente, fora encontrado sintomas, sinais e
história familiar compatíveis, além de achados em RM de crânio que evidenciou atrofia das
áreas chave e estudo genético que comprovou o gene anômalo. CONSIDERAÇÕES
FINAIS: Por ser uma doença sem cura e inevitavelmente progressiva, com sobrevida de
32
cerca de 15 a 20 anos após o diagnóstico, o tratamento deve visar a manutenção da melhor
qualidade de vida possível para o paciente, que respeite suas limitações, com suporte
adequado para ele e sua família a fim de minimizar seus sofrimentos.
PALAVRAS-CHAVE: Coreia, Huntington, IT15.
COVID-19: O ISOLAMENTO SOCIAL E A RESTRIÇÃO DA PRÁTICA
ESPORTIVA NA SAÚDE DE ATLETAS E DOS PRATICANTES DE ATIVIDADES
FÍSICAS
MELO, Nikole Oliveira¹ ; ALVES, Gabriel França¹ ; GUERRA, Gustavo Vieira¹ ; SILVA, Luiz Gabriel
Quaresma Lemos da¹ ; MUNDIM, Mariana Guimarães¹ ; MARTINS, Tainá Reis¹ ; PRINCE, Karina Andrade
de²
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC
2Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC
INTRODUÇÃO: A pandemia ocasionada pelo Novo Coronavírus, decretada no dia 11 de
março de 2020 pelo Diretor-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), proibiu o
funcionamento de academias e ginásios devido ao isolamento social. A partir disso, prática de
atividades físicas também foi prejudicada pelas medidas do distanciamento social, uma vez
que os indivíduos não detinham de equipamentos e suporte necessário para continuarem seus
exercícios. OBJETIVO: Analisar as consequências para a saúde de atletas e dos praticantes
de atividade físicas diante da inatividade das práticas esportivas durante o período de
pandemia COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura.
A busca na literatura foi realizada nas seguintes bases de dados: Scientific Electronic Library
Online (SciELO), Web of Science e National Library of Medicine (PubMed/Medline),
Research Gate, Google Acadêmico, Banco de Arquivos do Ministério da Saúde.
RESULTADOS/DISCUSSÃO: Desde o surgimento da COVID-19, notou-se um vasto
número de estudos sobre a temática do isolamento social e da restrição da prática esportiva na
saúde de atletas e dos praticantes de atividades físicas durante a pandemia do COVID-19,
posto isso, nesta revisão, foram selecionados 24 estudos, desses 14 são do ano de 2020.
Segundo Costa et al., (2020), houve um comprometimento das atividades esportivas pelo
risco de contaminação da doença e devido ao isolamento social adotado como medida de
proteção, sendo necessária a realização de atividades isoladas. Diante dessa determinação,
Dwyer et al (2020) salienta que atletas de todos os níveis tentem se exercitar o máximo, afim
de não alterarem suas rotina de exercícios e garantirem assim bem estar físico e mental,
evitando agravamento de outras doenças. CONCLUSÃO: As alternativas esportivas
propostas para os atletas profissionais no presente artigo demonstram uma preocupação dos
esportistas com a continuidade de sua rotina e condicionamento físico para enfrentar um
cenário de limitação para essa prática esportiva. A necessidade de adequação no cenário
pandêmico parte das alterações corporais e metabólicas que os praticantes estão sujeitos,
sendo assim medidas, como: limitação de público, redução do tempo de contato entre os
atletas durante os treinamentos ou até mesmo a redução dos profissionais que trabalham
durante a prática do esporte coletivo ou individual, são caminhos possíveis para que o retorno
seja feito de uma maneira responsável e consciente.
33
PALAVRAS-CHAVE: atividades físicas; isolamento social; COVID.
CUSTOS COM HOSPITALIZAÇÃO EM PACIENTES COM DENGUE ENTRE OS
ANOS DE 2012 A 2021 NA REGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
Igor Antonio Tolentino Narciso 1; Émerson Patrick Alves Veloso 2; Aline Camargo de Oliveira ³; Arthur Teixeira
Godoi 4; Bárbara Samira Mendes 5
1Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
2Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
3Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
4Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
5Médica pela instituição UNIFIPMoc
RESUMO: A dengue é uma doença infecciosa altamente endêmica dos países tropicais,
causada por um dos 4 sorotipos do vírus da dengue e transmitida pelo mosquito Aedes.
Aproximadamente 50 a 100 milhões de pessoas são infectadas pelo vírus da dengue por ano,
causando um alto impacto econômico para o governo e para os indivíduos. A infecção pode
evoluir em fases: uma fase crítica febril com sintomas de febre hemorrágica, conhecida como
febre hemorrágica da dengue e síndrome do choque da dengue, ambas consideradas
complicações, os casos não complicados são caracterizados por manifestações leves,
espontâneas ou induzidas. OBJETIVO: Avaliar os custos provenientes do tratamento da
dengue em pacientes hospitalizados na região de saúde norte de Minas Gerais, entre os anos
de 2012 a 2021. MÉTODO: Trata-se de um estudo de caráter observacional, retrospectivo,
de delineamento quantitativo e de base documental, pesquisado em bancos de dados digitais,
com dados obtidos a partir do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS)
compreendendo o período de janeiro de 2012 a dezembro de 2021, abrangendo toda a
população hospitalizada na região norte de Minas Gerais. RESULTADOS: O total de gastos
com a hospitalização de pacientes com dengue foi de R$598.986,89, tendo a região de
Montes Claros com os maiores gastos, contabilizando R$181.681,69, seguida pela região de
Janaúba com R$ 170.198,39, e de Brasília de Minas/São Francisco com um valor de R$
84.233,71. As 3 regiões onde houve menores custos das hospitalizações foram: a região de
saúde de Manga, com um gasto de R$ 1.694,08, a região de Coração de Jesus com
R$2.478,16 e a região de Francisco Sá, que contabilizou R$16.671,36. As regiões de
Januária, Taiobeiras, Salinas, Bocaiúva e Pirapora contabilizaram R$17.190,70, R$
20.519,07, R$22.141,88, R$22.802,60 e R$ 59.375,25, respectivamente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Por conseguinte, conclui-se que a região de saúde Montes
Claros foi a que mais utilizou recursos públicos do Sistema Único de Saúde (SUS) para a
hospitalização de pacientes com dengue, enquanto a região de saúde de Manga utilizou
menos. Desse modo, o presente estudo visa contribuir com dados epidemiológicos dos gastos
de saúde pública com a hospitalização de pacientes com dengue na região Norte de Minas
Gerais, incentivando estratégias de promoção de saúde e prevenção de doenças em relação a
dengue.
PALAVRAS-CHAVE: tratamento da dengue; impacto econômico; gastos com a
hospitalização.
34
DEPRESSÃO NA ADOLESCÊNCIA: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA
Gabriella Ribeiro Silva;Henrique Garcia Freire Cardoso¹;João Fellipe Silva Araújo¹;João Victor Dias Ruas¹;
Maria Fernanda Azevedo Versiane¹;Josiane Santos Brant Rocha 2
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC
2Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC
RESUMO: O objetivo do estudo foi descrever o perfil epidemiológico da depressão,
considerando período da adolescência, fatores de risco, medidas farmacológicas e não
farmacológicas para o tratamento. Foi realizada uma revisão integrativa de literatura
utilizando-se descritores relacionados a depressão, adolescentes, causas, faixa etária, sexo
mais acometido e tratamento, sendo critérios de inclusão: idiomas: português, inglês e
espanhol e disponibilidade dos artigos de forma íntegra, totalizando assim, 125 artigos. As
bases eletrônicas de pesquisas foram Google Acadêmico, PubMed (MEDLINE), SciELO,
entre janeiro de 2017 a outubro de 2021. A depressão é um dos transtornos psicológicos mais
prevalentes na adolescência e é considerada um dos preditores do suicídio, isso a torna um
assunto de Saúde Pública. O acometimento da depressão em adolescentes é relacionado
muitas vezes a problemas na escola, sexual, uso de drogas e tem-se o ambiente familiar como
uma das maiores instituições de socialização, sendo efetivo para estruturação dos âmbitos
sociais, acadêmicos e financeiros. Os episódios de depressão têm aumentado
significativamente durante adolescência, sendo considerados debilitantes e recorrentes, sendo
os principais sintomas: humor irritado e perda de energia, apatia e desinteresse, retardo
psicomotor, sentimentos de desesperança e culpa, perturbações do sono - hipersonia,
alterações de apetite e peso, isolamento e dificuldade de concentração. Esta revisão pontuou,
portanto, uma série de estudos que discutem propriedades, manifestações e intervenções
possíveis nos quadros de depressão em jovens. Acredita-se que esses achados possam ser de
grande valia para profissionais de saúde e também pra pessoas de outras áreas para que
possam ter uma melhor compreensão acerca do tema, e, assim, proporcionar uma melhor
qualidade de vida para pessoas afetadas por essa enfermidade.
PALAVRAS-CHAVE: Depressão; Adolescência; Psicopatologia.
DEPRESSÃO PÓS-PARTO: REVISÃO INTEGRATIVA DA LITERATURA
Ana Luíza Braga E Silva¹; Gleyka De Melo Ribeiro¹; João Victor Dias Ruas¹; Melline Ribeiro Alencar¹;
Samuel; Lynnykee Lopes Rodrigues¹; Victória Alkmim Alves¹; Igor Monteiro Lima Martins²
¹Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
²Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
RESUMO: Este trabalho visa descrever a Depressão Pós-Parto (DPP), ressaltando a
importância de seu diagnóstico precoce dentre as puérperas susceptíveis. Trata-se de uma
revisão integrativa da literatura cujos critérios de inclusão foram: artigos disponíveis na
íntegra, nos idiomas: inglês, português ou espanhol. O período de busca foi de 2005 a 2021.
As principais bases de dados consultadas foram: Pubmed, Lilacs, Web of Science. Para a
busca dos artigos, utilizaram-se os descritores padronizados pelos Descritores em Ciências da
Saúde. A amostra final foi composta por 43 trabalhos. O período gestacional e o pós-parto
são considerados fases de elevado risco para o surgimento de transtornos psiquiátricos.
35
Dentre os prováveis quadros desencadeados nesse período, tem-se a DPP, uma psicopatologia
multifatorial de impacto negativo e significativo para a paciente, para a família e,
principalmente, para o recém-nascido, por gerar dificuldades de desenvolvimento
neurobiológico e psicológico da criança nas primeiras fases da vida. A DPP é considerada
grave e de grande impacto, porém, é frequentemente negligenciada e, portanto,
subdiagnosticada. No intuito de minimizar os conflitos gerados por esse quadro, foi
desenvolvida a Escala de Edimburgo (EDPE), elaborada em 1987 por Cox, Holden e
Sagovski para fins de clínica e pesquisa, traduzida para 24 idiomas, tendo sido adaptada e
validada para sua aplicação no Brasil em 1999 por Santos, Martins e Pasquali. Dentre os
métodos recomendados para rastreio da DPP pela Federação Brasileira de Ginecologia e
Obstetrícia (FEBRASGO), a EDPE é a principal estratégia de triagem empregada, devido à
facilidade de sua aplicação e interpretação. É um instrumento que pode ser de autorregistro
ou aplicado por terceiros (profissionais das áreas básicas de saúde), categorizado em 10
enunciados que avaliam como a mulher se sentiu na última semana, cujas opções são
pontuadas de 0 a 3 conforme a presença ou a intensidade dos sintomas depressivos, como
humor deprimido, desânimo, perda de prazer, cansaço, falta de concentração, alterações de
sono e apetite. A somatória dos pontos perfaz um escore de 30 e, na avaliação final, uma
contagem igual ou superior a 10 indica uma possível DPP. Logo, este instrumento tem como
finalidade influenciar a paciente a procurar por ajuda profissional capacitada, evitando
episódios depressivos no futuro, bem como o risco de agravamento do quadro para a psicose
puerperal.
PALAVRAS-CHAVE: depressão;pós-parto.
DESENVOLVIMENTO DE ARTRITE PÓS-FASE AGUDA DE FEBRE
CHIKUNGUNYA: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Anna Clara Santiago França1; Nicole Silva Malheiros2; Maria Clara Lopes Dias3; Polyanna Vieira Lima Soares4;
Amanda Katherine Vieira Lima Soares5; Nathália Vieira De Oliviera6; Victor Barbosa Rios7; Pedro Emanuel
Pimenta de Abreu8; Jhonantan Rodrigues Silva9
1Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
2Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
3Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
4Acadêmica do curso de Medicina da Centro Universitário FIPMoc
5Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
6Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
7Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
8Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
9Professor Jhonantan Rodrigues Silva do curso de Medicina do Centro Universitário do Norte de Minas
INTRODUÇÃO: A epidemia pelo vírus chikungunya (CHIKV) gerou um grande número de
pessoas que desenvolveram artralgia crônica após a fase aguda da doença. Levando em
consideração o crescente número de pessoas que apresentaram sintomas reumáticos que
persistiram por um longo período, foram realizados alguns estudos com o intuito de
compreender a prevalência e a incidência dessas manifestações. OBJETIVO: Reunir
informações e ressaltar as principais evidências sobre a artrite por febre chikungunya, bem
como as características dessa inflamação prolongada. METODOLOGIA: Foi realizada uma
revisão sistemática de literatura baseada no banco de dados do Scielo e PUBMED. Para a
busca, foram utilizados os descritores “Infecção por Chikungunya”,“artrite viral”,
36
“reumatismo inflamatório crônico” e “artrite crônica” em inglês. Foi considerado o
acompanhamento transversal de uma coorte prospectiva de 500 pacientes no período de
2014-2015 em uma região tropical, local de grande incidência da arbovirose, em que
avaliaram predominantemente adultos, mulheres e com ensino médio completo ou inferior.
Foram incluídos os pacientes sorologicamente positivos para CHIKV. RESULTADOS:
Dentre as 342 publicações identificadas, ao final foram utilizados 5 artigos. Foram
observadas manifestações semelhantes ao reumatismo inflamatório crônico que persistiram
em paciente após 3 meses de infecção pelo vírus. Foi documentada uma prevalência de 25%
de dor articular após 20 meses do processo infeccioso. Ademais, pacientes que tiveram carga
viral elevada na fase aguda somada a resposta imune exacerbada na fase pós-virêmica e a
idade acima de 45 anos foram fatores preditores para a manifestação crônica. Foi
evidenciado, ainda, que algumas articulações são mais propensas para o surgimento dos
sintomas como tornozelos, punhos e articulações metacarpo-falângicas. CONCLUSÃO:
Percebe-se que a prevalência das sequelas de CHIKV pós-fase virêmica possui um número
considerável. Apesar de alguns pacientes evoluírem com doenças reumáticas inflamatórias
por um longo período, não evidencias de um prazo limite para o fim do quadro clínico,
sendo que na maioria dos casos o quadro é autolimitado e algumas medicações reumáticas
podem auxiliar na regressão do caso. O conhecimento da incidência de casos
pós-chikungunya é fundamental para orientação dos pacientes e acompanhamento
prolongado.
PALAVRAS-CHAVE: Chikungunya infection; viral arthritis; chronic inflammatory
rheumatism; chronic arthritis.
DIABETES COMO UM FATOR ASSOCIADO AO PIOR PROGNÓSTICO EM
PACIENTES COM COVID-19
Ana Júlia Pereira Santos1; João Víctor Ferreira Santos1; Júlia Paraíso Rocha1; Maria Isabel Maia Rocha1;
Mariana Heyden Barbosa1; Sofia Ramos Santos1; Thiago Alves Barbosa1; Vitor Hugo Figueiredo Santos Neto1;
Erika Sales Martucelli2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A pandemia pela COVID-19, infecção causada pelo coronavírus
SARS-CoV-2, iniciada em 2019, se sobrepôs a uma pandemia pré-existente, a do Diabetes
Mellitus Tipo 2 (DM2). Foi demonstrado que o DM2 constitui fator de risco para a evolução
desfavorável da COVID-19, assim como para contraí-la, o que significa uma maior
suscetibilidade ao vírus. OBJETIVOS: Analisar a associação entre o Diabetes Mellitus e o
pior prognóstico em pacientes com COVID-19. METODOLOGIA: Consiste em uma
revisão bibliográfica, com artigos pesquisados nas bases de dados, biblioteca virtual em saúde
(BVS), SciELO, LILACS e Medline. Sendo “Diabetes Mellitus”, “Covid-19” e “Pandemia”
as palavras chaves utilizadas. RESULTADOS: Estudos mostraram que pacientes com DM e
COVID-19 têm maior risco de severidade e mortalidade, quando comparados àqueles com
COVID-19 e sem DM. Logo, pessoas com diabetes têm risco aumentado para infecções
severas produzidas por diferentes agentes, incluindo o SARS-CoV-2. Os mecanismos
propostos para explicar a associação entre DM e COVID-19 incluem um processo
inflamatório exacerbado, alterações na coagulação e na resposta imune, e agressão direta do
37
SARS-CoV-2 às células das ilhotas pancreáticas, responsáveis pela regulação glicêmica. Em
pacientes diabéticos, a resposta imunológica apresenta-se comprometida decorrente do estado
hiperglicêmico e, portanto, estas alterações contribuem para pior prognóstico em pacientes
com COVID-19. CONCLUSÃO: Nota-se que a relação entre as duas pandemias distintas, da
COVID-19 e Diabetes, impactou negativamente no prognóstico do paciente, principalmente
pela sobreposição da doença inflamatória crônica causada pelo DM2 e a inflamação
decorrente da COVID-19, resultando em consequências grandemente amplificadas. Logo,
diante da complexidade das duas pandemias, os pacientes devem seguir recomendações e
acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, além do monitoramento rigoroso da glicose
e avaliação cuidadosa de fatores que podem atenuar o agravamento de sintomas e efeitos
adversos.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus; COVID-19; Pandemia.
DIABETES MELLITUS E HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA - AÇÃO EM
SAÚDE EM COMBATE ÀS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS: UM
RELATO DE EXPERIÊNCIA
Cláudia Rodrigues de Araújo¹; Amanda Dias Magalhães Gonçalves Borges¹; Antônio Normando Freire da
Silva¹; João Víctor Ferreira Santos¹; Lília Márcia Lima Azevedo Xavier Rocha¹; Maria Eduarda Neves
Moreira¹; Matheus de Souza Barbosa¹; Karina Andrade de Prince²
¹Acadêmicos do curso de medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
²Professora do curso de medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: As doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), diabetes mellitus (DM) e
hipertensão arterial sistêmica (HAS), tem aumentado no Brasil e constituem um sério
problema de Saúde Pública. Ressalta-se a relevância dessas patologias por serem importantes
fatores de morbimortalidade. Esses riscos podem ser diminuídos, identificando-os e
prevenindo a doença pelo acesso à saúde e adesão ao tratamento. Diante disso, surge a
necessidade das medidas de educação em saúde para promover a sensibilização da população
acerca das medidas de prevenção, principalmente no que diz respeito à adoção de hábitos
saudáveis. Dessa forma, a troca de saberes, entre acadêmicos de Medicina, Fisioterapia e a
população local, tende a trazer uma relação de benefício mútuo. OBJETIVO: Relatar a
experiência de acadêmicos do curso de Medicina e de Fisioterapia na realização de um
Projeto Ação em Saúde contra a HAS e DM, a fim de evidenciar a importância da prevenção
e tratamentos dessas enfermidades. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O Projeto Ação em
Saúde acerca da prevenção, acompanhamento e tratamento da HAS e DM foi executado no
dia 20 de agosto de 2022, de 8h às 14h, na praça principal da cidade de São João da
Lagoa-MG, por acadêmicos dos cursos de Medicina e Fisioterapia do Centro Universitário
FIPMoc-Afya, Montes Claros-MG. O público-alvo foram os moradores da área de
abrangência da Unidade de Saúde da Família da região, em que os estudantes realizaram a
prática do Projeto Ação em Saúde. A ação teve como propósito articular os universitários
com a sociedade, por meio de uma ação de caráter interventivo. Nesse contexto, o projeto foi
desenvolvido em etapas que incluíram a aproximação com a população, a partir de
orientações sobre alimentação saudável, prática de atividade física, cuidados com o
diabético e prognóstico. Ademais, foi realizada aferição da pressão arterial, medição dos
níveis de glicemia e liberação miofascial dos moradores. RESULTADOS E REFLEXÃO: A
38
ação teve um público total de 80 pessoas, possibilitando uma difusão abrangente de
informações acerca do tema. Assim, notou-se uma participação ativa da população de
diferentes faixas etárias. CONCLUSÃO: O projeto atingiu todos os objetivos idealizados, e
impactou, de modo positivo, seus participantes, uma vez que possibilitou de maneira
acessível para o público um maior entendimento sobre a importância da prevenção,
acompanhamento e tratamento da HAS e DM, a fim de prevenir repercussões geradas por
essas doenças.
PALAVRAS-CHAVE: Prevenção; Diabetes; Hipertensão arterial sistêmica.
DOENÇA DE ALZHEIMER: UMA ANÁLISE DAS REPERCUSSÕES
FISIOLÓGICAS E PSICOSSOCIAIS
Victoria Liery Ribeiro Alves 1; Sálua Trigo El-Khouri Bernardes 1; Alice Simões Santos 1; Lucas Lopes
Fagundes 1; Pedro Maldonado de Aguiar Costa 1; Rafaela Zilio Bandeira 1; Josiane Santos Brant Rocha 2
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: A Doença de Alzheimer é uma patologia neurodegenerativa cuja
fisiopatologia inclui deposição extracelular de agregados beta-amilóides (placas senis) e
inclusões intracelulares de agregados de proteínas Tau hiperfosforiladas (emaranhados
neurofibrilares) principalmente nas áreas responsáveis pela memória, mas podendo atingir
áreas motoras e cognitivas. OBJETIVO: Compreender os aspectos fisiopatológicos da
Doença de Alzheimer (DA) os consequentes impactos na esfera psicossocial.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão narrativa, de caráter descritivo. Foram
selecionados estudos indexados nas bases eletrônicas Scielo e Portal Regional da BVS
(Biblioteca Virtual de Saúde) realizados entre os anos de 2015 e 2020 e de língua inglesa e
portuguesa, por meio dos descritores “Doença de Alzheimer”, “Demência” e
“Neuropatologia”, totalizando em 122 trabalhos. RESULTADO: A DA tem extrema
interferência na vida da família e dos cuidadores do portador da doença, pois a patologia
torna o indivíduo muito dependente de cuidados básicos, como higienização, alimentação e
medicação. Dessa forma, uma diminuição do orçamento familiar e agravamento do estado
físico e psicológico dos cuidadores, gerados pela sobrecarga. Então, o cuidador está propenso
desenvolver estresse, depressão, ansiedade e sono. CONCLUSÃO: A DA gera
consequências não neurológicas como psicossociais. O apoio a fim de melhorar a
qualidade de vida dos responsáveis é de suma importância, uma vez que melhora também o
manejo com o paciente. Em vista disso, o profissional de saúde deve guiar o cuidador a
respeito dos cuidados que ele deve ter também com si próprio.
PALAVRAS-CHAVE: Doença de Alzheimer; Demência; Neuropatologia.
DOENÇA DE KIKUCHI FUJIMOTO: RELATO DE CASO
Leide Daiana Silveira Cardoso 1; Marcella Andersen Guedes Magalhães¹; Victoria Rachel de Oliveira e Souza².
1Bacharel em Medicina pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas - FUNORTE
39
2Bacharel em Medicina pelo Centro Universitário FipMoc
RESUMO: A Doença de Kikuchi-Fujimoto (DKF) é uma linfadenite necrosante rara,
autolimitada e de bom prognóstico. Sua fisiopatologia é desconhecida, mas parece haver uma
resposta imune celular após um gatilho, como infecções pelo Herpes Vírus, Epstein-Barr,
Parvovirus, etc. É mais prevalente em mulheres jovens e manifesta-se tipicamente com
linfadenopatia cervical e febre. O diagnóstico é histopatológico e entre os diagnósticos
diferencias temos o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) e linfomas. Objetivamos relatar um
caso da DKF em uma mulher de 31 anos, residente no Norte de Minas Gerais.
METODOLOGIA: Trata-se de um relato de caso com base em informações contidas em
prontuário médico. CASO CLÍNICO: Paciente do sexo feminino, 31 anos, previamente
hígida, queixando-se de nódulo em região cervical esquerda que surgiu 4 semanas após
quadro de faringite. Ao exame foi observado presença de tumoração em região cervical
esquerda, de 5 cm, endurecida, fixa e dolorosa a palpação, além de febre e poliartralgia.
Estudo anatomopatológico com imuno-histoquímica do nódulo evidenciou linfadenite
necrotizante compatível com DKF ou linfadenite lúpica. A paciente evoluiu com regressão
espontânea dos sintomas, fator antinuclear não reagente e provas inflamatórias normais,
fechando diagnóstico como DKF. DISCUSSÃO: No estudo é relatado caso de uma paciente
do sexo feminino que iniciou quadro de linfonodomegalia cervical e sintomas sistêmicos
inespecíficos 4 semanas após infecção viral, sendo quadro compatíveis com diversas
patologias, entre elas a DKF, pois sua incidência chega a 5% e, ao contrário, de outros
diagnósticos diferenciais, seu tratamento é simples. A paciente deste estudo realizou biópsia
com análise anatomopatológica e imuno-histoquímica do linfodo que evidenciou linfadenite
necrotizante podendo corresponder a DKF e linfadenite lúpica. Por não fechar critérios para
LES, foi confirmado o diagnóstico como DKF. Conforme história natural da doença a
paciente apresentou regressão dos sintomas sem qualquer tratamento. Alguns estudos trazem
o uso de corticoide em baixas doses, mas o uso é questionado frente a benignidade da
patologia. CONCLUSÃO: A DKF é na maioria das vezes subdiagnosticada ou erroneamente
diagnosticada e tratada como LES ou linfoma. Deve sempre ser hipótese diagnostica nos
casos de linfadenopatias necrotizantes de forma a evitar iatrogenia ou exposição do paciente a
transtornos desnecessários.
PALAVRAS-CHAVE: Doença de Kikuchi-Fujimoto. Linfadenite necrosante.
DUPLICAÇÃO GÁSTRICA GIGANTE EM CRIANÇA: RELATO DE CASO
Mariana Silva Siqueira¹, Natália de Oliveira Andrade², Rafaela Rodrigues Alves³, Letícia Alves Antunes4,
Cássio Costa5, Pedro Fleury Teixeira6, Maria Fernanda Sales de Oliveira Azevedo7
1,2,3Acadêmicas do curso de medicina da instituição FUNORTE
4,6Professores do curso de medicina da instituição FUNORTE
5Professor do curso de medicina da UNIMONTES
7Médica pediatra Hospital Universitário Clemente de Faria
INTRODUÇÃO: Duplicações do trato digestivo são consideradas anomalias congênitas
raras encontradas em qualquer lugar desde a boca até o ânus. O local mais comum de
acometimento é o íleo, cerca de 34%, e o menos comum é o duodeno com cerca de 6%. As
manifestações clínicas dependem do tamanho, localização, se existe comunicação com o trato
40
digestivo e presença de mucosa ectópica. Este termo engloba um grupo de anomalias
congênitas, que apresentam três características: presença de uma camada desenvolvida de
tecido muscular liso, revestimento epitelial que representa alguma porção do trato alimentar e
ligação íntima com alguma porção do trato alimentar. Os cistos de duplicação gástrica (CDG)
são responsáveis por 8% das duplicações do trato digestivo, são mais frequentes em meninas
(2F:1M) e costumam se localizar junto à grande curvatura ou parede posterior. Em geral, são
diagnosticados e tratados na infância. A seguir, relato de caso de duplicação gástrica gigante
em paciente pediátrico. RELATO DE CASO: Criança, sexo masculino, 1 ano e 10 meses
com relato de dor abdominal, vômitos frequentes e aumento do volume abdominal. Ao exame
físico, foi observado lesão de grandes dimensões em região epigástrica, móvel. Realizado
tomografia de abdômen total que evidenciou lesão cística, com conteúdo denso, medindo
cerca de 14 x 10 cm em região epigástrica. Tal lesão comprimia parcialmente o estômago e
encontrava-se aderida a outras estruturas abdominais, podendo corresponder a uma
duplicação gástrica cística ou cisto mesentérico. Criança submetida a laparotomia
exploradora com presença de lesão próxima a grande curvatura do estômago. Ela se
encontrava aderida a sua parede posterior à veia porta. Realizada aspiração do conteúdo
cístico e exérese quase total da cápsula da duplicação, optando por realizar mucosectomia de
pequena região da parede posterior que se encontrava em íntimo contato com o hilo hepático.
Criança evoluindo bem, recebendo alta no dia de pós-operatório. Anatomopatológico
confirmou se tratar de duplicação gástrica cística. CONCLUSÃO: Os cistos de duplicação
gástrica são responsáveis por cerca de 8% das duplicações do trato digestivo, geralmente as
crianças são sintomáticas, o que facilita o diagnóstico e o tratamento antes do primeiro ano de
vida (60%). O relato de caso está de acordo com a literatura que a criança foi diagnosticada
na infância por se apresentar sintomática. Este caso chama a atenção pelas dimensões
desproporcionais.
PALAVRAS-CHAVE: Duplicação Gástrica; Criança.
EDUCAÇÃO EM SAÚDE SOBRE TABAGISMO NA ADOLESCÊNCIA: Um relato de
experiência
Paulo André Rocha Nascimento 1; Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas1; Maria Izabel Souza Pereira1; Mayra
Darlliane Loiola Silva 1; Thiago Rodrigues Duarte1; Thiago Santos Monção2; Viviane Braga Lima Fernandes3.
1Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
2Enfermeiro de Estratégia Saúde da Família Montes Claros-MG
3Professor do curso Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
RESUMO: Reconhecida como uma doença epidêmica, o tabagismo é a principal causa de
morte, doença e empobrecimento, em que o ato de fumar causa dependência psicológica,
comportamental e física semelhante ao que ocorre com o uso de outras drogas como álcool,
cocaína e heroína. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), no Brasil em
2019, 10% da população é fumante e estima-se que 100 mil sejam adolescentes. A iniciação
do tabagismo na adolescência está associada a diversas causas, entre elas está a influência de
amigos ou pais tabagistas. Outrossim, a exposição ao tabagismo na juventude tem inúmeras e
importantes implicações para bem-estar e a saúde do adolescente, a curto, médio e longo
prazo, aumentando o risco de desenvolver câncer de pulmão precocemente dentre outras
enfermidades. Neste sentido, este estudo tem como objetivo descrever as experiências
41
vivenciadas por acadêmicos do curso de medicina diante de um grupo de educação em saúde,
abordando o tema do tabagismo e uso de outras drogas. Trata-se de um relato de experiência
de uma atividade desenvolvida com adolescentes do nono ano do ensino fundamental,
matriculados em uma escola municipal de Montes Claros-MG. Para a realização da
intervenção utilizaram-se vídeos educativos, discussão sobre o tabagismo e outras drogas,
questionamentos aos discentes acerca do assunto, no sentido de estimular a participação dos
mesmos, inclusive premiando aqueles com respostas adequadas e, finalmente, levantamento
de dúvidas sobre a temática. Observou-se que, com a ação realizada, os alunos
compreenderam mais sobre o tabagismo e outras drogas ilícitas, desenvolvendo maior senso
crítico em relação ao uso dessas substâncias, além de, possivelmente, compartilharem esses
conhecimentos com familiares e amigos. A educação em saúde mostrou-se fundamental nesse
processo, principalmente em sua abordagem preventiva. Os jovens foram estimulados a
repensarem sobre a responsabilidade pela própria saúde e pela saúde da comunidade, uma vez
que o uso do tabaco e a exposição ao fumo passivo contribuiem para o desenvolvimento de
enfermidades. Conclui-se que a educação em saúde cumpriu com seu propósito, uma vez que
gerou reflexão e aprendizagem para os discentes acerca do uso de substâncias psicoativas
ilícitas. Ademais, destaca a relevância da ação para os acadêmicos, pois permitiu a
aproximação teórico-prática dentro do contexto da comunidade, favorecendo a formação
profissional.
PALAVRAS-CHAVE: Tabagismo; Educação em Saúde; Adolescente.
EFEITOS DA PANDEMIA DE COVID-19 SOBRE O DIAGNÓSTICO DE CÂNCER
NO BRASIL
Giovani Siervi Andrade Filho¹; Giovanna Cândida Rodrigues de Almeida Porcino¹; André Henrique de
Oliveira¹; Dênio de Castro¹,²
¹Centro Universitário Unifipmoc. Montes Claros (MG). Brasil.
²Faculdades Unidas do Norte de Minas (FUNORTE). Montes Claros (MG). Brasil.
INTRODUÇÃO: A pandemia do novo coronavírus trouxe consequências nos diagnósticos
oncológicos no Brasil. Desde a propagação da infecção, em meados de 2020, foi observado
um declínio no número de biópsias, exames e diagnósticos de câncer. Tal situação se deve a
fatores como o redirecionamento dos recursos para a pandemia, o receio dos pacientes em
contrair o SARS-CoV-19 bem como a suspensão dos programas de rastreamento.
OBJETIVO: Identificar as razões da queda do número de diagnósticos de câncer no Brasil
durante pandemia. MÉTODO: Realizou-se uma revisão integrativa da literatura com buscas
nas bases de dados Medline e SciELO. Os descritores utilizados foram “câncer”,
“coronavírus” e “diagnostico”. Os critérios de inclusão: artigos completos, publicados em
português e inglês, no ano de2020. o critério de exclusão: a não conformidade ao tema.
Foram encontrados 9 artigos e selecionados, ao final, 6 artigos. RESULTADOS: A
dificuldade de acesso ao clínico geral durante a pandemia, o receio sobre a aquisição de
SARS-CoV-19 em um ambiente de saúde e a suspensão de mutirões de rastreamento atuaram
de forma sinérgica para a redução de diagnósticos. Entretanto, a diminuição das notificações
não significam um real encolhimento de casos, mas uma redução ilusória dos quadros de
câncer. CONCLUSÃO: As mudanças de prioridades dos centros de saúde, o isolamento
social e os atrasos em exames e avaliações diagnósticas são razões que concorreram para a
42
queda dos diagnósticos de câncer. Sendo assim, é importante que a Atenção Básica priorize o
rastreio oncológico e busque soluções para minimizar o impacto dessa situação.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer; Coronavírus; Diagnósticos.
EFEITOS DAS DROGAS ANTITIREOIDIANAS TIAMINAS DURANTE A
GESTAÇÃO
Yure Batista de Sousa¹; Victoria Liery Ribeiro Alves¹; Maria Rafaela Alves Nascimento¹; Sálua Trigo El-Khouri
Bernardes¹; Karina Andrade de Prince ²
¹Discente do curso de Medicina da instituição UnifipMoc
²Docente do curso de Medicina da instituição UnifipMoc
INTRODUÇÃO: Uma das linhas de tratamento do hipertireoidismo baseia-se no uso de
drogas antitireoidianas tionamidas, sendo elas compostas pelo metimazol (MMI) e
propiltiouracil (PTU). Principalmente durante as gestações. OBJETIVOS: Analisar os efeitos
colaterais das drogas antitireoidianas tiaminas durante o período gestacional.
METODOLOGIA: Consiste em uma revisão sistemática, com artigos pesquisados nas bases
de dados, biblioteca virtual em saúde (BVS), SciELO, LILACS e Medline. Sendo
“complicações na gravidez”, “antitireoidiano” e “metimazol” as palavras chaves utilizadas,
com uso da metodologia PRISMA. Foram encontrados 26 artigos, dos últimos cinco anos,
sendo todos publicados em idioma inglês. RESULTADOS: Na grávida o hipertireoidismo é
uma complicação comum, com prevalência em torno de 0,2 a 2,7 por cento e com taxa de
incidência de 65 por 100.000 gestantes. O não controle do hipertireoidismo tem efeitos
adversos sobre a gravidez, dentre eles, aumento do risco de pré-eclâmpsia, parto prematuro e
baixo peso ao nascer. Todavia as medicações antitireoidianas tionamidas possuem efeitos
adversos como, malformações congênitas neonatais e hepatoxicidade. Estudo realizado na
prole de ratos demonstrou efeitos adversos na formação cerebral quando uso de
antitireoidianos tiaminas, PTU e MMI, uma vez que, são inibidores da glândula tireoide e
podem causar deficiência dos hormônios tireoidianos que são fundamentais para o
desenvolvimento fetal. CONCLUSÃO: O uso das drogas antitireoidianas tionamidas são
imprescindíveis no tratamento de hipertireoidismo na gestação, para desenvolvimento
fisiológico fetal intrauterino e especialmente para o crescimento do cérebro fetal. Entretanto,
a terapia é limitada devido a seus efeitos adversos. Mesmo que os desfechos de estudos
demonstram que o hipertireoidismo não tratado, apresentam os mesmos efeitos congênitos ao
uso de PTU. A exposição a MMI levou a uma observação do risco maior a anomalias
congênitas do que para a exposição a PTU. Logo, o uso de PTU é recomendado durante a
gravidez, principalmente no primeiro trimestre. Entretanto mais ensaios são necessários para
confirmar esta conclusão no futuro.
PALAVRAS-CHAVE: Gravidez; Hipertireoidismo; Antitireoidianos.
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EFETIVIDADE DA VACINA CONTRA INFLUENZA NA REDUÇÃO DA
HOSPITALIZAÇÃO DE PESSOAS COM DIABETES
João Víctor Ferreira Santos1; Ana Júlia Pereira Santos1; Júlia Paraíso Rocha1; Maria Isabel Maia Rocha1;
Mariana Heyden Barbosa1; Sofia Ramos Santos1; Thiago Alves Barbosa1; Vitor Hugo Figueiredo Santos Neto1;
Érika Fernanda Sales Martuscelli 2
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição Unifipmoc/Afya
2Professora do curso de Medicina da instituição Unifipmoc/Afya
INTRODUÇÃO: Todos os anos, aproximadamente 5-15% da população mundial é infectada
pelo vírus Influenza. O vírus Influenza tipo A, agente mais comum de doenças respiratórias
em humanos, normalmente causa uma infecção aguda e limitada, porém, em populações
vulneráveis, como os diabéticos, a infecção pode ter consequências mais sérias, como
pneumonia, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular encefálico e causar mortes
prematuras. Diabetes mellitus afeta 537 milhões de pessoas ao redor do mundo, e a
hiperglicemia pode reduzir a degranulação dos neutrófilos, apresentar efeitos
imunossupressores, causar estresse oxidativo, apoptose celular e produzir citocinas
endoteliais, além de aumentar a replicação viral- todos esses fatores podem amplificar a
severidade da influenza. OBJETIVO: Analisar a efetividade da vacina contra influenza na
redução de complicações e internações em pessoas com diabetes. METODOLOGIA:
Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, realizada no mês de setembro de 2022, com
busca sistematizada nas bases de dados PubMed, SciELO e UpToDate. Foram cruzados com
o operador booleano AND” os descritores “influenza”, “diabetes”, “vaccination” e
“hospitalization”. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, publicados em inglês,
entre os anos de 2015 a 2022 e disponíveis na íntegra. o critério de exclusão foi: a não
pertinência ao tema. Foram identificadas 23 publicações e selecionou-se 10. RESULTADO:
Revisões sistemáticas reportaram que, após a vacinação para influenza, houve diminuição de
todas as causas de hospitalizações, dentre elas para influenza e pneumonia em 79%, além de
reduzir bronquite, coma diabético, cetoacidose e influenza em 80%. O diabetes triplica o
risco de hospitalização com influenza, quadruplica o risco de admissão em unidade de
tratamento intensivo e dobra o risco de um resultado fatal. As taxas de imunização contra
influenza são subótimas (91,71%) no Brasil. CONCLUSÃO: Diabetes é uma das doenças
crônicas mundiais com crescimento mais rápido, sendo que a proporção de adultos com
diabetes está projetada para 784 milhões em 2045. Isto somado a um reconhecimento
crescente de que a doença aumenta a severidade de uma variedade de doenças infecciosas,
incluindo a influenza, deve-se enfatizar a necessidade de pesquisas adicionais nessa área e, ao
mesmo tempo, impulsionar uma melhora na conscientização pública de que a vacinação para
o vírus da influenza é de máxima importância para pessoas vivendo com diabetes.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus; Influenza; Vacinação.
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ENFRENTAMENTO DA OBESIDADE PELAS EQUIPES DE SAÚDE DA FAMÍLIA
POR MEIO DE AÇÕES EDUCATIVAS: Uma revisão integrativa
Isadora Brito Pessoa Durães 1; Polyanna Vieira Lima Soares2; Amanda Katherine Vieira Lima Soares3; Karen
Jacyara Campos3; Cecília Costa Brito3; Gizele Ferreira David4.
1Acadêmica do curso de enfermagem da FASA Montes Claros
2Acadêmica do curso de medicina da UNIFunorte
3Acadêmica do curso de medicina da UNIFIPMoc
4Professora do curso de enfermagem da FAS Montes Claros e Unimontes
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade é considerada uma
epidemia, caracterizada por acúmulo de gordura no corpo de forma sistêmica ou localizada.
uma alta prevalência, e fatores individuais, como o sedentarismo e alimentação, são
algumas das causas que impulsionam a obesidade. Diante disso, várias consequências,
como doenças cardiovasculares, hipertensão, diabetes, neoplasias, além do aumento dos
gastos públicos, sendo necessário, portanto, intervenções na Estratégia de Saúde da Família, a
partir da Atenção de Saúde Primária, de modo a prevenir e combater essa enfermidade. Sendo
assim, o objetivo desse estudo é identificar as ações educativas desenvolvidas pelas Equipes
de Saúde da Família no combate à obesidade. Trata-se de uma revisão integrativa, para qual
foram utilizadas bases eletrônicas PubMed e Scielo, com busca de artigos entre 2018 e 2022,
na íntegra, em português e inglês, com os descritores “Prevenção”, “Obesidade”, “Obesity” e
“Educação em Saúde”. Foram identificados 597 estudos, sendo selecionados 13 para leitura
integral e análise. As ações em saúde mais presentes se pautaram na promoção de hábitos
saudáveis por meio de consultas individuais e atividades em grupo. As temáticas das
consultas foram as atividades de lazer, hábitos alimentares e avaliação nutricional, apesar da
ausência de registros sistemáticos. atividades coletivas tiveram como temas principais a
ingesta adequada, avaliação antropométrica, práticas corporais e autocuidado, tendo como
estímulo as equipes de caminhadas e programas como Academia da Saúde e Horta Educativa,
além de visitas domiciliares. De maneira similar, o acompanhamento é realizado por
aferições antropométricas, orientações alimentares e registros em bancos de dados, feitos de
maneira não satisfatória. O encaminhamento é frequente. As intervenções pontuais foram o
acompanhamento por meio digital e adequação do espaço físico aos obesos, que se mostrou
bastante incipiente. As ferramentas e os programas para combate à obesidade na ESF
existem, mas não são efetivadas em mesma intensidade no País. A identificação dessas ações
de âmbito primário é fundamental para melhor entendimento das dificuldades locais,
permitindo a realização de novas estratégias de saúde e gestão que possam intervir de
maneira mais efetiva na obesidade, seja para tratamento ou prevenção.
PALAVRAS-CHAVE: Prevenção; Obesidade; Educação em Saúde; Obesity.
ENTEROCOLITE NECROSANTE COM ABORDAGEM CIRÚRGICA EM
NEONATOS: FATORES DE RISCO E ACHADOS ASSOCIADOS.
Rafaela Borges Teixeira 1; Eduarda Borges Teixeira 2; Lidia Nogueira da Silva 3; Janine Mendes de Lima Rocha
4
1Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC; 2Acadêmico do curso medicina da instituição
FAMINAS-BH; 3Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC 4Professor do curso de medicina
da instituição UNIFIPMOC
45
RESUMO: INTRODUÇÃO: A Enterocolite necrosante (ECN) é uma doença
gastrointestinal multifatorial, agressiva em recém nascidos (RN), sendo uma causa comum de
morbimortalidade até os dois anos (KNELL et al., 2019). É descrita como a emergência
cirúrgica mais frequente nas Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, ocorrendo em 0,7 para
cada 1.000 pacientes, em até 7% dos internados (FELDENS et al., 2017). Apresenta como
fatores de risco: baixo peso, prematuridade, infecções nosocomial em UTI neonatal, nutrição
enteral inadequado, uso de cateteres umbilicais, doença hipertensiva gestacional, genética
predisposta, CIUR, Apgar baixo ao nascer, ruptura prévia da placenta, persistência do canal
arterial (CAXIAS et al., 2022; MOREIRA,2019). OBJETIVO: Descrever os fatores de risco
assim como achados de imagem e laboratoriais encontrados em recém nascidos com
diagnóstico de ECN . METODOLOGIA: Trata-se de um estudo documental, transversal,
descritivo e com abordagem qualitativa, foram inclusos 10 estudos científicos disponíveis na
base de dados da Scielo, Redalyc e Google acadêmico. RESULTADOS: através deste
estudo, foi possível compreender que quanto menor o peso e a idade gestacional maior a
gravidade e a letalidade. Dentre as medidas preventivas que podem ser adotadas tem-se
aleitamento materno exclusivo, assistência de qualidade e prevenção de hipóxia diretamente
ligados aos principais fatores de risco modificáveis. Aos exames de imagem o
pneumoperitônio é o único sinal radiológico presente, na literatura, como indicador de
intervenção cirúrgica. Destaca-se como achados sugestivos o aumento da sorologia de
I-FABP (proteína de ligação de ácido graxo intestinal) (HEIDA et al., 2015), ar livre,
aperistalse, ascite volumosa ou coleção de fluídos na ultrassonografia abdominal.
CONCLUSÃO: Este trabalho tem o intuito de contribuir com os trabalhos acerca da ECN e
alertar a comunidade médica acerca dos fatores de risco para que seja possível evitar a
ocorrência desta patologia e despertar a consciência da insuficiência de dados acerca deste
tema principalmente em cidades do interior, fazendo-se necessário a realização de estudos
atuais primordialmente em cidades do interior que são referências para o atendimento destes
pacientes. Considerando a variedade de achados nos exames de imagem é fundamental que se
estabeleça novos critérios visando facilitar o diagnóstico precoce, prevenindo a progressão e
as complicações.
PALAVRAS-CHAVE: Enterocolite; Gastroenteropatias; Recém-Nascido.
ENVELHECIMENTO SAUDÁVEL: UMA INTERVENÇÃO EM MULTIESTAÇÕES
DA SAÚDE
Yasmin Nicolle Barbosa deFreitas¹; Isabella Ribeiro Gomes2,;Marianne Silva Soares³; Jair Almeida Carneiro4;
Fernanda Marques da Costa5; Jaciara Aparecida Dias Santos6
1Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes
2Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário FipMoc
³ Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros e Mestre em Cuidado Primário
4Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário FipMoc
5Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário FipMoc
6Médica da Atenção Primária de Coração de Jesus e Mestranda do Programa de Pós-graduação em Cuidados
Primários em Saúde
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RESUMO: O Brasil tem passado por mudanças significativas em seu regime demográfico. É
vista uma redução da mortalidade, aumento da expectativa de vida e consequentemente um
aumento da longevidade na população brasileira. O país ultrapassou 30 milhões de idosos e
atingiu 14% da população. Este cenário impulsionam as políticas públicas a se voltarem com
intensidade para o este público, unir as teorias vigentes na demografia com a transição
epidemiológica. A educação em saúde é um meio importante para o empoderamento de
práticas relacionadas ao estilo de vida saudável, sendo muito eficaz na assistência à saúde.
Objetivou-se orientar e empoderar os idosos quanto prevenção de doenças, manutenção da
independência e promoção de um envelhecimento ativo e saudável. As ações em saúde foram
realizadas por mestrandas, em parceria com a coordenadora de Saúde do Idoso de Montes
Claros, em grupos de idosos instaurados no município de Montes Claros. Foram utilizadas
metodologias ativas para interação com o grupo. Foi apresentado o Pitch “Envelhecimento
saudável: o que é preciso fazer”, vídeo educativo de curta duração (5’47’’) com informações
de base científica e linguagem de fácil entendimento criado pelas mestrandas e
colaboradores. Fez-se atividade física, através de alongamentos e danças. As ações
aconteceram nas unidades de saúde do Monte Carmelo I, Vila Telma, Violeta, no Parque
Cândido Canelas e Sagarana durante a Semana Nacional do Idoso, comemorada no município
de Montes Claros, entre os dias 27/09 a 01/10/2021. Houve uma mobilização de todos os
grupos de idosos do município para o Evento no Parque Sagarana, em 01/10/2021, às 08:00h.
Muita animação, apresentação de palhaços, dança e atividade física. As ações em saúde
foram positivas, embora alguns idosos apresentaram pouca mobilidade e dificuldade em
determinados movimentos não foi empecilho para a atividade, pois a dança é uma prática
frequente nos grupos de idosos do município. A divulgação do Pitch, material educativo, nas
ações em saúde e por meio da comunicação digital possibilitou a interação e empoderamento
dos idosos. Evidenciou a importância do produto como instrumento em educações
permanentes e capacitações do município. A experiência de trabalhar com a população idosa,
interagir com ela no seu espaço de vivência é uma experiência única, muito enriquecedora,
tanto pessoal, como profissionalmente.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde. Educação em Saúde. Idoso. Saúde do
Idoso.
EPIDEMIOLOGIA DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA MALIGNA DO
ESÔFAGO NO BRASIL DE 2016 A 2021
Lívia Gabriela de Souza Cardoso¹
¹Acadêmico do curso de medicina da UNIFIPMoc.
INTRODUÇÃO: A neoplasia esofágica é o oitavo câncer mais comum no mundo e a sexta
causa de morte por câncer. Costuma ser assintomática nos estágios iniciais e, mediante
avanço da doença, cursa com disfagia progressiva, odinofagia, perda ponderal, hematêmese,
dor torácica e anemia ferropriva. Tal neoplasia pode ser classificada em dois subtipos:
carcinoma epidermoide e adenocarcinoma. Os principais fatores de risco são sexo masculino,
consumo de bebidas quentes, tabagismo, etilismo, doença do refluxo gastroesofágico e
esôfago de Barret. OBJETIVO: Determinar a epidemiologia das internações por neoplasia
maligna do esôfago no Brasil entre 2016 e 2021. METODOLOGIA: É um estudo descritivo,
retrospectivo e quantitativo. Teve como universo de pesquisa o Sistema de Informações
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Hospitalares do Sistema Único de Saúde, disponibilizado pelo Departamento de Informática
do SUS (DATASUS). Foram analisados números de internações, sexo, faixa etária e região.
RESULTADOS: Foram identificadas 106.543 internações por neoplasia maligna do esôfago
no período de 2016 a 2021. Segundo as internações por sexo, houve predomínio no sexo
masculino com 76,94%. De acordo a faixa etária, 29,40% dos casos ocorreram entre 50-59
anos e 32,98% dos casos estão entre 60-69 anos. Ademais, conforme contagem dos óbitos,
foram descritos um total de 17.034, sendo que a faixa etária de 60-69 anos corresponde a
maior porcentagem (31,91%). na análise por região, a região Sudeste possui maior número
de casos (50.335) seguida pela região Sul (29.559). CONCLUSÃO: Conclui-se que a
neoplasia maligna do esôfago prevalece no sexo masculino, com incidência crescente após 50
anos. O alto número de casos na região Sul é explicado pelo grande consumo de chimarrão
visto que a elevada temperatura dessa bebida pode causar metaplasia na mucosa esofágica,
configurando-se como potencial fator de risco. Portanto, evitar fatores de risco pode ajudar a
prevenir a doença e o diagnóstico precoce ainda é uma dificuldade que sintomas
geralmente ocorrem nos estágios avançados.
PALAVRAS-CHAVE: Neoplasia Maligna; Esôfago; Neoplasia Esofágica; Epidemiologia.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL PARA PROFISSIONAIS DE
SAÚDE PARA PREVENIR DOENÇAS CONTAGIOSAS PELA EXPOSIÇÃO DE
FLUIDOS CONTAMINADOS
PALMA, Lavínia Maria Benquerer Oliveira¹; COSTA, Larissa Sousa¹; SILVA, Sara Castilho Feitosa¹;
OLIVEIRA, Stefanie Marianne Silva¹; BENQUERER, Katyane Oliveira²; PALMA, Adriana Benquerer
Oliveira³; ROCHA, Josiane Santos Brant²
1Acadêmico do curso de medicina da UNIFIPMoc
2Professor do curso de medicina da UNIFIPMoc
3Professor do curso de odontologia da UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: Os profissionais de saúde correm risco de infecção maior que a população
geral devido ao contato com fluidos contaminados dos pacientes, sobretudo nas epidemias de
doenças infecciosas como a síndrome respiratória aguda grave, o corona vírus (COVID-19).
OBJETIVO: Analisar os métodos de prevenção que trazem menor risco de contaminação ou
infecção para o profissional de saúde pela exposição de fluidos contaminados.
METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão narrativa da literatura nas bases de dados
Pubmed e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), em setembro/2022, utilizando os descritores,
Equipamento de Proteção Individual EPI, Doença Contagiosa, contaminação ou não
aderência aos protocolos. Incluíram-se estudos na íntegra em inglês. Excluíram-se textos não
relacionados a pesquisa. RESULTADOS: Os estudos apontam que o uso de um respirador
em conjunto com um macacão protege melhor do que uma máscara N95 usada com o avental.
Os EPIs gramatura mais fina podem contaminar de forma similar se comparado com material
repelente à água. O uso de amônio quaternário ou alvejante para higienizar as luvas antes de
retirálas pode diminuir a contaminação. Porém, a higienização das luvas com álcool para
limpeza das mãos não reduz o risco de contaminação. Seguir as recomendações do Centers
for Disease Control and Prevention (CDC) para retirada de EPIs pode reduzir os índices de
contaminação, em conjunto com instruções verbais adicionais. O uso de simulação
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computadorizada complementar pode levar a menos erros na retirada dos EPIs. Assistir ao
vídeo de uma palestra sobre a colocação do EPI pode levar a melhores escores de habilidades
do que assistir a uma palestra tradicional. Além disso, instruções presenciais podem reduzir o
não cumprimento das orientações de retirada do EPI mais do que apenas fornecer material
escrito ou vídeos. CONCLUSÃO: Concluiu-se que, necessidade de outros estudos de
simulação com mais participantes para descobrir quais combinações de EPIs e qual forma de
sua retirada protege mais. O profissional exposto a doenças contagiosas deve seguir os
protocolos devido ao seu alto risco de infecção e o treinamento presencial sobre o uso do EPI
pode reduzir erros na utilização deles.
PALAVRAS-CHAVE: Equipamento de Proteção Individual EPI, Doença Contagiosa,
contaminação, Não aderência aos protocolos.
ESTUDO DA PREVALÊNCIA DE CASOS DA DOENÇA FALCIFORME NO
ESTADO DA BAHIA, NO PERÍODO DE 2011 A 2021
Marcos Aurélio Silva Oliveira 1, Renato Cardoso de Queiroz 1, Charles Neris Moreira 2;
1Acadêmicos do curso de Medicina das Faculdades Integradas Padrão Afya, 2Mestre, professor do curso de
medicina das Faculdades Integradas Padão Afya.
INTRODUÇÃO: A doença falciforme (DF) é uma anemia hemolítica hereditária de grande
prevalência no Brasil. Ela é causada por uma mutação genética que causa uma alteração na
hemoglobina, tornando-a mais densa e rígida, com capacidade de aderir ao endotélio
vascular, comprometendo a circulação adequada do oxigênio. As manifestações clínicas da
doença surgem na infância, desencadeando dor articular e muscular. De acordo com dados do
Ministério da Saúde referentes a 2020, estima-se que cerca de 60 a 100 mil brasileiros são
portadores da DF, tornando-se um problema de saúde pública. OBJETIVO: Estudar a
prevalência da doença falciforme no estado da Bahia, no período de 2011 a 2021.
METODOLOGIA: Tratou-se de um estudo ecológico de caráter descritivo exploratório, no
qual os dados foram coletados nas bases de dados SESAB, SUVISA, DIVEP, SINAN,
durante o período de junho e julho de 2022. Foram coletadas informações de todos os 417
municípios do estado baiano. Para a organização e análise dos dados foi utilizado o software
Epi InfoTM, versão 3.5.3 (2011-01-26). Por se tratar de dados de acesso público, não se faz
necessário a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS E CONCLUSÃO:
O número de casos notificados da DF no Brasil é de 1:1000 nascidos por ano, sendo que no
estado baiano a proporção é de 1:650, a maior do país. Nossos dados ainda evidenciam que,
no período de 2011 a 2021, a Bahia apresentou um total de 4.167 nascidos vivos notificados,
sendo 2019 o período de maior prevalência. Esses dados são preocupantes e podem estar
associados com fatores socioculturais e étnico-raciais inerentes ao Estado da Bahia, o que
deve exigir mais atenção dos setores de saúde do estado. Por fim, variáveis de importância
para a DF serão incluídas em novas análises, mas ressaltamos a importância do
fortalecimento das medidas de prevenção e a assistência aos portadores da DF, bem como a
necessidade de implantação e/ou fortalecimento dos programas de aconselhamento genético
na atenção primária de todo o Estado.
PALAVRAS-CHAVE: Anemia falciforme; Hemoglobinopatia; Saúde pública.
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FATORES ASSOCIADOS À SEPSE TARDIA ENTRE NEONATOS PREMATUROS
EM UNIDADES DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAIS NO NORTE DE MINAS
GERAIS
Elvina Gabriela Ramos Martins 1; Karen de Sousa Braga 1; Isabella Prates Caldeira 1; Nayara Cristina Cavalcanti
Teixeira 1; Antônio Prates Caldeira 2; Micheline Soares Diniz Menezes³.
1Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMOC
2Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMOC
³ Pediatra neonatologista, Secretaria Municipal de Saúde
INTRODUÇÃO: Sepse neonatal é uma condição sistêmica de origem bacteriana, viral ou
fúngica associada a alterações hemodinâmicas, com morbimortalidade significativa em
recém-nascidos (RNs). É considerada tardia quando ocorre após 3 a 5 dias após o nascimento
e seus fatores de risco são pouco avaliados no norte de Minas Gerais. OBJETIVO:
Descrever os fatores associados à sepse tardia em neonatos prematuros em Unidades de
Terapia Intensiva Neonatais (UTIN) no norte de Minas Gerais. METODOLOGIA Trata-se
de estudo de coorte retrospectivo desenvolvido no ambulatório de seguimento de RNs de alto
risco que atende neonatos egressos da UTIN de Montes Claros. A população do estudo
consiste em RNs prematuros (idade gestacional inferior a 37 semanas), admitidos de março
de 2014 a julho de 2018. Foram excluídos RNs com malformações graves. Para cálculo
amostral, foi considerado nível de confiança de 95%, poder do estudo de 80%. A coleta de
dados foi conduzida a partir de formulário específico sobre condições de gestação e parto. A
variável resposta foi a sepse tardia e as variáveis associadas foram definidas em análise
bivariada seguida de análise de regressão logística. O projeto de pesquisa, base das
informações apresentadas, foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade
Estadual de Montes Claros, conforme o parecer 1.800.915/2016. RESULTADOS:
Participaram do estudo 293 RNs, a maioria do sexo masculino (n=163; 55,6%), prematuros
moderados, 29 a 33 semanas (n=152; 51,9%). A hipertensão foi a principal condição
gestacional, presente em 81 mães (27,6%). O parto cesáreo foi o mais frequente (65,5%) e 50
(17,1%) RNs necessitaram de reanimação em sala de parto. A sepse tardia foi registrada em
63 prematuros (21,5%). Os resultados encontrados apontam que as seguintes variáveis foram
associadas ao maior risco de sepse tardia: o peso de nascimento inferior a 1500 gramas
(p=0,030; OR=2,24; IC95%=1,08-8,52); o tempo prolongado de oxigenoterapia (p<0,001;
OR=4,22; IC95%=2,09-8,53) e o registro de intercorrência com parada cardiorrespiratória
(p=0,016; OR=3,67; IC95%=1,28-10,52). CONCLUSÃO: Observou-se elevada incidência
de sepse tardia no grupo avaliado. Os principais fatores de risco associados incluem variáveis
que podem ser modificáveis por meio de uma melhor assistência pré-natal e durante a
permanência do prematuro em UTIN. O conhecimento e a identificação desses fatores
permitem a elaboração de medidas de prevenção e um manejo adequado dos pacientes.
FATORES DE RISCO ASSOCIADOS À DEMÊNCIA
Yure Batista de Sousa 1; Victoria Liery Ribeiro Alves 1; Maria Rafaela Alves Nascimento 1; Luciana Colares
Maia²
1Discente do curso de Medicina da instituição UnifipMoc
50
2Docente do curso de Medicina da instituição UnifipMoc
INTRODUÇÃO: O prejuízo cognitivo e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos, que
levam ao comprometimento da funcionalidade, e consequente incapacidade funcional com
dependência de cuidados, podem associar-se à condição neuropatológica chamada de
demência. Até 2050 estima-se que cerca de 152 milhões de pessoas vivam com demência em
todo o planeta. Vale ressaltar, que atualmente a prevalência gira em torno de 50 milhões de
pessoas. Esse número deve aumentar ao longo dos anos, principalmente em regiões de baixa
e média renda. OBJETIVO: Analisar os fatores que interferem no desenvolvimento do
quadro neuropatológico da demência. METODOLOGIA: Consiste em uma revisão
integrativa, com artigos pesquisados nas bases de dados, SciELO, LILACS e biblioteca
virtual em saúde (BVS). As palavras chaves utilizadas foram “demência”, “prevenção e
controle da demência” e “envelhecimento”. Foram encontrados 363 artigos, sendo 351 em
idioma inglês e 12 em idioma português. Todos dos últimos cinco anos. RESULTADO:
Fatores de risco para sindrome demencial podem ser considerados modificáveis e não
modificáveis como a idade. Identificou-se que nove desses fatores potencialmente
modificáveis juntos relacionam-se a 35% da fração atribuível da população com demência no
mundo. Ainda, dentre àqueles modificáveis ressalta-se baixa escolaridade no inicio da vida (<
45 anos), para meia idade (45-65 anos) hipertensão arterial, obesidade, perda auditiva e
visual, traumatismo cranioencefálico e alcoolismo. Salienta-se para fase mais tardia da vida
(> 65 anos) os seguintes fatores depressão, diabetes, tabagismo, sedentarismo, isolamento e
poluição do ar. Por conseguinte, manter-se cognitivamente, fisicamente e socialmente ativo
na vida média e na vida adulta, além de melhorar a escolaridade parecem proteger contra a
demência. CONCLUSÃO: Diante das evidências estudadas, a demência representa um
quadro neuropatologico de prevalência crescente, e medidas de prevenção, de intervenção
associadas ao estilo de vida saudável são relevantes nesse contexto, embora existam lacunas
significantivas no tocante ao diagnóstico e tratamento dessa condição descrita.
Evidentemente mais estudos são importantes para a maior compreensão do tema, bem como
para o desenvolvimento de políticas públicas capazes de fornecer recursos para modelos de
cuidados integrais e integrados dos envolvidos.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome demêncial; Fatores de Risco; Cognição.
FEBRE REUMÁTICA EVOLUINDO COM ENDOCARDITE INFECCIOSA UM
RELATO DE CASO
Autor: Abelardo Franco Filho¹, Adriane Paz Rocha¹, Ana Clara Fernandes Marques¹, Larissa Afonso Matos¹,
Marianna Lessa Coelho Vieira de Quadros¹, Divino Urias Mendonça²
¹Residente de Clínica Médica do hospital Universitário Clemente de Farias
²Professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
Objetivo: Relatar a experiência com paciente apresentando quadro de febre reumática, doença
com morbidade importante no Brasil que evolui com endocardite infecciosa. Relato do caso:
Paciente do sexo feminino de 17 anos, estudante, deu entrada no pronto socorro devido
quadro de 1 semana de evolução com febre, dorsalgia, prostração, palpitações e artralgia
iniciado em tornozelo direito e posteriormente migrando para tornozelo esquerdo. Paciente
sem comorbidades, nega história de internações passadas e nega episódios de faringite
recente. Ao exame físico bom estado geral, corada, dados vitais sem alterações, ausculta
51
cardíaca e respiratória dentro da normalidade, paciente apresentava-se com edema em
tornozelo esquerdo com presença de rubor e com mobilidade preservada. Exames
laboratoriais com leucocitose discreta de 12220 (bastão 2%), PCR 106,4 e VHS de 115, FAN
e FR negativos , mucoproteinas aumentadas de 14,2 ,suspeitado de febre reumática foi
solicitado ASLO que veio positivo de 400 , paciente com 12 dias de internação hospitalar
manteve quadro de dor no momento em joelho direito e episódios subfebris de 37,6 com
alteração ao exame físico com aparecimento de sopro sistólico em foco mitral grau II/VI ,
suspeitado de endocardite infecciosa e solicitado par de hemocultura com crescimento de
Staphylococcus epidermides sensível a oxacilina, ecocardiograma com presença de vegetação
móvel em valva mitral e regurgitação mitral moderada . Iniciado tratamento com
antibioticoterapia e manejo da artralgia com antiiflamatorios com boa resposta clínica e novo
ecocardiograma de controle com ausência de vegetação. Discussão: A febre reumática aguda
é uma complicação da faringite pelo estreptococo do grupo A, sendo responsável pela cardite
reumática que é a principal causa de morte cardiovascular nas 5 primeiras décadas de vida. O
diagnóstico é realizado através dos critérios de Jones sendo 2 maiores ou 1 maior e 2
menores, entre eles temos artrite, cardite, coreia de Syndenham, eritema Marginado, nódulos
subcutâneos dentro dos maiores e febre , artralgia , reagentes de fase aguda e intervalo Pr
prolongado dentro dos menores , necessita também da comprovação da infecção do
estreptococo do grupo A. O tratamento é feito com a erradicação do estreptococo e o manejo
das suas complicações a cardite, artrite e a coreia.
FLEXIBILIDADE EM ACADÊMICOS DO CURSO DE FISIOTERAPIA:
COMPARAÇÃO ENTRE DUAS TÉCNICAS
Cristian Ramone Nobre Aguiar 1; Renata Alcantara Reis1; Renata Ribeiro Durães1; Priscylla Ruany Mendes
Pestana1; Ellen Roberta Reis Oliveira 2; Paulo Tadeu Morais Fagundes 2
1Fisioterapeutas
2Acadêmicos do curso de Medicina da FUNORTE
RESUMO: OBJETIVO: Avaliar a flexibilidade em acadêmicos do curso de fisioterapia
através de duas técnicas distintas. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo,
quantitativo, analítico, quase-experimental, realizado em uma instituição de nível superior
privada no município de Montes Claros, a amostra foi composta por 24 acadêmicos de ambos
os sexos do curso de fisioterapia, no qual foram divididos em dois grupos e aplicado a técnica
de FNP e mobilização neural, a análise estatística foi através da utilização do programa
Software Statirtical Package for the Social Sciences®(SPSS) versão 25.0. A pesquisa foi
aprovada pelo comitê de ética e pesquisa da Sociedade Educativa do Brasil (SOEBRAS) com
parecer 3.606.639. Foram usados os descritores “Exercícios de alongamento muscular”,
“Flexibilidade” e Fisioterapia. RESULTADOS: Ao analisar o ganho da flexibilidade entre as
técnicas de mobilização neural e FNP observou-se que as duas são eficientes no ganho de
flexibilidade, não existindo diferença significativa quando comparada as duas técnicas.
CONCLUSÃO: Conclui-se que existiu ganho significativo da flexibilidade dos isquiotibiais
através de duas técnicas investigadas, ou seja, tanto o alongamento FNP, quanto a
mobilização neural proporcionaram aumento da flexibilidade, porém quando comparadas
entre si não foi encontrado diferença de maior ou menor eficácia entre os acadêmicos do
curso de fisioterapia.
52
PALAVRAS-CHAVE: Exercícios de alongamento muscular. Flexibilidade. Fisioterapia.
GLOMERUNEFRITE RAPIDAMENTE PROGRESSIVA DE ETIOLOGIA PAUCI
IMUNE
Lucas Barros Lima Martins1; Lorhane Edvaely Aguiar Araújo1; Maria Rafaela Alves Nascimento1; Marco Túlio
Tolentino Miranda1; Lanuza Borges Oliveira2; Fernanda Quadros Mendonça3; Ana Carolina Guedes Meira3
1Acadêmico do curso Medicina da UNIFIPMoc
2Professora do curso Medicina da UNIFIPMoc
3Médica no Hospital do Rim
INTRODUÇÃO: A glomerulonefrite rapidamente progressiva (GNRP) é uma síndrome
caracterizada pela redução súbita de função renal associada à presença de mais de 50% dos
glomérulos com crescentes epiteliais na biópsia renal. A etiologia pauci-imune é a forma
mais comum da GNRP representando cerca de 80% dos casos. A patologia apresenta
inflamação glomerular com pouco ou nenhum depósito imune. A maioria dos pacientes
apresentam anticorpos citoplasmáticos antineutrófilos elevados (ANCAs, geralmente
ANCA-3 antiproteinase ou ANCA-mieloperoxidase) e vasculite sistêmica. OBJETIVO:
Reconhecer a principal etiologia e a patogênese da glomerulonefrite rapidamente progressiva
(GNRP). Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, com artigos buscados
nas bases de dados, SciELO, biblioteca virtual em saúde (BVS) e Pubmed. Os descritores
utilizados foram, “Glomerulonefrite”, “Vasculite Associada a ANCA” e “Vasculite
Pauci-Imune”. Como resultado foi obtido 157 artigos, sendo utilizado 23 artigos desses.
RESULTADOS: Na GNPR pauci-imune tem-se a atuação de autoanticorpos que causam
vasculite em pequenos vasos determinando o surgimento de poliangeíte, granulomatose
eosinofílica com poliangeíte ou vasculite renal, com alguns casos associados a outras doenças
imunes como o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES). Esses autoanticorpos atuam contra
grânulos primários em neutrófilos e monócitos. Nos glomérulos, visualiza-se esclerose
segmentar e sinequias com a cápsula de Bowman, além de grande parte deles apresentarem
crescentes fibroepiteliais. Ademais, infiltrado linfomononuclear e fibrose. casos de
GNPR pauci-imune com ANCA negativo, tendo ativação de outros anticorpos, como o
anticorpo da proteína associada à membrana do lisossomo 2 (LAMP-2). CONCLUSÃO: Por
meio deste estudo, percebe-se a importância de se entender a principal etiopatogênia da
Glomerulonefrite rapidamente progressiva, tendo em vista a necessidade do diagnóstico e
tratamento. Sendo assim, procuramos enfatizar que a biópsia renal é importante no manejo da
GN pauci-imune associada à ANCA, especialmente em pacientes com achados renais
discretos ou subclínicos. A ausência de achados sistêmicos que não o acometimento renal
pode levar a dificuldades diagnósticas. Portanto, é importante compreender a progressão da
doença para atenuar os efeitos dela.
PALAVRAS-CHAVE: Glomerunefrite; Etiologia.
53
HEPATITES VIRAIS: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS E CLASSIFICAÇÃO
ETIOLÓGICA
Júlia Oliveira Braga1; Artur Natalino Araújo1; Bárbara Medeiros Fagundes 1; Cláudia Rodrigues de Araújo 1;
Gilberth Andrade Lacerda Silva 1; Jeniffer Elisa Ferreira Maia1; Luiza Farias Murta Dutra 1; Thalyta Silvestre
Silva 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: As hepatites virais definem-se como uma infecção que pode causar
necro-inflamação hepática causalmente relacionada com os vírus da Hepatite A, B, C, D e E
cuja incidência é variável de acordo com a região geográfica considerada. OBJETIVO:
Descrever e analisar o perfil epidemiológico e a classificação etiológica das hepatites virais
em Minas Gerais, no período de 2011 a 2020. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante
consulta ao Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net), do Ministério da
Saúde do Brasil. Foi analisado o ano diagnóstico/sintomas por macrorregião, o perfil etário
por sexo, a forma clínica dos pacientes em relação à classificação final e etiológica, bem
como a fonte de mecanismo de infecção. RESULTADOS: Foram notificados 20.879 casos
de hepatite no período analisado, o número variou de 778 a 2306, com média anual de 2087
casos. Houve uma expressiva redução do número de notificações no período analisado (66%).
Em relação a distribuição dos casos de acordo com as macrorregiões de saúde do estado, a
macrorregião Centro apresentou o maior número (8312) e a Jequitinhonha o menor (162). As
notificações predominaram entre os pacientes do sexo masculino (58,5%), na faixa etária de
40 a 59 anos (29,4%). A forma clínica mais apresentada foi de hepatite crônica/ portador
(79,7%), dentre 20879 confirmações quanto à classificação final. A classificação etiológica
variou de forma decrescente em hepatite C (53,2%), hepatite B (33,9%), hepatite A (6,65%),
hepatite B+D (0,07%) e hepatite E (0,06%), de tal forma que a fonte de mecanismo de
infecção mais acentuada foi ignorada/branco (55,6%). CONCLUSÃO: Conclui-se que os
casos notificados de hepatites apresentaram ocorrência variável no período analisado, no qual
2011 apresentou o maior número de casos e em 2020 houve uma queda expressiva das
notificações, que possivelmente pode estar relacionada a pandemia de Covid-19. Nesse
sentido, a infecção pelos vírus das hepatites B e C são predominantes e estão relacionadas
principalmente à transmissão vertical/sexual e transfusional, em grupos de vulnerabilidade
socioeconômica e em exposições de risco, o que confere ao tema a necessidade de ampliação
do acesso a informações acerca das medidas profiláticas. Dado o exposto, é imprescindível a
prevenção e a promoção de saúde no público-alvo.
PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Hepatites Virais; Notificações de Casos.
IDOSOS COM DOENÇA CARDÍACA: PERFIL DE FRAGILIDADE
Brenda Gomes dos Santos1; Gabriela Barbosa Silva1; Marcelo Rocha Santos1; Luciane Balieiro de Carvalho1;
Fernanda Marques da Costa2; Jair Almeida Carneiro2; Walker Henrique Viana Caixeta4.
1Acadêmico (a) do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
2Doutor (a) em Ciências da Saúde. Professor (a) do Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde
da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
54
3Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc/Afya - UNIFIPMoc/Afya. Programa
Afycionados por Ciência.
Objetivou-se analisar a prevalência da fragilidade em idosos com doença cardíaca. Trata-se de
um estudo transversal, analítico e domiciliar, com abordagem quantitativa, realizado em
Montes Claros, Minas Gerais. A amostragem foi probabilística, por conglomerados, em dois
estágios: setor censitário como unidade amostral e número de domicílios, conforme a
densidade populacional. A fragilidade foi mensurada pela Edmonton Frail Scale, que avalia
cognição, estado de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamento,
nutrição, humor, continência urinária e desempenho funcional, com pontuação entre zero e
dezessete. O escore final de zero a quatro não fragilidade; cinco e seis define
vulnerabilidade aparente; sete e oito, fragilidade leve; nove e dez, fragilidade moderada; e
onze ou mais, fragilidade severa. A variável dependente foi dicotomizada em: sem fragilidade
(escore seis) e com fragilidade (escore > seis). Parecer consubstanciado do Comitê de Ética
em Pesquisa: 1.629.395/2016. Foram entrevistados 110 idosos com doença cardíaca. A
prevalência de fragilidade foi 39,1%, sendo 25 com fragilidade leve, 15 com fragilidade
moderada e três com fragilidade severa. Mais de um terço dos idosos com doença cardíaca
apresentava fragilidade. Esses resultados devem ser considerados na elaboração de
intervenções capazes de prevenir e promover a saúde de idosos.
PALAVRAS-CHAVE: Cardiopatia, Fragilidade, Idoso.
IDOSOS COM DOENÇA OSTEOARTICULAR: PERFIL DE FRAGILIDADE
Brenda Gomes dos Santos1; Gabriela Barbosa Silva1; Marcelo Rocha Santos1; Luciane Balieiro de Carvalho1;
Fernanda Marques da Costa2; Jair Almeida Carneiro2; Walker Henrique Viana Caixeta4.
1Acadêmico (a) do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
2Doutor (a) em Ciências da Saúde. Professor (a) do Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde
da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
3Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc/Afya - UNIFIPMoc/Afya. Programa
Afycionados por Ciência.
O presente estudo objetivou analisar a prevalência da fragilidade em idosos com doença
osteoarticular. Trata-se de um estudo transversal, analítico e domiciliar, com abordagem
quantitativa, realizado em Montes Claros, Minas Gerais. A amostragem foi probabilística, por
conglomerados, em dois estágios: setor censitário como unidade amostral e número de
domicílios, conforme a densidade populacional. A fragilidade foi mensurada pela Edmonton
Frail Scale, que avalia cognição, estado de saúde, independência funcional, suporte social,
uso de medicamento, nutrição, humor, continência urinária e desempenho funcional, com
pontuação entre zero e dezessete. O escore final de zero a quatro não fragilidade; cinco e
seis define vulnerabilidade aparente; sete e oito, fragilidade leve; nove e dez, fragilidade
moderada; e onze ou mais, fragilidade severa. A variável dependente foi dicotomizada em:
sem fragilidade (escore seis) e com fragilidade (escore > seis). Parecer consubstanciado do
Comitê de Ética em Pesquisa: 1.629.395/2016. Foram entrevistados 189 idosos com doença
osteoarticular. A prevalência de fragilidade foi 35,4%, sendo 44 com fragilidade leve, 21 com
fragilidade moderada e dois com fragilidade severa. Pouco mais de um terço dos idosos com
55
doença osteoarticular apresentava fragilidade. Esses resultados devem ser considerados pela
Atenção Primária na elaboração de intervenções para promover a saúde de idosos.
PALAVRAS-CHAVE: Doença osteoarticular, Fragilidade, Idoso, Idoso fragilizado.
IDOSOS LONGEVOS ASSISTIDOS PELA ATENÇÃO BÁSICA: ANÁLISE DAS
CONDIÇÕES DE SAÚDE
Brenda Gomes dos Santos¹, Gabriela Barbosa Silva¹, Jair Almeida Carneiro2; Fernanda Marques da Costa2;
Andréia Christiane Amâncio Martins3; Camilla dos Santos Souza3; Walker Henrique Viana Caixeta.
1Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
2Doutor(a) em Ciências da Saúde. Professor(a) do Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde
da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) e do curso de Medicina do Centro Universitário
FIPMoc/Afya - UNIFIPMoc/Afya. Programa Afycionados por Ciência.
3Mestranda em Cuidado Primário em Saúde do Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde da
Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes).
4Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc/Afya - UNIFIPMoc/Afya. Programa
Afycionados por Ciência.
O presente estudo objetivou analisar as condições de saúde de idosos longevos assistidos pela
Atenção Básica. Trata-se de um estudo transversal, descritivo, com abordagem quantitativa,
constituído por idosos com idade igual ou superior a 80 anos de idade, cadastrados até o dia
06 de setembro de 2022 na Atenção Básica do município de Montes Claros, Minas Gerais.
Parecer consubstanciado do Comitê de Ética em Pesquisa: 5.511.670/2022. O município
possui 9.423 idosos longevos cadastrados, sendo 63,2% do sexo feminino. Dentre as
condições crônicas não transmissíveis, 70,2% são hipertensos, 19,0% são diabéticos, 10,8%
refere doença cardíaca, 9,8% possui diagnóstico de doença mental, 4,6% apresentou acidente
vascular encefálico, 4,4% possui histórico de neoplasia, 2,8% são tabagistas, 1,9% possui
história pregressa de infarto agudo do miocárdio e 1,7% faz uso de bebida alcoólica. Do total
de idosos, 14,7% está domiciliado, 4,2% acamados e 3,8% referiram internação hospitalar
nos últimos 12 meses. A prevalência de hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e
doença cardíaca em idosos longevos deve ser considerada na elaboração de intervenções no
primeiro nível de assistência à saúde capazes de prevenir e promover a saúde dessa
população.
PALAVRAS-CHAVE: Idoso, Idoso Fragilizado, Prevalência.
IMPACTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS EM PACIENTES PORTADORES DE
NEOPLASIA PULMONAR NO BRASIL
Andressa Lopes Pinto1; Brunna Lopes Pinto1; Leonardo Jancer Ribeiro Barbosa1; Lorenza Sobrinho Bitencourt1;
Pedro Henrique de Santana Ferreira1; Karina Andrade de Prince2
1Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
2Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
3Graduando de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
4Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
5Graduando de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
56
6Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas a Farmácia (UNESP). Professora do Centro Universitário
FIPMoc (UNIFIPMoc) e UNIFUNORTE, MG, Brasil.
INTRODUÇÃO: O câncer de pulmão é o quarto mais incidente no Brasil e o com maior
letalidade no mundo desde 1985. Seu diagnóstico geralmente é tardio, sendo feito na fase
sintomática, onde o desconforto do paciente é, comumente, progressivo, resultando na
neoplasia pulmonar, tornando necessária a abordagem dos cuidados paliativos. O médico
deve conhecer métodos e recursos que ajudarão o paciente em seu sofrimento espiritual,
físico e familiar para intervenções adequadas. OBJETIVO: Descrever o estado de saúde e a
abordagem terapêutica em relação aos cuidados paliativos para pacientes portadores de
neoplasia pulmonar avançada. MÉTODO: Em janeiro de 2022 realizou-se um levantamento
on-line de publicações dos últimos 7 anos nas bases de dados da Cochrane, da Sistema Online
de Busca e Análise de Literatura Médica e da Biblioteca Eletrônica Científica Online, com os
descritores: Neoplasias pulmonares, cuidados paliativos e qualidade de vida e seus
correspondentes em inglês. RESULTADOS: Identificou-se 287 publicações, dessas 53
referências eram duplicadas e 198 foram excluídas por não estarem associados ao tema.
Logo, 36 artigos foram analisados, compondo a amostra. Observou-se que no Brasil existem
várias intervenções que envolvem os cuidados paliativos em pacientes portadores de
neoplasia pulmonar. A radioterapia, quimioterapia, imunoterapia, tratamento do derrame
pleural e do derrame pericárdio, terapia fotodinâmica, laserterapia, toracocentese, são as
intervenções mais utilizadas. CONCLUSÃO: Os cuidados paliativos em pacientes
portadores de câncer pulmonar mostrou ser efetivo, em que uma abordagem adequada
contribui de forma significativa na melhoria do tratamento e consequentemente na qualidade
de vida do paciente e de seus familiares.
PALAVRAS-CHAVE: Neoplasias pulmonares; cuidados paliativos; qualidade de vida.
IMPACTOS NEGATIVOS DO ISOLAMENTO SOCIAL NA SAÚDE MENTAL DE
INDIVÍDUOS DEMENTES DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Yasmim Nicolle Barbosa de Freitas¹
¹Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: A demência é uma doença diretamente associada ao processo de envelhecimento,
caracterizada por prejuízos cognitivos que afetam inicialmente a memória e o raciocínio.
Dessa forma, a socialização é um forte instrumento de acompanhamento e de contenção da
evolução de tal condição. Contudo, com as restrições sociais implementadas para conter a
transmissão do novo coronavírus, as visitas de familiares e cuidadores foram reduzidas ou
proibidas. Nesse contexto, esse estudo tem o objetivo de analisar os impactos negativos do
isolamento social na saúde mental de indivíduos com demência durante a pandemia da
COVID-19, por meio da análise de estudos primários sobre o tema. Foi realizada a revisão
integrativa na base de dados PUBMED, a partir dos descritores “COVID-19” e “Dementia”.
Retornaram-se 19 artigos, dos quais apenas cinco foram considerados para este resumo, pois
tratavam diretamente da temática e possuíam entrevistas com pessoas dementes e seus
cuidadores. Em primeiro plano, os cinco artigos afirmam que o isolamento social foi muito
prejudicial à saúde desses indivíduos, uma vez que foi observado aumento dos sintomas de
estresse, ansiedade e de depressão. Além disso, tais estudos mostram piora no quadro
cognitivo original, como agravo da perda de memória recente em pessoas com Alzheimer,
57
tipo mais comum de demência encontrado. Ademais, os cuidadores relatam agressividade,
solidão e apatia como os principais impactos das restrições sociais, que os dementes não
tinham contato rotineiro com a família, além da redução da qualidade do atendimento
médico, uma vez que as clínicas enfrentaram dificuldades para se adaptarem à nova
realidade. Um dos cinco artigos analisados destaca a queda de diagnóstico de ansiedade entre
os indivíduos dementes como consequência da subnotificação de casos, pois as consultas
médicas foram limitadas ou suspensas presencialmente devido às restrições implementadas
pelos governos. Portanto, os estudos apontam para um declínio da saúde mental dos
dementes, por meio da piora do quadro sintomático original e do aparecimento de novos
comportamentos prejudiciais. Dentre as causas, é válido destacar as limitações de interações
sociais, as mudanças bruscas na rotina e os obstáculos a serem enfrentados para se garantir
um atendimento médico de qualidade. Posto isso, é imprescindível a busca por formas
alternativas de conexão entre dementes, família e cuidadores, a fim de atenuar tais
desdobramentos negativos à saúde mental desses indivíduos.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde mental;quadro sintomático.
IMPACTOS NO ACOMPANHAMENTO DO CRESCIMENTO E
DESENVOLVIMENTO INFANTIL DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19 NA
ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE
SILVA, Ana Luíza Braga e1; ALMEIDA, Eva Vitória Freitas1; FERNANDES, Leyson Gian Silva1; REGO,
Maria Luiza Figueiredo1; ALBUQUERQUE, Rafael Mendes Cardoso de1; ALVES, Victória Alkmim1;
SANTOS, Viviane Maia2
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
2Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
RESUMO: Entre as consequências da pandemia da COVID-19 para as crianças, destaca-se a
diminuição das consultas de rotina da Atenção Primária à Saúde (APS). O acompanhamento
do crescimento e desenvolvimento pueril são fundamentais para a redução da mortalidade
infantil, o que é notório desde a reforma sanitária brasileira, e muitos países evidenciaram
os efeitos negativos da minoração desse atendimento. O objetivo deste estudo foi analisar o
impacto da pandemia da COVID-19 na utilização dos serviços de Atenção Primária à Saúde
para acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil. Trata-se de um estudo de
revisão narrativa, para o qual foram encontrados 271 artigos na base de dados Google
Acadêmico, havendo a seleção por título de 21 desses trabalhos, sendo que 15 seguiram para
a análise do resumo. Após a leitura dos resumos dos artigos, a amostra final da revisão foi
composta por 6 artigos referentes ao tema buscado. Os descritores utilizados foram: criança;
desenvolvimento neuropsicomotor; pandemia; como critério de inclusão: publicação no
período de 2020-2022; português/inglês; e para exclusão: TCC. Os estudos revelaram que a
pandemia pode ter influenciado a procura e oferta de consultas voltadas para o
acompanhamento do crescimento e desenvolvimento das crianças na APS. A despeito de
essas pesquisas reconhecerem a dificuldade de estimar as consequências exatas, elas
demonstraram vários fatores que comprovam os prejuízos no crescimento saudável, como o
decréscimo do tempo dedicado a atividades escolares; a diminuição da socialização e do
círculo social, levando ao grande aumento da exposição às telas; distúrbios do sono; aumento
da obesidade; possível nutrição e percepção subjetiva de estresse, ansiedade e depressão
58
parental e infantil. Todos esses fatores, mormente as limitações de convívio social,
ocasionaram um grande problema de saúde pública, pois o pleno desenvolvimento de uma
geração completa pode ter sido afetado. Destarte, observando-se que a pandemia da
COVID-19 gerou repercussões na monitoração do crescimento e desenvolvimento pueril nos
serviços de APS do Brasil, haja vista os cancelamentos e adiamentos dos cuidados de saúde
aos infantes, é indubitável a existência de prejuízos a esses cidadãos. Portanto, mais estudos
como este são imprescindíveis para que mecanismos capazes de conter esses danos, como
políticas públicas embasadas no assunto, possam mitigar os impactos no desenvolvimento
dessas crianças.
PALAVRAS-CHAVE: Desenvolvimento Infantil. Atenção Primária. COVID-19.
IMPORTÂNCIA DA HUMANIZAÇÃO NO ATENDIMENTO INTEGRAL DO
PACIENTE
Marcella Maria Oliveira Guimarães da Silveira 1; Henrique Gomes Zumba 1; Janice Gomes Zumba 2.
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC.
2Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição UNIFIPMOC.
RESUMO: A humanização é um termo de difícil definição, visto que, a depender das
diferenças culturais e valores individuais, pode assumir múltiplas interpretações e, portanto,
exigir diferentes condutas médicas. O objetivo do estudo é compreender a importância da
humanização no atendimento integral ao paciente. Trata-se de uma revisão integrativa de
literatura com buscas de dados nas bases Scielo, UpToDate e Lilacs. Foram selecionadas
publicações, tendo como período de referência os últimos 8 anos, dentre eles, 10 acervos
científicos foram utilizados. A humanização contribui no processo de cura e ameniza uma
situação de vulnerabilidade do paciente e seus familiares. Devido a sua tamanha importância,
em 2003 foi criada a Política Nacional de Humanização da Atenção e Gestão do SUS
(PNH/Humaniza SUS), com a finalidade de melhorar o atendimento e a experiência dos
usuários, além de melhorar o ambiente de trabalho para os profissionais da saúde. Apesar do
tamanho avanço da medicina, pode-se concluir que a humanização não acompanhou tamanha
evolução, ainda hoje é possível presenciar situações de atendimento desumanizado.
Tratamentos desrespeitosos, insensibilidade e falta de empatia, atitudes comuns ainda nos
dias atuais, expressam a desordem do serviço nacional de saúde e, acima da tudo, a falta de
profissionalismo médico. Conclusão: É de extrema importância que os profissionais de saúde
sejam instruídos a se desprenderem do tecnicismo, e passem a adaptar suas condutas às
demandas de cada paciente, garantindo assim um tratamento individualizado de acordo com
os princípios do SUS. Ademais, os pacientes necessitam ser informados acerca de seus
direitos, para que assim, possam busca-los.
PALAVRAS-CHAVE: Humanização; Assistência à saúde; Direitos do paciente.
59
INCIDÊNCIA E COBERTURA VACINAL DE SARAMPO E RUBÉOLA EM MINAS
GERAIS
Ana Luisa Colares Ribeiro 1; Fernanda Lima Lopes 1; Maria Teresa Borges Ferreira Cardoso 1; Maria Victoria
Lima Gonçalves 1; Nathan Pinheiro Fernandes 1; Sâmela Vitória Moura Soares 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc
INTRODUÇÃO: Sarampo e Rubéola são doenças exantemáticas e contagiosas, causadas
respectivamente pelo Morbillivirus e Rubivirus, que possuem imunização pelas vacinas
Tríplice viral e Tetra viral. No ano de 2015, o Brasil recebeu certificados de erradicação da
Rubéola pela Organização Mundial de Saúde e em 2016 do Sarampo pela Organização
Pan-Americana de Saúde. Entretanto, após essa data houve surtos das doenças. OBJETIVO:
Analisar a incidência de Sarampo e Rubéola e a cobertura vacinal em Minas Gerais, após o
recebimento do título de erradicação no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados no DATASUS, mediante consulta ao
Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI) do Ministério de
Saúde do Brasil e ao Sistema de Informações de Agravos e Notificações (SINAN) da
Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Foram analisados o número de notificações,
casos confirmados e cobertura vacinal. RESULTADOS: Foram notificados 4.198 casos das
doenças exantemáticas, sendo 3.208 (76,4%) de sarampo e 990 (23,6%) de rubéola, e desses,
2871 (68,4%) foram confirmados. Os maiores índices aconteceram em 2018 e 2019, 597 e
2332 casos, respectivamente. Sobre a cobertura vacinal, a taxa da tríplice viral em 2018 foi
97,52% e em 2019 96,97%, apesar da menor cobertura ter acontecido em 2021 com 81,23%.
Quanto a cobertura da vacina tetra viral, foram 1,37% em 2019 e 9,73% em 2018,
representando as menores porcentagens. CONCLUSÃO: Os surtos ocorridos em Minas
Gerais após o país receber o certificado de erradicação das doenças foram nos anos de 2018 e
2019, representados pelos maiores números de casos notificados e confirmados. A situação
pode ter relação com a menor cobertura vacinal do reforço de sarampo e rubéola, que é
realizado pela vacina Tetra viral, que as menores coberturas aconteceram nos anos de surto
dessas doenças. A cobertura da tríplice viral encontrada no ano de 2021 pode estar
relacionada com uma menor vacinação pela pandemia do COVID-19.
PALAVRAS-CHAVE: Sarampo; Rubéola; Vacinação; Notificação de Casos.
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL E A ASSOCIAÇÃO COM APTIDÃO FÍSICA,
COMPORTAMENTO SEDENTÁRIO E PARTICIPAÇÃO ATIVA NAS AULAS DE
EDUCAÇÃO FÍSICA
Carolina Ananias Meira Trovão¹, Mônica Thaís Soares Macedo², Priscila Antunes de Oliveira², Viviane Maia
Santos³, Antônio Lincoln de Freitas Rocha², Ronilson Ferreira Freitas4, Josiane Santos Brant Rocha5
² Orientadora de prática do internato de Saúde Coletiva/Saúde da família do curso de medicina da UNIFIPMoc
AFYA
² Mestrandos do Programa de Pós-Graduação em Cuidado Primário em Saúde (PPGCPS/UNIMONTES)
³ Professora e Orientadora de Prática na Atenção Primária à Saúde no curso de Medicina pela UNIFIPMoc
AFYA
60
4Professor adjunto do departamento de Saúde Coletiva/Faculdade de Medicina/Universidade Federal do
Amazonas (DSC/FM/UFAM)
5 Professora - Faculdades Integradas Pitágoras UNIFIPMoc AFYA
INTRODUÇÃO: comportamento sedentário associado à inatividade física tem se tornado
um problema de saúde pública, aumentando o índice de massa corporal, contribuindo para o
desenvolvimento de doenças metabólicas precoces.OBJETIVO Este estudo objetivou avaliar
o índice de massa corporal de adolescentes e a associação com aptidão física, comportamento
sedentário e participação ativa nas aulas de Educação Física. METODOLOGIA: Trata-se de
estudo transversal, analítico, com adolescentes matriculados em escolas Municipais da cidade
de Montes Claros - MG, em 2018. A variável dependente referiu-se à avaliação da
composição corporal por meio do índice de massa corporal (IMC), posteriormente
categorizado em: zona saudável (eutrófica) e zona de risco para a saúde (sobrepeso, obesidade
e obesidade grave). O nível de aptidão física foi avaliado por meio do teste de resistência
cardiorrespiratória (teste de corrida de seis minutos) e resistência muscular localizada
(número de abdominais executados corretamente em um minuto), posteriormente
dicotomizada em (zona de risco; zona saudável). O comportamento sedentário foi avaliado
utilizando a seguinte questão: “Em média, quantas horas, por dia, você assiste televisão, usa
computador, celular, tablet e/ou joga videogame?”, posteriormente dicotomizada em (< 4
horas; 4 horas). A prática de atividade de forma ativa nas aulas de Educação Física foi
avaliada através da pergunta “Nos últimos sete dias, durante as aulas de educação física, você
foi ativo (jogou intensamente, correu, saltou e/ou arremessou?”, posteriormente dicotomizada
em (ativo; não ativo). Foram realizadas análises descritivas das variáveis investigadas, por
meio de suas distribuições e frequências. As variáveis associadas até o nível de 25% (p
0,25) foram analisadas de maneira conjunta por meio de regressão logística, permanecendo
no modelo final aquelas variáveis que se mantiveram associadas com o desfecho investigado
ao nível de 5% (p≤ 0,05). RESULTADOS: Foram avaliadas 880 adolescentes, a média de
idade foi de 13 anos (±1,22), sendo que 52% do sexo feminino. Destes, 193 (21,9,%)
apresentavam o IMC na zona de risco, associado com o baixo nível de aptidão física
OR=1,13(IC95%1,03-1,23).CONCLUSÃO: Registrou-se elevada prevalência de adolescente
que apresentaram IMC na zona de risco, associando com o baixo vel de aptidão física.
Dessa forma, sugere que gestores das escolas municipais incentivem políticas de atenção
diferenciadas a esses adolescentes, buscando amenizar a adoção de comportamentos
sedentários.
PALAVRAS-CHAVE: Sedentarismo; Aptidão Física; Adolescentes; IMC.
INICIAÇÃO PRECOCE DA PRÁTICA MÉDICA PARA FORMAÇÃO DE MÉDICOS
HUMANÍSTICOS E COM CAPACIDADE DE RESOLUBILIDADE
Maria Fernanda Gomes Oliveira1; Deborah Thays Gonçalves Pereira2; Laura Pires Santana³; Maria Eduarda
Borges4Rodrigues; Ian Paulo Mendonça5; Kenia Souto Moreira6; Viviane Maia Santos7
1-5 Acadêmico do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPMOC-Afya
6,7 Professor do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPMOC-Afya
61
INTRODUÇÃO: As faculdades médicas têm a necessidade de treinar sistematicamente
qualidades humanísticas em seus acadêmicos. Propõe um perfil de profissional da saúde com
uma formação geral, crítica e reflexiva e que utilize metodologias de ensino-aprendizagem
centradas no estudante, levando o aluno a uma medicina preventiva, humanística e, portanto,
o contato desde o início da graduação com a prática. Estudos revelam que uma iniciação
precoce da prática médica ajuda os estudantes a entender melhor o paciente, a reconhecer a
importância da relação médico paciente e a identificar “exemplos” profissionais, sendo esta
última, uma análise intimamente ligada à empatia. OBJETIVO: Relatar a importância da
iniciação precoce da prática médica para formação humanísticos e com a capacidade de
resolubilidade. MÉTODO: Para inserção precoce dos acadêmicos de medicina na prática
comunitária o curso de graduação da UNIFIPMoc integra os alunos na Prática Interdisciplinar
de Extensão, Pesquisa e Ensino PIEPE, atividades que permitem uma primeira vinculação
entre estudantes e comunidade. Os alunos realizam a escrita de um projeto que é apresentado
para uma banca avaliadora e o mesmo faz parte de um projeto maior que foi aprovado pelo
Comitê de Ética em Pesquisa no Centro Universitário FIPMoc Afya de Montes Claros
(Parecer Consubstanciado 5.537.507). Esse semestre os alunos do período tiveram como
tema o Outubro Rosa, são distribuídos em grupos de 12 estudantes, que dentre outras
atuações, realizam levantamento das necessidades da comunidade, parcerias com outras
instituições e profissionais, confecção de produtos educativos. RESULTADOS: Percebe-se a
oportunidade de pôr em prática os saberes aprendidos em sala de aula. Além disso, esse tipo
de experiência propicia a formação de médicos mais humanos e preocupados com os
problemas sociais existentes na comunidade, juntamente com uma co-responsabilização por
sua resolução. CONCLUSÃO: Os ensinamentos acerca do paciente, enquanto personagem
esférico da sociedade, nos permite entender que sua compreensão deve ser integral,
enxergando para além de seus problemas e queixas. o conhecimento adquirido durante a
vivência certamente vai além do currículo acadêmico, provocou-se o diálogo mútuo entre
serviço, academia e comunidade, não a título de aprendizado, mas também para
desenvolver a criticidade e o despertar da importância da medicina preventiva, com a
consequente formação de profissionais mais humanizados.
PALAVRAS-CHAVE: Relação médico paciente; Empatia; Extensão.
INTEGRAÇÃO ENSINO, SERVIÇO E COMUNIDADE: RELATO DE
EXPERIÊNCIA
Júlia Freitas Silva1; Caio Eleutério Salerno Del Menezzi2; João Pedro Ferreira Miranda3; João Victor Messias
Vieira4; Júlia Ribeiro Lopes de Almeida5; Maria Eduarda Borges Rodrigues6; Josiane Santos Brant Rocha7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: O Centro Universitário de medicina Unifipmoc Afya possui na grade
curricular a matéria IESC (Integração Ensino, Serviço, Comunidade), que envolve palestras e
trabalho em campo. Dessa forma, é ensinado e desenvolvido pelos acadêmicos os princípios
do SUS e sua importância na saúde, técnicas de cuidado clínico, promoção do bem-estar
coletivo, a interação com outros profissionais e a aplicação de princípios morais e bioéticos.
62
OBJETIVO: Relatar as ações dos acadêmicos de medicina em IESC II durante o trabalho
em campo, que teve como objetivo a aplicabilidade dos conhecimentos, habilidades e atitudes
para a realização de atendimentos. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O trabalho em campo do
IESC II do grupo em questão foi realizado na Estratégia de Saúde da Família Alecrim
localizada no bairro Canelas. A principal ação do trabalho de campo foi a realização de
atendimentos de puericultura pelos acadêmicos, ou seja, um acompanhamento de crianças,
que visa o cuidado e promoção de saúde. Essas consultas ocorreram com a participação de
uma preceptora, que dividiu os acadêmicos em dois subgrupos (3 pessoas cada), dessa forma
os atendimentos foram distribuídos igualmente. Durante a consulta, um integrante realizava a
anamnese (seguindo um roteiro proposto), outro anotava e um integrante realizava o exame
físico na criança. Os acadêmicos revezavam essas funções por atendimento para que todos
realizassem as três. Nesse contexto, é notório que foi observado o desenvolvimento
neuropsicomotor das crianças, bem como fatores sociais e as condutas familiares, de modo
que se necessário intervenções eram feitas. RESULTADOS E REFLEXÕES: Tendo em
vista que as puericulturas foram o primeiro contato dos acadêmicos com atendimentos,
percebe-se que essas atividades foram importantes para a formação de habilidades
primordiais para um futuro médico. Como resultado, os acadêmicos aprenderam como
conduzir um atendimento, acolher um paciente, realizar uma anamnese e se familiarizaram
com práticas realizadas em exames físicos. CONCLUSÃO: Conclui-se que o trabalho em
campo realizado na Estratégia de Saúde da Família Alecrim pela preceptora é importante para
a formação dos acadêmicos, atingindo assim o objetivo da matéria de IESC, que é a aplicação
dos aprendizados em serviços prestados durante atendimento para a comunidade.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Estratégias de Saúde Nacionais; Cuidado
da Criança.
INTERNAÇÕES POR DIABETES MELLITUS EM CRIANÇAS EM MINAS GERAIS
Ana Luíza Braga E Silva¹; Gleyka De Melo Ribeiro¹; João Victor Dias Ruas¹; Luiza Marinho Crispim¹; Samuel;
Lynnykee Lopes Rodrigues¹; Victória Alkmim Alves¹; Igor Monteiro Lima Martins²
¹Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
² Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
RESUMO: O diabetes mellitus tipo 1 é uma das doenças crônicas que mais afetam crianças
em escala global. No Brasil, cerca de 16,8 milhões de indivíduos são diagnosticados com
diabetes, enquanto que Minas Gerais ocupa o segundo lugar no ranking entre os estados com
maior prevalência. Dessa forma, essa pesquisa tem como objetivo avaliar o perfil das
internações por DM em crianças em Minas Gerais no período de 2011 a 2020. Trata-se de um
estudo, retrospectivo, descritivo, quantitativo que teve como universo de pesquisa a base de
dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), referente ao número,
perfil e gastos de internações por DM e gastos hospitalares em Minas Gerais, no período de
janeiro 2011 a dezembro de 2020. Os dados foram obtidos a partir do SIH/SUS,
disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no endereço
eletrônico (http://www.datasus.gov.br). No período pesquisado, foram registrados 3.345 casos
63
de diabetes mellitus em crianças de 0 a 9 anos em Minas Gerais. A região do Centro de
Minas Gerais apresentou o maior registro de internações por DM em crianças (1.002). A taxa
de mortalidade da região Nordeste evidenciou o maior número (1,97%) e a região Sul
apresentou a menor taxa (0,22%). Verificou-se maior número em crianças do sexo feminino
(51,95%), na faixa etária de 5 a 9 anos (60,63%), pertencentes a cor/raça parda (44,04%).
Referente as internações, a maioria foi internada em regime privado (31,36%) e em caráter de
urgência (99,52%). A média de permanência total foi de 6,2 dias, sendo maior no regime
público (7,7 dias). Os gastos com as internações atingiram um valor total de R$ 2.410.030,36,
sendo maior no regime privado (R$ 641.214,12), no entanto 54,15% desses gastos se
encontravam ignorados (R$ 1.304.975,23). As internações em decorrência do diabetes
mellitus em crianças em Minas Gerais apresentaram uma elevação ao final do período
analisado, enquanto que, a taxa de mortalidade exibiu um declínio sutil. Ressalta-se a
importância de subsidiar políticas que contemplem um diagnóstico precoce, bem como um
tratamento multiprofissional que atenda às demandas de crianças com DM, a fim de reduzir o
número de hospitalização.
PALAVRAS-CHAVE: Crianças; Internação; Diabetes Mellitus.
INTERNAÇÕES POR DIABETES NA REGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
GODINHO JUNIOR, Alexis Guimarães De Quadros¹; ALMEIDA, Eva Vitória Freitas¹; MALHEIRO, Giovana
Carneiro¹; OLIVEIRA, Laís Cristina Montenegro¹; ARAÚJO, Lorhane Edvaely Aguiar¹; PRINCE, Karina
Andrade de²
¹Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
²Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
RESUMO: INTRODUÇÃO: A Diabetes Mellitus é um grupo de doenças do sistema
endócrino, na qual o corpo não produz o hormônio insulina ou o seu uso é ineficiente.
OBJETIVO: O estudo teve como objetivo analisar o número de internações por Diabetes na
região Norte de Minas Gerais, no período de 2011 a 2020. MÉTODOS: Teve como universo
de pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS),
referente ao número de internações, gastos hospitalares e perfis dos pacientes. Os dados
foram obtidos a partir do SIH/SUS, disponibilizados pelo Departamento de informática do
SUS (DATASUS), no endereço eletrônico (http://www2.datasus.gov.br). RESULTADOS:
No período de janeiro de 2011 a dezembro de 2020, foram registrados um total de 12.109
internações por Diabetes Mellitus no Norte de Minas Gerais. O número variou de 1.084 a
1.309, com média de 1.211 casos por ano. Observaram-se sucessivas alternações entre
reduções e aumentos até o ano de 2018, tendo ocorrido a maior queda (10,26%) de 2015 para
2016, havendo, porém, estabilização subsequente em valores elevados, ficando em 1.306 em
2020. Quanto à taxa de mortalidade, evidenciou-se uma redução entre 2011 (5,4) e 2020
(3,87), obtendo-se a menor taxa em 2019 (3,13). Dentre as regiões de saúde, o maior número
de internações ocorreu em Montes Claros (3.740) e Coração de Jesus ficou com o menor
número (230). Todavia, a taxa de mortalidade apresentou-se mais elevada em Januária (9,3) e
a menor taxa fora obtida em Francisco (2,68). Conforme os dados socioepidemiológicos e
clínicos dos pacientes, nota-se o predomínio da doença no sexo feminino (52,5%), na faixa
etária entre 60 a 69 anos (22,0%) e na cor/raça parda (47,43%), com taxa de mortalidade mais
alta em indivíduos com 80 anos ou mais (10,92). Em relação ao regime, 24,7% foram em
64
hospitais privados, com a média de permanência de 5,4 dias. No que tange ao caráter de
internações, a maioria foi por urgência (99,3%) e os gastos totais observados foram de
8.552.504,92 reais, dos quais 16,8% destinaram-se ao sistema público e 24,6% ao setor
privado. CONCLUSÃO: Mediante a análise desses resultados, percebe-se que, a despeito da
redução das taxas de mortalidade, os números de internações permaneceram altos, sendo
imprescindível a promoção de maior abordagem sobre esses padrões de morbimortalidade,
além da organização, gestão e avaliação dos serviços para cuidado e profilaxia, com o fito de
mitigar o avanço da Diabetes Mellitus no Norte de Minas Gerais.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes Mellitus. Hospitalização. Perfil de Saúde.
LINFOMA ANGIOIMUNOBLÁSTICO DE CÉLULAS T: UM RELATO DE CASO
Autores: Ana Clara Fernandes Marques1, Adriane Paz Rocha1, Abelardo Franco Filho¹, Larissa Afonso Matos¹,
Letícia Lopes Peres¹, Marianna Lessa Coelho Vieira de Quadros1, Divino Urias Mendonça²
¹Residente de Clínica Médica do Hospital Universitário Clemente de Faria
²Nefrologista, professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: O Linfoma Angioimunoblástico de Células T (AITL) é um Linfoma
não-Hodgkin (LNH) de células T periféricas, representa menos de 15% destes. OBJETIVO:
Este resumo tem por objetivo relatar o caso clínico de paciente diagnosticada com o Linfoma
Angioimunoblástico de Células T. RELATO DE CASO: mulher de 60 anos procurou
serviço médico referindo 6 meses perda de peso e febre termometrada diária. Notou
presença de linfonodos e aumento de volume abdominal. Ao exame, regular estado geral,
hipocorada, anasarcada. Sistema respiratório com redução de murmúrio vesicular em base
esquerda. Ao exame abdominal hepatomegalia em rebordo costal direito e baço Boyd II,
consistência pétrea. Linfonodos palpáveis em cadeias cervicais, supraclaviculares, axilares e
inguinais, móveis, fibroelásticos, indolores, sendo os maiores em região inguinal com cerca
de 4cm de diâmetro. Investigação laboratorial evidencia anemia normocítica/normocrômica,
hemoglobina de 8,6, plaquetas de 65000, leucócitos normais. Hipoproteinemia (Proteínas
totais:5,6 e albumina:1,9). Em eletroforese de proteínas pico monoclonal em gamaglobulinas,
imunofixação sérica com padrão oligoclonal tipo IgG, kappa elambda. FAN 1/640 padrão
nuclear quase-homogêneo e padrão citoplasmático pontilhado, VHS 77mm/h, autoanticorpos
negativos. Complemento (C3 e C4) normais. P-ANCA reagente 1/80. Sorologias para HIV,
Hepatites B e C, VDRL e HTLV negativas. Beta-2 microglobulina de 4598ng/mL (normal até
2000ng/mL). Ausência de malignidade em mielograma, biópsia de medula óssea e
imuno-histoquímica. Ausência de malignidade em biópsia de linfonodo axilar esquerda.
Nova biópsia em linfonodo inguinal direito revelou em anatomopatológico proliferação
linfoide a esclarecer e imuno-histoquímica evidenciou Linfoma de Células T
Angioimunoblástico. DISCUSSÃO: AITL é raro, predomina em homens e idosos entre
60-65 anos. Acreditava-se que o AITL tenha surgido a partir de reação imune anormal
acompanhada de desproteinemia pela clínica e presença de autoanticorpos, porém notou-se
rearranjos clonais de genes de células T com comportamento de Linfoma de Célula T
francos. No diagnóstico os pacientes se apresentam no estádio III ou IV sendo uma
neoplasia agressiva de prognóstico reservado. O tratamento é quimioterapia seguida ou não
de Transplante Autólogo de Medula Óssea. No nosso trabalho, após o diagnóstico a paciente
foi encaminhada para seguimento terapêutico em serviço especializado de oncologia.
65
PALAVRAS-CHAVE: Linfoma; Células; AITL.
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: UMA ANÁLISE CLÍNICA VOLTADA PARA
PROMOÇÃO DE SAÚDE
Laura Maria Câmara Silveira1; Ana Carolina Coelho Normanha Medina1; José Reis Montalvão1;
Maria Clara Pereira David1; Thales de Oliveira David1; Dorothéa Schmidt França2.
1Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professora do curso de medicina da instituição da UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença de caráter autoimune,
com característica patológica envolvendo a inflamação crônica por todo o corpo. Como
fatores etiológicos, o LES possui origem específica não determinada, tendo diversos
desencadeantes, como a hereditariedade, fontes ambientais e hormonais. Trata-se de uma
condição complexa, com acometimento predominante de mulheres em idade fértil, e efeito
negativo na qualidade de vida. A importância na compreensão desta doença torna-se
relevante a partir do estudo da prevalência, da vulnerabilidade do indivíduo e métodos de
diagnóstico e tratamento, a fim de estruturar uma promoção de saúde adequada aos pacientes.
OBJETIVO: Analisar o LES, considerando o conceito, epidemiologia, fatores de risco,
fisiopatologia, manifestações clínicas, complicações, diagnóstico, tratamento e qualidade de
vida, além de propor ações para promoção de saúde de seus portadores. MÉTODOS:
Trata-se de uma revisão narrativa, utilizou-se descritores relacionados à fisiopatologia,
epidemiologia, manifestações clínicas, diagnóstico, tratamento, fatores de risco e qualidade
de vida do LES. A essas combinações foi acrescentado o termo Brasil a fim de refinar a
busca. As buscas foram realizadas nas bases de dados: Scientific Eletronic Library Online
(SciELO), Web of Science e National Library of Medicine (PubMed/Medline) e Google
Acadêmico, entre junho de 2005 a fevereiro de 2021. RESULTADOS: Acera do LES e suas
descrições epidemiológicas, etiológicas, fisiopatológicas, clínicas, diagnóstico, complicações
e tratamento, foram analisados 10 artigos. Nesse sentido, os estudos apontam aspectos
relevantes e atuais quanto aos prováveis fatores de riscos desencadeantes e à necessidade de
diagnóstico precoce e tratamento, realizado a partir de terapêuticas medicamentosas e não
medicamentosas (BRASIL, 2013; BORBA et al., 2008). CONCLUSÃO: Ao se tratar de uma
doença autoimune, crônica, que acomete indivíduos jovens, faz-se necessário que o
tratamento seja feito de forma adequada, para uma melhor qualidade de vida, fazendo com
que os portadores de LES necessitem de acompanhamento contínuo com profissionais da
saúde. Portanto, ações realizadas por equipes multiprofissionais, que visem melhoria no
tratamento e orientações para o cuidado domiciliar diário do paciente são de suma
importância para melhorar a qualidade de vida desses pacientes.
PALAVRAS-CHAVE: Lúpus Eritematoso Sistêmico, fatores de risco, evolução clínica,
qualidade de vida.
66
MIASTENIA GRAVIS FORMA BULBAR: UM RELATO DE CASO
Autores: Adriane Paz Rocha1, Abelardo Franco Filho1, Ana Clara Fernandes Marques1, Larissa Afonso Matos1,
Marianna Lessa Coelho Vieira de Quadros1, Letícia Lopes Peres1, Divino Urias Mendonça2., Luis Fernando
Guimarães².
1Residente de Clínica Médica do Hospital Universitário Clemente de Faria.
2Professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
OBJETIVO: Relatar o caso de uma forma rara de acometimento da miastenia gravis (MG).
Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 15 anos, previamente hígida, com história de
disfonia iniciada cerca de um ano e meio, de caráter insidioso e com piora progressiva,
evoluindo com disfagia. Refere piora nos últimos quatro meses, perdendo a capacidade de
pronunciar frases. Internada na cidade de origem com insuficiência respiratória e necessidade
de ventilação mecânica. Durante internação, realizada tentativa de extubação em dois
momentos, com falha, optando-se por traqueostomia. Ao exame, evidenciava-se diparesia
facial simétrica (bucinador, nasal superior, frontal orbicular oral e ocular com paresia
evidente), pequeno desvio da úvula para direita, discreta ptose palpebral bilateral,
sensibilidade tátil, proprioceptiva e força da musculatura apendicular preservadas, reflexos
miotáticos vivos e simétricos. Realizada investigação laboratorial ampla e exames de
imagem, sem alterações justificáveis na ressonância magnética de crânio. Exames
reumatológicos sem alterações, líquor dentro da normalidade, positividade para o anticorpo
antirreceptor de acetilcolina (anti-AChR) e eletroneuromiografia sugestiva de miastenia
gravis. DISCUSSÃO: A MG é uma doença neuromuscular autoimune caracterizada por
fraqueza motora flutuante envolvendo músculos oculares, bulbares, dos membros e/ou
respiratórios. A fraqueza é devido a um ataque imunológico mediado por anticorpos dirigidos
a proteínas na membrana pós-sináptica da junção neuromuscular (receptores de acetilcolina
ou proteínas associadas a receptores). A forma bulbar é um dos subtipos, que cursa
prioritariamente com alterações da fala e deglutição. Até 20% dos casos podem evoluir com
insuficiência respiratória. A eletrofisiologia clínica mostra resposta decrescente à estimulação
nervosa repetitiva ou aumento do tremor no estudo de fibra única e o diagnóstico pode ser
confirmado pela presença de autoanticorpos (anti-AChR, anti-MuSK e anti-LRP4), sendo 6%
dos casos soronegativa. Os tratamentos incluem agentes anticolinesterase e imunoterapia. A
timectomia demonstrou ser eficaz em casos selecionados. O eculizumabe demonstrou ser
clinicamente benéfico em pacientes refratários a terapia padrão. Considerações finais: o
diagnóstico de MG deve ser baseado em uma abordagem ampla, associação da história
clínica, exame físico, sorológicos, tendo também a eletroneuromiografia como ferramenta.
PALAVRAS-CHAVE: Miastenia Gravis; Ataque Imunológico.
MORBIMORTALIDADE HOSPITALAR DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NA
MACRORREGIÃO DO NORTE DE MINAS
Daniel Sávio Braga de Freitas1; Maria Cecília de Souza Ramos 1; Mariana Heyden Barbosa1; Thiago Alves
Barbosa1; Vitor Marques de Lima Miranda1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição Unifipmoc/Afya
²Professora do curso de Medicina da instituição Unifipmoc/Afya
67
INTRODUÇÃO: O câncer do colo de útero é o tipo de câncer mais comum acometendo
mulheres em todo o mundo, de evolução lenta e é responsável por um número considerável
de óbitos todos os anos, mas que em sua maioria pode ser prevenido ou tratado com sucesso,
desde que diagnosticado o mais precocemente possível. É uma doença que em sua fase inicial
não apresenta sintomas, o que nos mostra a importância de um rastreio e prevenção bem
realizados. OBJETIVO: Analisar as internações referentes aos casos de câncer de colo de
útero no Norte de Minas no período de janeiro de 2012 a julho de 2022. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo, quantitativo, de base documental, com busca
nas bases de dados do Sistema de Informação de Agravo de Notificações (Sinan Net) e
Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH-SUS), ambas
disponibilizadas pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS). RESULTADOS:
No período avaliado, de 2012 a 2022, foram notificados 1.091 casos de neoplasia maligna do
colo do útero, com média anual de 99,18 casos e taxa de mortalidade média de 10,17%. A
microrregião Montes Claros foi a que apresentou maior número de internações (93,03%),
enquanto Bocaiúva foi a microrregião com o menor número de internações (0,36%). A maior
taxa de mortalidade foi registrada na microrregião Janaúba (11,54%). Analisando o número
de internações por neoplasia maligna do colo do útero antes e durante a pandemia do
Covid-19, verifica-se um aumento expressivo no número de casos no período pandêmico
(2020 –2021), sendo uma elevação percentual de 34%, com aumento no número de
internações neste período nas microrregiões Montes Claros, Taiobeiras, Salinas,
Janaúba/Monte Azul e Brasília de Minas/São Francisco, e com diminuição nas microrregiões
Francisco Sá, Pirapora e Manga. CONCLUSÃO: De acordo com resultados apresentados no
estudo, é perceptível um aumento no número de internações por neoplasia maligna de colo de
útero na macrorregião Norte de Minas Gerais, no período analisado. Dentre o número de
internações nos últimos anos, destaca-se o aumento mais significativo dessa prevalência na
transição entre o período pandêmico e pós-pandêmico, possivelmente devido à diminuição do
rastreamento nesse cenário. Sob essa ótica, qualquer atraso no rastreamento e déficit no
diagnóstico do câncer cervical pode prejudicar a prevenção, diagnóstico e tratamento deste
tipo de câncer.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer, Colo de útero; Rastreio; Hospitalizações.
MORBIMORTALIDADE POR ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL NA
MACRORREGIÃO NORTE DE MINAS GERAIS
Jeniffer Elisa Ferreira Maia1; Artur Natalino Araújo1; Bárbara Medeiros Fagundes 1; Cláudia Rodrigues de
Araújo 1; Gilberth Andrade Lacerda Silva 1; Júlia Oliveira Braga 1; Luiza Farias Murta Dutra 1; Thalyta Silvestre
Silva 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: O acidente vascular cerebral (AVC) é uma síndrome neurológica que
ocorre quando obstrução ou rompimento de vasos que levam sangue ao cérebro, seja
impedindo a passagem de oxigênio resultando na morte das células cerebrais ou a partir do
rompimento de um vaso. O AVC é a segunda maior causa de morte no Brasil e a principal
causa de incapacitação da população na faixa etária superior aos 50 anos, o que resulta,
respectivamente, em um grande número de óbitos e invalidez, ocasionando um problema de
68
saúde pública. OBJETIVO: Determinar a morbimortalidade por Acidente Vascular Cerebral
na macrorregião norte de Minas Gerais, no período de julho de 2013 a julho de 2022.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com
coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Internações Hospitalares do
SUS (SIH/SUS) do Ministério da saúde do Brasil. Foram analisados números de internações,
perfil sociodemográfico, clínico dos pacientes e taxa de mortalidade. RESULTADOS: Foram
notificadas 18.389 internações por AVC no período analisado, o número variou de 899 a
2.298 com média anual de 1.838 internações. Houve maior número de internações no
município de Montes Claros (8.139) e menor em Buritizeiro (8). Em relação à mortalidade, a
taxa média foi de 15,18%, sendo maior no ano de 2016 (17,81%) e em pacientes acima dos
80 anos (21,82%). As internações predominaram entre os pacientes do sexo masculino
(52,34%) e da cor/raça parda (54,05%). O valor total das internações na região entre 2013 e
2022 pelo SUS, foi de 25.543.718,39 reais, com valor médio de 1.379,44 reais.
CONCLUSÃO: Conclui-se que o Acidente Vascular Cerebral afeta prioritariamente homens
pardos acima dos 80 anos. Assim, destaca-se a necessidade de políticas públicas eficazes de
prevenção, diagnóstico precoce, tratamento oportuno, reduzindo em grande parte as
internações e mortalidade na região.
PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Acidente Vascular Cerebral; Hospitalizações;
Mortalidade.
MORBIMORTALIDADE POR HIV EM IDOSOS NO ESTADO DE MINAS GERAIS
Maria Victoria Lima Gonçalves 1; Ana Luisa Colares Ribeiro 1; Fernanda Lima Lopes 1; Maria Teresa Borges
Ferreira Cardoso1; Nathan Pinheiro Fernandes 1; Sâmela Vitória Moura Soares 1; Karina Andrade de Prince 2.
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: O HIV (vírus da imunodeficiência humana) é um retrovírus que ataca o
sistema imunológico, ele infecta células que tenham o marcador CD4, o que resulta em uma
doença crônica e progressiva, ocasionando uma depressão imunológica. OBJETIVO:
Determinar a morbimortalidade das internações por HIV em idosos de Minas Gerais, no
período de 2012 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico,
quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao
Sistema de Internações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde do Brasil.
Foram analisados números de internações, perfil sociodemográfico, clínico dos pacientes e
taxa de mortalidade. RESULTADOS: Foram notificadas 1506 internações no período
analisado, o número variou de 99 a 208, com média anual de 150 casos. Houve um maior
número de internações na macrorregião Centro (940) e o menor no Vale do Aço (1). Em
relação a mortalidade, a taxa média foi de 16%, sendo maior no ano de 2016 (23,13%), na
macrorregião Nordeste (100%) e em pacientes acima dos 80 anos (33,33%). As internações
predominaram entre os pacientes do sexo masculino (65,4%), na faixa etária de 60 a 69 anos
(81%) e da cor/raça parda (45,3%). O valor total das internações no estado entre 2012 e 2021
pelo SUS, foi de 2.910.816,04 reais, com valor médio de 1.932,81. CONCLUSÃO:
Conclui-se que o HIV em idosos apresentou ocorrência variável no período analisado, visto
que 2019 apresentou o maior número de internações, em 2020 houve queda possivelmente
devido a pandemia de Covid-19. A infecção nessa faixa etária está relacionada a prática
69
sexual desprotegida, aumento de parcerias sexuais na terceira idade e a falta de acesso a
informações acerca das medidas de prevenção. Diante disso, é imprescindível a prevenção e
promoção de saúde entre os idosos.
PALAVRAS-CHAVE: HIV, Internações; Morbimortalidade.
MORBIMORTALIDADE POR INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO EM MINAS
GERAIS
Artur Natalino Araújo1; Gilberth Andrade Lacerda Silva1; Bárbara Medeiros Fagundes1; Cláudia Rodrigues de
Araújo1; Gilberth Andrade Lacerda Silva1; Jeniffer Elisa Ferreira Maia1; Júlia Oliveira Braga1; Luiza Farias
Murta Dutra1; Thalyta Silvestre Silva 1; Karina Andrade de Prince2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: O infarto agudo do miocárdio é a morte das células de uma região do
músculo cardíaco imediatamente após a obstrução de alguma das artérias coronárias que
irrigam o miocárdio, a área do músculo afetado não consegue sustentar a função muscular
cardíaca devido a diminuição do fluxo sanguíneo. OBJETIVO: Determinar a
morbimortalidade por infarto agudo do miocárdio na população de Minas Gerais, no período
de 2012 a 2022. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e
retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de
Internações Hospitalares do SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde do Brasil. Foram
analisados números de internações, perfil sociodemográfico, clínico dos pacientes e taxa de
mortalidade. RESULTADOS: foram notificadas 135.906 internações no período analisado, o
número variou de 6.041 a 16.797, com média anual de 13.596 casos. Houve um maior
número de internações na macrorregião centro (43.324) e o menor na macrorregião
Jequitinhonha (1.914). Em relação a mortalidade, a taxa média foi de 8,96%, apresentando-se
maior nos anos de 2013 e 2014 (10,5%), na macrorregião Leste do Sul (11,6%) e em
pacientes acima dos 80 anos (21,3%). As internações foram predominantes entre os pacientes
do sexo masculino (64,8%), na faixa etária de 60 a 69 anos (30,4%) e da cor/raça parda
(45,9%). O valor total das internações ocorridas no estado entre os anos de 2012 e 2022 pelo
SUS, foi de 628.878.108,93 reais, com custo médio de 4625,46 reais por internação.
CONCLUSÃO: Pode-se concluir que o infarto agudo miocárdio apresentou ocorrência
variável dentro do período de 10 anos, dada a diferença considerável entre os anos de maior e
de menor ocorrência de interações. Pode-se observar também o grande predomínio da doença
no sexo masculino, que é decorrente da negligência e descuido do homem em relação a
própria saúde se comparado às mulheres. Houve também um grande número de mortes e
internações entre indivíduos idosos, inferindo-se que a debilidade do corpo gerada pela idade
é um grande fator para o desenvolvimento de um mau prognóstico. Logo, é de extrema
importância que se acentue o processo de conscientização, visando a quebra do estigma do
homem desatencioso com sua saúde, especialmente entre a população alvo.
PALAVRAS-CHAVE: Infarto Agudo do Miocárdio; Hospitalizações; Morbimortalidade.
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NEFRONOFTISE: UM RELATO DE CASO
Autores: Larissa Afonso Matos¹, Adriane Paz Rocha¹, Abelardo Franco Filho¹, Ana Clara Fernandes Marques ¹,
Letícia Lopes Peres¹, Marianna Lessa Coelho Vieira de Quadros¹, Divino Urias Mendonça²
¹Residente de Clínica Médica do Hospital Universitário Clemente de Faria
² Professor do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
OBJETIVO: Relatar a importância do diagnóstico precoce da nefronoftise. RELATO DE
CASO: Paciente do sexo masculino, 22 anos, internado devido queda do estado geral após
sessão de hemodiálise associado ao surgimento de erupção cutânea maculopapular
pruriginosa em membros superiores, tórax e febre (Tax 39°c). Paciente renal crônico dialítico
1 mês da data da internação. Ao exame, encontrava-se em regular estado geral, mucosas
hipocoradas (2+/4+), presença de rash cutâneo pruriginoso em membros superiores e tórax e
apresentava baixo crescimento para a idade. Hemograma de admissão com neutropenia grave
sendo iniciado Cefepime para tratamento de neutropenia febril. Hemoculturas e urocultura
negativas. Sorologias para Epstein Barr, citomegalovírus, dengue e parvovírus não reagentes.
Mielograma e imunofenotipagem sem alterações. Ultrassonografia (US) de rins e vias
urinárias evidenciaram além de nefropatia parenquimatosa bilateral, cistos renais simples
bilaterais. Levando em consideração os achados do US e história clínica do paciente, foi
solicitado sequenciamento completo do exoma e dna mitocondrial sendo diagnosticado
nefronoftise. DISCUSSÃO: A nefronoftise é uma condição clínica causada por um grupo de
doenças renais císticas autossômicas recessivas que, normalmente progride para doença renal
terminal antes dos 20 anos de idade. Poliúria, polidpsia e enurese são manifestações clínicas
da doença na infância. À medida que a doença renal crônica (DRC) progride, os pacientes
desenvolvem anemia, acidose metabólica e sintomas urêmicos precoces, como náusea,
anorexia e fraqueza. O diagnóstico é sugerido por achados clínicos característicos e
confirmado por um teste genético positivo. Na ausência de teste genético positivo, uma
biópsia renal demonstrando alterações tubulointersticiais crônicas com espessamento das
membranas basais tubulares é sugestiva do diagnóstico. Não existe tratamento específico para
nefronoftise. O tratamento consiste na manutenção do equilíbrio hídrico e eletrolítico e na
promoção do crescimento normal, administração de eritropoietina e ferro em pacientes com
anemia, suplementação de análogos ativos de vitamina D e aglutinante de fosfato e
transplante renal. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O diagnóstico precoce de nefronoftise é
importante para que o paciente tenha seguimento adequado reduzindo à gravidade das
complicações da doença.
PALAVRAS-CHAVE: Nefronoftise; Doenças Renais; Hemodiálise.
NEOPLASIAS NO BRASIL, CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL DO PACIENTE
INTERNADO E IMPACTO FINANCEIRO ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA
COVID-19
Andressa Lopes Pinto1; Brunna Lopes Pinto1; Leonardo Jancer Ribeiro Barbosa1; Lorenza Sobrinho
Bitencourt1; Pedro Henrique de Santana Ferreira1; Karina Andrade de Prince2
1Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
2Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
3Graduando de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
71
4Graduanda de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
5Graduando de Medicina pelo Centro Universitário FIPMoc (UNIFIPMoc). Montes Claros, MG, Brasil
6Doutora em Biociências e Biotecnologia Aplicadas a Farmácia (UNESP). Professora do Centro Universitário
FIPMoc (UNIFIPMoc) e UNIFUNORTE, MG, Brasil
INTRODUÇÃO: A neoplasia é uma proliferação descontrolada de células que acontece por
uma interação exógena e endógenos. A alta incidência de neoplasias e gravidade da doença
leva a uma necessidade de atendimento hospitalar, ocasionado altos custos para a saúde
pública. OBJETIVO: Avaliar as internações hospitalares por neoplasias e os fatores
associados no Brasil. MÉTODO: Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo,
quantitativo, de base documental com procedimento comparativo-estatístico. Teve como
universo de pesquisa a base de dados do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema
Único de Saúde (SIH/SUS). RESULTADOS: No período de 2018 a 2021 foram notificadas
3.269.273 internações por neoplasias no Brasil, havendo um aumento das internações entre
2018 e 2019 (6,04%) e uma diminuição em 2020 (13,9%) e 2021 (10%). Houve maior taxa
de internação e mortalidade na região Sudeste (42,2% e 9,5% respectivamente), com
predomínio do sexo feminino (57,23%), idade acima de 60 anos e cor branca. O valor total
das internações por neoplasias no país entre 2018 e 2021 pelo SUS, foi de 7.116.890.960,31,
com média de permanência de 4,9 dias. CONCLUSÃO: A alta incidência de Neoplasias e
gravidade da doença leva a uma necessidade de atendimento hospitalar, ocasionando
elevados custos para a saúde pública do país. Assim, destaca-se a necessidade da
implementação de uma política mais efetiva de controle da doença no país, visando ampliar e
qualificar a oferta de ações de prevenção, rastreamento, controle e tratamento oncológico,
reduzindo a mortalidade e as enormes desigualdades regionais.
PALAVRAS-CHAVE: Neoplasias, internações hospitalares, COVID-19, custos hospitalares.
NEUROANATOMIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO EM PEÇAS
SINTÉTICAS
Henrique Castro Mendes 1; Pedro Gabriel Gonzaga Durante2; Ariane Maria Gonzaga Durante³
1-2 Acadêmicos do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
3Professor do curso de medicina da instituição Universidade Estadual de Montes Claros
INTRODUÇÃO: No curso de medicina é primordial o entendimento da anatomia humana e
um dos meios de ensino mais eficazes para isso são as aulas práticas de anatomia em
laboratório. Um dos temas mais complexos dessa matéria é a neuroanatomia pelo seu volume
de conteúdo, ademais, outro fator que implica nessa complexidade são peças sintéticas com
representações confusas. OBJETIVO: Relatar empecilhos encontrados nas aulas de
neuroanatomia decorrentes de representações sintéticas. RELATO DE EXPERIÊNCIA:
Trata-se de um relato de experiência sobre as aulas de neuroanatomia do segundo período do
curso de medicina da UniFipMoc-Afya, nas quais foram observadas algumas divergências em
peças sintéticas. Esses pontos ficaram perceptíveis em peças do Polígono de Willis,
diencéfalo e nervos cranianos,nas quais algumas estruturas específicas as vezes não eram
representadas e outras vezes eram representadas de formas distorcidas. A exemplo disso
pode-se citar a presença do sulco hipotalâmico em certas peças de diencéfalo e ausência em
outras, artérias faltantes do Polígono de Willis como a artéria cerebelar inferior posterior e a
inclusão, por meio de destaque de cor, do primeiro nervo cervical como um dos nervos
72
cranianos do tronco cerebral. RESULTADOS: Diante dessa experiência é possível notar que
diferenças nesses itens podem ser encontradas de acordo com seu modelo, grau de
representatividade, variações anatômicas a serem consideradas etc. Sendo assim, o estudante
precisa estar atento ao estudar esse tema, visto que conflitos podem surgir em sua linha de
raciocínio perante a essas diferenças. Além disso, vale ressaltar também que essas diferenças
podem ser encontradas quando se compara peça sintética com livros de anatomia, com
cadáver e com outros modelos de peças artificiais. CONCLUSÃO: O estudante de
neuroanatomia pode deparar-se diversas vezes com variações, aspectos incorretos e mal
representações em peças de anatomia sintéticas, o que urge que esse procure sempre
sedimentar seu conhecimento na literatura, identificar possíveis erros nesses itens e sanar
dúvidas a respeito disso sempre que elas surgirem.
PALAVRAS-CHAVE: Anatomia; Ensino; Aprendizagem.
O GERENCIAMENTO DA HUMANIZAÇÃO NA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR
Ellen Roberta Reis Oliveira 1; Clarival Galdino dos Santos Júnior 2; Hinglide Pâmela Mendes da Fonseca 3;
Paulo Tadeu Morais Fagundes 4; Daymon Dias Alves 5
1Psicóloga e Acadêmica do curso Medicina da Funorte
2Biomédico e Acadêmico do curso Medicina da Funorte
3Enfermeira e Acadêmica do curso Medicina da Funorte
4Fisioterapeuta e Acadêmico do curso Medicina da Funorte
5Enfermeiro e Filósofo
RESUMO: OBJETIVO: Identificar as principais publicações sobre gestão e humanização,
destacando os aspectos relevantes que compreendem esses termos, além de caracterizar a
função do gestor em saúde frente a questão do processo de humanização na instituição
hospitalar. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica de abordagem
investigativa-exploratória. Foram utilizadas as bases de dados Scielo, Biblioteca Virtual em
Saúde e Google Acadêmico. Selecionou-se 50 artigos e trabalhos publicados nos últimos dez
anos, em língua portuguesa, sendo descartados 31. Dos selecionados, 70% das referências são
recentes (últimos cinco anos) e 30% com base nas fontes originais dos autores. Foram
utilizados os descritores: gestão hospitalar, gestão em saúde e humanização. RESULTADOS:
O conceito de humanização deve ser ampliado quando se trata do aperfeiçoamento de
políticas públicas de saúde que serão traduzidas em práticas concretas nos serviços de saúde,
sendo elas na garantia da qualidade de vida dos usuários dos serviços e nas condições do
ambiente de trabalho de todos os profissionais envolvidos. O gestor deve dispor de todas as
qualidades para melhor direcionar, organizar e prover o controle das atividades na instituição,
não sendo técnico, mas também sensível às necessidades e condições dos profissionais e dos
usuários do serviço. A humanização é um processo inovador do modelo de gerenciamento
institucional e revela a importância dos valores subjetivos, históricos e socioculturais da
pessoa humana. E esse caráter de valorização também engloba o contexto social e o ambiente
de trabalho dos profissionais da saúde que refletem nas ações associadas às suas
competências técnicas e de relacionamento humano, tanto entre a equipe como também na
relação profissional e paciente. CONCLUSÃO: A mudança do modelo organizacional da
instituição hospitalar fundamenta-se no exercício do gestor em saúde que deve priorizar o
processo da administração participativa, com aperfeiçoamento nas relações humanas,
proporcionando cursos de capacitações onde o indivíduo é o principal foco, compreendendo
73
suas habilidades, criatividade e qualidades no ambiente de trabalho, isto é, com a equipe de
trabalho e com os usuários dos serviços de saúde. A humanização consiste num processo de
desenvolvimento do ser humano, porém quando se refere à humanização do setor de saúde,
essa passa a ser uma inovação na gestão e nos serviços de saúde prestados.
PALAVRAS-CHAVE: Gestão em saúde. Gestão hospitalar. Humanização.
O IMPACTO DA PANDEMIA DO COVID-19 NAS CRIANÇAS COM TDAH
Fabricia Emanuelle Marques Rodrigues1; Maria Clara Lopes Costa1; Cecília Maria de Souza1; Ana Luíza
Ribeiro Rodrigues1; Maria Clara Santos Fernandes1; Ellen Fernandes Flávio Silva2;
¹Acadêmica do curso de Medicina da instituição Centro Universitário Funorte. Montes Claros (MG). Brasil.
²Professora do curso de Medicina da instituição Centro Universitário Funorte. Montes Claros (MG). Brasil.
INTRODUÇÃO: A emergência global do COVID-19 e as restrições impostas impactaram as
pessoas em todo o mundo em muitos aspectos. No grupo de crianças, aquelas com Transtorno
de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) são um grupo potencialmente vulnerável aos
efeitos do isolamento social. Nesse contexto, a interrupção abrupta da escolaridade, o
aumento do tempo familiar imposto pelas medidas de contenção e o potencial ansiolítico
desta crise sanitária e econômica são fatores que podem influenciar a sintomatologia das
crianças e adolescentes com TDAH. OBJETIVO: Analisar os impactos da pandemia do
COVID-19 no contexto educacional, social e comportamental das crianças com TDAH.
METODOLOGIA: “Revisão“ integrativa da literatura, com busca na base de dados
PUBMED E BVS, usando as palavras-chaves” TDAH” AND “CHILDREN” AND
“COVID-19” sendo os critérios de inclusão artigos completo, em inglês, publicados entre
2021 e 2022. Dos 13 artigos encontrado, 9 correspondiam ao tema do estudo.
RESULTADOS: Os artigos selecionados evidenciam que a pandemia e as restrições
associadas tiveram impacto nas crianças com TDAH, sendo que houve aumento de sintomas
de saúde mental e não foi evidenciado piora no desempenho educacional das crianças com
TDAH frente ao isolamento social e ensino remoto. Ademais, alguns estudos acrescentaram
que os escores de dificuldades comportamentais e de hiperatividade diminuíram nessas
crianças após o isolamento, podendo ter influencia da educação em casa, do aumento da
presença dos pais, aumento do tempo de atividades livres ou ruptura social. Para, além disso,
os artigos mostraram que ouve variações nos impactos, sendo que os pacientes com TDAH
com baixo grau de gravidade nos domínios de humor comportamental mostrou menor
estabilidade durante o período da pandemia, os pacientes com TDAH com grau de
gravidade elevado e moderado, embora mantivessem maior estabilidade do grau de gravidade
antes e durante o confinamento, apresentaram importantes taxas de melhora em diversos
humor emocional e dimensões comportamentais. CONCLUSÕES: Os estudos
demonstraram que crianças com dificuldades de atenção e comportamento não apresentaram
uma diminuição substancial no desempenho acadêmico com a instrução remota, mas
porcentagens consideráveis das crianças desenvolveram sintomas de saúde mental. Esses
resultados apresentam o impacto de curto prazo, trabalhos futuros devem abordar os impactos
mais tardios da pandemia do COVID-19 nas crianças com TDAH.
PALAVRAS-CHAVE: TDAH; CHILDREN; COVID-19.
74
O USO DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES POR
ESTUDANTES DE MEDICINA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Vitória Molinari Marinho¹; Helga Molinari Marinho¹; Isabela Neves de Matos¹; Matheus Martinho de Araujo
Carvalho¹; Daniel Araujo Carvalho¹; Ana Lorena Figueiredo Durães ²
¹Acadêmico do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
²Professor do curso Medicina da instituição UNIFIPMoc - Afya
RESUMO: As Práticas Integrativas e Complementares (PICs) são um conjunto de terapias e
de práticas médicas que se integram à medicina tradicional. Elas estão enraizadas em
diferentes culturas, promovem a saúde e utilizam métodos naturais de cura. Essas ações
visam a gestão da saúde, prevenção e intervenção de doenças físicas ou mentais de forma
holística. Nessa perspectiva, o uso desses métodos cresceu de maneira exponencial, devido
seu aspecto natural e menos invasivo. Em decorrência a carga horária exaustiva do acadêmico
de medicina e todos os malefícios que a acarretam, como ansiedade, depressão, baixa
autoestima e transtornos de humor, as PICs vem se tornando mais praticadas hodiernamente.
Neste semestre, os alunos do terceiro período de medicina aprenderam sobre as vinte e nove
práticas integrativas implementadas pelo Ministério da Saúde no SUS, como meditação,
aromaterapia, homeopatia, constelação familiar, hipnoterapia, terapia de florais, antroposofia,
reiki, acupuntura, ozonoterapia e fitoterapia, entre outras. Além disso, estudaram sua
metodologia e entenderam o porquê são mais usuais para alguns pacientes, bem como para os
discentes. A prática desses métodos nas aulas ajudou vários estudantes a controlarem melhor
suas emoções, permanecendo calmos em situações estressantes, como provas e apresentações
de trabalhos, diminuindo assim os quadros de ansiedade, depressão e insônia. Devido a esses
benefícios, muitos alunos notaram melhoria em seu rendimento acadêmico, em suas relações
interpessoais, com familiares e amigos, e aumento de autoestima e confiança, pois as práticas
levam a um autoconhecimento e reconhecimento de limites e dessa forma, melhoram a
qualidade de vida da pessoa. Ademais, as PICs não é uma disciplina obrigatória no currículo
de medicina, por isso, esse é um grande diferencial da Unifipmoc-Afya e na formação dos
acadêmicos da instituição, pois, além de usufruírem das práticas integrativas, os futuros
médicos também aprendem em quais situações e em quais pacientes as práticas se aplicam,
tornando assim, médicos diferenciados, com mais experiência e aprendizados diversificados,
para poderem dar uma melhor assistência a seus pacientes, com maior possibilidade de
resolutividade e contribuindo de maneira mais ampla com a sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: PICs; Meditação; Terapia.
OBESIDADE: UM FATOR DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO E
PROGRESSÃO DA DOENÇA RENAL CRÔNICA
Lorena Luiza Rodrigues 1; Maria Luiza Macedo Martins 1; Mires Dalva Pena Neta 1; Sergio Fabiano Vieira
Ferreira 2.
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
75
INTRODUÇÃO: A obesidade é uma doença crônica de crescente prevalência global,
caracterizada por um distúrbio no armazenamento de gorduras que promove disfunções
metabólicas sistêmicas. A Doença Renal Crônica (DRC) é definida por lesão e/ou redução
parcial da função renal durante três ou mais meses. Nesse contexto, o acúmulo de lipídeos
contribui para o desenvolvimento e progressão da DRC, atuando em sua patogênese tanto de
forma direta e independente, por meio de mecanismos inflamatórios e alterações
hemodinâmicas, quanto potencializando fatores de risco como hipertensão arterial e diabetes
mellitus tipo 2. OBJETIVO: Analisar o papel da obesidade no desenvolvimento e na
progressão da doença renal crônica. METODOLOGIA: Realizou-se uma revisão integrativa
com buscas nas bases de dados SciELO e PubMed utilizando os descritores: Obesidade e
Doença Renal Crônica. Os critérios de inclusão foram artigos publicados entre os anos de
2014 a 2021 nas línguas portuguesa e inglesa. Constitui-se da análise de literaturas
publicadas, artigos científicos e na interpretação crítica do autor. RESULTADOS: A análise
dos acervos científicos demonstraram que a obesidade ativa mecanismos que elevam a
pressão glomerular bem como a filtração renal. Dentre esses, vale ressaltar o estado
persistente de resistência à insulina, ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
(SRAA), aumento de cortisol, desregulação da liberação de adipocinas, alteração na
permeabilidade e seletividade glomerular regulada pelos podócitos, além da compressão
mecânica dos túbulos e veias renais. Dessa forma, os estados de hipertensão e hiperfiltração
glomerular resultam em glomerulopatias, sendo a glomeruloesclerose segmentar e focal
(GESF) a principal, e em fibrose tubular. Além disso, os estudos evidenciaram uma
progressão acelerada da DRC prévia em pacientes obesos, o que pode ser explicado pelos
mecanismos patogênicos da doença. CONCLUSÃO: A obesidade é um importante fator de
risco para desenvolvimento e progressão da DRC. Portanto, a adoção de um estilo de vida
saudável, incluindo dieta e atividade física, e, quando indicadas, terapia medicamentosa e/ou
cirúrgica, podem evitar ou atenuar as alterações renais associadas direta ou indiretamente à
obesidade.
PALAVRAS-CHAVE: Obesidade; Doença Renal.
OS BENEFÍCIOS DE PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES EM
GRUPO DE HIPERDIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Thiago Rodrigues Duarte1; Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas1; Maria Izabel Souza Pereira1; Mayra Darlliane
Loiola Silva 1; Paulo André Rocha Nascimento 1; Thiago Santos Monção2; Viviane Braga Lima Fernandes2.
1- Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya.
2- Enfermeiro de Estratégia Saúde da Família - Montes Claros/MG.
3-Professora do curso Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya.
RESUMO: A prática da yoga auxilia na redução de fatores de danosos à saúde física, bem
como o aumento da capacidade de concentração e de criatividade, o equilíbrio do sono, a
promoção da reeducação mental, dentre outros, proporcionando qualidade de vida. Além
disso, a Política Nacional de Prática Integral e Complementar do Brasil, conforme o
Ministério da Saúde, em 2017, visa prevenir doenças e promover a saúde, contribuindo para
uma compreensão mais ampla dos processos saúde/doença e a promoção do autocuidado,
considerando todo o aspecto humano, físico, psicológico, emocional e social. Dessa forma, as
Práticas Integradas e Complementares de Saúde (PICS) estão disponíveis em toda a rede de
76
atenção à saúde e nos diversos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS), cabendo aos
profissionais de saúde conectados à rede, o uso dessas para a população. Nesse contexto, o
presente estudo descreve experiências vivenciadas por acadêmicos do Curso Medicina
durante intervenções de práticas Integrativas e Complementares realizadas em uma Estratégia
Saúde da Família na cidade de Montes Claros - MG. Trata-se de um relato de experiência a
partir de intervenção educativa na Estratégia de Saúde da Família com usuários do grupo
HIPERDIA. Para a realização da intervenção utilizaram-se prática de yoga associada ao uso
de aromaterapia e exercícios de relaxamento, finalizando com rodas de conversas sobre a
atividade desenvolvida. Observou-se a troca de saberes a partir das dinâmicas, houve, a partir
da estimulação constante a contínua da participação do grupo, tanto no esclarecimento de
dúvidas, como no compartilhamento de seus conhecimentos acerca do contexto
saúde-doença. Conclui-se que o programa de HIPERDIA mostra-se como relevante estratégia
na diminuição de riscos e danos de portadores de doenças crônicas, sendo um importante
meio de intensificar praticas integrativas e complementares como forma de tratamento da
hipertensão arterial, uma vez que sua prática está associada à melhora na função autonômica
cardíaca, na redução da pressão arterial e da sobrecarga cardíaca. Para os diabéticos, as PICS
contribuem para a redução da glicemia, para a normalização dos níveis de hemoglobina
glicada e aumento da motivação para os autocuidados.
PALAVRAS-CHAVE: Terapias Complementares, Educação em Saúde, Hipertensão e
Diabetes.
OS BENEFÍCIOS DO USO DE ISGLT2 EM PACIENTES COM DIABETES
MELITTUS TIPO 2 NA PROTEÇÃO CARDIORRENAL
Maria Rafaela Alves Nascimento¹; Karolina Campos Sampaio Lopes¹; Livia Caroline Benquerer Veloso¹;
Fernanda Moreira Fagundes Veloso¹; Yure Batista de Souza¹; Lanuza Borges Oliveira².
¹Acadêmico do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPmoc
²Professor do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPmoc
INTRODUÇÃO: Os inibidores do sodium-glucose co-transporter 2 (iSGLT2) exercem sua
ação por meio de um mecanismo renal específico, inibindo a reabsorção tubular de glicose,
promovendo a glicosúria no paciente e diminuindo os níveis glicêmicos. Esses agentes
demonstraram-se eficientes na redução de eventos cardiovasculares e na progressão da
doença renal crônica (DRC), em pacientes com diabetes melittus tipo 2 (DM2). O principal
mecanismo direto na proteção renal é a supressão do sistema
renina-angiotensina-aldosterona. No desfecho primário cardiovascular, o uso de iSGLT2
apresenta eficaz redução do risco de piora da insuficiência cardíaca. OBJETIVO: Descrever
os benefícios cardiorrenais de inibidores de SGLT2 em pacientes com diagnóstico de diabetes
melittus tipo 2. Metodologia: Trata-se de uma revisão sistemática, com artigos buscados nas
bases de dados, LILACS, SciELO, biblioteca virtual em saúde (BVS) e Medline. Os
descritores utilizados foram, “Inibidores do Transportador 2 de Sódio-Glicose”, “Diabetes
Mellitus Tipo 2” e “Doença Cardiorrenal”. Como resultado foi obtido 226 artigos, sendo 218
em idioma inglês e oito em idioma português. RESULTADOS: O estudo CREDENCE
envolveu pacientes com DM2, macroalbuminúria e TFG de 30 a 90 mL/min/1,73 m2. Neste
estudo, foi avaliado o potencial da canaglifozina versus placebo no risco do desfecho
primário de eventos cardiorrenais, como doença renal terminal ou óbito. Observou-se um
77
risco 30% menor no grupo da canaglifozina ao confrontar com o grupo placebo, com 43,2
eventos por 1.000 pacientes-ano no grupo experimental versus 61,2 eventos por 1.000
pacientes-ano no grupo controle. Para os desfechos específicos da doença renal terminal,
obteve-se um risco 32% menor de progressão da doença, diminuindo assim a necessidade de
diálise ou transplante renal em 32%. Para os eventos cardiovasculares, o grupo experimental
apresentou um risco 20% menor de acidente vascular cerebral, infarto agudo do miocárdio ou
óbito e um risco 39% menor para internação hospitalar por insuficiência cardíaca.
CONCLUSÃO: O presente estudo permitiu compreender como o uso dos inibidores de
SGLT2 diminui o avanço da DRC, bem como na prevenção de eventos cardiovasculares
desfavoráveis. Assim, fica evidente que o uso dessa medicação em portadores de DM2 traz
melhores desfechos para estes pacientes, reduzindo significativamente a necessidade de
diálise naqueles que possuem DRC e de internações devido insuficiência cardíaca.
PALAVRAS-CHAVE: Diabetes; ISGLT2; Insuficiência Cardíaca.
OUTUBRO ROSA E SETOR DA EDUCAÇÃO: UM PROJETO DE
SENSIBILIZAÇÃO
Yasmim Bastos Murta Flores1; Débora Carvalho Araújo2; Victoria Ferreira dos Santos ³; Priscila Martins Soares
Alves ; Izabela Aquino Franco ; Henrique Castro Mendes; Josiane Santos Brant Rocha
16Acadêmicos do curso medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
7Docente do curso medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia que mais acomete a população feminina,
provocando altos índices de mortalidade. É importante que a população conheça os sinais de
alerta, uma vez que o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura, possibilitando um
melhor prognóstico. Outubro Rosa é uma campanha nacional anual onde as ações em saúde
são voltadas à importância do autocuidado, da prevenção e diagnóstico precoce do câncer.
Dessa forma, realizou-se um projeto de extensão para a promoção da causa no setor
educacional. OBJETIVO: Orientar mulheres sobre a importância da prevenção e detecção
precoce do câncer de mama e câncer de colo de útero. RELATO DE EXPERIÊNCIA:
Trata-se de um relato de experiência de um projeto de extensão, cuja ação em saúde referente
ao Outubro Rosa realizou-se no dia 27 de setembro na Escola Estadual Dr. Antônio Augusto
Veloso. A construção da vivência se deu através da organização de uma roda de conversa
entre professoras e servidoras da escola e por especialistas convidadas - mastologista e
patologista que após a socialização das dúvidas e questionamentos do público feminino,
abordaram o tema detalhando os aspectos fisiopatológicos, fatores de riscos e tratamento.
RESULTADOS: Sob o olhar do objetivo do projeto, a execução superou as expectativas. Foi
notória a receptividade e o interesse das participantes para com o assunto principal: o
Outubro Rosa e a prevenção ao câncer de mama, ademais, surgiram vários questionamentos
que foram sanados pelas profissionais. Outrossim, observou-se relatos de mulheres presentes
que passaram ou passam por situações relacionadas, contribuindo com a discussão e a
disseminação da importância do autoconhecimento e realização de exames preventivos, os
quais foram a pauta da conversa, assim como previsto no projeto. CONCLUSÃO: A ação
cumpriu os objetivos estipulados com reflexos positivos, assim, é factual o sucesso da ação
78
educativa e satisfação dos participantes, onde as informações transmitidas foram
esclarecedoras para a comunidade ali presente.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de Mama, Outubro Rosa, Prevenção.
OUTUBRO ROSA: RELATO DE EXPERIÊNCIA DE UM PROJETO DE EXTENSÃO
UNIVERSITÁRIA
Laura Pires Santana1; Deborah Thays Gonçalves Pereira2; Ian Paulo Mendonça3; Maria Eduarda Borges
Rodrigues4; Maria Fernanda Gomes Oliveira5; Kenia Souto Moreira6; Viviane Maia Santos7
1-5Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FipMoc - Afya
6-7Professores do curso De Medicina do Centro Universitário FipMoc - Afya
INTRODUÇÃO: A extensão universitária é compreendida como uma atividade acadêmica,
com objetivo de integrar ensino-pesquisa com os serviços prestados à comunidade. Com isso,
por meio do sistema de informação utilizado pelo município de Montes Claros nas Unidades
de Saúde da Família (USF) -“Vivver - e.SUS”, estudantes da área da saúde conseguem
observar a quantidade de exames realizados na unidade, assim como o número de atrasos na
realização dos mesmos, os quais possuem dados usados como parâmetro para o projeto
destinado ao outubro rosa. OBJETIVOS: relatar a experiência de acadêmicos de medicina na
execução de um projeto de extensão como estratégia de prevenção ao câncer de colo do útero
e de mama. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Em setembro de 2022 foi realizada uma ação
pelos acadêmicos de Medicina do período da UNIFIPMoc -Afya, na USF situada no bairro
Morrinhos. As atividades propostas integram a Prática Interdisciplinar de Extensão, Pesquisa
e Ensino PIEPE e teve como finalidade oferecer conhecimento à população acerca da
temática do câncer de mama e colo uterino e minimizar os atrasos das realizações dos exames
citopatológicos. A realização do projeto contou com a participação dos funcionários da USF,
acadêmicos de diversos cursos da área da saúde e empreendedores locais, que ajudaram a
proporcionar um dia de saúde, lazer e cuidados femininos. O projeto foi dividido em
estações, sendo elas: anamnese, espaço de beleza, saúde bucal, realização do exame de
PCCU, encaminhamento para mamografia, palestra sobre sexualidade feminina e sobre a
importância do cuidado do corpo e da mente. RESULTADO E REFLEXÃO: A vivência do
projeto garantiu a promoção de experiências inovadoras aos acadêmicos, permitindo que
coloquem em prática seus conhecimentos e ampliem suas relações com os pacientes. Assim
como, proporcionar as mulheres um dia diferentes dos habituais, com momentos de
descontração e conhecimento. CONCLUSÃO: Ao final desta experiência, foi possível
observar a relevância da associação entre faculdade com a comunidade e o aprendizado que
vai além da medicina, visando a relação humana e a empatia entre médico e paciente.
Ademais, a prática de extensão universitária assegura mudanças positivas tanto para as
mulheres e sociedade quanto para os acadêmicos.
PALAVRAS-CHAVE: Outubro Rosa; Prevenção; Extensão universitária.
79
PERCEPÇÃO DE ACADÊMICOS DE ENSINO SUPERIOR EM RELAÇÃO À
DOAÇÃO DE SANGUE E MEDULA ÓSSEA
Amanda Katherine Vieira Lima Soares 1; Polyanna Vieira Lima Soares2; Isadora Brito Pessoa Durães3; Karen
Jacyara Campos1; Cecília Costa Brito1; Anna Clara Santiago França2; Leandro de Freitas Teles4; Elaine Veloso
Rocha Urias5.
1Acadêmica do curso de medicina da UNIFIPMoc
2Acadêmica do curso de medicina da UNIFunorte
3Acadêmica do curso de enfermagem da FASA
4Fundação Hemominas
5Professora do curso de medicina da UNIFIPMoc e Unimontes; Fundação Fundação Hemominas
A demanda de hemocomponentes em doenças hematológicas como leucemias, aplasias,
anemias severas com descompensação hemodinâmica e situações de perdas de sangue, como
em traumas e distúrbios da coagulação, exige disponibilidade de sangue para salvar vidas.
Assegurar estoque suficiente é um desafio contínuo para os bancos de sangue. Além da
necessidade de hemocomponentes, alguns pacientes, principalmente com doenças
hematológicas, necessitam de transplante de medula óssea como única esperança de cura.
Nesse contexto, esse trabalho pesquisou a percepção de acadêmicos de ensino superior sobre
a doação de sangue e medula óssea, com foco em sensibilizar esses indivíduos para esse gesto
de cidadania e solidariedade. Trata-se de estudo quanti e qualitativo, tendo sido aplicado
questionário para 280 indivíduos, com posterior análise estatística. A maioria dos
participantes nunca doou sangue e não está cadastrada como candidata à doação de medula
óssea. Os principais motivos informados foram: falta de informação, de incentivo, de tempo e
medo, especialmente da agulha e da dor. Dos candidatos entrevistados, apenas 23,9%
doaram sangue em algum momento da vida. Entre esses, 61,1% doaram apenas uma vez ou
de forma esporádica e 38,8% são doadores fidelizados. Em relação ao cadastro para doação
de medula óssea, 11% disseram ter realizado. Verificou-se que limitações no conhecimento
de acadêmicos de ensino superior sobre os processos de doação de sangue e medula óssea
interferem na decisão de se candidatarem à doação. Dessa forma, maior esclarecimento e
divulgação desses procedimentos é uma medida relevante para incentivar estudantes de
ensino superior a se engajarem em campanhas que possam contribuir com os estoques de
sangue e ampliar a chance de compatibilidade de medula óssea para os pacientes que
necessitam desse transplante.
PALAVRAS-CHAVE: Doação de Sangue; Medula Óssea; Cidadania.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DENGUE EM MINAS GERAIS DE 2015 a 2021.
Fernanda Lima Lopes 1; Ana Luisa Colares Ribeiro 1; Maria Teresa Borges Ferreira Cardoso 1; Maria Victoria
Lima Gonçalves 1; Nathan Pinheiro Fernandes 1; Sâmela Vitória Moura Soares 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UNIFIPMoc
2Professor do curso medicina da UNIFIPMoc
INTRODUÇÃO: A dengue é uma doença de notificação compulsória, considerada como
uma arbovirose urbana prevalente nas Américas e principalmente no Brasil. O agente
etiológico é o vírus (DENV) transmitido pela picada do mosquito fêmea Aedes aegypti que
possui quatro sorotipos. OBJETIVO: Avaliar o perfil epidemiológico da Dengue em Minas
80
Gerais no período de 2015 a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo
epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS mediante o
Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan Net) do Ministério da Saúde do
Brasil. Foram analisados o número de casos notificados, faixa etária, sexo, raça, casos
prováveis por critério de confirmação e número de óbitos. RESULTADOS:No período de
2015 a 2021 foram notificados 1.363.770 casos de dengue em Minas Gerais. Dentre os casos
notificados, a faixa etária de 20 a 39 anos foi a mais acometida com 39,08% dos casos totais,
quanto ao sexo uma ligeira prevalência entre as mulheres de 56,25% e na cor/raça parda
com 34,22%. Ademais, a principal forma de confirmação diagnóstica foi pelo método
clínico-epidemiológico, representando 57,26%. Sobre o número de óbitos pelo agravo
notificado identificou-se uma taxa de 0,04% dos casos totais, sendo os anos de 2016 e 2019
com maior incidência. CONCLUSÃO: Conclui-se que a dengue é uma doença endêmica em
Minas Gerais, com uma elevada taxa de notificação, sendo mais prevalente em adultos jovens
com uma taxa de mortalidade pelo agravo de baixa expressão.
PALAVRAS-CHAVE: Dengue; Epidemiologia ; Notificação.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA DOENÇA HANSENÍASE EM GUANAMBI - BA,
ENTRE OS ANOS DE 2001 A 2021
Décio Adir Vieira Brandão 1, Marcos Aurélio Silva Oliveira 1, Renato Cardoso de Queiroz 1, Camila Dourado
Prado 2, Reginaldo Coelho Guimarães Júnior 3;
1Acadêmicos do curso de Medicina das Faculdades Integradas Padrão Afya, 2Acadêmica do curso de Medicina
do Centro Universitário Faculdade Guanambi, 3Médico pós graduando em Terapia Intensiva e Docência do
Ensino Superior pela Faculdade Serra Geral.
INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença milenar, infectocontagiosa crônica, causada
pelo Mycobacterium leprae e o Brasil ocupa o lugar em número de casos atrás apenas da
Índia, sendo assim um grande problema de saúde pública. É uma doença curável e de
notificação compulsória. Caso não tratada, a doença se torna transmissível, atingindo diversos
núcleos sociais. OBJETIVO: Analisar e secionar o perfil epidemiológico da doença na
cidade de Guanambi/BA no período de 2011 a 2021. METODOLOGIA: Tratou-se de um
estudo ecológico de caráter descritivo exploratório, no qual os dados foram coletados do
Sistema de Informações de Agravos de Notificação - SINAN, durante o período de janeiro de
2022, possuindo informações de notificações de 20 anos na cidade de Guanambi, sendo de
2001 a 2021. Para a organização e análise dos dados utilizou-se o software Epi info, versão
3.5.3 (2011-01-26). De acordo com a resolução CNS 510/2016, por se tratar de dados de
acesso público, não se faz necessário a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa.
RESULTADOS E CONCLUSÃO: Pôde-se notar que nos últimos 20 anos foram notificados
214 casos de Hanseníase na cidade. A maior parte da população acometida são do sexo
masculino com 117/54,67%, pardos 108/50,47%, acima de 15 anos 207/96,73%, analfabetos
40/18,7%, forma clínica dimorfa 87/40,65% e multibacilar 142/66,35%. A partir da análise
dos dados realizada foi possível definir o perfil epidemiológico da população acometida pela
Hanseníase na cidade baiana Guanambi, ao longo das últimas 2 décadas.
PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase, perfil de saúde, saúde pública.
81
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA HANSENÍASE EM MONTES CLAROS - MG
Nathan Pinheiro Fernandes 1; Ana Luisa Colares Ribeiro 1; Fernanda Lima Lopes 1; Maria Teresa Borges
Ferreira Cardoso1; Maria Victoria Lima Gonçalves 1; Sâmela Vitória Moura Soares 1; Karina Andrade de Prince
2.
¹Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A hanseníase é definida como uma doença crônica que é transmitida pelo
contato prolongado com portadores do agente etiológico Mycobacterium leprae associado a
uma predisposição genética do indivíduo contaminado. OBJETIVO: Determinar o perfil
epidemiológico das notificações por hanseníase em Montes Claros -MG, no período de 2012
a 2021. METODOLOGIA: trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e
retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan - Net), do Ministério da Saúde do Brasil.
Foram pesquisados dados sociodemográficos e clínicos. RESULTADO: Foram notificados
646 casos de hanseníase no município, o número variou de 24 a 204, com média de 65 casos
anuais. Observou-se um aumento no número de notificações da doença entre 2012 e 2021
(558%), com elevado número de casos em 2020 (108) e 2021 (204), período da pandemia da
Covid-19. Houve predomínio dos casos em pacientes do sexo feminino (56%), na faixa etária
40 a 69 anos (58%) e da cor/raça parda (62%). 91% dos casos eram novos e 61% evoluíram
para cura. O tipo de Hanseníase mais evidenciado foi a Paucibacilar com 52% dos casos.
CONCLUSÃO: Conclui-se que houve um aumento considerável no número de casos de
hanseníase no município nos últimos anos, principalmente no período da pandemia da
Covid-19. A cidade está inserida em uma região que é endêmica para a doença, sendo a
maioria casos notificados novos, indicando a presença contínua do bacilo de Hansen no
município, expondo moradores ao risco da contaminação e possíveis comorbidades. A
presença de pacientes em fases assintomáticas, a dificuldade para o diagnóstico precoce e os
obstáculos para o tratamento efetivo, que é realizado em casa diariamente e na Unidade de
Saúde mensalmente, são problemáticas recorrentes que dificultam a contenção completa da
Hanseníase em diferentes localidades do país.
PALAVRAS-CHAVE: Hanseníase; Diagnóstico; Epidemiologia.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA SÍFILIS CONGÊNITA NA REGIÃO SUDESTE DO
BRASIL.
Nara Ramos Dourado¹; Vanessa Castro Fonseca Coelho¹; Karla Monique Fagundes Queiroz¹; Ingred Gimenes
Cassimiro de Freitas¹; Mayra Darlliane Loiola Sila¹; Kaio Henrique Marques Batista¹; Viviane Maia Santos²
¹Acadêmica (o) do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
²Professora do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya.
RESUMO: A sífilis é uma doença infectocontagiosa sistêmica e sexualmente transmissível
que se caracteriza como um desafio para a sociedade, pois, apesar da existência de tratamento
eficaz e de baixo custo, mantém-se como um grave problema de Saúde Pública. A Sífilis
Congênita (SC) resulta da transmissão vertical da bactéria através de gestantes não-tratadas
ou tratadas inadequadamente e a infecção embrionária pode ocorrer em qualquer fase da
gravidez ou doença materna. Este trabalho teve como objetivo descrever e comparar a
82
ocorrência da sífilis congênita na região Sudeste do Brasil, em períodos antes e durante a
pandemia, considerando-se o perfil epidemiológico das mães que realizaram pré-natal, dos
casos notificados na região e da sífilis materna durante o pré-natal. Foi realizado um estudo
epidemiológico observacional de casos notificados de crianças com menos de um ano de
idade, diagnosticadas com sífilis congênita pelo Sistema de Informação de Agravos de
Notificação (SINAN) do Ministério da Saúde, através do DATASUS TABnet no período de
2017 a 2021. O estudo foi realizado exclusivamente com dados secundários de acesso livre,
garantindo-se a preservação da identidade dos sujeitos, em consonância com os preceitos
éticos. Durante o período investigado, a incidência de sífilis congênita para o grupo
pesquisado aumentou 2% nos dois primeiros anos, nos anos de 2019 a 2021 houve uma
redução (58,26%), podendo ter sido subnotificado visto que durante a pandemia de COVID-
19, esforços e investigações foram direcionados para outras áreas. Portanto, entre 2017 e
2021, o número de casos de sífilis congênita nas cinco regiões Brasil de 13.817 casos para
5.903 casos e na região Sudeste 6.180 casos para 2.607 casos respectivamente, em geral,
diminuiu, havendo diferenças entre grupos epidemiológicos. Mesmo que esses dados
apontem para uma redução dos casos, algo positivo para a sociedade, podem ter sido
influenciados pela pandemia, causando subnotificações. Os achados deste estudo são
relevantes à medida que denotam a necessidade da implementação de ações voltadas para
campanhas, melhoria nos sistemas de detecção e tratamento, além de maior controle de
notificação da doença.
PALAVRAS-CHAVE: Sífilis Congênita; Perfil Epidemiológico; Saúde Pública;
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA TUBERCULOSE EM MONTES CLAROS - MG
Arlem Leonardo Oliveira Filho 1; Beatriz de Sousa Guimarães 1; Júlia Maldonado de Aguiar Costa1; Luís
Gustavo Gomes Oliveira1; Marcos Daniel Gomes Oliveira1; Maria Luisa Vilas Boas Alves Pereira 1; Karina
Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença infecciosa e contagiosa, transmitida pela
bactéria, cientificamente, denominada Mycobacterium tuberculosis. Trata-se de uma das mais
antigas doenças infecciosas e mesmo que seja prevenível e curável desde meados da década
de 1950, ainda, nos dias atuais, continua sendo um dos grandes impasses de saúde pública,
em especial nas regiões em desenvolvimento. OBJETIVO: Determinar o perfil
epidemiológico das notificações por tuberculose em Montes Claros -MG, no período de 2002
a 2021. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e
retrospectivo, com coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de
Informação de Agravos de Notificação (Sinan - Net), do Ministério da Saúde do Brasil.
Foram pesquisados dados sociodemográficos e clínicos. RESULTADO: Foram notificados
2756 casos de tuberculose no município, o número variou de 94 a 198, com média de 137,8
casos anuais. Observou-se uma diminuição no número de notificações da doença entre 2003 e
2021 (58,46%), com reduzido número de casos em 2020 (94) e 2021 (114), período da
pandemia da Covid-19. Houve predomínio dos casos em pacientes do sexo masculino
(65,13%), na faixa etária 40 a 59 anos (33,16%) e da cor/raça parda (51,16%). 86,79% dos
casos eram novos e 64,62% evoluíram para a cura. O tipo de tuberculose mais evidenciado
83
foi a pulmonar com 65,71% dos casos. No mais, cabe acrescentar que 14,97% dos óbitos
aconteceram em 2021 e nesse mesmo ano teve menor taxa de cura confirmada (1,01%).
CONCLUSÃO: Conclui-se que houve um decréscimo considerável no número de casos de
tuberculose no município nos últimos anos, principalmente no período da pandemia da
Covid-19. Verificou nesse estudo que o perfil acometido principal foi de indivíduos
masculinos adultos pardos que cursaram com o tipo pulmonar da patologia. Com isso, dados
da prevalência e incidência de tuberculose ressaltam a necessidade de estudos
epidemiológicos e sociodemográficos, visando ao conhecimento das necessidades em saúde
de cada região. Nesse viés, torna-se necessária uma abordagem no que tange aos fatores de
risco atrelados às medidas profiláticas de educação em saúde , para atenuar os casos de
turbeculose e suas repercussões.
PALAVRAS-CHAVE: Tuberculose; Epidemiologia; Doenças infecciosas.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR FEBRE REUMÁTICA
AGUDA EM MINAS GERAIS
Sâmela Vitória Moura Soares¹; Ana Luisa Colares Ribeiro¹; Fernanda Lima Lopes¹; Maria Teresa Borges
Ferreira Cardoso¹; Maria Victoria Lima Gonçalves¹; Nathan Pinheiro Fernandes¹; Karina Andrade de Prince²
¹Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
² Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: A febre reumática aguda é uma complicação tardia e não supurativa da
infecção faríngea pelo estreptococo Beta-hemolítico do grupo A. É uma patologia autoimune
sistêmica que atinge mais frequentemente as articulações, o coração, o sistema nervoso
central, a pele e os tecidos subcutâneos. OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico
das internações por febre reumática aguda em Minas Gerais no período de 2012 a 2021.
METODOLOGIA: trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com
coleta de dados do DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Internação Hospitalares do
SUS (SIH/SUS) do Ministério da Saúde do Brasil. Foram pesquisados dados
sociodemográficos e clínicos. RESULTADO: Foram notificadas 3.023 internações por febre
reumática aguda no estado, com diminuição de 18,3% no número de casos entre 2012-2021.
Observou-se um maior número de internações na macrorregião de saúde Centro (39,9 %) e
Leste do Sul (20,9%), em contrapartida o Triângulo do Sul (0,46%) e a região Noroeste
(0,43%) obteve os menores números de casos. Houve predomínio dos casos em pacientes do
sexo feminino (52,3%), na faixa etária 60 a 69 anos (18,2%) e da cor/raça parda (55,7%). Em
relação a mortalidade, o ano de 2021 (4,35%) e as macrorregiões de saúde Triângulo do Sul
(21,43%) e Noroeste (15,38%) apresentaram as maiores taxas. O valor total das internações
no estado entre 2012 e 2021 pelo SUS, foi de 3.100.220,55 reais, com valor médio de
1.025,54. CONCLUSÃO: durante a pandemia de COVID-19 foi visto redução das
internações por febre reumática aguda em Minas Gerais acompanhado por aumento da
mortalidade da doença, provavelmente relacionado ao menor acesso a assistência à saúde
devido ao direcionamento do cuidado para com a população contaminada com SARS-COV2,
gerando falha do diagnóstico e tratamento precoce da doença. É demonstrado a influência dos
fatores sociais e econômicos em relação a taxa de mortalidade por macrorregião de saúde,
84
que a região Triângulo do Sul e Noroeste apesar de possuírem as menores taxas de
internações apresentam as maiores taxas de mortalidade.
PALAVRAS-CHAVE: Febre Reumática; Epidemiologia; Internações.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR NEOPLASIA MALIGNA
DO COLO DE ÚTERO EM MINAS GERAIS
Maria Teresa Borges Ferreira Cardoso 1; Ana Luisa Colares Ribeiro 1; Fernanda Lima Lopes 1; Maria Victoria
Lima Gonçalves 1; Nathan Pinheiro Fernandes 1; Sâmela Vitória Moura Soares 1; Karina Andrade de Prince 2
¹Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
² Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de tumor mais incidente entre as
mulheres, caracteriza-se por ser uma doença de evolução lenta, podendo cursar sem sintomas
ou sinais específicos. O carcinoma epidermóide é a neoplasia maligna mais prevalente,
representando 90% dos casos diagnosticados. Apresenta como fator de risco principal a
infecção pelo vírus HPV. OBJETIVO: Determinar o perfil epidemiológico das internações
por neoplasia maligna do colo de útero em Minas Gerais, no período de 2017 a 2021.
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo e retrospectivo, com
coleta de dados no DATASUS, mediante consulta ao Sistema de Internações Hospitalares do
SUS (SIH/SUS), do Ministério da Saúde do Brasil. Foram analisados números de
internações, perfil sociodemográfico e clínico e a taxa de mortalidade. RESULTADO: No
período avaliado foram notificadas 10.510 internações por câncer de útero em Minas Gerais,
com média anual de 2.102 casos, havendo uma diminuição entre 2018 e 2021 (6,5%). Em
relação às macrorregiões de saúde avaliadas, a região Centro apresentou maior percentual
(39.22%) e a região do Jequitinhonha o menor percentual (0.19%) de casos. O maior número
de internações ocorreu entre mulheres na faixa etária 30 a 59 anos (66%), da cor/raça parda
(51%), em caráter de urgência (71%) e com média de permanência 5,2 dias. Em relação a
taxa de mortalidade, a média foi de 9,25%, sendo maior em 2017 (10,68%), na macrorregião
de saúde Jequitinhonha (23,81%) e acima dos 80 anos (23,89%). CONCLUSÃO: Nota-se
que a neoplasia de colo uterino apresenta incidência crescente após os 30 anos, evidenciando
a idade como um fator de risco. A gravidade da doença leva a uma necessidade de
atendimento hospitalar, ocasionando elevados custos para a saúde pública do país. A taxa de
mortalidade maior em determinados períodos e macrorregiões de saúde, reflete a necessidade
da implementação de uma política mais efetiva de controle da doença no estado, visando
ampliar e qualificar a oferta de ações de prevenção, rastreamento, controle e tratamento
oncológico, reduzindo a mortalidade e as enormes desigualdades regionais.
PALAVRAS-CHAVES: Epidemiologia; Hospitalizações; Câncer de colo de útero.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE MULHERES COM CÂNCER DE MAMA
SUBMETIDAS À MASTECTOMIA ATENDIDAS PELO SISTEMA ÚNICO DE
SAÚDE NO NORTE DE MINAS GERAIS
Maria Rafaela Alves Nascimento1; Maria Rafaela Nonato Marques2; Maria Eduarda Borges Rodrigues3; Yure
Batista Sousa4; Lanuza Borges Oliveira5
85
1,3,4 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc UNIFIPMOC - Afya
2Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
5Docente do curso de Medicina do Centro Universitário UniFipMoc - Afya e do departamento de enfermagem
da Universidade Estadual de Montes Claros - UNIMONTES
INTRODUÇÃO: Introdução: O câncer de mama é um relevante problema de saúde pública,
é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres no mundo, acomete de forma
predominante no sexo feminino, por volta dos 50 anos de idade. É o segundo tipo de câncer
mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres. No Brasil, estima-se 66.280
novos casos de câncer de mama para cada ano do triênio 2020-2022, estimando 61,61 casos
novos a cada 100 mil mulheres. A escolaridade influencia no conhecimento e melhor
compreensão das orientações para realização do autoexame das mamas, exame clínico das
mamas e mamografia, tendo como consequência uma melhor efetividade nas ações de
orientação quanto aos riscos e detecção precoce do câncer de mama evitando assim
tratamentos menos mutiladores e melhor sobrevida. OBJETIVO: Conhecer o perfil
epidemiológico das mulheres com câncer de mama submetidas à mastectomia atendidas pelo
Sistema Único de Saúde em Montes Claros no Norte de Minas Gerais. METODOLOGIA:
Trata-se de um estudo transversal, descritivo e quantitativo. A coleta de dados foi através de
prontuários clínicos de mulheres em tratamento do câncer de mama em um dos serviços de
oncologia do Norte de Minas Gerais, no período de janeiro de 2017 a junho de 2022.
RESULTADOS: Foram analisados 310 prontuários de pacientes submetidas à mastectomia,
230 delas realizaram o tratamento pelo Sistema Único de Saúde. Destas, 38,6% receberam o
diagnóstico antes dos 50 anos de idade, enquanto 54% foram diagnosticadas entre 50 e 80
anos e apenas 7,4% após os 80 anos. Com relação a identificação étnico-racial foi constatada
que 80% são pardas, 15,2% são brancas e 4,8% são negras. Ademais, a avaliação do nível de
escolaridade mostrou que 13% das pacientes são analfabetas, 34% encerraram os estudos no
1 º Grau, 16,5% completaram o Grau e 7% concluíram o Ensino Superior. Em referência
ao estado civil das pacientes obteve uma proporção de 44% são casadas, 27,4% relataram ser
solteiras, 12,2% são viúvas, 10,8 % são divorciadas e 4,8% se encontram em uma união
estável. CONCLUSÃO: Dessa forma, nota-se que mais da metade das pacientes foram
diagnosticadas após os 50 anos de idade, sendo que a maioria se legitima casada. Além disso,
quanto ao perfil epidemiológico a raça parda foi a mais prevalente entre as pacientes, ao
passo que na avaliação do nível escolar a maior parcela não finalizou o grau.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer De Mama; Mastectomia.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE COLO DE ÚTERO EM MINAS
GERAIS NO PERÍODO DE 2017 A 2021
Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas¹; Mayra Darlliane Loiola Silva¹; Nara Ramos Dourado¹; Karla Monique
Fagundes Queiroz¹; Vanessa Castro Fonseca Coelho¹; Kaio Henrique Marques Batista¹; Jamile Pereira Dias dos
Anjos²
¹Acadêmica (o) do curso de Medicina da UNIFIPMoc
²Professora do curso de Medicina da UNIFIPMoc
RESUMO: O câncer do colo do útero é caracterizado pela replicação desordenada do
epitélio de revestimento do órgão, comprometendo o tecido subjacente (estroma) e podendo
86
invadir estruturas e órgãos contíguos ou à distância. Ele ocupa a terceira posição quanto a
incidência e a quarta de mortalidade por câncer em mulheres no Brasil, sem considerar
tumores de pele não melanoma. É uma doença de desenvolvimento lento, que pode cursar
sem sintomas em fase inicial e evoluir para quadros sintomáticos nos casos mais avançado,
exigindo ações de controle pelos poderes públicos. Nesse sentido, diante das repercussões e
relevância, esse trabalho tem por objetivo descrever o perfil epidemiológico do câncer do
colo do útero em Minas Gerais. Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo, com dados
coletados no Sistema de Informação do Câncer (SISCAN) do Departamento de Informação e
Informática do SUS (DATASUS), referentes ao período entre 2017 e 2021, em Minas Gerais.
Foi coletado o número total de casos de neoplasias malignas do colo uterino (CCU) no estado
do Minas Gerais, estratificando o número de casos por idade e tipos mais prevalentes dessa
neoplasia. Como resultado, foi possível verificar o registro total de 1448 casos durante este
período. Em relação aos subtipos de CCU mais prevalentes, destaca-se o carcinoma
epidermoide, representando 78% do total geral registrado, seguido pelo adenocarcinoma
invasor 15%. Quanto à faixa etária, observou-se maior representatividade, 830 mulheres
(57%), entre 30 a 54 anos. Concluiu-se que as taxas de incidência e o número de casos novos
estimados são importantes para avaliar a magnitude da doença no território e programar ações
locais.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de Colo Uterino; Epidemiologia; Saúde da Mulher.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DO CÂNCER DE PRÓSTATA NA REGIÃO SUL E
CENTRO-OESTE DO BRASIL NOS ÚLTIMOS 5 ANOS
Vanessa Castro Fonseca Coelho 1; Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas 2; Kaio Henrique Marques Batista 3;
Karla Monique Fagundes Queiroz 4; Mayra Darlliane Loiola Silva 5; Nara Ramos Dourado 6; Viviane Braga
Lima Fernandes 7.
1-6 Acadêmico de Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
7Professor do curso Medicina do Centro Universitário Unifipmoc-Afya
RESUMO: INTRODUÇÃO: O câncer de próstata é o tumor mais frequente entre os
homens, principalmente acima dos 65 anos. No Brasil, a maior parte da população
concentra-se na região Sudeste, perfazendo um total de 89.012.240 habitantes, dentre esses
um total de 40,7 milhões de homens. OBJETIVO: Descrever, a partir da perspectiva
epidemiológica, com enfoque no índice de mortalidade e de internação, o câncer de próstata
nos últimos 5 anos nas Regiões Sul e Centro-Oeste do Brasil. METODOLOGIA: Foi
realizado estudo epidemiológico, descritivo e transversal por meio de coleta de dados do
DATASUS Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) do
Ministério da Saúde, do período de Janeiro de 2017 a Janeiro de 2022, utilizando os filtros
“neoplasia maligna de próstata”, “sexo masculino”, “faixa etária”, “regiões Sul e
Centro-Oeste”, “taxa de mortalidade” e “internações”. RESULTADOS: O número total de
internações nos últimos 5 anos, com faixa etária entre 70 a 79 anos, foi de 11.615 e taxa de
mortalidade total foi de 0,21%. Diante do exposto, a quantia de internações da região Sul foi
de 8.470 pessoas e taxa de mortalidade representativa foi de 0,10%, enquanto a Região
Centro-Oeste foi de 3.145 pessoas e 0,11%, respectivamente. CONCLUSÃO: Assim, de
acordo com os dados apresentados, conclui-se que a região Centro-Oeste apresentou maior
incidência para a taxa de mortalidade e menor índice de internações em comparação a Região
87
Sul. Tais achados podem refletir a necessidade de maiores intervenções de políticas de saúde
pública na região Centro-Oeste, no sentido de reduzir esses índices.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer de Próstata, Epidemiologia, Mortalidade, Internação,
Neoplasia Maligna de Próstata.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS CASOS DE HANSENÍASE EM MINAS GERAIS
NO PERÍODO DE 2017 A 2022
Kaio Henrique Marques Batista1; Ingred Gimenes Cassimiro de Freitas1; Nara Ramos Dourado1; Vanessa Castro
Fonseca Coelho1; Giovanna Jansen Cordeiro1; Mayra Darlliane Loiola Silva1; Viviane Maia Santos 2
1Acadêmico do curso de Medicina da UNIFIPMoc
2Professor do curso de Medicina da UNIFIPMoc
RESUMO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa crônica, que infecta as células de
Schwann. Atualmente, ainda se mostra como um grave problema de saúde pública no Brasil e
em países em desenvolvimento. Ela afeta, principalmente, troncos nervosos periféricos e os
nervos superficiais da pele, mas pode acometer também olhos e órgãos internos. Pode atingir
pessoas de todos sexos e idades, com evolução lenta e progressiva, que, se não tratada,
ocasiona incapacidades físicas. A alta morbidade da hanseníase tem sido associada ao
acometimento neural, que pode levar a incapacidades físicas permanentes e deformidades que
geram, muitas vezes, comportamentos de rejeição e discriminação da sociedade em relação
ao doente. Nesse sentido, diante das repercussões, torna oportuna e relevante a pesquisa do
perfil epidemiológico da hanseníase em Minas Gerais, como objetivo do presente trabalho.
Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo com dados coletas por meio de dados anuais
disponibilizados pelo Departamento de Informação e Informática do SUS (DATASUS),
referentes ao período entre 2017 e 2022, em Minas Gerais. Foi analisado a frequência por
Região de Saúde (CIR) de notificação, segundo o ano do diagnóstico. Como resultado, foi
possível verificar o registro total de 479 casos durante o período de 2017 a 2022. Em relação
a essa frequência, evidencia-se um crescente aumento dos casos no decorrer dos anos, sendo
de, aproximadamente, 656% entre 2017 e 2021. Quanto ao maior crescimento, destaca-se o
do período de 2020 a 2021, com uma taxa de aumento de 89%. Concluiu-se que as taxas de
incidência e o número de casos novos estimados são importantes para avaliar o cenário dessa
região, além de fundamental importância para a construção de estratégias direcionadas,
almejando políticas públicas e fortalecimento de medidas de prevenção dos agravos e
promoção da saúde da população.
PALAVRAS-CHAVE: Frequência; Hanseníase; Perfil Epidemiológico.
PIORA DA FRAGILIDADE E VULNERABILIDADE EM IDOSOS HIPERTENSOS
COMUNITÁRIOS E FATORES ASSOCIADOS: UM ESTUDO LONGITUDINAL
Isabella Ribeiro Gomes¹; Yasmin Nicolle Barbosa deFreitas2,;Marianne Silva Soares³; Jair Almeida Carneiro4;
Fernanda Marques da Costa5; Jaciara Aparecida Dias Santos6; Isadora Vasconcelos Afonso Gomes7
1Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário Unifipmoc
2Acadêmica do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes
88
³ Enfermeira da Estratégia de Saúde da Família de Montes Claros e Mestre em Cuidado Primário
4Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário FipMoc
5Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário FipMoc
6Médica da Atenção Primária de Coração de Jesus e Mestranda do Programa de Pós-graduação em Cuidados
Primários em Saúde
7Acadêmica de Medicina das Faculdades Unidas do Norte de Minas- Funorte
RESUMO: A Fragilidade constitui um processo amplo e dinâmico, que envolve aspectos
fisiológicos e psicossociais. É uma síndrome importante que deve ser avaliada e estudada na
população idosa. Em função do processo do envelhecimento pode ocorrer a diminuição da
capacidade funcional trazendo dificuldade para o indivíduo, afetando sua qualidade de vida.
A partir dos 60 anos de idade que ocorrem as perdas orgânicas, aumentando a fragilidade e o
risco às doenças crônicas não transmissíveis (DCNT). Uma importante DCNT é a hipertensão
arterial sistêmica (HAS) prevalente no sexo masculino e aumenta com a idade com
percentual de 71,7% para os indivíduos acima de 70 anos. Objetivou-se avaliar
longitudinalmente a fragilidade e seu comportamento; identificar os fatores associados à
transição para piores níveis de fragilidade em pessoas idosas com hipertensão arterial
residentes na comunidade. Trata-se de um estudo quantitativo, longitudinal prospectivo e
analítico. Realizado em idosos com diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica que residem
na comunidade, na região urbana do município de Montes Claros, Minas Gerais. A
amostragem foi probabilística, por conglomerados em duas etapas. A coleta de dados ocorreu
no domicílio dos idosos em dois momentos, o primeiro entre maio e julho de 2013, linha de
base; e o segundo momento, considerado primeira onda do estudo, ocorreu entre os meses de
novembro de 2016 e fevereiro de 2017, um período médio de 42 meses de acompanhamento.
Foram analisadas variáveis demográficas, socioeconômicas e clínico-assistenciais. A
fragilidade foi mensurada pela Escala de Fragilidade de Edmonton. Na análise utilizou-se a
regressão de Poisson com variância robusta para obter as razões de prevalência brutas e
ajustadas. Esta pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da
Universidade Estadual de Montes Claros. Participaram do estudo 281 idosos, 23,1%
apresentaram piora do seu estado de fragilidade na primeira onda em relação ao estágio
avaliado no ano base. A prevalência de fragilidade foi de 38,0% no ano base e 31,2% na
primeira onda. A piora da fragilidade foi associada à autopercepção negativa da saúde, à
polifarmácia e à internação nos últimos 12 meses. O conhecimento dos fatores associados à
piora da fragilidade em idosos hipertensos permite que intervenções em saúde possam ser
desenvolvidas na população idosa.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde. Fragilidade. Hipertensão. Idoso. Saúde do
Idoso.
PREVALÊNCIA DA AGLOMERAÇÃO DE FATORES COMPORTAMENTAIS DE
RISCO PARA DOENÇAS CRÔNICAS O TRANSMISSÍVEIS EM
ADOLESCENTES
Amanda da Silva Santos1; Andreza Assunção Santos1; André Henrique de Oliveira1;
Giovani Siervi Andrade Filho1; Lara Cristina Dias Simões1; Roberta Santos Lima1; Josiane Santos Brant Rocha2.
1Acadêmico do curso de medicina do Centro Universitário UNIFIPMOC AFYA
2Professor do curso de medicina do Centro Universitário UNIFIPMOC AFYA
89
INTRODUÇÃO: As DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis) estão associadas a
prejuízos funcionais gerando altos custos econômicos para os sistemas de saúde e atingindo
faixas etárias cada vez mais jovens. OBJETIVO: Este estudo objetivou estimar a prevalência
da aglomeração de fatores comportamentais de risco para DCNT em adolescentes.
METODOLOGIA: Trata-se de estudo transversal, analítico, com amostra representativa de
adolescentes matriculados em escolas Municipais da cidade de Montes Claros - MG, em
2018. Foi investigada a aglomeração de fatores comportamentais de risco para DCNT,
definidos como a concomitância de três ou mais dos seguintes fatores: consumo habitual de
carne com gordura, baixo consumo de frutas, baixo consumo de verduras, consumo regular
de refrigerante, consumo regular de doces, extraídos do questionário Vigilância de Fatores de
Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) e
comportamento sedentário, avaliado a partir da seguinte pergunta: “Em média, quantas horas,
por dia, você assiste televisão, usa computador, celular, tablet e/ou joga videogame?”, sendo
categorizada em (< 4 horas; 4 horas). Foi realizada análise descritiva por meio de frequência
e porcentagem. RESULTADOS: Foram avaliadas 880 adolescentes, a média de idade foi de
13 anos (±1,22), sendo que 52% do sexo feminino. Destes, 418 (47,5%) apresentavam mais
de três fatores que caracterizou aglomeração de fatores de risco para doenças crônicas não
transmissíveis. Os principais comportamentos de risco referiram-se a elevado consumo de
refrigerantes (77,7%), elevado consumo de doce (39,4%) e comportamento sedentário (≥ 4
horas) (42,0%). CONCLUSÃO: Registrou-se considerável prevalência de adolescentes com
aglomeração de fatores comportamentais de risco para doenças crônicas não transmissíveis.
Considerando os resultados encontrados, serviços de saúde municipais devem propiciar
políticas de atenção diferenciadas aos adolescentes, buscando amenizar a elevada
morbimortalidade das doenças crônicas não transmissíveis.
PALAVRAS-CHAVE: DCNT; Adolescentes.
PREVALÊNCIA DE DOENÇA DE CHAGAS NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE:
REVISÃO INTEGRATIVA
Camila Wanderley Alcântara Machado1; Ana Julia Torres Bonfim Rocha2; Camilly Sayuri Barbosa Dota3; Lucas
Pires Dias Pinto4; Mayra Domingues Cardoso5; Sophia Rodrigues Teixeira6; Diego Dias de Araújo7
1; 4Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
2; 3;5;6 Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
7Professor do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: A Doença de Chagas, causada pelo protozoário parasito Trypanosoma Cruzi, é
um importante problema de saúde pública, sendo uma doença endêmica, principalmente em
países em desenvolvimento, podendo gerar complicações clínicas, como as do coração que
causam arritmia e insuficiência cardíaca, em sua fase crônica. Este estudo teve como objetivo
identificar na literatura a prevalência da Doença de Chagas na Atenção Primária à Saúde.
Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada no Portal Regional da Biblioteca
Virtual em Saúde (BVS). A estratégia de busca foi elaborada a partir dos descritores
“prevalência” and “Doença de Chagas” and Atenção Primária à Saúde”. O levantamento das
publicações indexadas foi realizado em maio de 2022. Os critérios de inclusão foram: texto
completo, artigos publicados nos últimos 5 anos. Foram identificados, inicialmente, 12
90
artigos. Posteriormente à leitura dos artigos, foram selecionados 4 artigos relacionados
diretamente ao tema. Em relação à prevalência, evidencia-se que houve variação de 13,3% a
82,76% a depender da raça do indivíduo e região do estudo. Os estudos apontaram que a
Doença de Chagas acomete com maior frequência o sexo masculino, raça parda e pessoas
com ensino fundamental. Ademais, a taxa de incidência no Brasil variou de 4,9% a 30,39%
por cem mil habitantes no período de sete anos (2012 a 2019). Quanto aos fatores associados,
destacaram-se a carência de informações entre profissionais de saúde na Atenção Básica à
Saúde e da população geral, precariedade de condições sanitárias e de trabalho, ausência de
ações de promoção à saúde e de capacitação profissional. Dessa forma, espera-se que, essa
revisão, contribua para a discussão sobre a temática e para a identificação de possíveis fatores
associados a Doenças de Chagas na população assistida pela Atenção Primária à Saúde, de
forma a atenuar as fragilidades relacionadas ao tema proposto.
PALAVRAS-CHAVE: Atenção Primária à Saúde; Doença de Chagas; Prevalência.
PREVALÊNCIA DE QUEIMADURAS E CORROSÕES EM MINAS GERAIS
Melline Mota Bispo Froes1; Letícia Rego Borborema1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPMoc
2Professor do curso Medicina da instituição Centro Universitário FIPMoc
INTRODUÇÃO: O grupo T20 a T32 presente no capítulo XIX do CID 10 compreende as
queimaduras térmicas por causa diversas e corrosões - escalduras químicas - externas e
internas. Esse grupo possui importância clínica devido à gravidade das lesões, que em grande
parte precisam de atendimento hospitalar de média e alta complexidade, e contém relevância
epidemiológica, com altas prevalências, mesmo diante de acidentes passíveis de prevenção,
sendo os levantamentos epidemiológicos necessários para direcionar recursos de prevenção e
de tratamento dos casos. OBJETIVO: Analisar a prevalência de internações por queimaduras
e corrosões em Minas Gerais. MÉTODO: Trata-se de estudo retrospectivo, quantitativo,
descritivo, de base documental. Os dados foram obtidos do Departamento de Informática do
SUS (DATASUS) por meio do programa TABNET. RESULTADOS: No período de janeiro
de 2010 a dezembro de 2021, foram registradas 30.118 internações por queimaduras e
corrosões em Minas Gerais. Observa-se uma prevalência de internações no sexo masculino
(18.728-62,18%), na faixa etária de 30 a 39 anos (5.202-17,27%) e da cor/raça parda
(17.223-57,18%). O caráter do atendimento foi predominantemente urgente (28.868-95,84%),
de regime ignorado (16.069-53,35%), com total de 1.141 óbitos e valor de serviços
hospitalares de R$57.110.426,25. A macrorregião de saúde Centro se destaca em maior
registro de casos (15.535-51,58%), maior registro de óbitos (735-64,41%) e também maior
gasto hospitalar (R$ 36.109.208,32). CONCLUSÃO: As internações hospitalares por
queimaduras e corrosões em Minas Gerais no período analisado predominaram em homens
de 30 a 39 anos, pardos. Além disso, prevaleceram os atendimentos de urgência, de regime
ignorado e com gastos de em média 57 milhões de reais, sendo a macrorregião de saúde
Centro referência no atendimento para demais regiões. Diante desses dados é possível
direcionar medidas protetivas ao público de maior incidência, bem como manejar recursos
para garantir a qualidade nos atendimentos de urgência, sobretudo em centros de referência,
melhorando o prognóstico e reduzindo os óbitos dos acometidos.
91
PALAVRAS-CHAVE: Epidemiologia; Queimaduras; Saúde Pública.
PREVALÊNCIA DO USO DE CIGARRO ELETRÔNICO E FATORES ASSOCIADOS
Arthur Teixeira Godoi¹; Hallyssonn Cássio Mendes Oliveira¹; José Felix Figueirêdo¹; Lincoln Lamec
Rodrigues¹; Mariana Fernanda Pereira Martins Silva¹; Vitoria Souza Revert Borborema¹; Josiane Santos Brant
Rocha².
¹Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário UNIFIPMoc, Montes Claros Minas Gerais
²Professor do curso de Medicina do Centro Universitário UNIFIPMoc, Montes Claros Minas Gerais
INTRODUÇÃO: O tabaco é um importante fator de risco evitável para vários tipos de
câncer, doenças cardiovasculares e doenças respiratórias. Os riscos à saúde decorrem tanto do
consumo direto do tabaco como também da exposição ao fumo passivo. OBJETIVO: Este
estudo objetivou estimar a prevalência do uso do CE e a associação com fatores preditores.
MÉTODOS: Trata-se de estudo transversal, analítico, com amostra probabilística de
universitários matriculados em um Centro Universitário de Montes Claros, Minas Gerais, no
segundo semestre de 2022. A variável dependente referiu-se ao uso do CE. As variáveis
independentes referiram a fatores sociodemográficas (sexo, idade, estado civil e com quem
reside) e laborais (trabalho e curso que pertence) e comportamentais (prática de atividade
física). A coleta de dados ocorreu nas dependências da instituição, em uma sala reservada,
por um coletivo de pesquisadores treinados, após a autorização da instituição e aprovação do
comitê de ética. Foram realizadas análises descritivas das variáveis investigadas. Para analisar
a associação entre o uso do CE com as variáveis independentes, procedeu-se à análise
bivariada pelo teste do χ2de Pearson. Aquelas que mantiveram associadas ao desfecho até o
vel de 25% (p 0,25) foram selecionadas para análise de regressão múltipla de Possion.
Assumiu-se nível de significância de 5% (p 0,05). RESULTADOS: Foram entrevistados
730 universitários, com a média de idade de anos 22,56 (±6,25), sendo que 60 % era do sexo
feminino. Destes, 21,8 % faziam o uso CE e após a análise multivariada manteve-se associado
ao desfecho não ter companheiro (RP= 3,31- IC % 95 :1,04-10,48) morar sozinho ( RP=1,53 -
IC% 95 : 1,07-2,18) e não praticar atividade física regularmente (RP= 3,37- IC% 95 : 2,35 -
4,83). CONCLUSÃO: Registrou-se elevada prevalência do uso do CE, nomeadamente entre
aqueles universitários que não tem companheiro, moram sozinho e não praticam atividade
física. Considerando os resultados encontrados, chamam a atenção para a necessidade de
novas medidas regulatórias a fim de reduzir o uso desse dispositivo.
PALAVRAS-CHAVE: cigarro eletrônico; prevalência; universitários.
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS À SÍNDROME DE BURNOUT EM
TÉCNICOS DE ENFERMAGEM DE UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA
DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
Viviane Maia Santos3, Ronilson Ferreira Freitas1, Daniel Brendon Melo Henriques Seabra1, Samantha Michele
Souza dos Santos2, Ione Medeiros de Barros2, Kênia Souto Moreira3, Josiane Santos Brant Rocha3
1Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas FM/UFAM, Manaus, Amazonas, Brasil.
92
1Faculdade de Educação Física e Fisioterapia, Universidade Federal do Amazonas FEFF/UFAM, Manaus,
Amazonas, Brasil.
2Centro Universitário Funorte UNIFUNORTE, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Centro Universitário- UNIFIPMOC, Montes Claros , Minas Gerais.
RESUMO: Dentre os profissionais que atuaram na linha de frente no combate à COVID-19
estão os técnicos de enfermagem das Unidades de Terapia Intensiva (UTI), o que eleva a
exposição a diversas situações de estresse e desgaste decorrentes do contato com essas
pessoas infectadas, levando-os patologias psicossociais, como a síndrome de Burnout. Neste
contexto, este estudo objetivo avaliar a prevalência e os fatores associados à síndrome de
Burnout em técnicos de enfermagem que atuaram em unidade de terapia intensiva durante a
pandemia da COVID-19. Trata-se de um estudo descritivo, de caráter transversal e
abordagem quantitativa com 94 enfermeiros de terapia intensiva. Os instrumentos utilizados
foram: um formulário de coleta de dados sociodemográficos, ocupacionais, comportamentais
e o Maslach Burnout Inventory (MBI) em sua versão Human Services Survey (HSS). A
associação entre as variáveis estudadas e à prevalência da síndrome de Burnout foi verificada
por análise bivariada seguida de regressão de Poisson hierarquizada, com variância robusta.
Observou uma prevalência da síndrome em 25,5% da população analisada. As variáveis que,
após análise múltipla, se mostraram como preditores associados à maior prevalência de
síndrome de Burnout foram: idade > 36 anos (RP = 2,42, IC95%: 1,08-5,42) e realizar hora
extra (RP = 0,43, IC95%: 0,20-0,91). Conclui-se que a prevalência de síndrome de Burnout em
técnicos de enfermagem que atuam em unidades de terapia intensiva e que estão na linha de
frente na pandemia do COVID-19 é alta e que esta se associa aos fatores sociodemográficos e
trabalhistas.
PALAVRAS-CHAVE: Técnicos de enfermagem; unidades de terapia intensiva; COVID-19;
esgotamento profissional.
PREVALÊNCIA E FATORES ASSOCIADOS AOS SINTOMAS DE DEPRESSÃO,
ANSIEDADE E ESTRESSE EM PROFESSORES UNIVERSITÁRIOS DA ÁREA DA
SAÚDE NO PERÍODO DA PANDEMIA DA COVID-19
Viviane Maia Santos4, Ronilson Ferreira Freitas1, Gabriel da Silva Martires1, Daniel Brendon Melo Henriques
Seabra1, Eryka Jovânia Pereira3, Angelina do Carmo Lessa3, Josiane Santos Brant Rocha4
1Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Amazonas FM/UFAM, Manaus, Amazonas, Brasil.
2Faculdade de Saúde e Humanidades Ibituruna - FASI, Montes Claros, Minas Gerais, Brasil.
3Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde, Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
FCBS/UFVJM, Diamantina, Minas Gerais, Brasil.
4Centro Universitário- UNIFIPMOC, Montes Claros , Minas Gerais.
RESUMO: No que se refere à depressão, ansiedade e estresse, essas patologias têm se
agravado no período da pandemia da COVID-19, onde os professores tiveram que reinventar
a metodologia para o exercício do trabalho remoto. Frente a esse contexto, este estudo
objetivou estimar a prevalência e os fatores associados à depressão, ansiedade e estresse em
professores universitários da área da saúde no período da pandemia da COVID-19. Trata-se
de um estudo descritivo, de caráter transversal e abordagem quantitativa com 150 professores
universitários da área da saúde. Os instrumentos utilizados foram: um formulário de coleta de
93
dados sociodemográficos, econômicos e trabalhistas. A saúde mental foi avaliada pela Escala
de Depressão, Ansiedade e Estresse-21 (DASS-21). A associação entre as variáveis estudadas
e a prevalência de sintomas da depressão, ansiedade e estresse foi verificada por análise
bivariada seguida de regressão de Poisson, com variância robusta. Os resultados
demonstraram que 50% dos professores apresentaram sintomas de depressão, 37,4%
relataram sintomas de ansiedade e, 47,2% apresentaram sintomas de ansiedade. A variável
que, após análise múltipla, se mostrou associada aos sintomas da depressão foi: trabalhar em
mais de uma IES (RP = 1,31; IC95%: 1,11-1,57). As variáveis que se mostraram associadas à
ansiedade foram: idade 40 anos (RP = 1,79; IC95%: 1,07-3,00) e pessoas sem companheiro
fixo (RP = 1,65, IC95%: 1,01-2,69). o fator associado ao estresse foi: não possuir
companheiro fixo (RP = 1,76, IC95%: 1,36-3,34). Conclui-se que a prevalência de sintomas da
depressão, ansiedade e estresse em professores universitários da área da saúde foi elevada, e
fatores sociodemográficos e trabalhistas se mantiveram associadas aos desfechos
investigados.
PALAVRAS-CHAVE: Depressão. Ansiedade. Estresse. Docentes. Prevalência.
PUBERDADE PRECOCE: DIAGNÓSTICO, PROPEDÊUTICA E REPERCUSSÕES
ENDÓCRINAS
Autor Tainá Reis Martins1; Autor Maria Clara Bandeira Ribas1; Autor Patrícia Soares de Castro Xavier 2.
1Acadêmica do curso de Medicina da instituição UNIFIMoc
2Professora do curso Medicina da instituição UNIFIMoc
INTRODUÇÃO: A puberdade precoce (PP) é marcada pelo aparecimento de caracteres
sexuais secundários precocemente, antes dos oito anos em meninas e antes dos nove anos em
meninos, sendo considerada uma endocrinopatia. OBJETIVO: Descrever diagnóstico,
propedêutica e repercussões endócrinas prevalentes em crianças com PP. METODOLOGIA:
Estudo observacional do tipo descritivo de natureza transversal, sendo de caráter
retrospectivo da análise de prontuários no Núcleo de Atenção a Saúde e Práticas
Profissionalizantes UNIFIPMoc (NASPP), Montes Claros - Minas Gerais. RESULTADOS:
A amostra que efetivamente foi submetida à verificação por meio técnica específica de
amostragem é de aproximadamente 741 prontuários, que corresponde ao número de crianças
que buscaram atendimento na endocrinologia pediátrica entre o período de 2018 a junho
2021. Foram selecionados 137 prontuários, que equivalem a 59 pacientes com descritores de
PP na hipótese diagnóstica. A manifestação inicial mais comum foi pubarca (35,3%). Os
sintomas referidos se iniciaram aos 5,3 ± 1,0 anos, em média os indivíduos demoraram 1,6 ±
1,0 anos para buscar o primeiro atendimento. Cerca de 15,7% dos casos tiverem indicação de
tratamento de PP, com idade média de 7,2± 1,0 anos. Corroborando com o que é descrito na
literatura, o sexo mais prevalente foi o feminino (89,8%). CONCLUSÃO: O presente estudo
identificou um atraso na busca do atendimento médico, o que impacta nas indicações
terapêuticas, visto que quanto mais avançada à idade menos efetiva a medicação e maior o
risco de prejuízo na previsão de estatura final e desajuste psicossocial. Demonstrando a
importância reconhecimento dos sinais e sintomas e da busca de assistência médica precoce
dos casos, como pilares que auxiliam na redução de danos na vida criança, evitando
complicações posteriores e contribuindo para melhor qualidade de vida dos indivíduos.
94
PALAVRAS-CHAVE: Puberdade Precoce Endocrinopatias Criança Diagnóstico.
QUADRO EPIDEMIOLÓGICO BRASILEIRO DA EMBOLIA PULMONAR AGUDA
ENTRE OS ANOS DE 2012 A 2021
Igor Antonio Tolentino Narciso 1; Émerson Patrick Alves Veloso 2; Aline Camargo de Oliveira ³; Arthur Teixeira
Godoi 4; Bárbara Samira Mendes 5
1Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
2Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
3Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
4Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
5Médica pela instituição UNIFIPMoc
RESUMO: O Tromboembolismo venoso agudo, o qual inclui trombose venosa profunda
(TVP) e embolia pulmonar aguda (EPA), é uma das principais causas de morte
cardiovascular, superado apenas por infarto agudo do miocárdio e acidente vascular
encefálico, com cerca de 10 milhões de casos todo o ano. O diagnóstico e intervenção
precoces são fundamentais visto que a maioria das mortes por embolia pulmonar aguda
ocorre nas primeiras horas a dias, com mais de 70% das mortes acontecendo na primeira
hora. OBJETIVO: analisar o perfil epidemiológico da embolia pulmonar aguda entre os
anos de 2012 a 2021 no Brasil. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter
observacional, retrospectivo, de delineamento quantitativo e de base documental, pesquisado
em bancos de dados digitais, com dados obtidos a partir do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH/SUS) compreendendo o período de janeiro de 2012 a dezembro de
2021, abrangendo toda a população brasileira. RESULTADOS: Foram registrados um total
de 81.592 internações por embolia pulmonar no Brasil no período de 2012 a 2021. O número
de internações variou de 5.797 a 10.688 com uma média de 8.159,2 internações por ano.
Neste período houve um aumento no número de internações de 74% seguido por uma queda
de 5% entre os anos de 2019 a 2020, seguido de novo aumento de 10% entre 2020 e 2021,
com um número total de óbitos de 15.664. A região Sudeste apresentou o maior número de
internações, totalizando 44.980 casos, seguida pelas regiões Sul e Nordeste com 19.073 e
10.065 internações no mesmo período. As regiões Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste foram as
que apresentaram maior taxa de mortalidade, com 26,64%, 19,34% e 17,29%,
respectivamente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Os dados analisados mostram um
crescimento progressivo no número de internações ao longo dos anos. A taxa de mortalidade
brasileira se mostra elevada, atingindo um pico de 24,64% na região Nordeste. ainda uma
tendência de aumento de acordo com a análise dos dados, assim, uma grande necessidade
do desenvolvimento de estratégias para redução dos fatores de risco na população e
sistematização do diagnóstico e tratamento para uma intervenção rápida e eficiente do
quadro.
PALAVRAS-CHAVE: Tromboembolismo; Embolia Pulmonar Aguda.
95
QUALIDADE DA TRANSIÇÃO DO CUIDADO HOSPITALAR PARA DOMICILIAR
EM PACIENTES COM DOENÇAS CRÔNICAS: REVISÃO INTEGRATIVA
Isabella Ribeiro Gomes¹; Yasmin Nicolle Barbosa de Freitas2,;Patrícia Oliveira Silva³; Jair Almeida Carneiro4;
Fernanda Marques da Costa5; Gabriela Alves de Brito6; Isamara Corrêa Guimarães Horta7.
1Acadêmica de Medicina do Centro Universitário Fipmoc e Bolsista do programa Afycionados por ciência do
Centro Universitário Fipmoc
2Acadêmica de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes
³ Enfermeira da Estratégia Saúde da Família de Montes Claros-MG e Mestranda do Programa de pós graduação
em Cuidados Primários em Saúde da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
4Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário Fipmoc
5Docente dos cursos de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes e do Centro
Universitário Fipmoc
e Bolsista do programa Afycionados por ciência do Centro Universitário Fipmoc
6Acadêmica de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes
7Acadêmica de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros- Unimontes
RESUMO: O panorama epidemiológico atual em que se observa elevação da expectativa de
vida média da população associou-se ao aumento significativo da prevalência de doenças
crônicas não transmissíveis (DCNT), as quais resultam em hospitalizações para tratamento de
descompensações ou de quadros agudizados. Nesse contexto, surge a necessidade do cuidado
transicional, que envolve a continuidade da assistência à saúde durante a transferência dos
pacientes entre os diferentes níveis de atenção, por meio do planejamento de alta,
acompanhamento pós-alta e medidas de educação em saúde. A alta do paciente portador de
DCNT é considerada um período crítico que requer articulação entre o serviço hospitalar e a
atenção primária. Diante disso, torna-se importante avaliar a qualidade da transição do
cuidado em pacientes com doenças crônicas. Assim, o presente estudo objetivou analisar, por
meio de uma revisão integrativa da literatura, a implementação do cuidado transicional em
pacientes com doenças crônicas não transmissíveis. Para isso, foram utilizados estudos
transversais e longitudinais, publicados nos últimos 5 anos e sem restrição quanto ao idioma.
A coleta de dados ocorreu por meio de busca nas plataformas BIREME e
MEDLINE/PUBMED, realizada no período de março de 2022 a junho de 2022 por duas
pesquisadoras. A busca resultou em 290 títulos e artigos. Dos 32 artigos selecionados para
leitura completa, 8 deles foram inseridos na revisão após análise dos critérios de inclusão e de
exclusão. Os resultados obtidos evidenciaram uma qualidade baixa ou moderada da transição
do cuidado de pacientes com doenças crônicas, bem como significativas fragilidades que
impedem uma continuidade do cuidado integral. Entre essas fragilidades, destaca-se a
insuficiente transferência de informações e de comunicação entre equipes, a desorganização
das redes de saúde e também a escassez de orientações adequadas no momento da alta do
paciente. Portanto, a qualidade da transição do cuidado não é satisfatória, resultando em
continuidade do cuidado e favorecendo a ocorrência de desfechos indesejáveis e de
readmissões hospitalares. Assim, conclui-se que é necessária a inclusão de novas estratégias
para garantir uma transição adequada.
PALAVRAS-CHAVE: Cuidado de transição. Cuidado transicional. Continuidade da
assistência ao paciente. Doenças crônicas.
96
RASTREAMENTO DE CA DE MAMA NA POPULAÇÃO DE RISCO ELEVADO EM
MINAS GERAIS ANTES E DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Danilo Fernandes Borges de Freitas¹; Gabriella Ribeiro Silva¹; Maria Clara Viana Neves¹; Maria Fernanda Alves
Santos¹; Melline Ribeiro Alencar¹; Victória Alkmim Alves¹; Igor Monteiro Lima Martins²
¹Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
²Professor do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
RESUMO: O rastreamento do câncer de mama é uma estratégia que deve ser dirigida às
mulheres com o intuito de diagnóstico precoce, melhor prognóstico da doença, tratamento
mais efetivo e menor morbidade associada. Alto risco de câncer de mama relaciona-se à forte
predisposição hereditária decorrente de mutações genéticas, logo, mulheres com história
familiar de câncer de mama em parentes de grau antes dos 50 anos de idade, é
recomendado o acompanhamento médico a partir dos 35 anos. Dessa forma, essa pesquisa
tem o objetivo de analisar o número de mamografias de rastreamento no período de 2019 a
2021, no estado de Minas Gerais. Trata-se de um estudo retrospectivo, descritivo,
quantitativo, de base documental, com busca nas bases de dados do Sistema de Informações
do Câncer - SISCAN, referente ao número de mamografias de rastreamento feitas nos grupos
de risco com história familiar de CA de mama no período de março de 2019 a março de 2021.
Os dados foram disponibilizados pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), no
endereço eletrônico (http://www.datasus.gov.br), trata-se de um banco de dados de domínio
público, por isso não foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa. No período avaliado, de
março de 2019 a março de 2021 foram registradas 43.264 mamografias de rastreamento em
grupos de risco com história de CA de mama prévio no estado de Minas Gerais. Avaliando o
período pré- pandêmico e pandêmico, nota-se uma média de 2.457 mamografias realizadas
entre março de 2019 e dezembro do mesmo ano e uma média de 1.267 mamografias
realizadas durante o mesmo período do ano seguinte, o que evidencia uma queda de 48,43%
no rastreamento recomendado. Dentre o período pesquisado, o mês de abril de 2020 constou
com o menor número de mamografias realizadas na era pandêmica, constando uma queda de
80% de adesão. A partir desse momento, abril de 2020 a abril de 2021, o número de
rastreamento desse grupo de risco tornou-se crescente, aumentando cerca de 10% ao mês.
Portanto, nota-se que a procura pela mamografia de rastreamento foi prejudicada durante as
mudanças no sistema de saúde devido a Covid-19, o que impactou negativamente na busca e
nos possíveis diagnósticos precoces de CA de mama, principalmente nos grupos vulneráveis
e pré-dispostos. Ademais, é possível visualizar um aumento pouco significativo no passar do
período pandêmico, concluindo que um ano após o desencadear da doença ainda não houve
uma procura desejável de rastreamento do grupo indicado.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer De Mama; Pandemia.
RELAÇÃO DA VITAMINA D COM O LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
Sálua Trigo El-Khouri Bernardes 1; Pedro Maldonado de Aguiar Costa 1; Júlia Maldonado de Aguiar Costa 1;
Victoria Liery Ribeiro Alves 1; Yure Batista de Sousa 1; Darlene Maldonado de Aguiar Costa 2.
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
2Professora do curso de Medicina da instituição UNIFIPMoc
97
INTRODUÇÃO: A vitamina D é um pré-hormônio esteróide lipossolúvel que, além do seu
papel principal de homeostase óssea, apresenta também efeitos imunomoduladores sobre as
células do sistema imune, com ênfase nas células T. Estudos recentes têm mostrado a
correlação entre a deficiência/insuficiência de vitamina D e doenças autoimunes. O Lúpus
Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença inflamatória, crônica, de origem autoimune,
relacionada a fatores genéticos e ambientais. Estudos atuais têm mostrado que a
suplementação de vitamina D nos pacientes com lúpus diminui a atividade de doença,
melhorando os sintomas e a qualidade de vida. OBJETIVO: Analisar a relação entre a
vitamina D e a atividade de doença do Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES).
METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de revisão narrativa de literatura, de caráter
descritivo. Foram escolhidos estudos indexados nas bases eletrônicas Scielo e Portal Regional
da Biblioteca Virtual de Saúde, realizados entre os anos de 2015 e 2022. Os descritores
utilizados foram: vitamina D, lúpus eritematoso sistêmico e hipovitaminose D.
RESULTADO: Os estudos selecionados constataram que a deficiência de vitamina D é mais
prevalente em pacientes com LES. Além disso, a hipovitaminose D tem relação com uma alta
atividade de doença, risco de doenças cardiovasculares, fadiga e osteoporose nesses
pacientes. Por fim, a suplementação com vitamina D aumentou as células TCD4+, T
reguladoras e diminuiu as citocinas inflamatórias, células B e autoanticorpos. A fadiga e a
atividade da doença apresentaram melhora considerável com a suplementação com
colecalciferol por 24 semanas. CONCLUSÃO: Mesmo com vários estudos demonstrando a
relação inversamente proporcional entre a atividade de doença no lúpus e os níveis séricos de
vitamina D, faz-se necessário mais estudos para constatar melhor essa eficácia e para definir
a dose e tempo de suplementação com vitamina D para pacientes com LES.
PALAVRAS-CHAVE: Vitamina D. Lúpus eritematoso sistêmico. Hipovitaminose D.
RELATO DE CASO: COLELITÍASE EM ESCOLAR
Rafaela Borges Teixeira 1; Janine Mendes de Lima Rocha 2
1Acadêmico do curso medicina da instituição UNIFIPMOC;
2Professor do curso de medicina da instituição UNIFIPMOC
RESUMO: INTRODUÇÃO: A colelitíase é um distúrbio da vesícula biliar. Raro na
infância.4.Apresenta entre os fatores de risco: história familiar de grau, nutriçäo parenteral
total prolongada, prematuridade, infecção, desidratação, fototerapia, hemólise, enterocolite,
síndrome de down, malformações biliares, cirurgia abdominal ou cardíaca, fibrose cística,
deficiência de IgA, jejum prolongado, obesidade, doença hepatobiliar, anemia falciforme,
iatrogenico, ressecçäo ileal, dieta rica em gordura5,6,12. Os diagnósticos em assintomáticos
geralmente são incidentais4,8.OBJETIVO: relatar um quadro de colelitíase em menino em
idade escolar e apresentar fatores associados. METODOLOGIA: trata-se de um estudo
documental e observacional, descritivo com abordagem qualitativa. CASO CLINICO:
Criança de 7 anos, sexo masculino que apresenta como fatores de risco história familiar e
dieta rica em gordura. Iniciou dor abdominal inespecífica intermitente por 3 meses, associado
a náuseas e vômitos, sem outros sintomas. Apresentava exame físico inocente. Aos exames
laboratoriais de hemograma completo, função renal, hepática, tireoidiana, dosagem de
vitaminas e colesterol total e frações não apresentou alterações. No laudo do USG: vesícula
biliar de forma e dimensões usuais, paredes definidas com espessura normal, nota-se imagem
98
compatível com cálculo no interior da vesícula medindo 8,2 mm móvel a mudança de
decúbito, conclui-se colecistopatia litiasica sem sinais inflamatórios agudos associados.
Demais órgãos e estruturas sem alterações. DISCUSSÃO: A colelitíase é caracterizada pelo
quadro clínico variável - cólica biliar, dor no abdome superior que irradia para ombro direito,
náuseas, vômitos, eructação, plenitude gástrica, saciedade precoce, regurgitação, distensão
abdominal. No caso acima os sintomas foram inespecíficos podendo ser confundidos com
gastroenterite, dor do crescimento, esteatose hepática, pancreatite11. Não predominância
entre os sexos no pré escolar e escolar. Ao exame de imagem pode ser visto cálculo na
vesícula ou nos ductos biliares com ou sem sinais inflamatórios e/ou lama biliar11.
CONCLUSÃO: Quanto mais jovem mais inespecífico o quadro clínico. A propedêutica
padrão ouro para o diagnostico é USG abdominal. É necessário realizar novos estudos a fim
de elucidar as relações com os fatores de riscos. Por fim, devido a alta relação deste
diagnostico com fatores de risco modificáveis como alimentação e obesidade, é
imprescindível a prevenção.
PALAVRAS-CHAVE: Colelitíase, Fatores de risco; Sinais e Sintomas.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: A IMPORTÂNCIA DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA
PREVENÇÃO E CONTROLE DE HIPERTENSÃO ARTERIAL
Maria Eduarda Borges Rodrigues1; João Pedro Ferreira Miranda2; João Victor Messias Vieira3; Júlia Freitas
Silva4; Júlia Ribeiro Lopes de Almeida5; Caio Eleutério Salerno Del Menezzi6; Lanuza Borges Oliveira7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A hipertensão é uma doença crônica prevalente na população brasileira. As
causas dessa enfermidade consistem, sobretudo, em fatores associados aos hábitos
comportamentais e estilo de vida, tais como, tabagismo, etilismo, sedentarismo e alimentação
rica em sal e gordura. A educação em saúde, é uma estratégia de cuidado em saúde com o
objetivo de compartilhar saberes e experiências entre a população e os profissionais de saúde.
OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de medicina no planejamento e
execução de uma Educação em Saúde para a população da área de abrangência de uma
Estratégia Saúde da Família (ESF) em uma cidade no Norte de Minas Gerais. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: A educação em saúde ocorreu em setembro de 2022, por acadêmicos do
período de medicina. Ademais, foi realizada em um parque da cidade, escolhido em função
do grande fluxo de pessoas, sendo o principal público-alvo os moradores do bairro, que
pertencem a área de abrangência da Unidade de Saúde da Família. A equipe de saúde
ofereceu suporte para divulgar e convidar a população para participarem da educação em
saúde. Nessa perspectiva, o propósito foi compartilhar conhecimentos e orientações acerca da
alimentação saudável, além de alertas sobre os riscos associados à hipertensão arterial.
Durante a atividade os acadêmicos se dividiram, onde no primeiro momento ocorreu o
acolhimento da comunidade, seguido pela entrega de panfletos informativos, e
posteriormente diálogos sobre uma dieta equilibrada, e por fim, aferição da pressão arterial e
sua importância. RESULTADOS E REFLEXÃO: A educação em saúde contou com a
participação de 40 pessoas, o que permitiu de forma considerável a troca de saberes e a
integração positiva entre o público-alvo e os acadêmicos. CONCLUSÃO: Conclui-se que as
medidas de controle e prevenção da hipertensão arterial são indispensáveis, uma vez que, a
99
patologia vem crescendo significante entre a população e causando malefícios na saúde dos
portadores. Além disso, as atividades de educação em saúde são de extrema importância para
a formação acadêmica, pois além de promover e compartilhar saberes e conhecimentos,
desenvolvem habilidades cognitivas, sociais e de comunicação nos acadêmicos envolvidos.
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Comunidade; Hipertensão.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: AÇÃO EDUCATIVA COM GRÁVIDAS E
PUÉRPERAS ACERCA DO AGOSTO DOURADO
Luiza Farias Murta Dutra 1; Artur Natalino AraújoA1; Bárbara Medeiros Fagundes 1; Cláudia Rodrigues de
Araújo 1; Gilberth Andrade Lacerda Silva 1; Jeniffer Elisa Ferreira Maia1; Júlia Oliveira Braga1; Thalyta
Silvestre Silva 1; Karina Andrade de Prince 2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: O aleitamento materno é um processo natural e fundamental para a criação
do vínculo entre o binômio mãe-bebê, além de trazer outros diversos benefícios tanto para a
mãe, quanto para o bebê. Pensando nisso, o comitê IFMSA Brazil UNIFIPMoc realizou a
ação “Agosto Dourado: Amamentação é Ouro”, como forma de conscientizar gestantes e
puérperas assistidas por uma Estratégia Saúde da Família (ESF), no município de Montes
Claros/MG, acerca da importância do aleitamento materno e de incentivar essa prática.
OBJETIVO: Enfatizar a importância do aleitamento materno, estimular sua adesão e
orientar para os cuidados necessários à amamentação. DESCRIÇÃO DA EXPERIÊNCIA:
Este material trata de um relato de uma experiência vivenciada na ESF Jade, em Montes
Claros/MG, durante a recepção de gestantes e puérperas, em agosto de 2022.
RESULTADOS: Esta ação abordou os principais pontos acerca da importância da
amamentação envolvendo, por exemplo, os benefícios ao binômio mãe-bebê, as técnicas
adequadas e os cuidados necessários com as mamas. Durante a dinâmica, foram feitas
perguntas às mães presentes para avaliar o conhecimento delas, além de utilização de bonecos
para a demonstração dos assuntos, além de sanar dúvidas que as mulheres possuíam.
CONCLUSÃO: Analisando a ação de uma forma geral, conclui-se que alcançou os objetivos
esperados de forma completa. A atividade ocorreu de forma organizada e pontual, contou
com abordagem amigável e descontraída, forma fácil e didática de explanar o assunto e com
respeito com a temática.
PALAVRAS-CHAVE: Relato de Experiência; Grávidas; Puérperas; Agosto Dourado.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PRÁTICAS INTERDISCIPLINARES DE
EXTENSÃO, PESQUISA E ENSINO
Júlia Ribeiro Lopes de Almeida1; Caio Eleutério Salerno Del Menezzi2; João Pedro Ferreira Miranda3; João
Victor Messias Vieira4; Júlia Freitas Silva5; Maria Eduarda Borges Rodrigues6; Josiane Santos Brant Rocha7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
100
INTRODUÇÃO: O Centro Universitário FipMoc Afya possui em sua matriz curricular, do
ao período da graduação do curso de Medicina, a matéria Práticas Interdisciplinares de
Extensão, Pesquisa e Ensino (PIEPE), que promove a prática dos conteúdos estudados
durante o semestre em forma de projeto de extensão. Dessa maneira, é permitido aos
estudantes que possam devolver à população os conhecimentos desenvolvidos no curso.
OBJETIVO: Relatar a experiência dos acadêmicos do período de Medicina com as
práticas de projetos de extensão ao longo do primeiro ano do curso. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: Para desenvolvimento do projeto de extensão, foi proposto o tema
Combate à Dengue, a partir do qual dois grupos da disciplina intitulada IESC (Integração
Ensino-Saúde-Comunidade), através de que os acadêmicos foram divididos para estágios nas
Estratégias Saúde da Família (ESF) na cidade, uniram-se para elaboração do projeto escrito e
planejamento da ação, a parte prática. A partir disso, os acadêmicos se reuniram para
delineamento do dia do evento, busca de apoiadores, divisão das tarefas no decorrer da
organização e execução do projeto e foram feitas divulgações para a população da área de
abrangência da ESF foco da ação em questão. No dia da ação, os acadêmicos se organizaram
para explicar os perigos, os sintomas, e como evitar a dengue, tendo em vista o alto índice na
população, além de contar com a participação de acadêmicos do curso de Enfermagem para
aferição de pressão arterial e da glicemia, como uma ação de saúde educativa.
RESULTADOS E REFLEXÕES: A realização do projeto de extensão contou com a
participação de um público-alvo de 107 pessoas, permitindo sensibilizar e conscientizar esse
recorte populacional. Assim, notou-se uma participação ativa da população, tanto no
aprendizado acerca da dengue, quanto na interação de aferição da pressão e controle da
glicemia. CONCLUSÃO: Ao findar do projeto de extensão, concluiu-se que tal vivência
permitiu a promoção de conhecimento entre os acadêmicos e a população, por meio do
contato proporcionado pela ação desenvolvida. Dessa maneira, cumprindo com o papel do
projeto de extensão para com a sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Ensino; Estratégias de Saúde Nacionais;
Pesquisa.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: PROJETO DE EXTENSÃO SOBRE OUTUBRO
ROSA
João Pedro Ferreira Miranda1; Ana Cecília Alvarenga Queiroz2; Camila Wanderley Alcântara Machado3; João
Bernardo Santos Ferreira4; Júlia Ribeiro Lopes de Almeida5; Lucas Pires Dias Pinto6; Josiane Santos Brant
Rocha7
1-6 Acadêmico do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: O câncer de mama é a neoplasia mais incidente entre as mulheres, sendo
um grande determinante para a mortalidade do país, sobretudo quando descoberto
tardiamente. Destarte, o projeto “Câncer de Mama: um toque muda tudo”, postulado por
acadêmicos de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya, visou sensibilizar o público
feminino sobre a importância do diagnóstico precoce da doença. OBJETIVO: Relatar a
experiência dos acadêmicos do período de Medicina na execução de um projeto de
extensão acerca do Outubro Rosa, ressaltando a importância da prevenção do câncer de
mama. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Para o desenvolvimento do projeto de extensão, foi
101
escolhido o tema “Outubro Rosa”, com foco na conscientização sobre o câncer de mama, de
modo que, em seguida, dois grupos da disciplina intitulada IESC (Integração
Ensino-Saúde-Comunidade) se juntaram para realização do projeto. Nesse sentido, o primeiro
passo consistiu na organização da ação, com posterior elaboração do projeto escrito, em que
foram realizadas diversas reuniões ao longo dos meses de setembro e agosto para tal
produção. Além disso, os acadêmicos buscaram, ao longo desse período, patrocinadores e
apoiadores, os quais contribuíram na divulgação do evento para o público-alvo, bem como
realizaram a confecção da decoração, que seria usada no dia da ação. No dia da ação, os
alunos se dispuseram em duplas, dividindo entre si a fala sobre a sintomatologia, os
tratamentos e a prevenção da neoplasia mamária, e a divulgação no local do evento. Desse
modo, observou-se grande adesão do público-alvo e da população no ambiente da ação,
atingindo o objetivo do projeto de extensão. RESULTADOS: Houve a participação de 112
pessoas do público-alvo, o que proporcionou a sensibilização desses indivíduos sobre o
câncer de mama, abordando os aspectos acerca dos sinais, sintomas, diagnóstico, tratamentos
e fatores de risco associados à doença, de modo que a ação contribuiu para o aprendizado dos
participantes e para o desenvolvimento educacional dos acadêmicos. CONCLUSÃO: A
execução do projeto de extensão possibilitou aos acadêmicos vivenciar a práxis pedagógica,
que desenvolve o senso crítico, além de levar informação e conhecimento a comunidade
principalmente de maneira preventiva, assim, cumprindo a finalidade da extensão de
propiciar experiências transformadoras, exercendo a dimensão social da universidade.
PALAVRAS-CHAVE: Extensão; Neoplasias da mama; Prevenção de Doença; Projeto.
RELATO DE EXPERIÊNCIA: REALIZAÇÃO DE ESTÁGIOS DENTRO DO PLANO
DE INTEGRAÇÃO ENSINO-SERVIÇO-COMUNIDADE
Nicole Aska Silveira Yamada1; Ana Luiza Farias e Silva2; Caique Fogaça Prates3; João Artur Dias dos Santos4;
João Victor Messias Vieira5; Pedro Gabriel Gonzaga Durante6; Josiane Santos Brant Rocha7
1-6 Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
7Professor do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A Unidade de Saúde da Família (USF) tem como objetivo ser a “porta de
entrada” do atendimento à saúde, com o intuito de, com o auxílio de uma ampla equipe de
saúde, estimular a promoção e prevenção de saúde da população local. Assim, os estágios
realizados desde o primeiro período tornam-se essenciais, ao acadêmico de Medicina.
OBJETIVO: Relatar a experiência de acadêmicos do curso de Medicina na realização dos
estágios dentro do Plano de Integração Ensino-Serviço-Comunidade (IESC), a fim de
enfatizar a contribuição dessa prática para estudantes do curso médico. RELATO DE
EXPERIÊNCIA: Os acadêmicos, com a orientação de um preceptor, na disciplina IESC,
iniciaram, a priori, por um passeio socioambiental pela área de abrangência da USF, a fim de
identificar os determinantes de saúde do bairro. No decorrer do semestre, entraram em
contato maior com a equipe da USF, principalmente com os agentes comunitários de saúde,
com o objetivo de entender o funcionamento da unidade, como os atendimentos e a
referenciação para outros níveis de atenção. Dessa forma, com a territorialização e o
diagnóstico social e sanitário realizados, foi possibilitado aos alunos reconhecer as
necessidades oriundas dessa prática e planejar intervenções na área. RESULTADOS: Após a
territorialização, os acadêmicos tiveram a oportunidade de identificar os determinantes de
102
saúde da região. Diante disso, foi possível estabelecer futuras ações em saúde de acordo com
as demandas percebidas, que podem ser realizadas por campanhas educativas, a fim de
melhorar a qualidade de vida da comunidade. CONCLUSÃO: Conclui-se que o contato com
as condições de saúde locais podem contribuir para aquisição de habilidades clínicas e um
aprendizado adequado no processo saúde-doença.
PALAVRAS-CHAVE: Estratégias de Saúde Nacionais; Assistência à saúde; Estágio.
REPERCUSSÕES CARDIOVASCULARES ASSOCIADAS AO CONSUMO DE
CIGARROS ELETRÔNICOS ENTRE JOVENS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Ana Karoline Santos Losada 1; Alana Gonçalves Souza 2; Débora Chaves Martins ³; Gabriel Freitas Aquino
12³Acadêmico do curso de Medicina da instituição FUNORTE
Médico Especialista em Cardiologia
INTRODUÇÃO: Os cigarros eletrônicos (EC) foram promovidos como mecanismo benéfico
no intuito de reduzir o consumo do tabaco tradicional, contudo, tem-se colocado em voga os
possíveis danos e riscos cardiovasculares a que o usuário está sujeito. O aumento no consumo
dos dispositivos se por conta da apresentação de cargas nicotínicas menores, melhor
aceitação social, grande quantidade de sabores apresentados e por conseguirem simular as
sensações, gestos e efeitos dos cigarros tradicionais sem o processo de combustão.
OBJETIVO: Elucidar de maneira sucinta e sintética sobre os possíveis efeitos adversos no
sistema cardiovascular, provocados pelo consumo dos dispositivos eletrônicos.
METODOLOGIA: A pesquisa Bibliográfica foi realizada através das bases de dados
MEDLINE (via PubMed), Cochrane Library e LILACS (via Pubmed), utilizando os
descritores (DECs):” e-cigarette” OR electronic nicotine delivery system" OR “Electronic
cigarette” cruzados com o operador booleano AND com o termo “Cardiovascular diseases”
OR “Cardiovascular risk” AND “young”, foram incluídos artigos completos publicados em
inglês e português, nos últimos cinco anos. Selecionou-se 20 das 288 publicações.
RESULTADOS: Os artigos selecionados evidenciaram como efeitos adversos do consumo:
estresse oxidativo, inflamação endotelial, dano endotelial, rigidez vascular, ativação
plaquetária e aumento da ativação simpática. Relatam a presença de componentes
cancerígenos, como: formaldeído, acroleína e acetaldeído. Além disso, a exposição excessiva
aos compostos presentes nos dispositivos pelos de jovens, como a concentração de nicotina
presente, é responsável por manter a cadeia de dependência química nos usuários. Ademais,
riscos potenciais em indivíduos expostos passivamente às substâncias. CONCLUSÃO:
Portanto, o estudo realizado constata as limitações quanto às bibliografias analisadas, tendo
em vista a escassez de estudos longitudinais para avaliar os efeitos adversos e a variedade de
modelos de dispositivos, aromatizantes e pouco controle de qualidade dos aparelhos.
Ademais, conclui-se que os EC são danosos ao usuário, com maior poder de vício e pode
servir como “porta de entrada” para o consumo do tabaco tradicional. Com isso, é necessário
uma reavaliação contra balanceando os riscos e benefícios da substituição do cigarro
convencional pelos cigarros eletrônicos.
PALAVRAS-CHAVE: Cigarro Eletrônico; Riscos Cardiovasculares.
103
RISCO DE DESENVOLVER TRANSTORNO DEPRESSIVO MAIOR EM PESSOAS
PORTADORAS DA SÍNDROME METABÓLICA
Victoria Liery Ribeiro Alves1; Yure Batista de Sousa¹; Sálua Trigo El-Khouri Bernardes¹; Karina Andrade de
Prince2
1Acadêmico do curso de medicina da UnifipMoc.
2Professor do curso de medicina da UnifipMoc.
INTRODUÇÃO: Cada vez mais cresce o número de evidências que existem diferentes vias
biológicas que contribuem para o transtorno depressivo maior (TDM). Consistindo em um
transtorno altamente heterogêneo do ponto de vista clinico. O TDM contempla uma
prevalência média de 10%. a Síndrome Metabólica (SM) é definida como um complexo de
fatores interligados, como obesidade, hipertensão arterial sistêmica (HAS), resistência à
insulina, diabetes mellitus e dislipidemia OBJETIVOS: Analisar a associação do risco de
desenvolver transtorno depressivo maior em pessoas portadoras de Síndrome Metabólica.
METODOLOGIA: Foi realizado um estudo de revisão sistemática, com pesquisa realizadas
nas bases de dados, Medline, LILACS, SciELO e biblioteca virtual em saúde (BVS). As
palavras chaves foram, “síndrome metabólica”, “transtorno depressivo maior” e “transtorno
depressivo”. Encontrou-se um total de 194 artigos, dos últimos cinco anos, sendo 186 em
idioma inglês e oito em idioma português. RESULTADO: O aumento da incidência de TDM
é um dos maiores desafios da saúde pública da atualidade, uma vez que, influencia
negativamente na saúde física e qualidade de vida das pessoas. Em casos mais graves, pode
levar ao suicídio. Várias hipóteses cientificas tentam demonstrar a associada do TDM com a
SM. Relatam que ambas as patologias podem causar danos comuns aos sistemas relacionados
ao estresse, como o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, sistema nervoso autônomo, sistema
imunológico, além da função plaquetária e endotelial. Alguns estudos ainda sugerem que a
depressão é um fator de risco independente para SM. A relação foi mais evidente quando os
pacientes eram portadores de HAS, hipertrigliceridemia, baixo HDL- c e alta circunferência
abdominal. Menor para glicemia em jejum isoladamente elevada. Alguns outros estudos
evidenciam baixa associação entre SM e TDM. Pois grande parte dos estudos, sugere que
pode ser tendencioso o potencial de confusão e causalidade reversa, como estilo de vida
pouco saudável e uso de antidepressivos. CONCLUSÃO: divergências nos resultados
realizados até o momento quanto a relação de risco entre SM e TDM. Grande parte dos
resultados são inconclusivos, principalmente por serem potencialmente tendenciosos quanto á
inversão da direção causa-efeito nos experimentos. Dessa forma, mais estudos são
necessários para confirmar essa hipótese no futuro.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Depressivo Maior; Síndrome Metabólica; Estresse.
SENSIBILIZAÇÃO DE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO SOBRE A
IMPORTÂNCIA DA SAÚDE MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Matheus Martinho de Araujo Carvalho; Vitória Molinari Marinho; Isabela Neves de Matos; Daniel Araujo
Carvalho; Helga Molinari Marinho 1; Maria Suzana Marques 2; Maria Fernanda Santos Figueiredo Brito³
1Acadêmico do curso medicina do Centro Universitário Unifipmoc
104
2Docente do curso medicina do Centro Universitário Unifipmoc
³ Docente da Universidade Estadual de Montes Claros - Unimontes
RESUMO: INTRODUÇÃO: Saúde mental é um estado de bem-estar no qual o indivíduo é
capaz de usar suas próprias habilidades, recuperar-se do estresse rotineiro, ser produtivo e
contribuir com a sua comunidade. Nesse sentido, o ambiente escolar deve proporcionar aos
estudantes segurança psicológica e fomentar o equilíbrio emocional, imprescindível para a
boa qualidade de vida dos jovens. OBJETIVO: Sensibilizar estudantes do Ensino Médio
sobre a importância da saúde mental. RELATO DE EXPERIÊNCIA: A atividade de
extensão foi realizada em uma escola pública estadual de Montes Claros MG, abrangeu a
sensibilização de jovens do primeiro ano do Ensino Médio por meio de dinâmicas do tipo
“caixa mágica” e “roda de conversa”, na qual o participante retira uma frase de efeito ou
pergunta e compartilha sua percepção sobre ela. Houve uma expressiva participação dos
juvenis, sobre a qual expuseram suas angústias decorrentes da pressão escolar e o impacto da
pandemia em seu equilíbrio psicológico. Após esse momento, os estudantes de medicina
orientaram os alunos sobre como promover a saúde mental, e distribuíram chocolates com
frases de incentivo. RESULTADOS: As contribuições desse projeto de extensão englobam a
proatividade dos acadêmicos por meio da tríade pesquisa, extensão e ensino, a difusão do
conhecimento técnico sobre saúde mental, e a sensibilização dos jovens sobre a importância
do equilíbrio emocional. CONCLUSÃO: Os estudantes foram sensibilizados a respeito da
importância da saúde mental e estratégias para a manutenção do equilíbrio psicológico.
PALAVRAS-CHAVE: Saúde Mental, Jovens, Ensino Médio.
SEQUELAS CARDIORRESPIRATÓRIAS EM PACIENTES PÓS COVID-19
Bruna Thayná Rodrigues Martins 1; Maria Fernanda Gusmão Caetano 1; Maximino Alencar Bezerra Junior 1;
Renata Ribeiro Durães 1; Ellen Roberta Reis Oliveira 2; Paulo Tadeu Morais Fagundes 2
1Fisioterapeutas
2Acadêmicos do curso de Medicina FUNORTE
RESUMO: OBJETIVO: Avaliar as principais sequelas cardiorrespiratórias em pacientes
pós COVID-19. METODOLOGIA: Trata-se de uma pesquisa descritiva, quantitativa, de
corte transversal, no qual foi entrevistado fisioterapeutas que atuaram na reabilitação de
pacientes pós COVID-19. A base Plataforma Google Formulário foi utilizada para coleta de
dados, com 21 perguntas de múltiplas escolhas. A amostra foi composta por 16
fisioterapeutas no município de Montes Claros que responderam o questionário de forma on
line. Os dados foram tabulados e digitados no programa Microsoft Office Excel 2010. O
presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética em pesquisa sob o parecer
5.227.240/2022 RESULTADOS: Dentre as sequelas cardiorrespiratórias apresentadas pelos
pacientes as mais comuns foram arritmias cardíacas (66,7%), síndrome do desconforto
respiratório agudo (46,7%), e fibrose pulmonar (46,7%). As condutas mais utilizadas no
tratamento foram treino de força e/ou resistência da musculatura respiratória (73,3%),
exercícios aeróbicos para pacientes com acometimento cardiopulmonar e que apresentem
descondicionamento físico (60%). CONCLUSÃO: Pode se observar que as principais
sequelas cardiorrespiratórias que acometem os pacientes são Síndrome do Desconforto
Respiratório Agudo (SARA), Fibrose Pulmonar, e Arritmias Cardíacas. Quanto ao tratamento
fisioterapêutico as condutas mais utilizadas foram exercícios respiratórios que visam a
105
melhora da respiração e mobilização dos músculos ventilatórios; sendo utilizados também
exercícios de treino de força e/ou resistência da musculatura respiratória.
PALAVRAS-CHAVE: Assistência Hospitalar. Coronavírus. Fisioterapia. Pandemia.
SÍNDROME DE BURNOUT EM ESTUDANTES DE MEDICINA: UMA REVISÃO
INTEGRATIVA
Henrique Gomes Zumba 1; Marcella Maria Oliveira Guimarães da Silveira 1; Janice Gomes Zumba 2.
1Acadêmico do curso de Medicina da instituição UNIFIPMOC.
2Professor do curso de Arquitetura e Urbanismo da instituição da UNIFIPMOC.
RESUMO: A Síndrome de Burnout é caracterizada por um estado emocional, mental e físico
de exaustão severa, geralmente oriundo de uma situação geradora de um estresse contínuo. O
objetivo do estudo foi compreender o impacto da Síndrome de Burnout na formação
acadêmica dos estudantes de medicina. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura com
buscas de dados nas bases: Scielo, UpToDate e Lilacs. Foram selecionadas publicações,
tendo como período de referência os últimos 5 anos; dentre eles, 10 acervos científicos foram
utilizados. O curso de medicina é dispendioso, difícil e envolve diversas etapas: preparação
para o vestibular, ingresso na faculdade e posterior graduação. Os acadêmicos tendem a
desenvolver tal síndrome mais facilmente, devido à grande carga horária dedicada aos
estudos, a escassez de momentos de lazer, aliado a cobrança imposta pelos professores,
familiares e pelos próprios estudantes. Além disso, os sintomas podem afetar a qualidade dos
estudos, ocasionando mal desempenho acadêmico e consequentemente aumentar os níveis de
ansiedade e estresse, fatores deliberativos para surgimento da patologia. Ademais, a
sobrecarga de informações junto à tensão sofrida, podem gerar ansiedade, depressão, déficit
de atenção e até ideação suicida. Conclusão: É indispensável que as universidades, familiares
e os próprios acadêmicos reconheçam o risco e se comprometam a desenvolver atividades
que fomentem a saúde mental, prevenindo, identificando e removendo possíveis estressores,
reduzindo assim, a incidência da Síndrome de Burnout. Podem também ser criados grupos de
assistência psicopedagógica e psicológica, com o intuito de identificar precocemente a
síndrome e as demais patologias psíquicas.
PALAVRAS-CHAVE: Esgotamento do estudante; Burnout; Ansiedade; Estudantes de
Medicina.
SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO: ASSOCIAÇÕES CLÍNICAS E A
INFLUÊNCIA NO ASPECTO DA QUALIDADE DE VIDA
Larissa Sousa Costa1; Lavínia Maria Benquerer Oliveira Palma1; Sara Castilho Feitosa Silva1; Stefanie Marianne
Silva Oliveira1; Kênia Souto Moreira2.
1Acadêmica do curso de Medicina do Centro Universitário UNIFIPMoc-Afya
2Professora do curso de Medicina do Centro Universitário UNIFIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A síndrome dos ovários policísticos (SOP) é uma doença crônica
endócrina que atinge cerca de 5 a 10% das mulheres em idade reprodutiva. O diagnóstico
106
dessa doença é caracterizado pela presença de inúmeros fatores, aos quais predominam-se: a
anovulação, sinais clínicos e/ou bioquímicos de hiperandrogenismo (aumento dos níveis de
hormônios masculinos na mulher) e a presença de padrão ultrassonográfico ovariano
policístico. OBJETIVO GERAL: Avaliar a associação clínica, hormonal e metabólica das
pacientes portadoras da síndrome dos ovários policísticos e analisar sua influência na
qualidade de vida. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão literária com a finalidade de
avaliar os principais efeitos relacionados à SOP. Foram avaliados quatro parâmetros: efeitos
sobre a composição corporal, riscos cardiovasculares, parâmetros bioquímicos-hormonais e
função reprodutiva. RESULTADOS: A busca foi realizada em agosto/2022 a partir de dois
descritores: síndrome dos ovários policísticos e qualidade de vida. A pesquisa foi analisada
em duas bases de dados: SciELO e BVS entre os anos de 2008 e 2021, resultando em um
total de 11 artigos, aos quais 03 deles foram selecionados. Os dados obtidos permitiram
analisar que a SOP está completamente relacionada à composição corporal, uma vez que
mulheres com a síndrome que dedicaram meses de exercício e dieta, obtiveram alterações
positivas quanto à composição corporal. Além disso, observou-se que essa doença está
totalmente relacionada à riscos cardiovasculares, pois gera resistência à insulina e,
juntamente com essa disfunção metabólica, o sedentarismo apresenta um desfavorável risco
de doenças cardiovasculares. Ademais, considera-se a influência de atividades físicas um
fator primordial para o combate da resistência à insulina, ao sedentarismo e
consequentemente, aos riscos de doenças cardíacas. Dessa forma, a intervenção desses fatores
resultou, em alguns pacientes com SOP, na eliminação da infertilidade. CONCLUSÃO:
Diante da análise obtida, pôde-se inferir a necessidade da prática de exercícios físicos de
maneira regular pelas mulheres que possuem essa síndrome, uma vez que propicia a melhora
da qualidade de vida e a diminuição das consequências geradas por essa doença.
PALAVRAS-CHAVE: Síndrome do ovário policístico, anovulação, exercício físico.
SINTOMAS DEPRESSIVOS ENTRE PACIENTES EM HEMODIÁLISE: UMA
REVISÃO INTEGRATIVA
Helen Braga de Aguiar ¹; Danilo Duarte Costa ¹; Ana Gabriela Andrade Teixeira ¹; Eduarda Rodrigues Ribas ¹;
Luana Costa Ramos ¹; Gabriela Alves Oliveira ¹; Maria Tereza Carvalho Almeida ².
¹ Acadêmica(o) do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
² Professora Doutora do Curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: A hemodiálise é um procedimento que consiste na retirada de substâncias
tóxicas, água e sais minerais por meio de uma máquina. É realizada em pacientes
diagnosticados com insuficiência renal e considerada uma terapia renal substitutiva. O
Transtorno Depressivo Maior é distúrbio do humor caracterizado pela presença de humor
deprimido ou anedonia, além de 5 ou mais sintomas característicos (cognitivos ou físicos) por
mais de duas semanas. Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar a presença de depressão
entre pacientes no contexto de hemodiálise. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura
realizada a partir de consulta à Biblioteca Virtual em Saúde, utilizando os descritores:
("depressão" OR "sintomas depressivos") AND (diálise OR hemodiálise). Foram
selecionados trabalhos publicados entre 2017 a 2022, cujo texto completo estivesse
disponível nos idiomas inglês e português e que atendiam ao objetivo do estudo. Oito estudos
foram considerados adequados para a realização desta revisão. Constatou-se que a depressão
107
está associada ao contexto de hemodiálise, visto que o transtorno de humor está relacionado
diretamente às diversas consequência que o tratamento traz como feridas, fadiga, dieta restrita
e também a não adesão à dieta preconizada, cronicidade do quadro e negação frente a este. As
situações que impactam na qualidade de vida destes pacientes estão associadas ao quadro
depressivo, como a dependência do tratamento, alterações do apetite, sono e perda de peso.
Logo, esses sintomas se assemelham aos do quadro de insuficiência renal, fazendo com que a
depressão, nesses pacientes, seja subdiagnosticada, bem como, dada a gama de sintomas
destes, os aspectos emocionais não são suficientemente investigados, contribuindo para tal
situação. Além disso, foi identificado que a prevalência de sintomas depressivos é
significativamente maior quando avaliada por meio de instrumentos de autorrelato,
demonstrando a importância da investigação criteriosa sobre os resultados para evitar o
subdiagnóstico supracitado. Também foi constatado que os sintomas depressivos se
relacionam com maior morbidade e mortalidade principalmente quando associado a
desnutrição nesses pacientes. Não obstante, além do subdiagnóstico, a depressão ainda é
pouco estudada em pacientes no contexto de hemodiálise, assim, deve-se buscar a realização
de mais estudos longitudinais que possam avaliar melhor essa relação, buscando medidas de
intervenção que possam mitigar o problema.
PALAVRAS-CHAVE: Hemodiálise; Depressão; Sintomas Depressivos; Saúde Mental.
SINTOMAS SUICIDAS EM PACIENTES COM TRANSTORNO DEPRESSIVO
MAIOR: PREVALÊNCIA E CARACTERÍSTICAS ASSOCIADAS
Carolina Donato¹; Dayane Ferreira¹; Geilton Badaró²; Maria Elisa Barros³; Curt Hemanny4
¹Acadêmico do curso de Medicina da UNIFG
²Acadêmico do curso de Psicologia da UNIFG
³Professora do curso de Medicina da UNIFG
4Doutor em Ciências da Saúde pela UFBA
RESUMO: O Transtorno Depressivo Maior (TDM) é uma doença mental muito prevalente e
incapacitante, principalmente pela ocorrência de sintomas suicidas. Identificar correlações
ente sintomas suicidas e outros sintomas do transtorno é necessário para aumentar a
especificidade do tratamento. OBJETIVOS: 1) identificar a prevalência dos sintomas
suicidas em pacientes com TDM e 2) avaliar a correlação entre suicidalidade, tipos de
sintomas depressivos, prejuízo funcional e distorções cognitivas. MÉTODOS: Este é um
estudo transversal que avaliou pacientes que participaram de um ensaio clínico randomizado.
Foram incluídos pacientes com diagnóstico de depressão unipolar de acordo com o DSM-IV
(MINI-plus). A gravidade dos sintomas depressivos foi avaliada com a escala HAM-D e os
sintomas suicidas foram avaliados com o Item 3 da HAM-D e com o item 9 do Inventário de
Depressão de Beck (BDI). A incapacidade funcional foi avaliada com a Escala de
Incapacidade de Sheehan (SDS), as distorções cognitivas foram avaliadas com o CD-Quest e
a qualidade de vida com o WHOQoL. Estatísticas descritivas e correlações bivariadas foram
utilizadas (r de Pearson). RESULTADOS: A amostra foi composta de 76 pacientes com
TDM. A prevalência de sintomas suicidas foi de 82%. A maior parte dos pacientes foi do
sexo feminino (86,8%), com média de idade de 39,8 anos. Mais de 60% dos pacientes
apresentavam comorbidades psiquiátricas, principalmente o Transtorno de Ansiedade
Generalizada (38,1%). Todos os pacientes estavam em uso de antidepressivos (fluoxetina,
108
21%) e cursavam depressão moderada a grave. Sintomas suicidas foram correlacionados com
humor deprimido [item 1 da HAM-D (r = 0.361, p = 0.02)] e com a redução do interesse
[item 7 da HAM-D (r = 0.409, p < 0.005)]. O aumento dos sintomas suicidas foi
correlacionado ao prejuízo funcional, de acordo com a SDS (r = 0,206, p = 0.03) e com
menor qualidade de vida no domínio social também [WHOQOLsocial (r = 0.253, p = 0.002)].
As distorções cognitivas mais relacionadas com a suicidalidade foram: pensamentos “tudo ou
nada” (r = 0.381, p = 0.001) e culpabilização de si e de outros (r = 0.246, p = 0.04).
CONCLUSÕES: O TDM é um transtorno grave e frequentemente apresenta sintomas
suicidas. O clínico deve ficar atendo a possíveis marcadores da suicidalidade, especialmente
humor deprimido, perda do interesse, isolamento social, prejuízo funcional, além de
pensamentos “tudo-ou-nada” e de culpabilização.
PALAVRAS-CHAVE: Transtorno Depressivo Maior; Sintomas Suicidas.
TAXA DE MORTALIDADE POR CÂNCER DE COLÓN NO BRASIL DE ACORDO
COM O SEXO, NO PERÍODO DE 2018 A 2020
Luís Gustavo Gomes Oliveira¹; Leticia Ferrão de Oliveira¹; Fernanda Moreira Fagundes Veloso¹; Maria Luísa
Vilas Boas Alves Pereira¹; Angélica Thaís de Freitas Santos¹; Bianca Damasceno Janhaki Mota¹; Dayane Thaís
Batista Silva¹; Cláudia Cristina Teixeira².
¹ Centro Universitário FipMoc (UniFipMoc). Montes Claros- MG, Brasil
²Professora do Curso de Medicina do Centro Universitário UniFipMoc Afya. Montes Claros-MG, Brasil
RESUMO: INTRODUÇÃO: o câncer de cólon e reto são a segunda neoplasia com maior
incidência em homens e mulheres, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e
o terceira em taxa de mortalidade em ambos os sexos. Acomete homens e mulheres em
proporções semelhantes, sendo descritos 20.540 casos em homens e 20.4070 casos em
mulheres no ano de 2020. Assim se faz um problema de saúde pública, necessitando atenção
dos órgãos de saúde. OBJETIVO: analisar a taxa de mortalidade do câncer de cólon e reto
em homens e mulheres no Brasil. METODOLOGIA: trata-se de um estudo epidemiológico,
quantitativo e retrospectivo em que foi realizada a coleta de dados através da plataforma
Atlas On-line da mortalidade, o período selecionado foi de 2018 a 2020, em todo território
nacional, usando como base a população brasileira de 2010, selecionando o câncer de colon e
reto (CID -10 18-20) para obtenção dos dados. RESULTADOS: ao analisar os dados obtidos
estão contabilizados 57.892 óbitos no período analisado sendo 28.643 em homens e 29.254
em mulheres. Observa-se que ocorre um aumento expressivo no número de óbitos a partir dos
40 anos, com um pico maior entre 50 e 79 anos. A taxa de mortalidade nessa faixa etária
ficou de 14,39% dos 50-59 anos, 35,45% dos 60-69 anos e 67,85% dos 70-79 anos, assim
vemos que com o passar da idade e consequente fragilização dos idosos a taxa de mortalidade
tende a aumentar. O que vai de encontro com estudos de Baraldi et. al (2022), que analisando
a população do Rio de Janeiro encontrou a mesma distribuição etária, com aumento também
entre os 50 e 79 anos. CONCLUSÃO: Sabe-se que a idade é um fator de risco para a
neoplasia de cólon e reto, com aumento da incidência após os 50 anos, assim, o rastreio dessa
neoplasia se faz necessário para que seja realizado o diagnóstico precoce da neoplasia ou das
lesões pré-malignas e que impeçam a progressão e morte dos pacientes acometidos, sendo
imprescindível conhecer a faixa etária de maior acometimento para realização de tais ações.
PALAVRAS-CHAVE: Câncer De Colón; Saúde Pública.
109
TAXA DE MORTALIDADE POR PNEUMONIA NA REGIÃO DE SAÚDE NORTE
DE MINAS GERAIS SEGUNDO SEXO, EM ADULTOS ENTRE 20 E 59 ANOS,
DURANTE OS ANOS DE 2012 A 2021
Igor Antonio Tolentino Narciso 1; Émerson Patrick Alves Veloso 2; Aline Camargo de Oliveira ³; Arthur Teixeira
Godoi 4; Bárbara Samira Mendes 5
1Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
2Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
³Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
4Acadêmico do curso de medicina da instituição UNIFIPMoc
5Médica pela instituição UNIFIPMoc
RESUMO: A pneumonia é uma doença do trato respiratório baixo, geralmente causada por
um agente infeccioso, resultando em uma inflamação dos pulmões. É a principal causa de
morte no mundo, tendo um grande impacto nas taxas de morbidade entre os pacientes e
causando um alto custo para o sistema de saúde. Os sinais e sintomas mais comum são:
dispneia, tosse e febre, que pode ser menos evidente dependendo do subgrupo de pacientes,
sendo seu diagnóstico, geralmente, atrasado. Sua incidência e mortalidade são dependentes da
idade e de comorbidades. OBJETIVO: Avaliar a taxa de mortalidade em adultos por
pneumonia, com idade entre 20 a 59 anos, segundo a região de saúde norte de Minas Gerais,
segundo o sexo dos pacientes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de caráter
observacional, retrospectivo, de delineamento quantitativo e de base documental, pesquisado
em bancos de dados digitais, com dados obtidos a partir do Sistema de Informações
Hospitalares do SUS (SIH/SUS) compreendendo o período de janeiro de 2012 a dezembro de
2021, abrangendo a população dos sexos masculino e feminino, com idade entre 20 a 59
anos. RESULTADOS: A taxa de mortalidade total por pneumonia na região norte de Minas
Gerais foi de 8,98%, com maior taxa no sexo masculino, 9,94%, enquanto a taxa de
mortalidade no sexo feminino foi de 7,67. Montes Claros foi a região com a maior taxa de
mortalidade no sexo masculino com 13,46% seguida pela região de Pirapora, 11,91%, e
Bocaiúva com 10,68%. Para o sexo feminino a região de Montes Claros também apresentou a
maior taxa de mortalidade com 12,31%, seguida pela região de Januária com 8,53% e
Bocaiúva com 8,02%. As regiões que tiveram a menor taxa de mortalidade foram: Francisco
(3,32%), Manga (7,01%) e Coração de Jesus (7,04%) para o sexo masculino, e Francisco
(3,74%), Manga (3,85%) e Brasília de Minas/São Francisco (4,29%) para o sexo feminino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Dessa maneira, pode-se inferir que a região de Montes Claros
teve a maior taxa de mortalidade por pneumonia tanto em homens como em mulheres,
enquanto a região de Francisco teve a menor taxa de mortalidade em ambos os sexos. O
presente estudo visa contribuir com a comunidade científica acerca da epidemiologia na
região norte de Minas Gerais, objetivando incentivar estratégias de promoção de saúde e
prevenção de doenças em relação a pneumonia.
PALAVRAS-CHAVE: Pneumonia; Taxa De Mortalidade; Prevenção De Doenças.
110
TERAPIA DE ELETROESTIMULAÇÃO NA EPILEPSIA REFRATÁRIA
Camila Dourado Prado1, Décio Adir Vieira Brandão², Marcos Aurélio Silva Oliveira ², Renato Cardoso de
Queiroz ², Luiz Eduardo Lima Fernandes ³, Antônio Caetano Dos Santos Neto³, Reginaldo Coelho Guimarães
Júnior 4
1Acadêmicos do curso de Medicina das Faculdades Integradas Padrão Afya, 2Acadêmica do curso de Medicina
do Centro Universitário Faculdade Guanambi, ³ Acadêmico do curso de medicina da Faculdade Ciências
Médicas de Minas Gerias, 4Médico pós graduando em Terapia Intensiva e Docência do Ensino Superior pela
Faculdade Serra Geral.
INTRODUÇÃO: A epilepsia é um distúrbio neurológico crônico caracterizado por um
desequilíbrio entre estimulação e a inibição cerebral, que afeta cerca de 70 milhões de
pessoas em todas as idades. Apesar de muitas drogas antiepilépticas estarem disponíveis,
cerca de 30% dos pacientes não são reagentes a elas. Desta forma, a estimulação cerebral
profunda (DBS) do núcleo anterior do tálamo (ANT) tem sido uma alternativa para reduzir a
frequência de crises em indivíduos a partir de 18 anos que não respondem a três ou mais
antiepiléticos. OBJETIVO: revisar a literatura sobre a utilização de estimulação elétrica
cerebral para o tratamento da epilepsia. METODOLOGIA: Elaboração de revisão
integrativa a partir da análise de artigos científicos do tipo ensaios controlados randomizados
(ECRs) e revisões sistemáticas. Dos quais foram incluídos trabalhos publicados nos últimos
10 anos presentes nas bases de dados pubmed, trip e cochrane. Utilizou-se os seguintes
descritores “electric stimulation therapy” “Epilepsy” e “deep brain stimulation”. REVISÃO
DE LITERATURA: A epilepsia é uma doença cerebral caracterizada por uma predisposição
sustentada de gerar crises epilépticas e seu risco de recorrência é um dos principais
parâmetros que contribui para decisões terapêuticas. Neste contexto, a DBS surge como
opção de tratamento na epilepsia refratária com o objetivo de diminuir a frequência de
convulsões. Esse processo ocorre através da implantação de um dispositivo elétrico
neuroestimulador em núcleos profundos específicos, que funciona como “marcapasso
cerebral”, alterando diretamente a atividade cerebral de forma controlada. Os principais
estudos sobre a DBS são direcionados à estimulação do núcleo anterior do tálamo
bilateralmente, os dados sugerem que alguns pacientes apresentam melhora do quadro.
Ademais, ECRs demonstraram que o DBS talâmico anterior não tem um impacto
clinicamente significativo na qualidade de vida dos pacientes, além do fato de que o implante
de eletrodos resultou em depressões autorrelatadas, hemorragia intracraniana assintomática
em 4% dos pacientes, comprometimento da memória subjetiva, bem como em infecções de
tecidos moles em 5 a 13% dos indivíduos. CONCLUSÃO: Apesar da DBS se mostrar um
tratamento promissor, não evidências suficientes para fazer declarações firmes e
conclusivas sobre sua eficácia e segurança.
PALAVRAS-CHAVE: Epilepsy; Electric Stimulation Therapy; Deep Brain Stimulation.
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA EM CRIANÇAS: REVISÃO
INTEGRATIVA
Lucas Pires Dias Pinto1; Ana Julia Torres Bonfim Rocha2; Camila Wanderley Alcântara Machado3; Camilly
Sayuri Barbosa Dota4; Mayra Domingues Cardoso5; Sophia Rodrigues Teixeira6; Diego Dias de Araújo7
1; 3Acadêmicos do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
2; 4-6Acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
111
7Professor do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: O denominado Transtorno do Espectro Autista, a partir de 2013, a nomenclatura
do Manual do Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais descreve os fatores que
corroboram com diagnóstico, como prematuridade, asfixia, baixo peso, isolamento social, e
alterações na linguagem e no comportamento, observados no período perinatal e na infância.
Este estudo teve como objetivo identificar na literatura a prevalência dos fatores associados
ao Transtorno do Espectro Autista em crianças. Trata-se de uma revisão de literatura do tipo
integrativa, na qual realizou-se busca eletrônica na Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). O
levantamento das publicações indexadas foi realizado em maio de 2022. Para a identificação
das publicações relacionadas à temática, foi utilizada estratégia de busca com os seguintes
descritores: “prevalência” and “Transtorno do Espectro Autista” and “criança”. Os critérios
de inclusão foram: textos completos, em português e publicados nos últimos 5 anos. Foram
identificados inicialmente 6 publicações, após a leitura dos títulos e resumos, permaneceram
4 estudos potencialmente elegíveis, selecionando-se ao final 2. Os estudos utilizaram
diferentes métodos de coleta como entrevistas semiestruturadas realizadas com as mães de
crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista e revisão de prontuários
médicos de todas as crianças diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista baseado
com base nos critérios do DSM-5. Ao analisar os artigos na íntegra observou-se que o
diagnóstico foi realizado nas crianças, entre 12 e 72 meses, sendo os principais fatores e
prevalências: prematuridade (11,5%), baixo peso (8,5%) e asfixia perinatal (2,3%) nos
recém-nascidos, além de alterações de linguagem (35%), comportamento (20%) e isolamento
social (18%). Espera-se que essa revisão contribua para a discussão sobre a temática, a fim de
fornecer um diagnóstico precoce no que tange ao Transtorno do Espectro Autista,
principalmente na infância. Por fim, evidencia-se a necessidade de mais estudos relacionados
à temática, assim como uma maior capacitação dos profissionais da saúde quanto ao
Transtorno do Espectro Autista, principais fatores associados e o manejo clínico.
PALAVRAS-CHAVE: Criança; Prevalência; Transtorno do Espectro Autista.
UMA EXPERIÊNCIA EM EDUCAÇÃO EM SAÚDE PARA A POPULAÇÃO
ADSCRITA NA USF DOS BAIRROS EDGAR PEREIRA E MORRINHOS DE
MONTES CLAROS-MG: HIPERTENSÃO ARTERIAL CONHECER PARA
MELHOR CUIDAR
Nycolle Hadassa Alves Fernandes¹; Emilly Lorena Queiroz Amaral¹; Jully Ildeny Mendes e Fagundes¹; Lara
Karoline Lopes Alves¹; Luane Carmélia D’Angeles Pires¹; Samira de Oliveira Prado¹; Josiane Santos Brant
Rocha².
¹Acadêmicas de Medicina do Centro Universitário UniFipMoc Afya
²Professora do curso de Medicina UnifipMoc - Afya
INTRODUÇÃO: A educação em saúde é uma ação instrutiva que contém um conjunto de
práticas que visam estimular o hábito do autocuidado da população. Desse modo, diversos
problemas de saúde pública tornam-se pertinentes para o desenvolvimento de tal ação. Um
bom exemplo são as doenças crônicas, as quais os profissionais de saúde têm uma certa
dificuldade em controlá-las. Dentre estas enfermidades, destaca-se a hipertensão arterial que
tem uma alta taxa de prevalência, além de ser o principal fator de risco para o
desenvolvimento de outras doenças cardiovasculares e renais. OBJETIVO: Relatar a
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experiência de uma educação em saúde executada por acadêmicos do período de Medicina
nas USF Walquíria Pereira e USF Morrinhos sobre a importância dos bons hábitos de vida e o
controle da pressão arterial. RELATO DE EXPERIÊNCIA: O presente resumo visa expor o
relato de experiência do projeto “Hipertensão arterial conhecer para prevenir” direcionado
para as pessoas adscritas nas respectivas USFs que ocorreu no dia 20/09/2022. O projeto foi
planejado previamente e, durante a sua execução, na USF Walquíria Pereira foi aferida a
pressão arterial dos pacientes, no acolhimento, e anotado no folder informativo, que continha
o conceito de hipertensão arterial e instruções de como evitá-la, em seguida orientações
foram passadas, principalmente para aqueles com alteração na pressão arterial, como mudar
hábitos de vida ou realizar o tratamento corretamente. na USF Morrinhos, foi realizada
uma palestra com o objetivo de apresentar o conceito, os fatores de risco, as consequências e
o tratamento da hipertensão arterial e, após, foi aferida a pressão arterial das pessoas
presentes. Por fim, em ambas as USFs, foi distribuído lanche saudável. RESULTADOS E
REFLEXÃO: Obteve-se resultados satisfatórios, que 55 pessoas participaram dessa ação.
Além disso, através da sensibilização e após a aferição da pressão arterial com o feedback
feito pelos acadêmicos, os usuários presentes demonstraram preocupação e interesse, por
meio de questionamentos sobre o tema abordado. CONCLUSÃO: Dessa forma, a
experiência da educação em saúde foi de grande relevância para promover crescimento
acadêmico e benefícios para a saúde daqueles que participaram, uma vez que houve uma
integração entre a sociedade, atenção primária à saúde e universidade.
PALAVRAS-CHAVE: Educação em Saúde; Hipertensão Arterial; Atenção Primária à Saúde.
USO DE METODOLOGIAS ATIVAS ALIADAS A PRÁTICAS DE ENSINO E
PESQUISA NA EDUCAÇÃO MÉDICA: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Ana Cecília Alvarenga Queiroz¹; Júlia Ribeiro Lopes de Almeida²; Maria Clara Mendes³; Nicole Aska Silveira
Yamada; Josiane Santos Brant Rocha.
¹Acadêmicas do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
Professora do curso de Medicina do Centro Universitário FIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: As metodologias ativas na educação médica contribuem para a formação
de profissionais críticos, resolutivos e confiantes. Nesse contexto, essa prática desenvolve
médicos aptos à busca por informações e atualizações, bem como habilidades comunicativas.
OBJETIVO: Descrever a experiência de acadêmicos de Medicina com o uso de
metodologias ativas e discussões nas sessões tutoriais do conhecimento previamente
adquirido em estudos independentes. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Na Aprendizagem em
Pequenos Grupos (APG), a turma é dividida em grupos de 6 a 8 pessoas, separadas em salas
com tutores. A sessão tutorial é composta por abertura e fechamento, na primeira, o tutor
apresenta o caso-problema e o grupo elege um participante para ser o coordenador, liderando
a sessão, e um secretário, para escrever, seja no quadro ou na mesa, as perguntas relacionadas
ao problema e os objetivos de estudo em casa. Após a abertura do problema, os acadêmicos
estudam o tema proposto em artigos científicos e livros. No fechamento, o grupo inicia com
as referências de estudo e discutem sobre o tema, conforme os objetivos definidos, enquanto
o tutor observa e direciona perguntas ao grupo com o intuito de estimular o raciocínio dos
acadêmicos. Ao final, o secretário relata em uma síntese o que foi discutido na sessão tutorial.
RESULTADOS: As sessões tutoriais conseguem desenvolver a habilidade comunicativa do
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aluno, que debate, ativamente, sobre o tema estudado. Além disso, o ensino do
reconhecimento da qualificação de fontes, dados e referências é necessário para a formação e
prática médica, uma vez que a busca constante por informações permite a autonomia do
acadêmico. Portanto, as discussões durante a sessão contribuem para a formação de médicos
generalistas, os quais estarão aptos ao modelo plural proposto pelo Sistema Único de Saúde
(SUS). CONCLUSÃO: Conclui-se que a metodologia ativa colabora para a autonomia do
acadêmico diante da pesquisa científica, além de beneficiar a habilidade de comunicação no
cotidiano. Dessa forma, os médicos estarão aptos à busca contínua de informações científicas
atualizadas, o que contribuirá para a formação de profissionais comunicativos, críticos e
resolutivos.
PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem Baseada em Problemas; Educação Médica; Pesquisa.
USO DE PSICOFÁRMACOS SEM PRESCRIÇÃO MÉDICA ENTRE ESTUDANTES
DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DA COVID-19
Danilo Duarte Costa 1; Helen Braga de Aguiar ¹; Ana Gabriela Andrade Teixeira ¹; Ana Clara Leite ¹; Gabriel
Oliveira Mota ¹; Lucas Almeida de Carvalho ²; Maria Tereza Carvalho Almeida 3.
1Acadêmico(a) do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
² Acadêmico do curso de Psicologia do Centro Universitário FIPMoc
3Professora Doutora do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros
RESUMO: O consumo de psicofármacos sem prescrição médica por acadêmicos demonstra
desagregação de bem-estar e presença de coping desajustado, tendo em vista a adoção de
comportamentos de risco. Nesse sentido, o objetivo desta pesquisa foi investigar o consumo
de ansiolíticos sem prescrição médica por estudantes de Ciências da Saúde durante a
pandemia do SARS-CoV-2 e fatores associados. Trata-se de um estudo transversal,
quantitativo e analítico, cuja coleta de dados foi realizada entre setembro de 2020 e janeiro de
2021, por meio de um formulário digital aplicado entre acadêmicos de Ciências Biológicas,
Educação Física, Enfermagem, Odontologia e Medicina de uma universidade pública
mineira. Para investigar o uso de ansiolíticos (benzodiazepínicos ou barbitúricos) sem
prescrição médica no último mês, utilizou-se o Drug Use Screening Inventory, definindo-se,
posteriormente, uma variável dicotômica (fez uso/não fez uso). Pesquisou-se, ainda, variáveis
sociodemográficas, acadêmicas e relacionadas à saúde mental. Realizou-se estatística
descritiva dos dados e análise bivariada por meio de Regressão de Poisson, com variância
robusta, estimando Razão de Prevalência bruta (RP), Intervalo de Confiança de 95% (IC95%)
e p-valor com significância 0,05 (Teste de Wald), sendo o consumo de ansiolíticos a
categoria a ser testada. Participaram 618 estudantes, dos quais 8,3% (n = 51) fizeram uso de
ansiolíticos sem prescrição médica no último mês. Correlacionaram-se significativamente ao
consumo de ansiolíticos (p 0,05): idade entre 21 e 25 anos; estudantes LGBTQIA+; cursar
quinto período ou superior; autopercepção do estado de saúde regular/ruim; ausência de
satisfação com a autoimagem corporal; sintomas depressivos graves; estresse grave/muito
grave; ansiedade grave/muito grave; ideação suicida; dependência de internet; estilo de vida
regular ou que necessita melhorar; transtorno de estresse pós-traumático devido à pandemia;
vivência de 6 ou mais vezes de conflitos nas relações familiares nos últimos 6 meses; e uso de
maconha, álcool e tabaco no último mês. Por outro lado, cursar Educação física demonstrou
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ser um fator protetor ao uso de ansiolíticos sem prescrição. Diante disso, foi evidenciado um
consumo importante de psicofármacos sem prescrição médica entre estudantes durante a
pandemia, associados, essencialmente, a fatores de saúde mental, corroborando o fato de que
presença de inabilidade de elaboração do sofrimento psicológico vivenciado pelos
acadêmicos.
PALAVRAS-CHAVE: Ansiolíticos; Uso Indevido de Mediamentos; Depressão; Estilo de
Vida; Saúde Mental.
USO DE SIBUTRAMINA COMO INIBIDOR DE APETITE NO TRATAMENTO DE
OBESIDADE: BENEFÍCIOS OU MALEFÍCIOS À SAÚDE?
Renato Cardoso de Queiroz 1, Décio Adir Vieira Brandão 1, Marcos Aurélio Silva Oliveira 1, Camila Dourado
Prado 2, Reginaldo Coelho Guimarães Júnior 3;
1Acadêmicos do curso de Medicina das Faculdades Integradas Padrão Afya, 2Acadêmica do curso de Medicina
do Centro Universitário Faculdade Guanambi, 3Médico pós graduando em Terapia Intensiva e Docência do
Ensino Superior pela Faculdade Serra Geral.
INTRODUÇÃO: A prevalência da obesidade em escala global tornou-se um importante
problema de saúde pública. Entre os tratamentos disponíveis, destaca-se o uso de sibutramina,
um anorexígeno inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina, com propriedades de
inibição de apetite ao aumentar rapidamente a sensação de saciedade. Entretanto, o uso
indiscriminado desse fármaco provoca um debate na relação benefício-dano para a saúde.
OBJETIVO: Comparar os benefícios e os perigos do uso da sibutramina para o tratamento
de obesidade a partir da análise de artigos científicos. METODOLOGIA: Realizou-se uma
revisão integrativa a partir de uma pesquisa na base de dados Literatura Latino-americana e
do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando-se dos descritores “sibutramine”,
“obesity” e “appetite suppressants” junto o operador booleano AND”. Os critérios de
inclusão foram artigos originais, completos, redigidos em português ou inglês, entre os anos
de 2017 e 2022. o critério de exclusão foi a não pertinência ao tema. Foram identificadas
25 publicações e selecionou-se 5 artigos ao final. De acordo com a resolução CNS 510/2016,
por se tratar de pesquisa realizada exclusivamente com textos científicos, não se faz
necessário a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa. RESULTADOS: A utilização da
sibutramina possui benefícios na redução significativa de massa quando associada a
exercícios físicos e mudanças de hábitos de vida. Além disso, esse fármaco age no
metabolismo corporal melhorando o perfil lipídico e a sensibilidade à insulina. Contudo,
conforme estudos analíticos, percebe-se a maioria utilização imprudente desse medicamento
para fins estéticos e, dessa maneira, os malefícios sobrepõem-se, pois os principais efeitos
adversos são mudança de humor, insônia, dependência química e psíquica, aumento da
pressão arterial, taquicardia, fibrilação arterial, infarto agudo do miocárdio, acidente vascular
encefálico, dentre outros diversos fatores. CONCLUSÃO: A despeito da sibutramina
apresentar efetividade na redução do peso, os efeitos deletérios, principalmente nos sistemas
cardiovascular e nervoso, se destacam e, portanto, a segurança desse fármaco deve ser
analisada do ponto de vista do benefício-dano para a saúde.
PALAVRAS-CHAVE: Sibutramina; Obesidade; Inibidor de apetite; benefícios; malefícios.
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VIVÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA EM UMA UNIDADE DE SAÚDE DA
FAMÍLIA: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA.
Victoria Ferreira Santos 1; Izabela Aquino Franco 2; Yasmim Bastos Murta Flores ³; Priscila Martins Soares
Alves ; Debora Carvalho Araújo; Henrique Castro Mendes ; Josiane Santos Brant Rocha
16Acadêmicos do curso medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
7Docente do curso medicina da instituição UNIFIPMoc-Afya
INTRODUÇÃO: A Unidade de Saúde da Família (USF) é um local relevante para a
colaboração com um conhecimento prático ao estudante de medicina. Na USF, o estudante
aprimora os conhecimentos ao possuir o contato direto com os pacientes, sendo primordial
para a construção de um bom profissional. OBJETIVO: Proporcionar ao estudante de
medicina o contato direto com pacientes infantis, a fim de aplicar na prática, a teoria
aprendida e encarar a importância de um atendimento com paciência, atenção e o cuidado
com as crianças. RELATO DE EXPERIÊNCIA: Trata-se de um relato de experiência
vivenciado pelos alunos do período de Medicina, por meio de atendimentos às crianças na
USF Diamante, localizada na Cidade de Montes Claros-MG, entre agosto e setembro de
2022. A experiência pautou em atendimentos às crianças que se encontravam com virose e
que foram avaliadas com exames gerais, do sistema circulatório, digestório, respiratório, sob
ação de inspeção, palpação, percussão e ausculta dos sistemas supracitados, bem como
constou com a inspeção da pele e avaliação dos olhos; pesagem; administração de vitamina
A; e assegurou um atendimento com paciência, atenção e cuidado com a criança.
RESULTADOS: Diante da prática vivida, constatou-se uma superação às expectativas, pois a
experiência na UFS proporcionou um crescimento pessoal e profissional dos acadêmicos. O
contato direto com o paciente contribuiu para direcionar a atenção integral do estudante ao
paciente, lhe observando como um todo e não de maneira sistêmica. Essa prática, ajuda na
humanização de médicos, guiando uma segurança ao seu paciente. Além disso, a prática com
crianças é importante para o conhecimento do desenvolvimento infanto-juvenil, para detectar
alterações clínicas e aprender a atender crianças. CONCLUSÃO: A prática na USF prepara
os alunos para o atendimento primário à saúde, podendo iniciar o desenvolvimento da relação
médico-paciente e a oportunidade de ter contato com os principais problemas de saúde que
afetam a população.
PALAVRAS-CHAVE: Estágio; Comunidade; Aprendizado.
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